Em joint venture com a Sequoia, MOVE3 visa ampliar malha nos interiores e fortalecer first mile

Outros objetivos da transação incluem a expansão de serviços de cross-selling de todas as empresas do grupo e a criação de uma rede logística reversa eficiente da MOVE3 no Brasil.

A MOVE3 anunciou uma joint venture com a Sequoia, um movimento que, segundo as empresas, tem o objetivo de conferir agilidade e ampliação da malha de entregas do grupo para as cidades do interior do Brasil.

De acordo com o CEO do Grupo MOVE3, Guilherme Juliani, a fusão é reflexo do fato de as empresas serem complementares. “A força de tecnologia e controle de custos das empresas do Grupo MOVE3 aliada à força institucional da marca Sequoia tem um potencial gigante. Hoje, a Sequoia tem uma vasta abrangência de transferência de carga e know-how de field service que podem ser agregados ao ecossistema do Grupo MOVE3.”

Além da ampliação de malha de entregas para as cidades do interior, Juliani destacou que a expectativa é que a joint venture expanda, também, os serviços de line haul da Sequoia e cross-selling entre todas as empresas do grupo.

Outro intuito com a joint venture é fortalecer a operação de first mile da MOVE3, bem como a criação de uma rede de logística reversa eficiente no Brasil. “Acho que isso, com a entrada da Drops [rede de entrega e retirada de encomendas da Sequoia] e rotas próprias da Sequoia trarão um grande avanço para nós”, disse Juliani.

Segundo o Neofeed, a transação posiciona as empresas como a segunda maior companhia de entrega de pequenos pacotes no país, com receita líquida de R$ 2,4 bilhões, atrás apenas dos Correios.

Após a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), as empresas firmarão um novo acordo. Em comunicado para a imprensa, a MOVE3 reforçou que, apesar de a família Juliani ser a maior acionista individual da joint venture, nenhum acionista deterá sozinho o controle da companhia.

REESTRUTURAÇÃO FINANCEIRA DA SEQUOIA
A longo do último ano, a Sequoia fez movimentos em prol de reestruturação financeira. Em dezembro, a companhia anunciou um acordo com bancos credores para reduzir a dívida líquida em 85%, derrubando o valor devido de R$ 700 milhões para R$ 100 milhões a serem pagos em sete anos.

Junto a esse movimento, a Sequoia também elegeu um novo Conselho de Administração, presidido por Eric Fonseca — portfolio manager e cofundador da Newfoundland, um dos principais investidores da companhia.

“A conclusão da negociação da dívida coloca a Sequoia em uma nova fase. A companhia renasce mais leve, desalavancada, mas tendo preservado seus principais ativos: know-how, capacidade operacional, pessoas-chave e clientes”, afirmou Fonseca.

Para o CEO da MOVE3, os obstáculos enfrentados pela Sequoia reforçam a resiliência da companhia. “Um time que passou pela provação que eles passaram cria uma casca e aprende lições valiosas que precisam ser ensinadas para os outros”, disse.

ABERTURA DE CAPITAL DA MOVE3
Em entrevista para a MundoLogística em abril do ano passado, Guilherme Juliani destacou a pretensão da MOVE3 de abril capital — prevendo, inclusive, a inclusão da companhia na janela de IPO (“Initial Public Offering”, ou “Oferta Pública Inicial”, em português) do primeiro trimestre de 2024.

Nesse sentido, a joint venture com a Sequoia marca a entrada da MOVE3 no mercado de capitais sem passar pelo processo de IPO. “O IPO não era um objetivo em si, mas sim um meio para possibilitar que o nosso grupo chegasse mais longe”, explicou Juliani.

‘https://mundologistica.com.br/noticias/joint-venture-sequoia-move3-ampliar-malha-fortalecer-first-mile

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Setor de consumo é o segundo com mais fusões e aquisições realizadas no Brasil até agosto

Entre as 850 transações registradas, 15,4% estão relacionadas a empresas do varejo.

No geral, considerando todos os setores, o número de fusões e aquisições nos primeiros oito meses de 2023 é 22% menor em comparação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 1.087 transações. A média mensal de fusões e aquisições em 2023, de 106 operações, fica abaixo dos anos anteriores: 130 em 2022, 138 em 2021 e 87 em 2020.

Até agosto de 2023, 20,4% das operações foram conduzidas por empresas multinacionais, enquanto 79,6% foram realizadas por empresas nacionais. A região Sudeste lidera com 68,5% das transações, seguida pelo Sul com 20,5%, Nordeste com 5,3%, Centro-Oeste com 3,4% e Norte com 2,3%.

Consumo nos supermercados

O consumo nos lares brasileiros teve alta de 4,12% em volume de vendas em agosto em relação ao mesmo período de 2022. Os dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) indicam meses positivos de consumo pela frente.

Esse crescimento será puxado pelas quedas consecutivas nos preços dos alimentos, bem como em virtude de programas de transferência de renda. Apesar da perspectiva positiva, os números não merecem grande comemoração tampouco euforia, na visão de quem lida com dados do segmento.

O preço da Abrasmercado (cesta de 35 produtos de consumo maciço monitorados pela Abras) teve queda de 5,33% em agosto ante o mesmo mês de 2022. A cesta ainda registrou uma desvalorização de 1,71% na comparação com julho e, no ano, a queda acumulada é de 4,89%. Os preços, em média, recuaram de R$ 730,06 para R$ 717,55. A cesta é composta pelas categorias de alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza.

‘https://mercadoeconsumo.com.br/01/11/2023/consumo/setor-de-consumo-e-o-segundo-com-mais-fusoes-e-aquisicoes-realizadas-no-brasil-ate-agosto/

Com aquisição da Doddle, Blue Yonder planeja otimizar processo de devoluções no e-commerce

Uma vez concluído, o acordo permitirá que o gerenciamento da cadeia de suprimentos e comércio da Blue Yonder se expanda, abrangendo soluções de milha final, gerenciamento de devoluções e logística reversa.

A Blue Yonder, fornecedora de soluções para a cadeia de suprimentos, anunciou a assinatura de um acordo para adquirir a Doddle, empresa especializada em primeira e última milha. Uma vez concluído, o acordo permitirá a expansão do gerenciamento da cadeia de suprimentos e comércio da Blue Yonder, abrangendo soluções de milha final, gerenciamento de devoluções e logística reversa.

“A Doddle conseguiu realizar o que tão poucas empresas foram capazes de alcançar: ela desvendou o segredo da primeira e última milha juntamente com devoluções omnicanal”, disse Duncan Angove, CEO da Blue Yonder.

“A proliferação do comércio eletrônico — e, portanto, das devoluções — tem colocado uma pressão crescente sobre as transportadoras, complicado a gestão de estoque e criado frustrações para os compradores. As capacidades da Doddle desbloqueiam uma experiência de cliente diferenciada e superior e nos ajudarão a promover nossa missão detransformar a cadeia de suprimentos”, completou o executivo.

GESTÃO DE DEVOLUÇÕES
Em 2022, de acordo com a NRF (National Retail Federation), o consumidor devolveu mais de US$ 816 bilhões em produtos, e algumas estimativas sugerem que apenas cerca de 50% dos produtos devolvidos voltam às prateleiras das lojas. Devoluções, em particular, são um grande ponto de dor para varejistas, transportadoras e consumidores, e a gestão de devoluções se tornou um dos principais focos do comércio eletrônico global em 2023.

Segundo a companhia, isso ocorre porque a indústria percebe cada vez mais como as devoluções podem afetar a experiência do cliente e a lucratividade das empresas. “Com a Doddle, a Blue Yonder será a única empresa com uma suíte abrangente desde o planejamento e execução até o fulfillment e devoluções para construir cadeias de suprimentos mais sustentáveis e lucrativas de ponta a ponta”, disse a companhia em comunicado.

A Doddle também orquestrará a rede, desde o envolvimento do cliente até lojas, centros de atendimento e logística, completando o ecossistema necessário para apoiar a logística reversa, as consolidações de remessas e a circularidade de estoque.

“Hoje, mais de 900 varejistas e provedores de logística em todo o mundo trabalham com a Doddle para ajudar a gerenciar os desafios crescentes na primeira e na última milha”, disse Tim Robinson, fundador e CEO da Doddle.

“Sabíamos, no entanto, que, para encontrar a solução perfeita para enfrentar esses desafios, precisávamos integrar nossas ofertas com um forte provedor de soluções de planejamento, orquestração e execução da cadeia de suprimentos. A escala e a profunda experiência da Blue Yonder são a aliança perfeita, e estamos ansiosos para ajudar mais empresas a enfrentar esses desafios – juntos”, ressaltou.

‘https://mundologistica.com.br/noticias/doddle-e-blue-yonder-planejam-otimizar-processos-ecommerce

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Shein faz acordo com dona da Forever 21 e da Reebok e compra um terço da empresa

Mantendo sua relevância em alta, a gigante asiática Shein e o Grupo Sparc – donos de marcas como Forever 21, Nautica e Reebok – trocaram ações e participações empresariais em novo contrato assinado na quinta-feira (24). 

A marca popularizada através do comércio eletrônico passará a vender seus produtos nas lojas físicas da Forever 21 e a marca de fast fashion estará inclusa no site e aplicativo da Shein.

De acordo com o comunicado, o grupo Sparc passou a ser um acionista minoritário da varejista online e a Shein recebeu uma participação em torno de ⅓ da joint venture dos grupos Authentic Brands e Simon Property.

O grupo Sparc espera que a experiência em e-commerce e o alcance global da Shein possam oferecer uma plataforma de expansão para suas marcas. A parceria visa alavancar a distribuição da Forever 21, “agregando valor e variedade para a extensa base de clientes da Shein”.

Entretanto, os termos financeiros e o tamanho da participação não foram revelados.

Desafios e oportunidades no mercado brasileiro

Vale relembrar que nos últimos anos a Forever 21 enfrentou dificuldades, incluindo uma recuperação judicial nos EUA antes da aquisição pela Authentic Brands. Em 2017, a chegada da marca no Brasil foi marcada por uma estratégia de lojas “âncoras” em shoppings com a venda de roupas a preço baixo.

Contudo, a partir de 2020 a empresa precisou enfrentar uma série de ações judiciais referente ao pagamento do aluguel nos shoppings. E, sem possibilidade de acordo com a Multiplan, em 2022 todas as unidades no Brasil foram fechadas.

De maneira oposta, lançada no Brasil há apenas três anos, a Shein apresentou um crescimento exponencial, apostando principalmente em promover o país. Contando ainda com planos de expansão de sua produção para o Brasil.

Mesmo em meio às discussões acerca da cobrança de impostos de importação, a varejista continua investindo no país, que caracteriza um dos maiores mercados da empresa no mundo, ao lado de Europa e EUA.

Ademais, o Brasil é pioneiro na atuação da Shein como um marketplace, possuindo vendedores locais.

“Temos um plano nacional para o Brasil, um plano de crescimento que vai acontecer”, declarou Felipe Fleister, gerente de países da Sheinno Fórum E-Commerce Brasil 2023.

No acordo ainda há a possibilidade para explorar shop-in-shops, isto é, a venda de produtos dentro de lojas de outra marca. Almejando experiências focadas no cliente Shein em lojas da Forever 21”.

“Juntas, Shein e grupo Sparc planejam utilizar suas plataformas e conhecimentos complementares para acelerar a inovação de produtos, explorar novas estratégias de negócios, aprimorar as experiências dos clientes e aumentar suas presenças no mercado”, concluíram as empresas no comunicado.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/shein-em-acordo-com-donos-da-fast-fashion-forever-21-adquire-um-terco-da-empresa

JSL compra empresa de transporte rodoviário por R$109 mi

A empresa de logística JSL anunciou na última segunda-feira a compra da companhia de transporte rodoviário FSJ por 108,6 milhões de reais, dos quais 50% refere-se a pagamento à vista, segundo fato relevante ao mercado.

Segundo a JSL, a FSJ Logística vai adicionar 300 milhões de reais ao faturamento bruto do grupo, que totalizaria 9,5 bilhões de reais com base nos números do primeiro trimestre deste ano. No período, a FSJ teve lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização de 42 milhões de reais.

https://www.terra.com.br/economia/dinheiro-em-acao/jsl-compra-empresa-de-transporte-rodoviario-por-r109-mi,28dee96f58ad98f96f5906118d06b8f78tbqjep5.html

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Enjoei compra Elo7, ganhando escala e aprofundando seu modelo de negócios

Abandonada no mercado de capitais, a Enjoei está comprando a Elo7, o maior ecommerce de produtos artesanais e personalizados do País, numa transação que quase dobra seu faturamento, otimiza custos e turbina sua base de clientes e vendedores.

A compra acelera ganhos de escala e acontece num momento em que a Enjoei tem crescido e reduzido sua queima de caixa a cada trimestre.  A companhia tem uma posição de caixa líquido de mais de R$ 300 milhões. A Enjoei teve receita líquida de cerca de R$ 160 milhões em 2022.  A Elo7, na faixa de R$ 100-120 milhões, fontes do mercado de ecommerce estimaram ao Brazil Journal.

Não está claro se a Elo7 queima ou gera caixa. A Etsy – o maior ecommerce americano de produtos artesanais, que vale US$ 11 bi na Bolsa de Nova York – comprou a Elo7 por US$ 217 milhões em meados de 2021 como parte de sua expansão geográfica, e agora está vendendo o ativo para a Enjoei. A Enjoei está pagando em dinheiro – e tudo sugere um negócio de ocasião.

A companhia disse que a transação não precisa de aprovação da assembleia, o que a Lei das SA permite quando o preço pago é inferior a 10% do patrimônio líquido da companhia, hoje em R$ 376 milhões.

A Elo7 tem características muito similares ao business da Enjoei: ambos são negócios peer to peer em que as mulheres são boa parte da clientela.  As duas plataformas vão continuar operando com marcas independentes, mas a transação traz sinergias em volume de tráfego, na comunidade de vendedores, tecnologia, design, meios de pagamento e logística. A Elo7 fez um GMV (gross merchandise value) de cerca de R$ 500 milhões em 2022 – comparado a R$ 1,1 bi da Enjoei – e adiciona 1,6 milhão de compradores ativos ao 1 milhão da Enjoei.

Mas a principal fortaleza da Elo7 são seus 50 mil vendedores de produtos artesanais, responsáveis por um catálogo que inclui presentes para festas de casamento, chás de bebê e produtos feitos no Norte, Nordeste e outras regiões do Brasil.

A Enjoei disse que a aquisição está sujeita à implementação de condições precedentes. A transação aprofunda o modelo de negócios da Enjoei, que apesar de sua reprecificação na Bolsa não abandonou a tese que vendeu aos investidores no IPO.  De lá pra cá, a companhia já foi do Céu ao Inferno.  Já valeu R$ 4,5 bilhões no high e R$ 150 milhões no low.  (Hoje vale R$ 270 milhões.)

https://braziljournal.com/enjoei-compra-elo7-ganhando-escala-e-aprofundando-seu-modelo-de-negocios/ .

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Grupo MOVE3 anuncia aquisição da Levoo e reforça última milha do e-commerce

O Grupo MOVE3 anunciou a aquisição da Levoo Tecnologia do Brasil, startup de logística especializada em last mile, a etapa final na entrega do produto ao cliente do e-commerce. Segundo o grupo, a compra de 100% da Levoo destaca a estratégia de crescimento do grupo em fortalecer sua presença no mercado de logística para as compras online. O valor da transação não foi divulgado, mas faz parte do budget de R$ 50 milhões da holding para fusões e aquisições em 2023.

Com faturamento de R$ 1,1 bilhão em 2022, o MOVE3 tem como carro-chefe o setor bancário, mas foi o e-commerce que mais cresceu nos últimos doze meses. De acordo com a empresa, em 2021 as entregas do online responderam por 12% da receita e no ano passado chegaram a 25%. No mesmo intervalo, a holding cresceu 30%.

Segundo o CEO do grupo, Guilherme Juliani, ampliar a carteira no e-commerce — hoje, são mais de 500 clientes no grupo com foco nesse mercado — demanda superar desafios do segmento, em especial a last mile. “Nossas aquisições recentes endereçam no sentido de montar um ecossistema completo para abraçar o e-commerce, desde a “entreguinha” porta a porta, passando por lockers e pontos de retirada e chegando a armazéns logísticos”, afirmou.

Segundo o Grupo MOVE3, com a compra da startup nascida em 2018, a empresa poderá otimizar ainda mais a última milha do e-commerce, oferecendo serviços de entregas mais ágeis e eficientes para seus clientes. Além disso, a Levoo poderá se beneficiar da base pronta de clientes já existente no grupo, para ofertar um modelo de atendimento que ainda não possuem, possibilitando a escalonagem com rapidez do aumento de volumetria no atendimento.

Segundo a empresa, as operações já foram iniciadas em conjunto, com a oferta do serviço Ship From Store, agora oferecido como Levoo Ship. A previsão é que todos os sistemas estejam integrados em até 30 dias.

“Estamos seguindo uma sequência de M&A iniciada no ano passado, com foco na excelência do Grupo MOVE3 no e-commerce e, em especial, a distribuição do last mile, que é a nossa principal característica. E a esteira de M&A continua este ano com o mesmo foco”, ressaltou Juliani, CEO do grupo que reúne as empresas Flash Courier, Moove+, Moove+ Portugal, Jall Card, M3Bank, Rede 1 Minuto e as transportadoras Rodoê e Carriers. Em entrevista para o “Start da Semana” da MundoLogística em abril deste ano, o executivo enfatizou que o M&A seguirá como um dos focos da companhia neste ano.

“Para a Levoo é um negócio bastante positivo, porque de imediato vai intensificar a nossa infraestrutura tecnológica e operacional, permitindo o desenvolvimento de novos projetos e expansão para outros países por meio das subsidiárias do Grupo MOVE3”, disse Carlos Magno, CEO e fundador da Levoo, que atende em duas modalidades principais, a Levoo Expresso e Levoo Ship.

Com presença mais forte nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Bahia, a empresa atende cerca de 12 grupos de grande atuação no varejo e e-commerce, e conta com mais de 17 mil couriers cadastrados em sua plataforma.

Fonte : https://mundologistica.com.br/noticias/grupo-move3-anuncia-aquisicao-da-levoo

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JSL registra lucro líquido de R$ 31,2 milhões no 1º trimestre de 2023

A JSL anunciou os resultados do 1º trimestre de 2023, com destaque para lucro líquido ajustado de R$ 31,2 milhões. Durante o período a empresa cresceu 19,7% na receita bruta em comparação ao primeiro trimestre de 2022, totalizando R$ 1,8 bilhão. A receita líquida de serviços do 1T23 alcançou R$ 1,6 bilhão, equivalente a um aumento de 20,6% na comparação anual.

No trimestre, o Ebitda da JSL atingiu R$ 306,1 milhões, com alta de 39,5% em relação ao 1T22 e margem de 20,3%, com uma expansão na margem Ebitda de 3,0 pontos percentuais na comparação com os dados do mesmo período do ano anterior. Ao considerar os últimos 12 meses finalizados em março, a JSL totalizou R$ 7,4 bilhões de faturamento.

“Esse nível de margem é superior ao patamar do 4T22, trimestre sazonalmente mais forte que o primeiro trimestre, o que comprova a perenidade de nossas medidas de eficiência na gestão, controle rígido de custos e despesas operacionais e a entrada de novos projetos”, afirmou Guilherme Sampaio, CFO da JSL.

A empresa ressaltou que o lucro líquido também está impactado em cerca de R$ 12 milhões pela depreciação de ativos já adquiridos, mas cujos contratos ainda estão em fase de implantação, com início de geração de receita esperada para os próximos trimestres. “Acreditamos no crescimento a longo prazo e atuamos para que isso ocorra de forma sustentável, sem pressionar a estrutura de capital”, observa Ramon Alcaraz, CEO da JSL. Em março deste ano, a S&P Global Ratings elevou os ratings da Companhia para BB- e brAA+.

SETOR LOGÍSTICO
O total de novos contratos fechados no 1T23 foi de R$ 605 milhões, com prazo médio de 35 meses, resultando em receita média mensal adicional de R$ 17 milhões, valor semelhante ao conquistado no 1T22. Todos os novos contratos foram fechados com clientes atuais e estão distribuídos em diferentes setores da economia, com destaque para alimentos e bebidas (28%), químico (21%), papel e celulose (20%) e bens de consumo (17%).

Por segmentos, 43% dos novos contratos se enquadram em Operações Dedicadas, 27% em Armazenagem, 23% em Transporte de Cargas e 7% em Distribuição Urbana.

AQUISIÇÕES ESTRATÉGICAS
Para a JSL, a diversificação é um grande diferencial competitivo e pilar estratégico, e a recente compra da IC Transportes se integra justamente nesse contexto. A 7ª aquisição da companhia desde o IPO, em 2020, é a maior realizada até o momento, somando-se a outras empresas do grupo (Fadel, Marvel, Rodomeu, TPC, Transmoreno e TruckPad).

O grupo também obteve destaque com a TPC, que recebeu da Whirlpool o prêmio de “Melhor Operadora Logística de 2022” no Programa de Excelência em Transportes (PEX Transportes). “Estaremos juntos nos próximos anos, buscando sempre aliar as melhores práticas ESG à tecnologia, inovação e produtividade”, afirma o diretor de Negócios e Engenharia da TPC, Eduardo Leonel.

Criado em 2009 pela Whirlpool, o PEX Transportes tem como objetivos garantir controle eficaz dos processos, melhorar a qualidade do sistema de gestão utilizado, identificar e disseminar melhores práticas de gestão, monitorar e garantir resultados sustentáveis e medir e reconhecer as transportadoras e operadores logísticos com melhores desempenhos.

AGENDA ESG
A empresa foi reconhecida, pelo segundo ano consecutivo, no projeto Revita Bayer, para o qual contribuiu com o plantio de mil mudas para neutralizar as emissões de gases na operação da Bayer. Já a General Motors concedeu um prêmio como o melhor fornecedor logístico do Brasil em uma premiação global.

Fonte : https://mundologistica.com.br/noticias/jsl-teve-lucro-liquido-de-r$-312-milhoes-no-1t23

Operadores logísticos apostam em geolocalização das encomendas

Aquisições para expandir atuação e tecnologia para agilizar tempo de resposta ao cliente sustentam estratégias para superar incertezas da economia.

Altamente fragmentado, o que favorece um intenso movimento de fusões e aquisições e a abertura de novas frentes de negócios, o mercado brasileiro de operadores logísticos mantém bom ritmo de crescimento neste ano, mesmo num cenário de economia ainda instável.

A preocupação de algumas empresas é ampliar o controle da geolocalização das encomendas que estão com seus entregadores. A Temp Log, que atua com armazenamento, fracionamento e transporte de produtos para a indústria farmacêutica (movimenta 40% da toxina botulínica que circula no país), tem entre suas prioridades a gestão do atendimento no pós-venda.

“O objetivo é agilizar o tempo de resposta ao cliente, com a revisão dos aplicativos móveis de rastreabilidade das entregas”, explica Ricardo Canteras, diretor comercial da Temp Log. “Em cinco anos”, diz ele, “não será mais possível fazer logística sem data e hora das entregas.”
No caso da JSL, uma das maiores empresas de logística do país, controlada pelo grupo Simpar, a base de crescimento nos próximos meses vem dos contratos fechados nos segmentos de papel e celulose, mineração, automotivo, alimentos e bebidas, aponta Ramon Alcaraz, CEO da companhia.

No front interno, a estratégia consiste em buscar sinergias com os atuais clientes para ampliar a participação nas operações de cada um. “No ano de 2022, celebramos R$ 6 bilhões em novos contratos com prazo médio de 50 meses, sendo 93% em clientes já existentes”, informa. A frente internacional é outro ponto de destaque. O plano de expandir no exterior começou com a operação na África do Sul, na qual já foram destinados investimentos de cerca de R$ 140 milhões.

Para complementar a atuação nessas duas frentes, a JSL busca aumentar a competitividade com a diversificação de seu mix de serviços. No início de março, a empresa anunciou a aquisição da IC Transportes. A operação, no valor total de R$ 587 milhões, abre a possibilidade de atuar nos mercados de grãos, fertilizantes e combustíveis.

Com 370 clientes, a IC Transportes é uma das maiores empresas do setor, com uma receita líquida de R$ 1,4 bilhão em 2022. “A IC Transportes se torna a segunda maior empresa do grupo Simpar, e vai melhorar nosso portfólio em segmentos em que não estávamos presentes”, diz Alcaraz.
Também empenhada em fortalecer suas operações, a Multilog aposta no crescimento orgânico e em novas aquisições, segundo seu presidente, Djalma Vilela. Fundada em Santa Catarina, a empresa tem unidades distribuídas no Nordeste, São Paulo e Rio Grande do Sul.

Em 2022, a Multilog foi às compras. Adquiriu a Martins Medeiros, na região Nordeste, e a Apoio Logística, aquisições que permitiram ampliar a estrutura comercial em São Paulo e Santa Catarina. “Com isso, encerramos 2022 com a marca de R$ 1 bilhão em faturamento, alcançando a meta prevista para 2025”, conta Vilela.

A Multilog opera todos os serviços de logística para diversos segmentos (alimentos, bens de consumo, saúde, químico, automotivo e agronegócio), com 38 unidades em pontos de fronteiras secas no Mercosul, 2,2 milhões de metros quadrados em áreas de armazenagem, incluindo 13 unidades alfandegadas e 15 centros de distribuição.

“Em 2023, devemos seguir expandindo nossa atuação com investimentos na estrutura de operações e em tecnologia e olhando o mercado sob perspectiva de novas aquisições”, diz Vilela. “A previsão é alcançar R$ 1,4 bilhão em faturamento, dos quais 50% provenientes da operação de transportes e centros de distribuição”, assinala.

Com as dificuldades da economia brasileira, os operadores logísticos estão adotando medidas ao longo deste ano que visam flexibilizar contratos, revisar as cadeias de suprimentos, fazer uso mais intensivo de dados, executar o compartilhamento de capacidade e, também, fomentar a multimodalidade, como explica Marcella Cunha, diretora-executiva da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol).

As expectativas para 2023 são positivas e se baseiam na tendência de crescimento registrado em anos anteriores, comenta. Em 2021, por exemplo, de acordo com pesquisa realizada pela Abol e pelo Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), a receita operacional bruta das empresas brasileiras de logística atingiu R$ 166 bilhões, desempenho que garantiu dois milhões de empregos, entre diretos e indiretos, o equivalente a 2% do total de pessoas ocupadas no país, assinala a diretora.

“Mas a inflação de insumos, especialmente de combustíveis, segue como uma preocupação das empresas para este ano”, afirma. “As altas de preço do diesel devem seguir ao menos até o primeiro trimestre deste ano. Não sabemos qual será o impacto no médio e longo prazos. Por isso, todo esforço deve ser feito para mitigar a alta de custos”, diz.
Para a Abol, o fundamental é priorizar os colaboradores e clientes, investir em tecnologias estratégicas para alavancar o negócio – como o data analytics –, ter persistência, fortalecer o networking e melhorar os controles e a gestão interna.

Segundo Marcella Cunha, o segmento alimentício é o que tem apresentado maior estabilidade em momentos de crise, mas setores como o agronegócio, autopeças e varejo devem puxar o crescimento. “O ganho de competitividade está atrelado à melhoria de processo aplicando engenharia, eficiência interna na cadeia de custos e produtividade”, acentua.

A DHL Supply Chain, que faz parte do grupo alemão Deutsche Post DHL, concentra seus esforços em melhorar a flexibilidade e agilidade dos processos logísticos, destaca Solon Barrios, vice-presidente de transportes da subsidiária brasileira. Em fevereiro, a empresa anunciou investimentos de R$ 800 milhões no Brasil até 2025, destinados a impulsionar novas oportunidades nos mercados de transporte, e-commerce e saúde.

Parte dos investimentos visa apoiar a modernização e expansão de áreas de armazenagem em cinco Estados (São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina e Goiás), com destaque para sua operação de Extrema, no sul de Minas. “Em transporte, nosso plano inclui a expansão da rede nacional de hubs de transbordo e consolidação de carga, o investimento em sistemas de gestão de frota e análise de dados e ampliação da frota elétrica, que já supera atualmente 80 veículos”, conta Barrios.

A tecnologia tem sido ponto forte das alternativas adotadas pelos operadores logísticos. A norte-americana Penske, que neste ano completa 25 anos de operação no país, conseguiu consolidar-se em um mercado extremamente desafiador e competitivo, afirma Paulo Sarti, diretor-presidente da filial brasileira. A empresa foi bem-sucedida graças à estratégia de asset light (sem muitos ativos, como imóveis), de modo a destinar a maior parte dos investimentos a soluções tecnológicas.

“Com essa abordagem, podemos oferecer customização para cada cliente, com benefícios tangíveis, como corte de custos, melhorias significativas na gestão do estoque e aumento da competitividade em relação aos concorrentes”, afirma. Está nos planos da Penske implantar ainda neste ano um novo WMS (sistema de armazenagem) e inaugurar um novo hub para a consolidação de cargas.

A Sequoia Logística e Transportes, cuja atuação engloba operações logísticas de e-commerce e tecnologia, investe forte em automação, “o que é cada vez mais crucial para a produtividade, especialmente para uma empresa que atua com hubs logísticos”, diz Bruno Henrique Souza, vice-presidente de operações.

“Além disso, investimos nos processos de comunicação, tanto com os embarcadores quanto com os destinatários”, diz ele. A Sequoia atua tanto no segmento de serviços para consumidores (B2C) como no de venda para empresas. “Nosso diferencial é ser uma empresa one stop shop, com soluções desde coleta, armazenagem, separação, transporte e logística reversa até conserto de aparelhos para alguns segmentos”, indica.

A empresa francesa FM Logistic também utiliza a tecnologia como grande aliada para minimizar os impactos nos custos dos preços dos fretes, além de manter o padrão dos serviços e a competividade no mercado, segundo Ronaldo Fernandes da Silva, presidente da filial brasileira. Uma das soluções é o uso de software de gestão de transporte, que permite a otimização das rotas, a gestão das entregas, o controle do estoque e a redução de erros”, diz. Além disso, as tecnologias de automação de processos e de inteligência artificial ajudam a aumentar a eficiência do transporte e reduzir custos”, afirma.

O Brasil segue sendo um mercado-chave para os negócios da FM Logistic. A expectativa é dobrar o faturamento regional em três anos, diz Silva. A empresa opera com uma área total de armazenagem de 80 mil metros quadrados, em três centros de distribuição multiclientes localizados em São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Movimenta mais de 105 milhões de toneladas de produtos diversos, especialmente para clientes do e-commerce empresarial. “A perspectiva é seguir no ritmo de crescimento acima de 20% ao ano”, diz.

A preocupação em ganhar mais competitividade nas operações logísticas não mobiliza apenas os responsáveis diretamente pelo armazenamento e entrega das mercadorias aos clientes finais, mas também a outros integrantes da cadeia de suprimentos.

Cinco das principais tradings agrícolas que operam no país – Archer Daniels Midland (ADM), Amaggi, Bunge, Cargill e Louis Dreyfus Company (LDC) – entraram com pedido de aprovação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para criação de uma joint venture no setor de transporte rodoviário.

O objetivo é ganhar mais agilidade e eficiência no escoamento da produção agrícola. Em especial, nos picos de safra, quando os gargalos logísticos ficam mais evidentes em toda a cadeia. “Não existe a pretensão de resolver todos os problemas do setor, até porque eles passam pelas estradas, portos e capacidade de armazenagem. Mas a intenção é minimizar alguns deles para os sócios”, diz Elvio Moro, responsável pelo projeto. A expectativa é que a nova empresa atenda somente 3% do volume total de cargas das cinco tradings. Os outros 97% dos grãos continuarão sob responsabilidade de transportadoras parceiras e motoristas autônomos.

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/03/30/operadores-logisticos-apostam-em-geolocalizacao-das-encomendas.ghtml

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Sequoia busca alternativa de capital

Empresa de logística focada no varejo busca capitalização de no mínimo R$ 100 milhões.

A empresa de logística Sequoia busca alternativas para uma capitalização de, no mínimo, R$ 100 milhões, em um momento em que o varejo, seu principal cliente, enfrenta fraca atividade econômica, juros altos e dificuldade de acessar crédito. Itaú BBA e Santander assessoram a companhia nesse processo.

Em paralelo, a empresa tem recebido propostas para compra do controle, disseram fontes. Desde que abriu o capital, em 2020, as ações acumulam queda de 81%, segundo Valor Data. Ontem, fecharam a R$ 2,37, recuo de 2,07%. O balanço de 2022, que seria divulgado ontem, foi adiado para dia 29.

A Sequoia não tem a Americanas como cliente e nem está entre seus credores. Mas não está imune aos efeitos da crise desencadeada pela varejista, que está em recuperação judicial após informar um rombo contábil de R$ 20 bilhões em janeiro. Os bancos, então, enxugaram a oferta de crédito ao varejo e isso tem acertado em cheio a Sequoia.

Nos últimos meses, a Sequoia bateu à porta de alguns fundos especializados em crédito, segundo fontes, buscando um cheque mínimo de R$ 100 milhões. “Não é que a estrutura financeira da companhia esteja ruim, mas ela precisa de capital de giro e tem encontrado mais dificuldade tendo em vista o preço das ações”, diz uma fonte.

Essa busca de alternativas ocorre depois de bancos terem tentado intermediar conversas para costurar uma fusão com a Total Express, empresa do grupo Abril e que recentemente recebeu aporte da Amazon, que agora é minoritário da empresa. Mas as negociações não avançaram, disseram fontes.

No fim de setembro do ano passado, conforme o último resultado divulgado, a dívida líquida da Sequoia estava em R$ 507 milhões, com uma alavancagem de 1,7 vez. De janeiro a setembro, a geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), foi a R$ 181 milhões, alta de 45% na relação anual.

A companhia abriu capital em 2020, aproveitando uma farta onda de liquidez nos mercados em todo o mundo, com os bancos centrais injetando dinheiro nas economias, como uma forma imediata de mitigar potenciais efeitos econômicos da pandemia. Na sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), que movimentou cerca de R$ 2 bilhões, a promessa da companhia era ao menos uma dezena de aquisições para ganhar mercado. Desde então, seis já foram feitas, movimento pausado no ano passado.

A Sequoia foi uma das empresas que conseguiram ganhar tração de crescimento ao longo da pandemia. As vendas on-line no país cresceram de forma expressiva, levando todo o varejo, em massa, a buscar uma logística capaz de fazer entregas cada vez mais rápidas.

A empresa nasceu focada em atender grandes clientes, como os maiores marketplaces (shopping centers on-line) instalados no país – Amazon, Mercado Livre e Magazine Luiza, entre eles. A Sequoia recebeu recursos do fundo Warburg Pincus, que já zerou sua posição na empresa. Fundada em 2010 pelos empresários Armando Marchesan e Décio Honorato Alves, a companhia foi ganhando espaço nos últimos anos e avançou mais durante a pandemia.

Procurada, a Sequoia informou, por meio de um comunicado, que mantém contratos com Santander e Itaú BBA para atuarem como seus assessores, visando análises de potenciais alternativas estratégicas de negócios. A companhia afirma que não há nenhuma capitalização de recursos em processo formal neste momento. “Mesmo a empresa sendo, com alguma frequência, abordada por interessados de atividades distintas e similares para avaliar possíveis oportunidades de negócios.”

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/03/24/sequoia-busca-alternativa-de-capital.ghtml

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