Em joint venture com a Sequoia, MOVE3 visa ampliar malha nos interiores e fortalecer first mile

Outros objetivos da transação incluem a expansão de serviços de cross-selling de todas as empresas do grupo e a criação de uma rede logística reversa eficiente da MOVE3 no Brasil.

A MOVE3 anunciou uma joint venture com a Sequoia, um movimento que, segundo as empresas, tem o objetivo de conferir agilidade e ampliação da malha de entregas do grupo para as cidades do interior do Brasil.

De acordo com o CEO do Grupo MOVE3, Guilherme Juliani, a fusão é reflexo do fato de as empresas serem complementares. “A força de tecnologia e controle de custos das empresas do Grupo MOVE3 aliada à força institucional da marca Sequoia tem um potencial gigante. Hoje, a Sequoia tem uma vasta abrangência de transferência de carga e know-how de field service que podem ser agregados ao ecossistema do Grupo MOVE3.”

Além da ampliação de malha de entregas para as cidades do interior, Juliani destacou que a expectativa é que a joint venture expanda, também, os serviços de line haul da Sequoia e cross-selling entre todas as empresas do grupo.

Outro intuito com a joint venture é fortalecer a operação de first mile da MOVE3, bem como a criação de uma rede de logística reversa eficiente no Brasil. “Acho que isso, com a entrada da Drops [rede de entrega e retirada de encomendas da Sequoia] e rotas próprias da Sequoia trarão um grande avanço para nós”, disse Juliani.

Segundo o Neofeed, a transação posiciona as empresas como a segunda maior companhia de entrega de pequenos pacotes no país, com receita líquida de R$ 2,4 bilhões, atrás apenas dos Correios.

Após a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), as empresas firmarão um novo acordo. Em comunicado para a imprensa, a MOVE3 reforçou que, apesar de a família Juliani ser a maior acionista individual da joint venture, nenhum acionista deterá sozinho o controle da companhia.

REESTRUTURAÇÃO FINANCEIRA DA SEQUOIA
A longo do último ano, a Sequoia fez movimentos em prol de reestruturação financeira. Em dezembro, a companhia anunciou um acordo com bancos credores para reduzir a dívida líquida em 85%, derrubando o valor devido de R$ 700 milhões para R$ 100 milhões a serem pagos em sete anos.

Junto a esse movimento, a Sequoia também elegeu um novo Conselho de Administração, presidido por Eric Fonseca — portfolio manager e cofundador da Newfoundland, um dos principais investidores da companhia.

“A conclusão da negociação da dívida coloca a Sequoia em uma nova fase. A companhia renasce mais leve, desalavancada, mas tendo preservado seus principais ativos: know-how, capacidade operacional, pessoas-chave e clientes”, afirmou Fonseca.

Para o CEO da MOVE3, os obstáculos enfrentados pela Sequoia reforçam a resiliência da companhia. “Um time que passou pela provação que eles passaram cria uma casca e aprende lições valiosas que precisam ser ensinadas para os outros”, disse.

ABERTURA DE CAPITAL DA MOVE3
Em entrevista para a MundoLogística em abril do ano passado, Guilherme Juliani destacou a pretensão da MOVE3 de abril capital — prevendo, inclusive, a inclusão da companhia na janela de IPO (“Initial Public Offering”, ou “Oferta Pública Inicial”, em português) do primeiro trimestre de 2024.

Nesse sentido, a joint venture com a Sequoia marca a entrada da MOVE3 no mercado de capitais sem passar pelo processo de IPO. “O IPO não era um objetivo em si, mas sim um meio para possibilitar que o nosso grupo chegasse mais longe”, explicou Juliani.

‘https://mundologistica.com.br/noticias/joint-venture-sequoia-move3-ampliar-malha-fortalecer-first-mile

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