E-commerce está cada vez mais popular para a geração prateada, mostra estudo

Quando se fala da ascensão do e-commerce, há de admitir que o perfil do comprador assíduo desse canal é específico no nosso imaginário: jovem, atualizado na tecnologia, provavelmente Millennial ou da Geração Z, correto? Bem, pelo jeito, o cenário das compras online já não é tão polarizado assim: boa parte das aquisições pela internet são feitas, na verdade pela tal geração prateada — o público acima dos 55 anos.

É o que mostra o estudo da Tsunami8 Latam, conduzido pelo Data8, núcleo da Hype50+, em parceria com o No Pausa, Opinion Box e Pontes, que entrevistou ao todo mais de 17 mil pessoas: dois terços dos consumidores latinos da geração prateada — Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru e Uruguai — consumiram no e-commerce no último ano.

Entre os produtos mais comprados em todos os países, estão eletrônicos (38,4%), remédios e medicamentos (34,2%), alimentos e bebidas (33,7%), roupas e acessórios (33,2%) e eletrodomésticos e utensílios para a casa (32,1%). No caso especial do Brasil, analisado na pesquisa, 95% dos usuários nessa faixa etária possuem um smartphone e 31% deles conhecem novas marcas pelas redes sociais.

gráfico 1 e-commerce

Fonte: Tsunami8 Latam

Uma geração que está cada vez mais no e-commerce

A pesquisa para o Brasil, feita de maneira presencial, também mostra dados interessantes sobre a forma como esse público consome no e-commerce do País. Para se ter ideia, pelo menos 39% deles fizeram uma compra na internet nos últimos 12 meses — porcentagem que está em crescimento, acompanhando o ascensão do comércio eletrônico — e 65% têm acesso diário à internet.

Entre os dados gerais da América Latina, nota-se que as categorias mais consumidas são itens pessoais (37%), produtos para a casa (36%) e itens para a família (18%). E além dos demais itens citados, os usuários também costumam comprar livros, produtos de beleza e cosméticos, móveis e artigos de decoração, artigos esportivos, produtos para pets e passagens áreas ou pacotes de turismo pela internet.

A grande questão é que ainda falta inclusão desse público dentro dos e-commerces. E que fique claro: não significa um tratamento diferenciado de acessibilidade — porque a geração prateada, sobretudo após a pandemia, tem tido mais facilidade em mexer com tecnologia —, mas uma diversidade nos produtos, anúncios e propagandas.

gráfico 2 e-commerce

Fonte: Tsunami8 Latam

Diversidade e inclusão no comércio eletrônico

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a população acima dos 50 anos do País movimenta quase 2 trilhões de reais por ano, chocantes 42% do consumo nacional. E, ainda que o potencial de consumo seja muito expressivo, é muito mais comum ver ações de marketing voltadas ao público mais jovem.

A questão em tudo isso é: ainda que os Millennials e a Geração Z tenham bastante preferência para o e-commerce, o que falta para tornar esse canal ainda mais vantajoso e propício para a geração prateada? A resposta é, na verdade, muito simples: falta uma comunicação e ações publicitárias com um enfoque nesse público.

A boa notícia é que, em contraproposta ao movimento do mercado — que foca muito nos jovens —, há empresas, novos empreendimentos, influenciadores e até mesmo cursos que já buscam um atendimento melhor da geração prateada. Para se ter ideia, um levantamento do Sebrae mostra que pelo menos 49% dos empreendedores brasileiros possuem mais de 50 anos.

A própria Fundação Getúlio Vargas (FGV) lançou, no ano passado, um curso totalmente voltado para o mercado de longevidade e empresas como Hype 50+ já trabalham com a inclusão desse público no mercado, seja em força de trabalho ou mesmo em ações voltadas para enxergá-los como consumidores em seu pleno potencial.

Dito tudo isso, fica clara que só resta uma única dúvida, responsável por uma grande transformação na receita de qualquer companhia: a sua empresa atende bem a geração prateada ou ainda segue presa em uma ideia “jovemcêntrica”?

Fonte : https://www.consumidormoderno.com.br/2022/03/16/e-commerce-geracao-prateada/?utm_campaign=news-cm-170322&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

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As Expectativas e Prioridades dos Líderes Empresariais para o Ambiente de Negócios Brasileiro

Investimento em tecnologia e capacitação profissional serão destaque.

Mesmo com incertezas econômicas, sociais e políticas, empresas planejam investir em tecnologia e produtividade e esperam aumentar receitas este ano. É o que revela a pesquisa Agenda 2022 da Deloitte que coletou respostas de quase 500 negócios brasileiros, que faturam juntas o equivalente a 35% do PIB nacional (acumulado em 12 meses até o 3º trimestre do ano).

As entrevistas foram feitas entre novembro e dezembro de 2021 com 64% dos respondentes em cargos de conselho, presidência e diretoria, e mostram que há a expectativa de estabilidade para o PIB neste ano. Além disso, as estatísticas elencam no relatório as principais preocupações dos executivos para o ambiente de negócios daqui para frente.

Em uma visão macro, as prioridades para o governo, segundo as empresas, e que poderão influenciar o mercado serão:

● Economia: geração de emprego, controle da inflação, infraestrutura e logística, política de juros;
● Empreendedorismo: micro e pequenas empresas, transformação digital e crédito a empresas;
● Impacto social: educação, saúde, saneamento básico, segurança pública;
● Gestão pública: reforma administrativa, combate à corrupção, desburocratização, planejamento estratégico;
● Regulamentações: reforma tributária, legislação trabalhista, legislação ambiental e ataques cibernéticos.

Com o surgimento e crescimento exponencial de uma nova variante do vírus, os impactos na economia global e uma eleição presidencial se aproximando no Brasil, seria possível supor um cenário de maior austeridade e retração de investimentos por parte das corporações em 2022.

No entanto, para o levantamento, o empresariado brasileiro planeja aumentar o investimento e a produtividade por meio de aportes em tecnologia e capacitação e espera o crescimento das receitas. As medidas são respostas à transformação digital que se intensificou no período recente e são fundamentais para a sustentabilidade dos negócios neste momento de instabilidade.

Prioridades dos negócios brasileiros

De acordo com o estudo da Deloitte, 39% dos indivíduos consultados disseram que sua indústria precisa de revisões ou novas regulamentações. Entretanto, em termos de obtenção de receita, 10,2% é a média da taxa de crescimento de vendas esperada pelas companhias, 21% esperam crescimento das vendas maior que 20% e apenas 6% acreditam que haverá uma queda das vendas em 2022.

Fonte: Deloitte

Ademais, 9 em cada 10 empresas vão aumentar ou manter investimentos em qualificação tecnológica.

O relatório ainda informa outras prioridades dos entrevistados.

Isso irá ocorrer porque a maior parte das empresas deve manter ou aumentar investimentos em tecnologia e capacitação de profissionais como forma de responder às exigências do universo digital e garantir a escalabilidade do negócio. Investimentos em capacitação tecnológica e profissional refletem uma lacuna na educação, a principal demanda social do empresariado para o setor público.

A fim de expandir os negócios, a pesquisa traz outros dados relevantes, como o fato de haver 75% dos investidores interessados em dedicar verba à pesquisa e desenvolvimento (P&D); 59% em máquinas e equipamentos; 41% em novos pontos de venda; 31% em ampliação de atuais unidades de produção; e 21% de novas unidades de produção.

Se tratando de ações estratégicas, as descobertas da Deloitte mostram que a maioria dos gestores (31%) irá se debruçar na participação em licitações e privatizações; 22% em aquisição de empresas; 18% em aquisição de produtos/marcas; e 13% em participação em concessões públicas: 25 empresas pretendem fazer IPO em 2022 e outras 46 pretendem emitir títulos de dívidas.

Obstáculos a serem superados este ano

Como nem tudo são flores, este ano será palco para o enfrentamento de desafios que causam entraves aos negócios brasileiros que tentam tirar projetos de capital do papel, sendo os nove mais comuns apontados pelo relatório:

1. Volatilidade do mercado;
2. Imprevisibilidade de receitas/vendas;
3. Custo de captação para financiamento;
4. Imprevisibilidade dos resultados;
5. Falta de mão de obra qualificada;
6. Definição de orçamento;
7. Burocracia para captação de recursos;
8. Insegurança legal/jurídica;
9. Atendimento à ESG.

Essas são apenas algumas tendências que foram colocadas em evidência pelo estudo da Deloitte, mas outros pontos podem surgir no decorrer de 2022 ao passo em que novos acontecimentos forem surgindo.

De qualquer forma, ao analisar os pensamentos e insights de profissionais que ocupam cargos de liderança em seus respectivos locais de trabalho, torna-se viável prospectar ideias e estratégias singulares a serem desenvolvidas pelos times, levando em conta a experiência que os entrevistados possuem combinada ao cenário volátil que o Brasil se encontra.

Apesar de existir iniciativas com potencial, é essencial não tirar os pés do chão em ano de eleição – e Copa do Mundo – já que tudo pode mudar em questão de semanas e acabar, consequentemente, afetando os negócios.

A pandemia ensinou muito aos executivos, modificou hábitos de consumo, exigiu que as organizações proporcionassem experiências diferentes e deu espaço a inovações, evolução do e-commerce e do conceito do phygital.

Em 2022, tudo o que foi aprendido nos últimos dois anos será colocado em prática. Aqueles que conseguirem assimilar tudo isso mais rapidamente tendem a sair à frente na disputa pelo mercado.

Veja o estudo completo na Biblioteca do RadarIC: Agenda 2022 Expectativas e Prioridades dos Líderes Empresariais para o Ambiente de Negócios Brasileiro

Fonte : https://www.consumidormoderno.com.br/2022/02/17/expectativas-prioridades-lideres-negocios/

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Quick commerce: 95% dos consumidores gostariam de reduzir os prazos de entrega

Depois de analisar o comportamento dos consumidores no mobile commerce, a segunda parte da pesquisa do Capterra, plataforma líder mundial de avaliação e seleção de software para empresas, foca nos serviços rápidos de entrega, também chamados de quick commerce.

Com prazos mais curtos, quick commerce já é realidade no Brasil

Em um país com as dimensões continentais como o Brasil, a logística pode parecer um entrave para o comércio eletrônico. Um exemplo é a Black Friday de 2021. Mal havia começado o evento e a principal reclamação na plataforma Reclame Aqui estava relacionada à entrega de produtos, já que muitas empresas passaram a oferecer prazos bastante curtos (e inalcançáveis).

O fato é que o consumidor espera seus pedidos entregues “para ontem”, conforme mostra nova pesquisa do Capterra, que entrevistou 1.063 pessoas de todo país para entender suas expectativas sobre o processo de entrega rápida de suas compras, em torno do conceito de quick commerce —confira a metodologia completa no final do texto.

Não alheias à realidade estão as grandes varejistas que já se empenham em oferecer entregas rápidas, inclusive batalhando pelo uso do slogan de “entregas mais rápidas” do Brasil.

Para ganhar mais agilidade no tema de logística e fazer entregas mais rápidas, a Amazon, por exemplo, inaugurou três centros de distribuição no país em apenas dois meses, nos estados do Rio de Janeiro, Pernambuco e Ceará.

Além disso, o setor logístico também se mostra empenhado em atender às demandas dos consumidores. Por exemplo, o Brasil registra atualmente 19 startups consideradas unicórnios, sendo que três delas atuam na área de logística.

Apesar disso, o esforço realizado tem sido suficiente? Qual a expectativa dos consumidores acerca das entregas online? Veja os dados da pesquisa para entender o comportamento dos consumidores.

O que é o quick commerce?

Também conhecido pelo acrônimo q-commerce, o quick commerce é uma modalidade de comércio eletrônico em que o tempo de entrega é o protagonista das transações. Tratam-se de processos de entregas mais rápidos e ágeis que deixam de acontecer em dias para serem efetuados em horas, se possível.

Para essa estrutura se tornar realidade, emprega-se estruturas com foco em agilidade: entregas sob duas rodas (em bicicletas ou motos), armazéns estrategicamente organizados e posicionados, além do uso de “dark stores” —galpões destinados apenas ao armazenamento, separação e envio dos pedidos dos clientes. Outro importante fator é que as operações podem ser executadas 365 dias por ano, durante 24 horas, nos sete dias da semana, para atender os consumidores mais apressados.

Nesse sentido, empresas buscam estratégias para se tornar mais eficientes e reduzir o prazo de entregas. O Mercado Livre inaugurou um centro de distribuição na Grande São Paulo para itens de grande porte com o objetivo de reduzir para um dia o prazo de entrega na capital paulista –atualmente esse número varia entre 3 e 10 dias.

Já a Rappi lançou o serviço de entregas chamado Rappi Turbo, que promete entregas em até 10 minutos para produtos de conveniência, que ficam armazenados em suas próprias dark stores.

Consumidores querem entregas em até dois dias

Consumidores estão mais imediatistas em relação ao prazo de entrega das suas compras online. Isso porque a maior parte dos entrevistados (49%) declarou que a rapidez é o item mais importante na entrega dos seus pedidos, superando inclusive questões como preço.

Com q-commerce, rapidez é mais importante que preço

No entanto, de nove categorias de produtos analisadas pelos entrevistados, para cinco delas os respondentes disseram que a entrega demora mais de cinco dias para chegar, conforme demonstra o gráfico a seguir.

Maioria dos produtos são entregue em mais de 5 dias

Obviamente o tipo de mercadoria e sua finalidade influencia diretamente no tempo de entrega.

Enquanto os produtos de casa e decoração, que podem incluir utensílios grandes, são os que mais demoram para chegar na casa dos clientes (43% disseram que esse tipo de produto costuma ser entregue em mais de 5 dias), os medicamentos e produtos farmacêuticos são os que chegam com maior rapidez —34% dizem que eles costumam ser entregues em menos de uma hora.

Sendo assim, os resultados levantados pelo Capterra mostram que, nas compras online, expectativa e realidade parecem não caminhar juntas, e isso fica evidente especificamente por dois fatos:

  • Quase a totalidade dos entrevistados (95%) relatou que gostaria de reduzir os prazos de entrega.
  • Na análise do período de entrega aceitável para cada tipo de produto, a maioria dos entrevistados sinalizou que espera que seus pedidos sejam entregues entre um e dois dias úteis.

Em relação à última informação, as únicas exceções foram medicamentos e produtos farmacêuticos –para este tipo de produto, a maioria espera que chegue em menos de uma hora–, e produtos fitness que, na maior parte dos casos, não são comprados de forma online.

Metade quer entregas de supermercado em até uma hora

A crise de COVID-19 tirou as pessoas das prateleiras de supermercados e as levou a fazer compras em páginas web. Este hábito de consumo parece ter se consolidado porque, mesmo com a flexibilização do distanciamento social, as pessoas esperam entregas rápidas para supermercados. As compras de supermercado pela internet foram uma das categorias que mais cresceram na pandemia –o número de pessoas que fez pedido online em supermercados saltou de 9% em 2019 para 30% em 2021.

Depois de medicamentos e produtos de farmácia, a segunda categoria que as pessoas esperam entregas ultra rápidas, em menos de uma hora, são os produtos de supermercados. Um a cada dois entrevistados acham aceitável que sejam entregues em menos de uma hora. Os itens de supermercado incluem produtos de açougue, hortifrutis e empórios.

Embora os números possam parecer pouco realistas, as empresas tentam se adaptar às demandas. Grandes supermercados se organizam para acelerar entregas. Por exemplo, a plataforma de entregas Rappi, fez parceria com os supermercados para realizar suas entregas, entre eles, o Mambo em que passou a prometer entregas em até 10 minutos para uma de suas unidades na capital paulista.

Outro exemplo foi o fortalecimento de supermercados digitais, com foco em entregas rápidas. A plataforma Shopper recebeu duas rodadas de investimento em 2021 para impulsionar sua expansão. No mesmo caminho, a plataforma de supermercado online Daki, que oferece entregas em 15 minutos, tornou-se o novo unicórnio brasileiro com apenas 10 meses de existência.

Estimativa de entrega influencia nos pedidos de delivery em restaurantes

No estudo do Capterra, 85% dos entrevistados disseram que fazem pedidos online para entrega de comidas e bebidas.

De acordo com a maioria dos entrevistados (69%), o prazo aceitável para este tipo de transação é de 30 minutos a 1 hora. Em seguida, um quarto dos entrevistados defende que seus pedidos de comida deveriam ser entregues em menos de 30 minutos.

Quick commerce em restaurantes: como cada item influencia na entrega

Na avaliação do estabelecimento onde compram bebidas e comidas online, 81% dos entrevistados disseram que o tempo estimado de entrega influencia muito. Ainda sobre questões logísticas, para 63%, as informações de rastreamento possuem muita influência.

Entretanto, embora as questões logísticas tenham um peso importante, a avaliação de um restaurante é mais influenciada pela qualidade da comida e bebida, já que 87% dos entrevistados disseram que esse fator tem muita influência.

Maioria vê relevância em entregas no mesmo dia

O lançamento de serviços como Amazon Prime deu visibilidade às entregas rápidas. Também chamadas de same day delivery, no estudo do Capterra, a maior parte dos entrevistados (73%) disse acreditar que a modalidade de entrega no mesmo dia é relevante.

Para algumas pessoas, inclusive, este é um fator que as levaria a deixar de comprar em uma loja. Por exemplo, as pessoas entre 26 e 35 anos, também denominadas como geração millennial, são as que estão mais propensas a não comprar em uma loja que não oferece entregas no mesmo dia.

Millennials são os mais influenciados por quick commerce

Atualmente, 38% disseram pagar por um serviço premium que dá mais rapidez às entregas de seus pedidos. Dos que pagam, 8 em cada 10 disseram que estão satisfeitos com o serviço e pretendem continuar pagando por ele.

Já aqueles que não pagam pelo serviço, pouco mais da metade dos consumidores (51%) acham o preço muito alto desses serviços.

Clientes querem entregas rápidas, mas não pretendem pagar a mais por elas

Embora sejam entusiastas das entregas no mesmo dia, a maioria dos consumidores não está disposta a pagar a mais, em nenhum tipo de produto, para recebê-lo no mesmo dia.

No entanto, na categoria de eletrônicos, é relativamente expressiva a quantidade (50%) daqueles que topam pagar entre 5% e 10% para receber rapidamente seus produtos.

Quanto a mais as pessoas topam a pagar por produtos dentro do q-commerce

No outro extremo, os produtos que as pessoas estão menos dispostas a pagar mais para receber com rapidez são cosméticos e produtos fitness —ambos registraram uma cifra acima de 50%.

Atualmente, somente 25% dos entrevistados disseram que estão dispostos a deixar de comprar em uma loja que não oferece entrega no mesmo dia. Apesar de a maioria não deixar de comprar por esse motivo, ainda assim é importante ter em mente que as pessoas buscam agilidade na entrega de seus pedidos.

Decisão de compra também está atrelada à logística

O nível de satisfação com uma loja é muito influenciado pelo serviço de entrega, de acordo com a maior parte dos entrevistados (56%).

Na seleção de um fornecedor, quase dois terços dos entrevistados (64%) são influenciados em algum grau pelo tempo de entrega oferecido por uma loja.

Ainda assim, o principal problema com as entregas das compras são as altas taxas de frete (38%), e, em seguida, os atrasos na entrega (26%).

Com pandemia, consumidores esperam pagar menos pela entrega dos pedidos

A guinada das empresas ao oferecimento de serviço q-commerce parece ter sido impulsionada pela pandemia, que influenciou mais pessoas a comprar online. Segundo a pesquisa do Capterra, 66% compram mais em lojas online atualmente do que costumavam comprar antes da crise sanitária.

Antes do COVID-19, 72% costumavam comprar online mais de uma vez por mês. Após março de 2020, quando houve a disseminação do coronavírus, 90% passaram a fazer compras online mais de uma vez por mês.

Em relação à expectativa com logística, 41% disseram que ela mudou com a pandemia, pois passaram a esperar pagar menos pela entrega dos produtos. Em seguida, 40% passaram a esperar que os produtos cheguem no mesmo dia.

4 importantes pontos para a criação de um sistema de entregas rápidas

Não apenas grandes redes de supermercado fortaleceram sua presença online. Pequenos e médios mercados também tiveram que modificar a operação para abocanhar os clientes digitais. Pesquisa da Sincovaga mostra que, dos mercados que aumentaram as vendas na pandemia, 63% dos estabelecimentos registrou alta com venda online. Para criar uma operação online para mercado é necessário:

1. Recebimento de pedidos

Crie um canal para receber os pedidos online de seus clientes. Através de softwares para criação de sites, você poderá criar uma versão online da sua loja ou restaurante. Se quiser oferecer mais um tipo de canal para atendimento, vale a pena considerar a criação de um aplicativo próprio –plataformas low code tornam mais acessível o desenvolvimento. Contas de redes sociais também são uma opção para a criação de uma operação online.

Outra maneira de receber os pedidos de seus clientes é por meio de uma conta WhatsApp  Business, em que os pedidos podem ser feitos via chat.

2. Administração de pagamentos

Para finalizar as compras, é possível tramitar as transações por meio de sistemas de pagamentos, que ajudam a processar vendas por cartão de crédito, por exemplo. Segundo pesquisa do Capterra, o cartão de crédito ainda é o principal método escolhido pelos brasileiros para pagar suas compras, no entanto, não há como ignorar outros potenciais métodos, como PIX e cartão de débito.

Além disso, dependendo do suporte que você escolher para levar a sua operação online, será necessário pensar em outros métodos de recebimento. Por exemplo, sistema de pagamentos por celular pode ser relevante em uma operação focada em dispositivos móveis.

3. Expedição de mercadorias

Uma das partes críticas para a criação de uma logística rápida é um bom serviço de separação e expedição de mercadorias. A boa organização do estoque é o primeiro passo. É possível realizá-lo manualmente, mas ferramentas como software de gestão de estoque e sistema de controle de estoque ajudam no gerenciamento de pedidos ao permitir um rápido rastreamento de mercadorias, também emitindo relatórios que ajudam a reposição do estoque.

Software de código de barras também ajuda na eficiência do inventário e, no caso do software de impressão de etiquetas, a emissão de etiquetas dá agilidade no processo de embalagem de mercadorias.

4. Organização da entrega

Para montar um sistema de entrega a domicílio é necessário decidir entre a criação de uma frota própria ou uso de aplicativos de entrega.

No caso da frota própria, além da aquisição de veículos e contratação de funcionários, é importante usar ferramentas que tornem a entrega mais eficiente. Por exemplo, sistemas de roteirização e softwares de gestão de entregas ajudam na criação de uma rota mais inteligente, inclusive quando inclui diversas paradas. Já programas rastreadores de GPS e sistemas de gestão de frotas colaboram com a administração e manutenção dos veículos utilizados na entrega.

Para dar visibilidade aos consumidores acerca do seu pedido, vale a pena usar software de rastreamento de entregas, que ajuda a mantê-los informados.

No caso da escolha de aplicativos de entrega, além de administrar o serviço de delivery, essas plataformas administram o fluxo de usuários, a distribuição entre entregadores e o sistema de pagamento mediante a cobrança de uma taxa. Neste caso, é importante avaliar qual empresa oferece as melhores condições para o seu negócio.

Na escolha da melhor opção logística, tenha em mente que atualmente o grau de sustentabilidade de uma empresa influencia a escolha dos consumidores por uma marca. Portanto, é importante considerar o uso de entregas sustentáveis.


Metodologia

Para reunir os dados presentes neste estudo, o Capterra realizou um levantamento online entre os dias 7 e 9 de novembro de 2021. Na ocasião, foram ouvidos 1.063 consumidores que costumam comprar online, com mais de 18 anos e de todas as regiões do país (com 50% dos entrevistados do sexo feminino e 50% do sexo masculino), pertencentes a diferentes faixas de renda. Os resultados são representativos da pesquisa, mas não necessariamente da população como um todo.

Fonte : https://www.capterra.com.br/blog/2365/quick-commerce

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A evolução do e-commerce na nova era pós-covid

As descobertas atualizadas do relatório Winning Omnichannel, da Kantar, revelam as mudanças de comportamento e as oportunidades para as marcas atenderem às novas necessidades dos consumidores. De janeiro a setembro de 2021, o crescimento do fast-moving consumer goods (FMCG) – ou bens de consumo rápidos, produtos embalados como alimentos, bebidas, itens de higiene, etc. – desacelerou para apenas 0,8%.

As compras de supermercado em casa permanecem 8,4% mais altas do que eram antes do covid-19. Enquanto isso, o e-commerce continua liderando o crescimento do canal, embora em um ritmo mais lento: registrou um crescimento de 17% de janeiro a setembro de 2021, em comparação com um aumento impressionante de 42% no ano anterior.

O estudo é baseado nos painéis de compras domésticas da Kantar em sete grandes mercados mundiais (Reino Unido, França, Espanha, China Continental, Indonésia, Brasil e México), que representam 29% da população global. Isso mostra que as tendências pré-pandemia estão retornando, mas que a atenção aos comportamentos que permanecem predominantes desde a pandemia, como trabalhar em casa e o retorno da socialização presencial, é essencial.

A adaptação do e-commerce

Mesmo sendo a maior história de sucesso da pandemia, o e-commerce precisará se adaptar em 2022 se quiser continuar seu crescimento estelar. As plataformas precisarão encontrar novos compradores para obter sucesso adicional, de acordo com a Kantar.

Diante desse cenário, a Bornlogic em parceria com a Opinion Box realizou um levantamento sobre as principais tendências para o segmento. Ao entrevistar 2129 pessoas de todo o Brasil que fizeram compras online nos últimos seis meses, em setembro de 2021, o relatório revela que um a cada três afirma comprar apenas via e-commerce e que a frequência de aquisição aumentou 71% no último ano.

e-commerce

Para 2022, 49% pretendem comprar ainda mais, tendo as restrições causadas pela pandemia, praticidade, preços e promoções específicas como motivadores. Além disso, apenas 4% desejam comprar menos pela internet, o que significa que o brasileiro realmente aderiu ao fenômeno e pretende continuar fiel a ele.

A pesquisa também elenca as quatro categorias mais compradas online e que, consequentemente, quebraram a barreira do “quero experimentar antes de comprar”:
● Alimentos e bebidas;
● Eletrônicos;
● Telefonia;
● Eletrodomésticos.

As redes sociais podem ser aliadas

Para o estudo da Bornlogic com a Opinion Box, 26% usam redes sociais, como o Instagram e o Facebook, para fazerem compras, e 65% afirmam que tem o hábito de pesquisar por produtos nas redes sociais, sendo que 10% usam as redes como primeira opção de pesquisa.

Dessa forma, uma alternativa que pode trazer bons resultados são os anúncios, opção para quem quer encurtar a jornada de compra e atingir em cheio o público-alvo. Uma prova de sua relevância social é que o Instagram foi uma das redes responsáveis por popularizar a profissão de influencer e é lá, ainda, que estão aqueles com maior poder sobre a decisão do cliente.

Concomitante a isso, o TikTok, rede de vídeos curtos, que vem batendo recordes de downloads e números de usuários pelo mundo, é uma oportunidade que segue crescendo e, na opinião do consumidor, pode ser um bom canal para o marketing de influência.

A pesquisa com os clientes brasileiros mostra que a hora de atuar com omnicanalidade é essa: desde o boom do e-commerce impulsionado pela pandemia, com todo tipo de loja fechando as portas e precisando recorrer ao on-line, algumas estratégias nesse sentido se popularizaram e se consolidaram.

“Um novo mundo de opções se abre quando misturamos o varejo físico com o digital. Os consumidores já sabem disso e estão contando com as marcas que conseguem oferecer experiências híbridas”, reforça o estudo.

Ao unir essas tendências, as companhias poderiam investir em tecnologias de realidade virtual e aumentada, uma vez que 21% das pessoas consultadas assume que gosta do varejo físico porque há o atendimento ao cliente em sua essência. Logo, que tal, desenvolver sistemas que simulem essas interações e dê dicas de produtos?

Meios de pagamento e tecnologia

Ao perguntar especificamente sobre e-commerce, o relatório obteve que 71% utilizam o smartphone para fazer compras online, sendo o Pix o destaque entre os meios de pagamento: apenas 1% dos consumidores diz não conhecer o formato, enquanto 86% conhecem e utilizam no dia a dia.

Em seguida, o pagamento por carteiras digitais é o mais usado no e-commerce brasileiro, seguido pelo QR Code. WhatsApp Pay e ferramentas com base em reconhecimento facial têm menor adesão, mas são conhecidas pela maioria das pessoas.

Por fim, ao passo que os meios de pagamento evoluem, ainda existem alguns entraves que impedem uma parcela dos clientes de se entregarem ao e-commerce para valer, são eles:

● Valor do frete;
● Avaliação negativa de outros clientes;
● Fraude;
● Prazo de entrega;
● Medo de informar dados pessoais.

Problemas de logística, satisfação e cibersegurança, aparentemente, de acordo com a pesquisa, são as principais lacunas a serem preenchidas pelos players. Além disso, há um alerta: de nada adianta a tecnologia seguir avançando se os consumidores não aderem a elas ou saem insatisfeitos após o uso.

É fato que o e-commerce já atingiu o seu auge, mas é possível que, no decorrer dos anos, o fenômeno siga ganhando espaço no mercado. A questão é que os consumidores vão ficando cada vez mais exigentes e esperam experiências diferenciadas. Estar no ambiente digital apenas por estar não é mais suficiente.

Os hábitos de consumo mudam constantemente e é fundamental estar preparado para o que der e vier. Agora, a concorrência está a poucos cliques de distância e com uma estratégia para cada público. A vez será de quem soube otimizar processos e oferecer produtos no momento e local corretos.

Fonte : https://www.consumidormoderno.com.br/2022/02/18/evolucao-e-commerce-pos-covid/?utm_campaign=news-cm-210222&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

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Frete marítimo sobe 472% na pandemia

O pequeno alívio no custo do frete marítimo da Ásia para o Brasil na primeira metade de 2021 ficou para trás, e o preço médio do serviço de transporte começou 2022 custando 5,7 vezes mais do que antes da pandemia, conforme a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Para entidade, a persistência dos gargalos na logística global pode sinalizar um “novo normal” de custos maiores. O principal efeito do novo cenário é encarecer os insumos importados pela indústria, pressionando a inflação.

A disparada no preço do frete marítimo ocorreu no segundo semestre de 2020. No início da pandemia, restrições ao contato social paralisaram o comércio internacional, e até fizeram o custo do frete cair.

Na retomada, a demanda por bens voltou mais rapidamente do que o esperado — turbinada por políticas de transferência de renda e pelo fato de que consumidores passaram a gastar mais em produtos do que em serviços pessoais.

Isso levou a uma corrida pelos serviços de transportes, pressionando a capacidade de portos, armazéns, navios e contêineres. O desequilíbrio entre demanda e oferta fez os preços explodirem. O frete de importação da Ásia para o Brasil atingiu, em janeiro deste ano, US$ 11.150, valor 5,7 vezes superior ao de janeiro de 2020, pré-pandemia, uma disparada de 472%.

“A elevação do custo foi catalisada pela pandemia, mas há indicativos de que esses valores, bem superiores à média da última década, seriam um novo normal”, afirmou Matheus de Castro, especialista em infraestrutura da CNI.

Razões para a alta

Dois fatores explicariam esse “novo normal”. O primeiro é o crescimento intenso do comércio eletrônico. O hábito de comprar mais sem sair de casa parece ter vindo para ficar entre os consumidores. O segundo fator citado pelo especialista da CNI tem a ver com o ciclo de negócios do setor de transporte global — e 90% das movimentações do comércio internacional são feitas pelo mar. Após um ciclo, nos anos 2010, ainda sob efeito da crise financeira de 2008 e marcado por margens de lucro apertadas, as grandes companhias de logística estariam entrando numa década de ganhos maiores.

Bruno Carneiro Farias, presidente da F Trade, especializada em logística para comércio exterior, vê um quadro de “colapso” na logística mundial e considera que os problemas poderão durar o ano inteiro.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/frete-maritimo-sobe-coronavirus/

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O que importa hoje para o consumidor?

Estudo da Capgemini elenca os principais pontos de atenção das marcas.

comportamento do consumidor de hoje mudou drasticamente nos últimos 18 meses e suas expectativas, em paralelo, evoluíram. Ele está comprando em vários canais e voltou a ir à loja física, mas também planeja continuar no e-commerce. Está aberto a fazer pedidos diretamente das marcas e prefere compartilhar seus dados se isso resultar em uma melhor experiência de compra.

Essas tendências são mais pronunciadas para determinados segmentos de clientes, segundo a pesquisa Whats Matters to Today’s Consumer: 2022 consumer behavior tracker for the Consumer Products and Retail industries, da Capgemini.

O estudo revela que os compradores da Geração Z estão mais dispostos a pagar a mais por produtos que adotam atributos limpos, naturais e sustentáveis. Por outro lado, compradores com crianças em suas casas valorizam mais a entrega rápida do que os compradores sem filhos.

Para marcas e varejistas, as implicações se infiltram em todos os aspectos de seus negócios, da estratégia ao desenvolvimento de produtos, análise, operações e comercialização. Para capitalizar as oportunidades oferecidas por essas tendências em evolução, a companhia destacou quatro áreas de foco que envolvem hábitos de consumo.

1. Retorno do consumidor às lojas, mas o e-commerce permanece forte

Como a pandemia estava se instalando em abril de 2020, foram comparados níveis de interação dos consumidores com as lojas físicas e canais online. Em novembro de 2020, 34% dos consumidores disseram manter interações significativas com lojas físicas, saltando para 67% em novembro de 2021, à medida que os bloqueios diminuíram, as fronteiras se abriram e a vacinação aumentou.

A maioria (72%) dos consumidores espera retomar interações com lojas físicas daqui para frente. Isso excede o nível (60%) de clientes que mantinham interações regulares com lojas antes da pandemia. Além disso, a preferência por compras na loja aumenta com a idade.

● 53% da Geração Z diz que o nível de interações na loja é alto hoje, em comparação com 73% dos Boomers;
● A longo prazo, 76% dos Boomers esperam que suas interações com os estabelecimentos sejam altas, contra 66% dos compradores da Geração Z. A distinção entre online e na loja é menos clara hoje do que nas décadas anteriores, com os compradores movendo-se facilmente entre os dois e, cada vez mais, esperando um upgrade de serviço e experiência.

No pós-pandemia, 22% dos compradores esperam comprar na modalidade click&collect, indicando um desejo de interagir com lojas físicas, embora não da maneira tradicional. Sem surpresa, essa tendência talvez seja maior para Millennials (33%) e menor para Boomers (11%).

2. Entrega e cumprimento de serviços ganha importância

Tanto os clientes de mercearias quanto os de produtos de saúde e beleza dão mais importância aos serviços relacionados à entrega e ao atendimento do que à experiência na loja, principalmente entre os Millennials (56% e 45%, respectivamente).

Além disso, compradores com crianças em suas famílias colocam mais relevância na entrega, enquanto os clientes urbanos preferem a satisfação na loja do que os suburbanos e consumidores rurais.

3. Compradores são felizes ao pedirem direto de marcas

Nos Estados Unidos, as vendas de comércio eletrônico direto ao consumidor (D2C) deverão atingir US$ 151 bilhões em 2022, um aumento de 16,9% em relação a 2021. Enquanto as compras D2C devem representar apenas 2,5% do total de vendas no varejo em este ano, as marcas que vendem D2C estão causando disrupção no modelo tradicional de varejo, fornecendo um tipo diferente de experiência do consumidor.

Para avaliar a penetração desse novo modelo de vendas, a Capgemini perguntou se os compradores haviam pedido diretamente de marcas nos últimos seis meses: 60% da Geração X concordaram e apenas 48% dos Boomers fizeram isso.

4. A prioridade é ser saudável e sustentável

A crescente preocupação com os desafios ambientais e com a necessidade de conservar recursos – bem como maiores expectativas das partes interessadas em torno de questões sociais – trouxeram sustentabilidade ao mainstream.

De acordo com o relatório, quase 80% dos consumidores querem contribuir na luta para salvar o planeta. Consonante a isso, a pandemia também alterou as perspectivas dos consumidores sobre saúde.

Entretanto, em junho de 2020, a Capgemini descobriu que 63% dos consumidores disseram que os produtos sustentáveis não devem ser mais caros do que produtos similares que não são sustentáveis. Essa porcentagem aumentou para 72% na pesquisa atual. Dada a escolha, os compradores mudariam para um produto econômico e sustentável a um preço mais baixo.

Como as marcas e varejistas podem capitalizar evoluindo com o gosto do consumidor

Com base na pesquisa, a empresa identificou quatro ações-chave que marcas e varejistas precisam tomar para atender as necessidades do consumidor omnichannel:

● Colete e analise dados do consumidor primário para personalizar novos produtos e serviços para clientes de segmentos específicos;
● Desenvolva uma estratégia omnichannel que incorpore os papéis de loja, e-commerce e marketplace;
● Entrega de reposicionamento e serviços de atendimento como motor de crescimento central para a experiência do consumidor;
● Definir preços de produtos sustentáveis mais competitivos para satisfazer as expectativas.

Não dá para ignorar as tendências

varejo está passando por uma mudança incrível, impulsionada por mudanças de comportamento do consumidor. Por isso, as marcas devem responder aos padrões levando em consideração a mudança de demandas de clientes causada pela pandemia.

Por fim, a transformação digital está acelerando ainda mais: 5G, inteligência artificial (IA) e automação de processos robóticos. Tudo isso deve acompanhar os negócios, já que os consumidores buscam conveniência, boa entrega e experiência de realização. Nada menos que isso.

Fonte : https://www.consumidormoderno.com.br/2022/02/02/importa-consumidor-capgemini/?utm_campaign=news-cm-030222&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

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Comércio on-line faz transportadoras ampliarem operação

Empresas de logística especializadas em cargas leves estão conseguindo enfrentar o difícil período da pandemia com a ajuda do varejo eletrônico, que segue crescendo no país. Gestores disseram ao Valor que a inflação e a disparada do dólar não afastaram o cliente do varejo on-line, mas o hábito de compra mudou. Eletrodomésticos e itens de maior valor deram lugar a itens como alimentos, bebidas, produtos de limpeza e roupa. Mesmo transportando itens mais baratos, os volumes se mantêm e as companhias ampliam a operação.

Segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o “e-commerce” em 2021 registrou faturamento de R$ 150,8 bilhões. Para este ano, a estimativa é de aumento de 12%.

O avanço no mercado levou a DHL Supply Chain (braço da americana DHL) a ampliar a operação no Brasil. O grupo, que tem mais de 5 mil veículos (entre próprios e agregados), expandiu sua capacidade em Extrema, no Sul de Minas Gerais, onde investiu em novas instalações, com cerca de 12 mil m2, no ano passado.

“O mercado inteiro está olhando para as suas cadeias de suprimento e pensando o que precisa ser revisto diante desse novo cenário, que exige cadeia mais resiliente”, disse Ana Blanco, vice-presidente de operações na DHL Supply Chain no Brasil. O comércio eletrônico exige que as empresas estejam mais próximas do consumidor, o que motiva investimentos sobretudo na digitalização dos negócios, disse Blanco.

Cerca de 40% do negócio da DHL Supply Chain no Brasil é destinado a entregar produtos da indústria e do varejo para o cliente. Mesmo com a crise econômica e salto da inflação, o setor continuou crescendo, disse Blanco. “Eu não conheço nenhum dos meus clientes que não tenha tido crescimento [em 2021]. Mas a verdade é que percebemos nas nossas operações um pouco de mudança de mix. Em 2020, eram os eletrônicos, muito por conta da adaptação das famílias ao ‘home office’, agora vimos outras categorias se destacando, como os supermercados.”

A mudança de mix foi percebida também na Loggi, startup de logística. “Nosso volume não caiu. Hoje, é menos a compra da geladeira e mais produtos de alto giro”, disse Ariel Herszenhorn, vice-presidente de vendas da empresa.

Além disso, há cada vez mais brasileiros usando a internet. Só no primeiro semestre de 2020 foram 7,3 milhões de novos consumidores, segundo dados da Ebit/Nielsen.

A Loggi também tem ampliado seus investimentos. Em 2020, foram cerca de R$ 150 milhões em automação e tecnologia. Em 2021, esse valor passou para R$ 250 milhões. A startup planeja ampliar os municípios que são atendidos, de 3 mil em 2021 para 4 mil neste ano.

No lado do modal aéreo, a forte demanda por transporte de carga tem sido percebida na Azul. A subsidiária Azul Cargo registrou, em 2021, R$ 1 bilhão de receita, o dobro do valor registrado em 2019. “Há um forte foco no e-commerce, que é uma parte. Mas a verdade é que tem muitos outros setores que também estão crescendo”, disse o diretor vice-presidente de receitas da aérea, Abhi Manoj Shah, em relação ao crescimento na demanda por transporte aéreo em detrimento do rodoviário. Cerca de 85% da carga transportada pela empresa estão nos porões dos voos comerciais. Aproximadamente 50% da carga que voa nos porões da Azul vêm de “marketplaces” (shopping centers virtuais.)

A Azul Cargo hoje alcança 4,5 mil municípios no país. A meta é chegar próximo a 5 mil ainda neste ano. Mas o foco principal do grupo é ampliar o número de municípios onde consegue entregar uma encomenda em até 48 horas, passando das atuais mil localidades para 1,5 mil até dezembro, já que a velocidade é considerada crucial para o comércio eletrônico.

O crescimento do mercado de logística no país tem sustentado o negócio da Reconlog, que oferece galpões de lona – uma estrutura de 4 mil m2 pode ser montada em oito dias. O galpão é alugado, o que dá flexibilidade às empresas para se ajustarem ao crescimento de demanda pontual, como é o caso da Black Friday para o varejo. “Fechamos com faturamento de R$ 18,5 milhões em 2020, número que saltou para R$ 72 milhões em 2021”, disse Naldo Sales, presidente e fundador da Reconlog.

A expectativa para o setor este ano é positiva, disse Mauricio Salvador, presidente da ABComm. O tíquete médio deve avançar de R$ 450 para R$ 460. “É um crescimento pequeno se comparado à inflação, mas um aumento maior em relação ao IPCA”, comparou.

Segundo Salvador, passou a haver uma pressão sobre o tíquete médio desde a entrada no comércio eletrônico local de sites estrangeiros, sobretudo chineses, que vendem produtos mais baratos. “O tíquete médio é muito menor se você pensar em plataformas como Ali Express e Shopee. Essa diferença pode chegar a quatro vezes em relação aos sites brasileiros”, disse. “Com o crescimento dos ‘marketplaces’ estrangeiros, o tíquete médio tende a ficar mais baixo”.

O presidente da Associação Brasileira de Logística (Abralog), Pedro Moreira, disse que o investimento em tecnologia, fundamental para o setor, e tende a continuar guiando os negócios. “Chegamos a ver empresas com plano de investimento para cinco anos que anteciparam para 24 meses. Quem não for por esse caminho, vai ter problema de sobrevivência.”

https://www.ehtrend.com.br/news/919846/comercio-on-line-faz-transportadoras-ampliarem-operacao.html

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/01/24/comercio-on-line-faz-transportadoras-ampliarem-operacao.ghtml

Venda de livros e faturamento do setor aumentam mais de 30% em 2021


O Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) divulgou o painel do varejo de livros comercializados no Brasil. As ações promocionais realizadas por varejistas têm contribuído para elevar o número de livros e o faturamento do setor. A alta foi de 30,5% em volume de livros e 32,5% em faturamento.

Entre os dias 8 de novembro e 5 de dezembro de 2021, período da Black Friday, por exemplo, foram vendidos no país 5,7 milhões de livros, com movimentação financeira de R$ 216,8 milhões, alta de 30,5% em volume e 32,5% em faturamento, em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2020, o 12º período registrou venda de 4,3 milhões de exemplares, resultando em receita de R$ 163,6 milhões.

A pesquisa apontou que a quantidade de (ISBNs), Espécie de Identidade para Publicações, comercializadas também subiu em comparação a 2020, alcançando diferença positiva de 11,2%. Segundo o SNEL, esse número indica que as editoras passaram a publicar mais títulos e os consumidores estão em busca de novidades, o que confirma o crescimento do hábito da leitura no Brasil.

O painel foi realizado com base nos dados, coletados diretamente do caixa das livrarias, comércio eletrônico e varejistas colaboradores. As informações são recebidas eletronicamente em formato de banco de dados. Após o processamento, eles são enviados virtualmente e atualizados a cada semana.

Fonte : https://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/venda-de-livros-e-faturamento-do-setor-aumentam-mais-de-30-em-2021-371711/

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Black Friday: PMEs estimam faturar mais de R$ 100 mi com e-commerce

Para o e-commerce, o mês de novembro já é sinônimo de Black Friday, uma das datas que mais movimentam o comércio digital no Brasil. Marcada para o dia 26 deste ano, a Black Friday 2021 será o segundo ano de ações promocionais após a grande transformação dos hábitos de consumo dos brasileiros, fenômeno impulsionado pelo isolamento social. A expectativa das pequenas e médias empresas é de que faturem mais de R$ 100 milhões na semana da Black Friday (de 23 a 29 de novembro), o que corresponde a um aumento de cerca de 67% no faturamento comparado com o mesmo período de 2020. Os dados são da Nuvemshop.

Segundo a companhia, novembro foi o mês do ano passado que registrou o maior faturamento, pedidos pagos e quantidade de produtos vendidos online pelas PMEs. “Essa grande relevância da Black Friday é uma tendência registrada nos anos anteriores e que se mantém para 2021, mesmo com as novas mudanças de comportamento de consumo verificadas nos últimos meses. Neste ano, observamos a retomada do varejo físico, acompanhada de um crescimento mais gradual do comércio eletrônico. Por isso, a Black Friday deve ter destaque em ambos os espaços, embora continue sendo muito forte no online”, explica Guilherme Pedroso, country manager da Nuvemshop no Brasil.

E-commerces de PMEs na Black Friday 2021

“Em 2020, tivemos a Black Friday mais digital da história, impulsionada pelo contexto de isolamento social. Neste ano, a expectativa é que o comércio eletrônico vivencie, novamente, um de seus melhores resultados, uma vez que muitos empreendedores digitalizaram seus negócios neste último ano e, inclusive, vários deles começaram o seu próprio negócio nesse período”, afirma Pedroso. Como efeito, uma das particularidades da Black Friday 2021 será a alta presença de e-commerces criados nesse período de um ano. De acordo com a Nuvemshop, cerca de 30% dos lojistas viverão a primeira Black Friday com a loja virtual, porque criaram o negócio há menos de um ano.

Dentre os segmentos que mais vendem no e-commerce ao longo do ano, os três principais são Moda, Saúde & Beleza e Acessórios. Para esses segmentos de lojas virtuais, na semana da Black Friday são esperados crescimentos de faturamento em 62% (Moda), 70% (Saúde & Beleza) e 32% (Acessórios) em comparação com a mesma semana em 2020.

Expectativas para meios de envio e de pagamento

Na Black Friday, o preço é, sem dúvida, o maior destaque aos olhos do cliente. Contudo, fatores como as opções de pagamento e de envio dos produtos são cada vez mais relevantes para a decisão de compra do consumidor. O levantamento “Compras e pagamentos em lojas online”, realizado pela Nuvemshop com consumidores em agosto deste ano, revelou que o Pix já é o segundo meio de pagamento mais usado, com 50% de adesão, atrás apenas dos cartões de crédito (nos formatos físico e digital). “Por isso, contar com empresas confiáveis de pagamentos no e-commerce e oferecer uma boa variedade de opções de pagamentos são escolhas essenciais para as PMEs e podem diferenciar o lojista de seus concorrentes”, reforça Pedroso.

Dentre os principais meios de pagamento oferecidos pelos e-commerces, o Pix é uma das apostas para a Black Friday deste ano, principalmente para compras de até R$ 200. Esse meio de pagamento foi lançado em novembro de 2020 e, devido à data, não houve tempo hábil para os e-commerces se adaptarem à novidade e oferecerem esse tipo de pagamento a tempo da Black Friday de 2020. Por isso, os especialistas destacam o Pix como meio de pagamento importante para este ano, dada a adesão crescente dele no e-commerce durante o ano. Em novembro deste ano, o Pix deve representar 7% das transações.

Outro fator relevante para o planejamento dos empreendedores no e-commerce para a Black Friday deste ano são as opções de envio. “A logística é um dos pontos fundamentais para o sucesso de um e-commerce. Um frete caro ou muito demorado pode ser um motivo de abandono do carrinho virtual de compras e pode se tornar um desafio para a ampliação das vendas de uma loja online para todo o território nacional”, afirma Pedroso.

“Uma pesquisa recente da Nuvemshop com consumidores revelou que 62% dos entrevistados desistiram da última compra online justamente por conta do valor da entrega. Vemos um movimento de PMEs cada vez mais procurando novos aplicativos e empresas de envio para diversificar as opções no e-commerce e para conseguir oferecer valores acessíveis para consumidores de diferentes estados”, completa o executivo.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/black-friday-pmes-faturar/

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Comportamento do consumidor: o poder das empresas que sabem ‘minerar’ dados

Eric Siegel, um dos maiores especialistas no assunto, autor do livro “Análise Preditiva: O poder de prever quem vai clicar, comprar, mentir ou morrer”, concedeu entrevista à Mercado&Consumo.

Como saber que um cliente vai cancelar a assinatura de um serviço antes dele mesmo? Por que a aposentadoria precoce reduz a expectativa de vida? Por que os vegetarianos perdem menos voos? Como a Target descobre que uma mulher está grávida? Como a Hewlett-Packard deduz que um funcionário está prestes a pedir demissão? Como, enfim, prever o comportamento do consumidor?

As respostas a perguntas como essas estão longe do campo da adivinhação: moram na ciência de dados. A forma como as empresas captam, mineram e usam esses dados permite que elas tomem decisões melhores, determinando que consumidor deve ser abordado, de que forma e quando.

“[A análise preditiva] direciona anúncios, otimiza a cadeia de suprimentos e oferece suporte a decisões sobre produtos e vitrines – em quais SKUs focar e onde construir o próximo ponto de venda”, explica Eric Siegel.

Siegel será um dos destaques do Latam Retail Show 2021, maior evento de consumo e varejo B2B do Brasil, que será realizado entre os dias 14 e 16 de setembro. Em entrevista à Mercado&Consumo, ele explicou como a ciência de dados ajuda as empresas a compreender o comportamento do consumidor e falou sobre como as mudanças no consumo decorrentes da pandemia de Covid-19 intensificaram a necessidade de análises preditivas.

Comportamento do consumidor: o poder das empresas que sabem ‘minerar’ dados
Eric Siegel, autor do livro “Análise Preditiva: O poder de prever quem vai clicar, comprar, mentir ou morrer”
Mercado&Consumo: Que valor a análise preditiva oferece às empresas de varejo quando se fala em prever o comportamento do consumidor?

Eric Siegel: A análise preditiva, que é outra palavra para machine learning (quando aplicada a negócios), gera uma pontuação preditiva para cada indivíduo – como cada cliente, usuário, transação, etc. O valor vem em como essa função é aplicada. Em marketing, é um meio de direcionar, seja para adquirir novos clientes, seja para reter clientes existentes. Por exemplo, visando aqueles que estão em maior risco de cancelamento, a fim de fornecer-lhes uma oferta de retenção.

Além do marketing, a pontuação preditiva se aplica amplamente a empresas de varejo e a todos os setores. É o meio de detectar e filtrar transações fraudulentas. Ela direciona anúncios, otimiza a cadeia de suprimentos e oferece suporte a decisões sobre produtos e vitrines – em quais SKUs focar e onde construir o próximo ponto de venda.

M&C: Que tipo de transformação – e evolução – a ciência de dados teve durante a pandemia de Covid-19?

ES: Ciência de dados é uma expressão ampla que pode muito bem se referir a qualquer esforço para usar dados para valor de negócios, então irei abordar a questão conforme ela se aplica a análises preditivas e machine learning, uma vez que são bem definidos. As mudanças intensas no comportamento do consumidor decorrentes da pandemia intensificam a necessidade de análises preditivas. A forma de gerar pontuações preditivas é pelo aprendizado com os dados. Cada vez que você cria um novo modelo preditivo, está usando dados mais recentes, portanto, está “aprendendo” com o histórico mais recente. Portanto, dada a maneira como a pandemia pode criar um “novo mundo” em qualquer semana, a capacidade de atualizar o comportamento dos negócios para se adaptar rapidamente ao “novo normal” é muito mais importante.

M&C: Quais são os maiores desafios na adoção da análise preditiva?

ES: O grande desafio é organizacional, não técnico. É o requisito frequentemente esquecido de uma prática de liderança muito particular para garantir que a análise de números realmente gere valor de negócios, o que só acontece se o modelo preditivo for realmente implantado. Essa implantação significa que as previsões por indivíduo são incorporadas às operações de negócios existentes para que essas operações sejam alteradas e aprimoradas levando-se em consideração as pontuações. Esse resultado final muitas vezes não é alcançado e, portanto, todo o projeto de machine learning é um fracasso do ponto de vista do negócio. Para resolver isso, esse plano de implantação deve ser compreendido e acordado em toda a organização. Essa meta organizacional só é alcançada seguindo um processo de liderança de machine learning muito específico.

M&C: Quais são as tendências atuais em análises e com que rapidez elas mudam?

O método de machine learning mais eficiente atualmente é o deep learning. É muito avançado e poderoso. No entanto, para a aplicação nos negócios, geralmente é um exagero. Muitas vezes, não vale a pena o aumento da complexidade, pois pode representar um ganho muito pequeno na melhoria preditiva. Em geral, melhorar a quantidade e a qualidade dos dados compensa muito mais do que aumentar a complexidade do método de modelagem.

M&C: Que desafios você vê para os profissionais da área de análise de dados?

ES: De longe, o maior desafio – o problema que mais frequentemente mata um projeto de análise preditiva – é o dilema organizacional que mencionei acima, a falta de um caminho pré-estabelecido para uma implantação bem-sucedida. O motivo pelo qual essa prática de liderança específica deve ser adotada é que o foco da maioria das pessoas está muito na tecnologia central “empolgante”, em vez de em como ela realmente exigirá grandes mudanças nas operações de grande escala existentes. As necessidades de gerenciamento de mudanças são subestimadas. Certifique-se de planejar exatamente como o valor será gerado ativamente com o machine learning. A análise principal e a análise de números não são independentes – não podem ser conduzidas no vácuo. É apenas um componente de um projeto de toda a organização.ne.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2021/08/13/comportamento-do-consumidor-o-poder-das-empresas-que-sabem-minerar-dados/

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