Varejo melhora desempenho no 3º trimestre, mas 4 fatores geram preocupação futura

Uma análise comparativa e detalhada do desempenho do varejo no 3º trimestre de 2024 feita por Eduardo Yamashita, COO do Ecossistema Gouvêa, e publicada na Mercado&Consumo na última sexta-feira, mostra o desempenho de algumas das principais empresas do setor, comparando como se comportaram Carrefour, Assaí, Magalu, Casas Bahia, RD – Raia Drogasil, Pague Menos, Renner e Riachuelo com base em seus balanços.

Como destaca o artigo, os fatores comuns positivos mostram melhorias das vendas e margens, melhoria dos resultados financeiros e redução dos custos financeiros, redução da alavancagem e a forte ênfase na frente digital.

Tudo isso é motivo para reverter um certo ceticismo que marcou as análises do varejo em 2024 quando tomamos como amostra do setor e por serem as principais empresas de capital aberto, considerando o que ocorreu em especial no 1º semestre de 2024.

O desempenho mais recente, como mostrado no artigo, é ponto positivo e sinaliza reversão. Mas o quadro futuro ainda gera preocupação, pois fatores diversos poderão criar desafios de curto, médio e longo prazo.

Sempre importante considerar a resiliência e capacidade de adaptação e reação do setor de varejo, que ao longo do tempo desenvolveu mecanismos próprios e únicos no cenário global para continuar evoluindo. Todo o modelo de crédito no Brasil é um dos diferenciais competitivos que atua para ajudar a equilibrar as flutuações de curto prazo e estimula o crescimento de longo prazo.

No cenário futuro eis os elementos que geram preocupação no varejo, no consumo e na economia como um todo e que merecem ser destacados.

1. Comportamento da inflação e taxas de juros considerando a eleição em 2026

O aquecimento do consumo e o desempenho da economia acima do previsto trouxeram aumento das vendas e algum espaço para melhoria da rentabilidade como foi mostrado no artigo. Mas fizeram também crescer a inflação, em especial em alimentos, obrigando o Banco Central a aumentar, por decisão unânime, as taxas de juros.

Esse quadro, ao que tudo indica, tenderá a se manter e as previsões indicam continuidade da tendência de aumento da inflação que só será revertida por imposição de um desaquecimento da economia, com impacto no consumo e no varejo.

Outra consequência desse aquecimento foi o crescimento da inadimplência, que atingiu o segundo mais alto patamar em relação aos últimos oito anos, e o aumento do endividamento das famílias.
Ocorre que o atual governo está com olhar fixo nas eleições de 2026 e como tem demonstrado não se curvará à responsabilidade com o futuro da Nação. Ele vai prosseguir decidido a buscar caminhos, mais ou menos ortodoxos, para manter a economia e o consumo aquecidos deixando para pensar ajustes estruturais para depois de 2027.

2. Emprego, renda, massa salarial e auxílios aquecem o consumo e assim permanecerá, porém, gerando distorções

Temos um cenário que até poderia ser considerado virtuoso combinando indicadores dos mais baixos de desemprego e com aumento da renda real e da massa salarial. Ocorre que temos uma deformação importante precipitada pelos programas de auxílio (Bolsas Brasil, Auxílio Brasil e outros) que foram criados para gerar uma renda mínima para sobrevivência dos mais desamparados, mas que hoje são destinados a 20,8 milhões de famílias com gente que prefere não ser empregada de forma fixa e pela CLT e complementam o auxílio recebido com “bicos”. E, portanto, não fazem parte dos que procuram emprego e são considerados desempregados.

E ainda gera uma distorção artificial, pois faltam profissionais para as empresas, em especial nos setores de varejo, hospitalidade, turismo e muitos outros, inflacionando salários e aumentando custos para recrutar e reter funcionário.

E é nesse cenário que se coloca em discussão uma alteração estrutural importante com potencial redução da carga de trabalho sem redução da remuneração. Tudo pela eleição e nada com responsabilidade com a Nação.

3. As bets absorvendo recursos que são esterilizados na economia local

O total das receitas das bets neste ano de 2024 será de R$ 100, 120 ou 150 bilhões? Pode apostar para ver quem vai acertar. O que é certo é que essa nova epidemia contaminou o mercado gerando problemas de saúde pública, de desajustes sociais e com apoio de clubes, estádios, atletas, influencers e veículos de comunicação que entraram também no jogo.

Com isso, espaços publicitários são disputados pelas empresas que se habilitaram para atuar nessa nova frente. E que trouxeram renda extra para o governo no processo de habilitação. O que fez também que o governo se interessasse economicamente pelo tema. Porém o próprio governo perde arrecadação, pois a taxação das bets é inferior à taxação do consumo de produtos e serviços. E inferior à taxação de fumo e bebidas.

E o que não é distribuído em relação ao que é apostado para os vencedores é esterilizado e em parte direcionado para fora do país, já que muitas dessas empresas têm sede fiscal fora do Brasil.

O Banco Central mostrou o volume de apostas sendo feitas com recursos dos programas de auxílio e o STF determinou que não podem ser usados esses recursos e que também não pode haver publicidade das bets dirigida aos jovens. Alguém acredita que isso seja possível de ser de fato controlado?

Quem vai controlar se vai ser usado o valor do auxílio ou do “bico” para apostar? Vai impedir que jovens notem a comunicação massiva nos estádios, nas camisas ou propaganda nos intervalos comerciais? É o típico “me engana que eu gosto”.

4. O devaneio do presente sobrepondo-se à responsabilidade com o futuro

O conjunto de ações e iniciativas para aquecer o mercado está trazendo resultado e é inegável, como bem demonstrado no completo artigo publicado. Mas o preço pode ser alto quando pensamos mais à longo prazo.

É uma economia em que o investimento de mais longo prazo acaba sendo desestimulado por taxas de juros de aplicações financeiras com razoável nível de segurança e rendendo patamares elevados de juros. E que levam à reflexão se vale a pena correr riscos investindo na economia real.

O esforço com forte indução do Estado com uso dos programas de auxílio, ajustes salariais e aumento do setor público com a finalidade de crescer a economia, o varejo e o consumo, o que também melhora o emprego, renda e a massa salarial do país, não deixam dúvidas sobre a opção adotada. Crescer a qualquer preço no presente! E o futuro a Deus pertence.

Controle e ajustes de gastos, busca de maior eficiência e outras questões mais ficam relegadas a outro plano. E vamos que vamos.

Nesse quadro fica a visão de que nos próximos nove trimestres, até as eleições presidenciais de 2026, economia, consumo, comércio, varejo e o desempenho das empresas ligadas a esses setores devem ser melhores do que foram no primeiro semestre deste ano. E o potencial de expansão de negócios no período deve ser mais positivo.

Passados esses nove trimestres de ilusão, talvez venhamos a discutir o futuro da Nação.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/18/11/2024/destaque-do-dia/varejo-melhora-desempenho-no-3o-trimestre-mas-4-fatores-geram-preocupacao-futura/”

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Ameaças e oportunidades que podem reforçar vantagens competitivas do varejo

“Os recentes episódios envolvendo “as blusinhas”, ou seja, a regulamentação e a necessária equidade competitiva entre produtos vendidos com benefícios tributários por meio de plataformas internacionais, tornou mais real a diferença do comportamento de consumidores entre o que dizem e o que fazem, de fato.

Da mesma forma que os temas que envolvem o alinhamento com as práticas ESG, cada vez mais demandadas por empresas com maior e melhor nível de governança.

Esses elementos deveriam se refletir no comportamento de consumidores ao optar por produtos, marcas, empresas, mas de fato o “faça o que digo e não faça o que faço” parece predominar, em especial, em momentos de maiores restrições de qualquer natureza.”

O crescimento exponencial das vendas pelas plataformas foi, em boa parte, beneficiado pela demora para a adoção de medidas que regulamentassem, controlassem e tributassem de forma adequada e similar a que as empresas formais atuando no Brasil eram obrigadas a cumprir, sendo um dos mais fortes estímulos para permitir que produtos chegassem ao consumidor final com preços até 70% menores aos encontrados no comércio e varejo local.

Em especial, nas categorias ligadas à moda e ao vestuário, daí a expressão do “episódio das blusinhas”. E que se estendeu para outras categorias, até que, vencendo a inércia e o apelo popular dentro do próprio governo, foram reduzidas, mas não eliminadas, as diferenças tributárias que geravam o benefício dos preços. E ainda sem exigir todas as regulamentações de conformidade impostas às empresas e produtos manufaturados no País.
E consumidores e o próprio governo se aproveitaram da situação, ignorando impactos no emprego, na renda e na economia pelo benefício imediato em preço para os consumidores e em popularidade imediatista para o governo.

Igualmente, ocorre com o tema ESG, em que preocupações com sustentabilidade, governança, melhores práticas e outras abrangidas pela sigla são ignoradas pelos eventuais benefícios mais imediatos que possam existir quando optam por marcas, produtos ou empresas com uma lógica de benefícios aqui e agora.

E tudo fica mais sensível quando o ambiente e a realidade conspiram para criar um sentimento de benefício ou satisfação no curto prazo na realidade dos consumidores.

Como ficou marcante durante as crises geradas pela covid e as que se seguiram causadas pelo aumento da inflação, das taxas de juros, da inadimplência e com reflexos também no emprego.

Da mesma forma como a ilusão criada e alimentada pelo fenômeno das “bets” está impactando a saúde mental de parte da população e o consumo de forma mais abrangente.

No caso brasileiro, tem sido perceptível e até agravado por um menor, mais difuso e cada vez menos presente sentido de cidadania, apesar desses comportamentos terem características mais abrangentes em termos geográficos e quase sempre está correlacionado à maturidade de cada sociedade.

O “levar vantagem sempre”, que já foi descrito como um comportamento inerente ao jeito de ser e agir do brasileiro – e sempre desejado fosse minimizado –, aflora de forma marcante em momentos de pressão, restrição e tensão. Como temos vivido em tempos recentes.

Tudo isso tem menor relação direta com os indicadores macroeconômicos de aumento de renda, redução de desemprego, inadimplência ou diretamente com a confiança do consumidor, pois existe o efeito residual dos problemas vividos e seu impacto no consumo.

Na prática, os filtros de valores e atitudes ficam comprometidos, impulsionando o comportamento da gratificação e de benefícios mais imediatos no cenário atual com a combinação da massiva exponenciação da comunicação P2P (peer to peer) gerado pelas redes sociais e mais o aumento marcante da atuação dos “influencers”.

O envolvimento de alguns deles com atividades ilícitas é apenas um dos indicativos desse risco iminente.

Em muitos desses aspectos, o varejo tem privilegiada condição para medir, testar e avaliar comportamentos em tempo real e poder de redirecionar sua comunicação e relação com os consumidores em busca dos elementos que agreguem valor na percepção de mercado e alinhando com propostas que se sustentem no curto, médio e longo prazo.

E pode fazer de forma isolada ou em combinação com seus fornecedores de marcas, serviços e soluções e, igualmente, com suas marcas próprias.

Mas pode e deve fazer de maneira formal, informal ou de forma mais estruturada para exercitar essa vantagem competitiva fundamental de ter o consumidor no centro de tudo, próximo e em tempo real.

Vale refletir. E agir.

Nota: Nos temas das 12 pesquisas inéditas que serão apresentadas e discutidas no Latam Retail Show, de 17 a 19 de setembro em São Paulo, terão forte ênfase aspectos dedicados às discussões dos impactos das transformações no comportamento do consumidor, no mercado, na geografia, na política, na economia, no consumo, no comércio e no varejo nos diferentes canais, categorias, formatos de lojas e modelos de negócios nos mercados mundiais e no Brasil. O evento também terá transmissão virtual de parte do conteúdo para quem não possa participar presencialmente.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/09/09/2024/artigos/ameacas-e-oportunidades-que-podem-reforcar-vantagens-competitivas-do-varejo/”

 

 

7 em cada 10 brasileiros compram em sites internacionais, segundo estudo; Shopee e Shein lideram

Opinião de influencers pesa na hora da escolha.

As recentes mudanças nas taxas de compras internacionais podem levar a algumas perguntas como: os brasileiros realmente compram de sites estrangeiros? A resposta é definitivamente sim, segundo um estudo da Octadesk, da LWSA, em parceria com o Opinion Box.

O estudo se chama E-commerce Trends 2025 e, como o próprio nome já diz, antecipa as tendências do mercado para o próximo ano. Confira abaixo o que os entrevistados afirmaram:

Compras favoritas

  • 52% compram na Shopee.
  • 43% compram na Shein.
  • 39% compram na Aliexpress.
  • 65% compram em lojas virtuais.
  • 60% compram em marketplaces.
  • 54% compram em aplicativos das próprias lojas.

Ritmo de compras nos próximos 12 meses

  • 60% dos consumidores provavelmente manterão o ritmo de compras internacionais.
  • 25% provavelmente aumentarão.
  • 15% provavelmente reduzirão.

O que leva à compra

  • 88% realizam compra online 1 vez por mês.
  • 72% levam o frete grátis como fator na hora de comprar.
  • 61% consideram promoções na hora de comprar.
  • 48% consideram o prazo de entrega na hora de comprar.
  • 53% consideram preços mais baixos.
  • 58% consideram praticidade.
  • 50% consideram facilidade para comparar preços.

Influencers

  • 45% já comprou produtos recomendados por influencers.
  • 52% do publico influenciado são mulheres.
  • 55% do público feminino entre 16 e 29 anos já comprou produtos recomendados por influencers.

Método de compra

  • 73% utilizam o smartphone como principal meio de compra online.
  • 88% já usaram Pix para compras online.
  • 52% usam cartão de crédito como principal meio de pagamento.
  • 24% utilizam Pix como principal meio de pagamento.
  • 14% utilizam crédito à vista.
  • 4% utilizam débito.
  • 2% utilizam boletos.

Fonte: “https://br.ign.com/tech/128189/news/7-em-cada-10-brasileiros-compram-em-sites-internacionais-segundo-estudo-shopee-e-shein-lideram”

 

 

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C2M: produção baseada em dados que revoluciona o e-commerce

A opinião do consumidor se propaga com rapidez entre os meios, sejam eles físicos ou digitais. O mercado de e-commerce colhe os bons e os maus frutos de suas decisões de negócios de forma cada vez mais imediata, de acordo com a percepção das comunidades. Com isso, as empresas encontraram nos feedbacks e nas interações do consumidor, sobretudo os mais jovens, uma fonte de dados abundante que permite vender com base no engajamento e na influência exercida pelos consumidores em suas comunidades virtuais. Entra em cena, então, um novo modelo de e-commerce: o Customer-to-Manufacturer, ou C2M.

Surgido na China, maior ecossistema de e-commerce do mundo, o novo modelo – que deve gerar US$ 5,9 bilhões em receita até 2022, de acordo com a iResearch – tem como premissa conectar o desejo do consumidor de forma invisível diretamente às manufaturas por meio dos dados analisados por tecnologias computacionais como inteligência artificial, machine learning e big data. No entanto, as plataformas de C2M dependem totalmente da tecnologia para mapear e entregar às fábricas dados sobre a demanda para que o planejamento da produção – do design à embalagem – seja levado adiante.

C2M conecta o desejo do consumidor de forma invisível diretamente às manufaturas por meio dos dados analisados por tecnologias computacionais.

Personalização da experiência

Sem barra de pesquisa, é necessário que a personalização da experiência exista para que haja conversão. Ter dados que permitam o mapeamento das preferências determina detalhes tão específicos quanto a disposição das mercadorias na próxima tela a ser apresentada, produtos correlatos ou mesmo a apresentação de produtos que são tendência de acordo com um determinado local onde o consumidor está interagindo com a plataforma. Como em uma rede social, o consumidor não necessariamente busca por um produto específico: a plataforma entrega aquilo que interessa de maneira totalmente personalizada.

Outro ponto-chave para o rápido desenvolvimento do modelo é a satisfação do consumidor. Dados da chinesa JD mostram que, embora apenas 12% dos consumidores saibam o que é C2M, os índices de satisfação com os produtos vendidos atingem 92%. Há, ainda, o efeito da personalização: embora não sejam exclusivos, os produtos oferecidos com base nas preferências – “perfeitos” para o consumidor – tendem a ter taxas de conversão mais altas.

Consumo baseado em feedback

Essa forma de vender pela Internet está alinhada com o consumo de massa baseado puramente em feedback, e cumpre uma demanda atual do mercado de consumo: o imediatismo. Antes, tendências e lançamentos seguiam um caminho óbvio. Designers analisavam os sucessos anteriores e concebiam um produto novo, que era promovido pelo marketing e, só então, vendido. Todo esse processo, em indústrias tradicionais, pode levar mais de um ano!

Com as novas formas de obter insights sobre o comportamento e as preferências do cliente na Internet, o caminho se inverteu e se tornou mais curto. Isso ocorre pois os dados coletados durante as interações dos consumidores nas plataformas de e-commerce C2M substituem o processo normal de pesquisa e desenvolvimento, encurtando consideravelmente o tempo entre a ideia e a execução.

Potencial de aceleração de inovação

Embora dificilmente o C2M desbanque o modelos tradicionais de e-commerce como o Direct-to-Customer (D2C) ou mesmo o tradicional de B2C, há um grande potencial de aceleração para a inovação com base nas percepções dos consumidores. Por exemplo, já existem inúmeros produtos no mercado desenvolvidos inteiramente com base em comentários nas plataformas C2M a respeito de itens similares. É o dado (novo) permitindo o lançamento de produtos cada vez mais aderentes às necessidades dos consumidores de uma forma absurdamente rápida.

Além disso, o desenvolvimento baseado em análise de dados possibilita pesquisar com profundidade necessidades específicas de determinados grupos, com recortes detalhados de demografia, preferências e precificação, preenchendo nichos desatendidos de mercado com mais facilidade.

Imagine uma fábrica escolhendo que produto ela quer fabricar a partir dos dados que mostram que determinado local demanda consumo cujos insumos de matéria-prima ou logística sejam de fácil acesso ou de baixo custo para essa indústria. Essa situação pode trazer uma vantagem competitiva enorme para essa manufatura frente aos seus concorrentes. E o melhor: ela ainda estará criando e distribuindo um produto cuja demanda já se provou viável através dos dados. Até quando? Até que a próxima análise mostre que há outro nicho cuja operação seja mais rentável ou que a tendência anteriormente confirmada iniciou seu declínio.

O C2M tem alto potencial de revolucionar o e-commerce mundial, desde compras de supermercado até o mercado de luxo. O uso do processamento de dados para monitorar tendências de consumo demonstra o poder inexplorado das interações e do engajamento dos consumidores para impulsionar tais mercados. Em um momento no qual as opiniões nunca foram tão importantes, a tecnologia põe o consumidor no controle.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/c2m-revoluciona-o-e-commerce/

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Chinesa Shein desfila em novo canal

Experiências Físicas Entram na Estratégia da Marca.

Presente no país há dois anos, a varejista de moda online SHEIN pretende dar novos passos rumo à sua expansão no mercado brasileiro. A operação, antes restrita ao site e aplicativo, ganhou uma pop-up store (loja temporária) no Rio de Janeiro (RJ). “Não temos planos de abrir lojas físicas por enquanto, mas consideramos pop-ups para o ano de 2022, para ter mais oportunidades de comunicação aprofundada com nossos usuários e oferecer aos clientes atividades offline interessantes com a marca”, revela a SHEIN, com exclusividade ao Jornal Giro News. Com 485 m² e três mil itens, a primeira unidade no Brasil funcionou entre os dias 19 e 27 de março, no shopping carioca Village Mall. “Tivemos aproximadamente 1.000 visitas diárias à loja.”

Brasil Ganha Espaço no Negócio


  Além de permitir a experiência presencial com as peças, a pop-up store reforçou a presença digital da marca, gerando impacto positivo nas redes sociais. “O Brasil tornou-se um mercado chave para a SHEIN. Desde o início de 2022, começamos a montar um time brasileiro para nos aproximarmos cada vez mais do público.” As próximas cidades a receberem as lojas temporárias ainda estão sendo definidas, bem como o cronograma de aberturas. Segundo a marca, não há planos de instalação de lojas definitivas ou centros de distribuição no país. “No momento, queremos trabalhar em estreitar nossa colaboração com nossos parceiros de negócios.” A estratégia também inclui ativações com influenciadores.

Consumidores Ditam Tendências

Com atuação em mais de 150 países, a SHEIN registra crescimento global acima de 100% na taxa de visitantes mensais. “As metas a longo prazo são estabelecer um bom relacionamento com o público brasileiro, estabelecer novas e maiores parcerias, auxiliar no desenvolvimento da cadeia produtiva e logística do país e estar presente em todas as tendências de moda.” Na visão da marca, os consumidores brasileiros têm uma demanda crescente por moda e criam tendências próprias, como o uso de cores. “A SHEIN vislumbra um mercado que busca a modernização, um modelo de consumo cada vez mais pautado pelas tendências das redes sociais e cada vez mais diversificado, trazendo temas como diversidade, inclusão e diferentes públicos para a moda.”

 

Fonte : https://www.gironews.com/varejo-digital/shein-desfila-em-novo-canal-67691/

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Lives viram novo normal no marketing digital de empresas; veja 4 dicas

Lições adquiridas na pandemia mudaram estratégias de marketing digital de pequenas empresas e o que antes era esporádico se tornou parte do dia a dia.

Dois anos depois do início da pandemia, que obrigou as empresas a acelerarem o processo de digitalização, já é possível ver mudanças concretas em como elas conversam com seus clientes na internet. Uma estratégia que começou apenas como uma alternativa e hoje faz parte do escopo de ações de marketing digital são as transmissões de vídeo feitas ao vivo nas redes sociais – as lives.

Foi o caso da Criamigos, rede de franquias especializada em personalização de pelúcias, que nasceu com foco na venda presencial. “Nós nos vangloriávamos por ser uma empresa offline, por ter uma experiência de compra diferenciada”, conta a cofundadora Veronicah Sella. Em março de 2020, com todas as lojas fechadas por conta da pandemia, ela e sua sócia Natielle Krassmann precisaram pensar em uma solução.

Influenciadores lançam marcas e abrem portas para novos negócios

“Tivemos que reinventar toda a nossa estratégia de forma rápida e barata, pois não tínhamos grana para investir em grandes tecnologias”, lembra. Foi aí que surgiu a ideia de começar a realizar lives nas redes sociais* e levar os franqueados para vender por meio do WhatsApp. “No início, chegamos a ter muitos dias de caixa fechado, mas, um mês depois, conseguimos recuperar um resultado de 20% sobre o número de vendas”, diz Natielle.

Hoje, mesmo com a reabertura das lojas presenciais, as estratégias de venda no digital seguem funcionando. “Nós entendemos que a experiência da Criamigos como é física não vai acontecer online, então aceitamos e começamos a criar outras experiências tão incríveis quanto, mas 100% online”, conta Veronicah.

Mudança parecida aconteceu com a empresária Fernanda Yamamoto, dona de marca de moda que leva o seu nome. “Fechamos a loja física ali no começo da pandemia e, um mês depois, eu percebi que teríamos que fazer uma migração para o digital”. Para ela, a dificuldade estava em vender online peças de roupa com um ticket médio alto sem que as pessoas pudessem provar. Por isso, foi necessário repensar, inclusive, a maneira de produzir.

Antes de começar a oferecer as peças, ela decidiu realizar lives educativas sobre corte e costura. Logo depois, ela resolveu atualizar o e-commerce. “Lançamos o site novo com a identidade visual nova, mudamos o logotipo, fizemos uma série de mudanças”.

Além disso, Fernanda conta que também investiu em divulgação nas redes sociais. Aos poucos, as vendas digitais foram crescendo e, atualmente, representam mais de 50% de tudo o que é vendido. Antes, esse porcentual era de 10%.

Live com influenciadores e gamers

Para a Estetic360, franquia do segmento de estética, as redes sociais também se tornaram grandes aliadas. A captação dos clientes é feita pela internet e mesmo os procedimentos estéticos sendo realizados em espaços dentro de shoppings, segundo Alberto, 70% dos clientes vêm do digital. Como nova estratégia, a empresa decidiu que vai começar a realizar lives a partir deste mês de março.

A franquia Frango no Pote já tinha um olhar voltado para o digital, mas resolveu apostar em uma outra estratégia que está cada vez mais comum entre empresas de todos os tamanhos: parceria com influenciadores digitais. “Começamos a enxergar a possibilidade para gerar força de marca”, conta Carlos Júnior, CEO da companhia. Então surgiu a ideia de realizar uma ação com gamers, profissionais que ganham a vida jogando videogame.

Esses influenciadores costumam realizar lives enquanto jogam e atraem inúmeros jovens. Durante as transmissões, foram oferecidos cupons de desconto para compra de frango frito. “Tivemos um resultado de 25% a mais de vendas na semana da ação”. Carlos conta que a migração para o digital é um caminho sem volta. Para além dessas iniciativas pontuais, hoje, 65% do faturamento da franquia já vem de pedidos online.

Um estudo inédito conduzido pela Meta – que analisou mais de 600 mil tópicos de conversação no Facebook e Instagram e ouviu 36 mil pessoas que usam essas plataformas – mostra as tendências para o futuro das compras e do comércio. Segundo a pesquisa, 69% das PMEs em todo o mundo relataram que as ferramentas digitais tiveram impacto positivo em seus negócios durante a pandemia.

Esse resultado chama a atenção para o fato de que o marketing digital e as redes sociais ganharam ainda mais relevância nos últimos anos, refletindo inclusive nos aumentos de buscas por assuntos relacionados.

Para Denis Santini, CEO do Grupo MD, o modelo de comercialização não será mais como antes e o processo de digitalização se tornou essencial para a sobrevivência das empresas. “Todos já deviam ter começado. Quem não começou, tem que sair correndo. E para quem já começou, é hora de aprimorar.”

Confira 4 dicas de marketing digital

1. Tenha profissionais capacitados

Dada a importância que o marketing digital tem para as empresas, não dá para colocar as estratégias de comunicação na mão de qualquer pessoa. “É hora de trazer gente capacitada, de se capacitar, de ver ferramentas e usar o que já existe”, aconselha Denis Santini, do Grupo MD.

2. Esteja onde seu cliente está 

Veronicah e Natielle, da Criamigos, afirmam ser importante que a empresa esteja presente não apenas na hora que o consumidor for realizar a compra. “O cliente está em todo o lugar, então é necessário saber como buscá-lo e ser um objeto de desejo para ele.”

3. Seja paciente 

Algumas mudanças podem levar tempo e os resultados vão aparecendo de forma gradativa. “É preciso ter paciência e entender a lógica do digital”, diz Fernanda Yamamoto. “As pessoas estão usando a internet como ferramenta para se relacionar com as marcas, então, quem não estiver presente, fica difícil sobreviver.”

4. Gere conteúdo 

Com tanta informação presente na internet, a empresa precisa produzir algo que seja relevante para o público-alvo. “Hoje, não é só botar a imagem dela na internet, é preciso gerar conteúdo na sua área de atuação, trazendo especialistas para falar sobre o serviço que você presta”, reforça Alberto Oyama, da Estetic360.

Fonte : https://pme.estadao.com.br/noticias/geral,lives-viram-novo-normal-no-marketing-digital-de-empresas-veja-4-dicas,70003998160

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