Micros e pequenos negócios são quase metade dos exportadores nacionais

Em 2022, exportadores nacionais faturaram mais de US$ 3 bilhões, e iniciativas de digitalização ajudam a tornar esse montante ainda maior.

O número de pequenos negócios nacionais que passaram a ser exportadores de seus produtos apresentou crescimento nos últimos 14 anos, de acordo com dados levantados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Em 2008, os microempreendedores individuais (MEI) e micro e pequenas empresas que participavam das exportações somavam 32,8% dos exportadores nacionais, percentual que representava, à época, 6.479 empresas. Em 2022, esse número subiu para 11.413, que representa 40,8% dos negócios que participam das exportações do Brasil. Juntas, no ano passado, pequenas empresas venderam U$ 3,2 bilhões para o exterior.

Em comparação com as empresas de médio e grande porte, os pequenos negócios se destacaram no crescimento, ao crescer três vezes mais que os de maior porte. Enquanto as organizações médias e grandes tiveram 24,3% de aumento, as pequenas exportadoras evoluíram 76,2%.

O valor exportado também foi notável. Os pequenos negócios cresceram 161,4% em valor exportado, de R$ 1,2 bilhão para R$ 3,2 bilhões. Além disso, quando o estudo analisa apenas os pequenos negócios, o crescimento apresentado foi de 1.500% no período, enquanto as microempresas cresceram 229% e as de pequeno porte 134,5%.

Digitalização pode contribuir com exportações feitas por empresas brasileiras

Um bom exemplo que impulsionou as exportações nacionais foi o acordo fechado entre Brasil e Reino Unido, que investiram R$ 27 milhões para facilitar o comércio entre os dois países através de uma plataforma digital. O objetivo é simplificar a exportação para micro, pequenas e médias empresas brasileiras. A plataforma MPME centraliza as informações para serviços prestados e empresas, sejam as que já atuam com exportação, ou aquelas que pretendem ingressar na atividade.

O evento que marcou a assinatura dos protocolos pelo Ministério do Desenvolvimento do Reino Unido aconteceu na Embaixada Britânica. A autoavaliação da maturidade das exportações também foi digitalizada e automatizada. Nesse caso, a plataforma será operada pela ApexBrasil.

Um artigo do Sebrae defendeu que digitalizar os processos logísticos tanto na exportação, como na importação, pode contribuir com a competitividade do setor. A automação pode ainda facilitar as rotinas ao promover maior agilidade para trabalhos de rotina, como um veículo automatizado para o transporte de cargas.

digitalização e a automação de processos podem ainda processar em tempo hábil a análise de grande quantidade de dados, além de reduzir a chance de erros. A economia de recursos, tempo e custos é outro benefício apontado. Ao tornar os processos digitais, é possível ganhar velocidade, menor uso de materiais e avaliar o estoque para prevenir que mercadorias possam vencer. Outro ponto citado é a segurança que o uso de softwares de gestão proporciona para a empresa.

‘https://www.consumidormoderno.com.br/2023/08/30/micros-e-pequenos-negocios-exportacao/?utm_campaign=cm_news_300823&utm_medium=email&utm_source=RD+Station


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FedEx vai premiar micro e pequenos negócios em programa de incentivo

A 6ª edição do Programa FedEx para Micro e Pequenas Empresas vai oferecer prêmios de até R$ 175 mil e mentoria de negócios para os vencedores com histórias de impacto; inscrições estão abertas até 10 de julho.

O primeiro colocado receberá R$ 175 mil, o segundo, R$ 100 mil e o terceiro levará R$ 75 mil. Além disso, os vencedores contarão com uma mentoria de negócios conduzida pelo investidor Renato Mendes, cofundador e sócio da F5 Business Growth e professor na pós-graduação do Insper e da PUC-RS. As empresas selecionadas serão anunciadas no dia 4 de agosto no site da iniciativa.

Lançada nos Estados Unidos em 2012, a iniciativa está presente em dez países, incluindo Brasil, México e Argentina. Podem participar micro e pequenas empresas baseadas no Brasil com fins lucrativos e com até 99 funcionários. Para se candidatar, é preciso contar brevemente a história do negócio e há possibilidade de fazer um vídeo contando sobre a empresa e a missão.

Os interessados devem estar com CNPJ ativo, atividade ininterrupta por pelo menos seis meses e ter receita de até R$ 4,8 milhões durante o último ano fiscal completo. Franquias e vencedores de edições anteriores do programa não podem concorrer. As inscrições estão abertas até 10 de julho e podem ser feitas gratuitamente neste link.

Uma das empresas contempladas em 2021 foi a paraense Paraoil. Especializada na extração de óleos e manteigas à base de sementes naturais amazônicas, o terceiro lugar da última edição do programa passou por uma consultoria com um operador logístico.

Nesse contexto, começou a exportar os produtos para os Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão – no mesmo ano, as exportações representaram 20% da receita total. As sementes utilizadas são adquiridas de pequenos produtores locais que trabalham de forma sustentável. Com isso, a expansão da empresa resultou em um aumento da demanda por fornecedores, impactando positivamente a comunidade local.

Fonte : https://pme.estadao.com.br/noticias/geral,fedex-premio-micro-pequenos-negocios-incentivo,70004068871

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