“Relatório Comércio sem Fronteiras 2022”- PayPal leva oportunidades de cross-border ao Fórum E-Commerce Brasil

Empresa de pagamentos digitais divulga durante o evento pesquisa realizada com 14 mil consumidores ao redor do mundo.

O PayPal, líder global na prestação de serviços de pagamentos digitais, participou do Fórum E-Commerce Brasil, nos dias 26 e 27 de julho, em São Paulo, e apresentou as oportunidades de vendas cross-border mapeadas no recém-lançado “Relatório de Comércio sem Fronteiras 2022” (disponível para acesso em https://radaric.correios.com.br/wp-content/uploads/2022/08/Borderless-Commerce-Report-2022-1.pdf).

A pesquisa, realizada com consumidores de 14 mercados, incluindo o Brasil, aponta que 57% dos entrevistados se identificam como compradores cross-border e que 42% afirmam estar mais confortáveis para realizar compras online de sites hospedados em países estrangeiros do que em 2020. O fato se traduz em projeções de mercado, que apontam que o comércio transfronteiriço deve chegar a impressionantes US$ 7,4 trilhões até 2025, segundo o Global E-commerce Forecast 2022, do eMarketer.

Entre os principais motivadores da compra cross-border estão a busca por preços mais baixos (47%); acesso a produtos indisponíveis no mercado local (44%), e a descoberta de itens novos e interessantes (39%). A principal categoria comprada é vestuário e acessórios (39%), seguida por cosméticos e produtos de beleza (19%), eletrônicos (17%) e brinquedos e hobbies (16%). Em todos os mercados, as compras cross-border são feitas preferencialmente em marketplaces online, em seguida aparecem o e-commerce direto da empresa e as mídias sociais.

“A familiaridade dos consumidores estrangeiros com as compras em sites internacionais representa uma oportunidade valiosa para negócios de todos os tamanhos no Brasil. Temos a nosso favor, além do câmbio, a qualidade e o design dos produtos, os atributos sociais e ambientais dos nossos negócios e um ecossistema de tecnologia de e-commerce pronto para realizar a venda internacional com segurança e facilidade”, analisa Caio Costa, Head de Parcerias e PMEs do PayPal para a América Latina.

De fato, empresas brasileiras já estão suprindo parte dessa demanda. De acordo com dados do PayPal, os países que mais compram de pequenas e médias empresas sediadas no Brasil são Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Portugal e Peru. E, ao vender para outros mercados, o varejista tem a oportunidade de aproveitar sazonalidades e ampliar a base de clientes, fazendo com o que o negócio chegue a um novo patamar.

“No Fórum E-commerce Brasil temos a possibilidade de compartilhar dados e tendências com clientes, parceiros, prospects e imprensa. Eventos como este nos dão a oportunidade de fortalecer o ecossistema de e-commerce nacional, o que se traduz em maior emprego e renda local e projeção internacional para empresas brasileiras”, adiciona Caio.

Sobre o Relatório de Comércio sem Fronteiras 2022
O PayPal, como líder global na prestação de serviços de pagamentos digitais e transações cross-border, busca anualmente, com o Relatório de Comércio sem Fronteiras, compartilhar com empresários brasileiros insights e oportunidades de negócio em mercados internacionais. A edição de 2022 inclui 14 mil entrevistas com consumidores online de 14 mercados (Alemanha, EUA, Reino Unido, França, Itália, Canadá, Austrália, Espanha, México, China, Japão, Hong Kong, Cingapura e Brasil). O relatório traz diagnóstico país a país, incluindo o que o consumidor compra, o porquê e como paga. As soluções de pagamento do PayPal são ideais para empresas brasileiras de todos os tamanhos que querem vender para consumidores internacionais onde o PayPal encontra-se presente, já que a marca está entre as mais confiáveis do mundo.

Clique no link abaixo e acesse a íntegra do “Relatório de Comércio sem Fronteiras 2022” publicado na Biblioteca do RadarIC:
https://radaric.correios.com.br/wp-content/uploads/2022/08/Borderless-Commerce-Report-2022-1.pdf

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/paypal-leva-oportunidades-de-cross-border-ao-forum-e-commerce-brasil/

China: como gigantes do e-commerce retratam o momento econômico

O Alibaba já foi o garoto-propaganda para investir na China moderna. Agora, o mercado de comércio eletrônico que impulsionou seu crescimento está desacelerando, enquanto novos players corroem a participação de mercado do Alibaba.

Isso se reflete no desempenho das ações desde um aparente fundo no sentimento dos principais nomes chineses da internet em meados de março. As ações da Pinduoduo mais que dobraram desde então, enquanto as ações da Meituan subiram 80% e as ações da JD subiram mais de 50% em Hong Kong. Kuaishou aumentou quase 47%.

As ações do Alibaba subiram cerca de 42% em Hong Kong e 33% em Nova York. A Tencent subiu apenas cerca de 25%. Mas, com exceção de Kuaishou e Pinduoduo, os estoques ainda estão em baixa no ano até agora.

“Nossas principais escolhas no setor continuam sendo JD, Meituan, Pinduoduo e Kuaishou”, disseram Robin Zhu, analista da Bernstein, e uma equipe em um relatório nesta semana. “O interesse no Alibaba persistiu, principalmente de investidores estrangeiros, enquanto o feedback sobre a Tencent se tornou muito negativo.”

Bernstein espera que as tendências regulatórias e de consumo favoreçam as ações nas categorias “reais” – comércio eletrônico, entrega de alimentos e serviços locais – em detrimento das “virtuais” – jogos, mídia e entretenimento.

China: e-commerce em desaceleração
No fim de semana, o festival de compras 618 liderado pelo JD.com viu o volume total de transações aumentar em 10,3%, para 379,3 bilhões de yuans (US$ 56,61 bilhões). Essa é uma nova alta em valor – mas o crescimento mais lento já registrado, segundo a Reuters.

Comerciantes que conversaram com Nomura disseram que os bloqueios da Covid interromperam a produção de vestuário, enquanto a demanda do consumidor era geralmente baixa, de acordo com um relatório de domingo. As vendas de produtos de alta qualidade se saíram melhor do que as do mercado de massa, disse o relatório, citando um comerciante.

O Alibaba, cujo principal festival de compras é em novembro, disse apenas que viu crescimento no valor bruto das mercadorias em relação ao ano passado, sem divulgar números. O GMV mede o valor total das vendas durante um determinado período de tempo.

“O crescimento do varejo online provavelmente será mais lento este ano do que em 2020 e 2021, e seu ganho na taxa de penetração pode ser mais fraco do que a média de 2,6 [pontos percentuais] durante 2015-2021”, disse a Fitch em um relatório na semana passada.

“Isso se deve a uma base maior, integração mais profunda de canais online e offline… e confiança mais fraca do consumidor em relação às preocupações de uma economia em desaceleração e aumento do desemprego”, disse a empresa. A Fitch espera que as vendas online de alimentos e utensílios domésticos tenham um desempenho melhor do que as de vestuário.

Em maio, as vendas no varejo online de mercadorias aumentaram mais de 14% em relação ao ano anterior, mas as vendas gerais no varejo caíram 6,7% durante esse período. A Fitch espera que as vendas no varejo da China cresçam apenas um dígito baixo este ano, contra 12,5% em 2021. 27,7% em 2020.

Novos players
No mercado de compras online da China, novas empresas surgiram como rivais do Alibaba. Isso inclui as plataformas de vídeo curto e transmissão ao vivo Kuaishou e Douyin, a versão chinesa do TikTok também de propriedade da ByteDance.

No GMV das cinco principais plataformas de comércio eletrônico, a participação de mercado do Alibaba caiu 6% no primeiro trimestre em relação ao quarto, de acordo com a análise de Bernstein publicada no início deste mês.

JD, Pinduoduo, Douyin e Kuaishou cresceram participação de mercado durante esse período, disse o relatório. A participação de GMV da Douyin aumentou mais, em 38%, embora sua participação de mercado combinada com a Kuaishou seja apenas cerca de 12% entre as cinco empresas.

Em um sinal de como a Kuaishou emergiu como seu próprio player de comércio eletrônico, o aplicativo em março cortou links para outros sites de compras online.

“Sua recente decisão de cortar links externos para Taobao e JD [do Alibaba] mostra que os tempos mudaram”, disse Ashley Dudarenok, fundador da consultoria de marketing chinesa ChoZan, na época da notícia. “Taobao não é mais o único campo de batalha principal para o comércio eletrônico.”

No trimestre encerrado em 31 de março, a Kuaishou relatou GMV em sua plataforma de 175,1 bilhões de yuans, um aumento de quase 48% em relação ao ano anterior.

No mês passado, Douyin, da ByteDance, afirmou que seu GMV de comércio eletrônico mais que triplicou no ano passado, sem especificar quando esse ano terminou. Douyin baniu links para plataformas externas de comércio eletrônico em 2020.

Enquanto Douyin supera Kuaishou em número de usuários, o que é diferente para os investidores que desejam jogar a tendência de e-commerce de vídeos curtos é que Kuaishou está listada publicamente.

Mesmo na chamada anterior do JPMorgan em março para rebaixar 28 ações chinesas de internet “não investíveis”, os analistas mantiveram seu único “excesso de peso” em Kuaishou com base no “foco mais nítido da administração na melhoria da margem, maior margem bruta, maior base de usuários e menor risco de concorrência”.

Usuários como o livestreamer de cosméticos Zhao Mengche geralmente descrevem Kuaishou como tendo uma “comunidade”, na qual ele disse que o aplicativo está tentando integrar mais marcas e imitar uma praça de mercado de vilarejo – online. Zhao tem mais de 20 milhões de seguidores em Kuaishou.

Durante o festival de compras 6.18 deste ano, o aplicativo de mídia social Xiaohongshu, focado em moda, afirmou que mais comerciantes disponibilizaram seus produtos diretamente no aplicativo e disseram que os usuários também poderiam comprar produtos importados do JD.com através do Xiaohongshu.

Anúncios
Olhando para o futuro, as empresas estavam mais inclinadas no primeiro trimestre a gastar em publicidade mais próxima de onde os consumidores poderiam fazer uma compra, em vez de apenas aumentar a conscientização, de acordo com Bernstein. Eles estimaram um crescimento de 65,8% nos anúncios de comércio eletrônico Kuaishou no primeiro trimestre em relação ao ano anterior, com Pinduoduo, JD e Meituan também apresentando crescimento de dois dígitos.

No entanto, a receita nas 25 principais plataformas de publicidade monitoradas pela Bernstein cresceu 7,4% ano a ano no primeiro trimestre, abaixo do crescimento de 10,8% no trimestre anterior.

E para ByteDance – a maior plataforma de publicidade na China no primeiro trimestre ao lado do Alibaba – Bernstein estimou que os anúncios domésticos cresceram apenas 15% nos primeiros três meses do ano, apesar das vendas de transmissão ao vivo GMV provavelmente quase triplicarem, disseram os analistas.

Eles esperam que o negócio de anúncios domésticos da ByteDance diminua para um dígito, ou mesmo contraia, no segundo trimestre.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/china-como-gigantes-do-e-commerce-retratam-o-momento-economico/

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Vox Radar: startup mapeia redes sociais e jornais em busca de insights para empresas

Saber o que se passa nas mídias sociais deixou de ser uma questão trivial para qualquer setor do mercado que tenha o mínimo interesse em fazer um produto ou serviço prosperar. Cientes e interessados na ascensão dessa nova forma de comunicação, um grupo de profissionais de diferentes áreas se uniram para criar a Vox Radar, uma startup que monitora as redes e também canais de notícias.

A Vox Radar é, essencialmente, uma plataforma que faz a análise e interpretação de dados provenientes das principais redes sociais (Twitter, Instagram e Facebook) e dos veículos de comunicação do Brasil.

Essa área de atuação já tem um nome: social listening. Trata-se de um setor que usa a ciência de dados para escutar a audiência e levar insights para empresas, organizações e instituições diversas sobre o que elas desejam saber.

“Nós mapeamos a temperatura de uma discussão sobre o assunto que o cliente solicitar. Fazemos a volumetria das conversas, analisamos se o sentimento do público é positivo ou negativo, quem são os principais agentes envolvidos nas conversas. Depois elaboramos um relatório com todas as informações para a tomada de decisão de quem solicitou”, explica João Yamim – CEO da Vox Radar.

A startup surgiu da preocupação de um grupo de pesquisadores brasileiros, a maioria deles atuantes do meio acadêmico, com o rumo e proporções que as redes sociais tomaram nos últimos anos. O desejo deles era conseguir mapear os assuntos de forma precisa, para entender o contexto das discussões.

Criada em março de 2021, os fundadores da Vox Radar ficam no plano de fundo e Yamim, co-fundador, comanda o operacional diário com mais 13 colaboradores de tempo integral.

Algoritmos distribuem e algoritmos acham

Não são pessoas que escolhem o que bomba nas mídias sociais, são os algoritmos – embora sejam pessoas que desenvolvam os algoritmos.

Na Vox Radar o princípio é basicamente o mesmo: não são pessoas que fazem o monitoramento das redes, são algoritmos – mas as pessoas alimentam os robôs para torná-los mais inteligentes em suas buscas.

Mestre em ciência da computação, Yamim conta que o sistema da Vox Radar utiliza modelos de aprendizado de máquina para fazer suas buscas. A ferramenta comanda tudo de modo autônomo. “Os algoritmos são muito eficientes. Quando eles erram, podemos dar um feedback e apontar o erro para que ele corrija internamente. São totalmente inteligentes”, diz.

Com base em um assunto específico, o sistema irá buscar tudo o que tiver nas mídias sociais: cada post, cada comentário, curtida, compartilhamento; quem falou, o que falou, quem curtiu, o que curtiu. E mais: irá analisar se foi um comentário positivo ou negativo.

Segundo Yamin, esse é um diferencial importante da Vox Radar. Os poucos concorrentes inseridos em social listening no Brasil ainda não conseguem aprofundar a análise nesse sentido, explica o co-fundador.

“A concorrência não consegue fazer a leitura da ironia, que é um ponto forte no Brasil. No Twitter, principalmente, muitas pessoas postam falas que, literalmente, podem ser lidas como positivas ou negativas, mas um ser humano sabe que se trata de uma ironia. O nosso algoritmo também, e consegue analisar com mais precisão a temperatura da discussão”, explica o CEO da Vox Radar.

E, para além das mídias sociais, esse trabalho também é feito com os veículos de comunicação. Os principais portais jornalísticos, páginas de pessoas influentes como políticos, economistas, artistas, entre outras personalidades, também podem ser incluídas na pesquisa, a depender do que o cliente deseja.

Em ano de eleições, política fortalece a Vox Radar

Com um presidente tão fortalecido nas redes sociais, como temos no Brasil, não é de se estranhar que os principais clientes da startup sejam do meio político. Segundo Yamin, são feitas muitas solicitações para acompanhamento de repercussão de Projetos de Lei (PLs), de assuntos de interesse público que fazem parte de campanhas, comparativos de candidatos, entre outros.

O sistema da Vox Radar consegue mapear um raio amplo do que se fala sobre o tema. Na parte dos jornais levanta quais publicações falaram, com que frequência, com que alcance e o total de reportagens feitas.

Na parte de mídias sociais é monitorado quais especialistas falaram, quais economistas e cientistas políticos, além de outras personalidades e a temperatura das redes de uma forma geral.

“É uma área nova em que trabalhamos desde 2020, antes do lançamento da plataforma de forma comercial, que foi só em 2021. Percebemos que era um setor muito desassistido, com poucas agências na área e, mesmo assim, longe de uma análise completa como oferecemos”, diz Yamin.

De olho no crescimento com ajuda da AWS

Sem apresentar números, o CEO da Vox Radar conta que o faturamento da startup é crescente, assim como o número de clientes. Segundo ele, já houve casos em que precisou rejeitar contratos para a atender aos que já tinham com o mesmo padrão de qualidade.

Para 2022, o objetivo da startup de social listening é trabalhar o crescimento. Com pouco mais de um ano de atuação, a empresa ainda não participou de nenhuma rodada de investimentos, mas pretende buscar recursos para aumentar a capacidade de atuação neste ano.

Para isso, a Vox Radar conta com a parceria da AWS. Infraestrutura de computação escolhida desde o início para rodar os algoritmos da empresa, Yamin explica que a experiência da Amazon Web Services em assessorar suas startups parceiras é importante para eles.

Familiarizados com o mundo acadêmico e de Tecnologia da Informação (TI), as nuances do gerenciamento e administração de empresas não era tão comum para o co-fundador João Yamin.

“O programa da AWS Activate foi muito importante no início da Vox Radar. A gente descobriu por meio do Hub de startups do Distrito e desde então participamos de treinamentos, conferências e outros eventos importantes para nutrir essa parceria e futuramente, o apoio dos investidores”.

Para a rodada de aportes que pretendem fazer ainda em 2022, a Vox Radar deve buscar empresas que têm o aval da AWS como bons investidores, explica Yamin. Para ele, o filtro e leitura da unidade de computação em nuvem da Amazon (AMZO34) vai ajudar na tomada de decisão pelos fundadores.

Fonte : https://www.suno.com.br/noticias/vox-radar-startup-redes-sociais-insights/

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Pesquisa da Nielsen contribui para criar estratégias de vendas às mulheres

A Nielsen (NYSE: NLSN) apresentou a pesquisa “ELAS: comportamentos e barreiras”. Desenvolvida em parceria com Opinion Box, tem como objetivo estimular a inclusão por meio de técnicas de pesquisa da companhia. Além disso, busca entender o perfil das mulheres brasileiras em diferentes frentes, trazendo uma reflexão sobre comportamentos e particularidades.

O estudo

Realizado entre os dias 24 de fevereiro e 2 de março de 2022, o levantamento da Nielsen utilizou um questionário online para 1.000 pessoas de todas as regiões do país. Dentre os entrevistados, 69% eram mulheres, 24% homens e 7% optaram por não citar seu gênero. Já em relação aos setores analisados, estão:

  • Vestuário;
  • alimentação;
  • eletrônicos;
  • maquiagem;
  • bebidas;
  • decoração;
  • pets;
  • automotivos;
  • medicamentos;
  • artigos esportivos, entre outros.

Vale destacar que a pesquisa fornece insights sobre os hábitos de tendências e comportamento dos brasileiros, em especial às mulheres. Portanto, permite orientar as estratégias das empresas para chamar a atenção das consumidoras.

Confira abaixo alguns destaques da pesquisa da Nielsen e como o mercado feminino tem se destacado em cada segmento:

Domínio feminino no ambiente virtual

O número de brasileiros que usam a internet continua em crescimento, e com isso a presença feminina também. De acordo com o levantamento Nielsen, o público feminino tem maior presença mais assídua no ambiente virtual em relação ao público masculino. Quando questionadas sobre a frequência que usam a internet, 90% das entrevistadas disseram se conectar diariamente.

Entre os homens o percentual de acesso diário é de 83%. Além disso, ao serem perguntadas sobre suas atividades online nas últimas semanas, 80% das mulheres afirmaram que a principal atividade é o acesso às redes sociais. Por outro lado, apenas 65% dos homens utilizam as redes sociais.

Mulheres lideram o uso de Smartphone

Smartphone é o principal dispositivo para os respondentes. Além dos brasileiros serem os maiores consumidores de celular, as mulheres dominam o uso dele no Brasil. Quando questionados em que tipo de dispositivo(s) acessam a internet regularmente, de todos entrevistados 90% responderam que utilizam o telefone móvel, seguido de 4% de notebook, 3% de desktop e 2% de tablet.

Influencers/famosos e Vlogs conquistam maior atenção das brasileiras

Fenômeno nas redes sociais, os influenciadores/famosos e Vlogs conquistam maior parte da atenção das pessoas que acessam a internet. De acordo com o levantamento, o público que acompanha influenciadores é em sua predominância feminino (45%) e está entre 24 a 45 anos, enquanto os homens ficam com 24%. Quando questionadas se já compraram algum produto ou serviço divulgado por um influenciador, 42% das mulheres afirmaram positivamente. Deste total, 78% delas dizem que valeu a pena seguir a dica

Streaming e entretenimento como favoritos das consumidoras

Em amplo crescimento, os serviços de streaming têm conquistado o público brasileiro. A pesquisa da Nielsen também revela que conteúdos “On demand”, principalmente de vídeos como YouTube, Netflix e Amazon Prime são os preferidos de 70% do público, sendo mais popular entre jovens de 24-35 anos. Em seguida, aparecem aplicativos para armazenamento de fotos e sites de vagas de emprego, ambos com 64% da preferência. Elas também assistem a mais vídeos, filmes e programas de TV que o público masculino (67% das mulheres revelaram realizar essas atividades nas últimas semanas contra 59% dos homens).

Potencial da mulheres na conversão e engajamento junto a mídia e anunciantes

Com maior potencial de engajamento junto aos anunciantes, as consumidoras são mais impactadas com campanhas e anúncios relacionados a vestuário e alimentos. Para 48% das entrevistadas, publicidade voltadas a roupas e calçados são mais lembradas — contra 27% dos consumidores do sexo masculino. Quando o assunto é alimento, 45% das mulheres afirmam se lembrar de serem impactadas com anúncios do gênero, enquanto entre os homens o percentual fica em 32%.

Além de poder na decisão de compra, o público feminino está mais propenso a adquirir o item visto em campanha publicitária. Em setores como vestuário, 31% das mulheres declaram ter efetuado uma compra de vestuário após virem uma propaganda. O ramo da alimentação fica em segundo lugar, com 30%. Os principais produtos de interesse das mulheres pesquisadas são itens de beleza e alimentos.

Mulheres despontam em quase todos os setores analisados

Outro ponto considerado pela Nielsen foi o alto consumo de informações e produtos online. Quando questionado sobre quais tipos de conteúdo consomem online, o público feminino afirmou que costuma consumir principalmente música, notícias, séries e conteúdo relacionado a saúde e beleza. Abaixo, o comparativo e os principais destaques:

  • Música – Público feminino: 57% / Público masculino 44%;
  • Notícias – Público feminino: 56% / Público masculino 58%;
  • Filmes – Público feminino: 53% / Público masculino 55%;
  • Séries – Público feminino: 50% / Público masculino 42%;
  • Beleza – Público feminino: 45% / Público masculino 16%;
  • Culinária – Público feminino: 42% / Público masculino 19%;
  • Entretenimento – Público feminino: 34% / Público masculino 31%;
  • Educação – Público feminino: 33% / Público masculino 25%;
  • Viagens e Turismo – Público feminino: 32% / Público masculino 22%;
  • Documentários – Público feminino: 25% / Público masculino 29%;
  • Exercícios em casa – Público feminino: 21% / Público masculino 13%;
  • Influencers – Público feminino: 21% / Público masculino 11%;
  • Conteúdo infantil – Público feminino: 18% / Público masculino 8%;
  • Animais/pets – Público feminino: 15% / Público masculino 10%;
  • Games – Público feminino: 14% / Público masculino 24%;
  • Vlogs – Público feminino: 12% / Público masculino 10%;
  • Esportes – Público feminino: 11% / Público masculino 29%;
  • Anúncios – Público feminino: 11% / Público masculino 11%;

Para acessar a pesquisa completa da Nielsen sobre o comportamento das mulheres, clique aqui.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/pesquisa-da-nielsen-contribui-para-criar-estrategia-de-vendas-as-mulheres/

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Do fracasso do Facebook ao ano do superapps no ocidente: as previsões de Scott Galloway

Escritor, empreendedor, professor da universidade de Nova York, guru do vale do silício, Scott Galloway divulga suas já famosas previsões em tecnologia e negócios para 2022, confira suas principais apostas.

Todos os anos, nessa época, o americano reforça essa fama ao divulgar a sua já famosa lista de previsões para o mundo dos negócios nos 12 meses seguintes. Dono de um estilo irreverente, ele não hesita em disparar seus palpites, por mais arriscados que, a princípio, eles possam parecer. Em 2021, o saldo foi positivo. Com muitos acertos e alguns pitacos parcialmente concretizados, seu único erro, de fato, foi a previsão de que a Apple compraria a Paloton, empresa que combina bikes e esteiras ergométricas tecnológicas com aulas de fitness transmitidas ao vivo via streaming. Em compensação, ele previu, por exemplo, que a cotação do Bitcoin superaria a marca de US$50 mil no decorrer do ano, o que se realizou em fevereiro. Dois meses antes, quando Galloway fez sua “profecia”, a criptomoeda valia cerca de US$27 mil. Foi também em fevereiro que outra das suas previsões tornou-se realidade. A ação do Twitter ultrapassou o patamar de US$60 e chegou a US$77, seu pico no ano. Como ele também havia cravado, em novembro, Jack Dorsey, cofundador da empresa, deixou o posto de CEO da operação.
Na noite de terça-feira, 4 de janeiro, Galloway prometeu uma transmissão online e voltou a colocar sua bola de cristal -e sua língua afiada- para trabalhar, ao fazer uma série de prognósticos para 2022. E o Neofeed selecionou as principais previsões feitas pelo guru. Confira:

1- O metaverso de Mark Zuckerberg será o grande fracasso tecnológico em 2022

Em outubro de 2021 o Facebook passou a se chamar Meta, dentro do plano da empresa de ir além da rede social pela qual ficou conhecida e fincar os pés em um novo campo: o metaverso, que mescla realidade aumentada e virtual para estabelecer uma interação digital e imersiva entre as pessoas.
“O metaverso é a próxima fronteira para conectar pessoas, assim como as redes sociais eram quando começamos. E ele afetará todos os produtos que construímos”, destacou Mark Zuckerberg, fundador e CEO da companhia, na época.
Na avaliação de Galloway, porém, a guinada da empresa será maior fracasso tecnológico de 2022. “A noção de que passaremos mais tempo online sacrificando nossas atividades offline é assustadora. Mas qual é a boa notícia? Não vai funcionar. Simplesmente não faz sentido”, afirmou.
Ele ressaltou que a habilidade demonstrada pelo Facebook em aquisições não se repete em boa parte de seus projetos internos. E citou como exemplo o desenvolvimento do seu óculos de realidade virtual, fruto da compra da Oculos, em 2014, e sua grande aposta para ganhar escala no metaverso.
” O Oculos é o calcanhar de Aquiles aqui”, disse. “E a razão é que ninguém quer usar esta coisa e pouquíssimas pessoas estão comprando. Eles venderam 3,5 milhões de unidades em 2020. Só para dar uma ideia de escala, foram 70 milhões de pares de Crocs vendidos no mesmo período.
Em contrapartida, Galloway entende que a Apple é a empresa mais bem posicionada para construir o verdadeiro metaverso. “Eles têm dispositivos onipresentes, a confiança dos usuários, mais capital do que qualquer outra empresa no mundo e já provaram serem incrivelmente hábeis com tecnologia”.

2-O ano dos superapps, com o Twitter e o Pinterest novamente no radar de aquisições

Para Galloway, o conceito de superapp ganhará, definitivamente, escala além da China e essa será a palavra de ordem 2022. Ele entende que haverá uma corrida para consolidar uma operação desse porte no mundo ocidental e isso recolocará dois ativos, em particular, como alvo de aquisições.
“Um componente-chave de um superapp é algum tipo de mídia social isso faz com que o Twitter e o Pinterest sejam bem atrativos para uma aquisição”, afirmou. Ele destacou que o Pinterest está valorizado, mas que o preço de suas ações está recuando, o que já aconteceu com Twitter.
Galloway enxerga boas chances de uma nova proposta da Salesforce para comprar o Twitter, repetindo o movimento feito há pouco mais de 5 anos. Um atalho para um eventual acordo seria o fato de que, agora, as duas companhias compartilham um executivo: Bret Taylor.
Em novembro do ano passado, Taylor foi nomeado presidente do Conselho de Administração do Twitter. Poucos dias depois, o executivo, que atuava como diretor de operações da Salesforce, foi apontado como coCEO da companhia.
“O Twitter ficou muito mais barato porque as suas ações não chegaram a lugar nenhum”, disse Galloway, sobre o desempenho das ações da companhia desde a primeira investida da Salesforce.  “Agora, a empresa está 60% abaixo do que estava quando eles pensaram em comprá-la”.

Avaliado em US$ 20 bilhões, o Pinterest, por sua vez, esteve no centro de uma oferta de US$ 45 milhões do PayPal, em outubro de 2021. E já tinha atraído o interesse da Microsoft, entre o fim de 2020 e o início do ano passado.
“O PayPal teve a ideia certa indo atrás do Pinterest e acho que ainda pode acontecer um acordo”, disse Galloway. “Veremos muitas aquisições de empresas de mídia e de conteúdo, por conta do seu engajamento por fintechs, que podem rentabilizar melhor esses ativos”.

3- O choque de realidade para fabricantes de carros elétricos

Sob a direção do bilionário Elon Musk, a Tesla se firmou em 2021, no posto de montadora mais valiosa do mundo e hoje está avaliada em US$ 1,15 bilhão. Também no decorrer do ano passado, outros nomes, como Lucid Motors e Rivian, pegaram carona no rali dos carros elétricos.
Depois de estrear na Nasdaq em julho, por meio de uma fusão com a SPAC Churchill Capital, a Lucid está avaliada em US$ 64,8 milhões. Já a Rivian, que abriu capital em novembro, vale US$ 89,5 bilhões. Com um detalhe: seus primeiros veículos devem começar a serem entregues apenas neste ano.
Entretanto, de acordo com a bola de cristal de Galloway, o setor não terá pista livre em 2022. “Penso que o mercado de carros elétricos será cortado pela metade”, afirmou ele. “Há uma grande chance de a Tesla cair 80%. Ainda assim, a empresa valerá mais do que a Ford e a General Motors.” Na visão de Galloway, a razão por trás desse recurso está no fato de que o mercado irá frear as eventuais super valorizações dos ativos e passar a priorizar os aspectos técnicos e os fundamentos por trás dessas operações.

4- Na corrida bilionária do turismo espacial, a Virgin Galactic pode ficar pelo caminho

O ano de 2021 também foi marcado por uma corrida bilionária pela conquista do espaço, capitaneada pelas aeronaves das empresas comandadas por um trio de endinheirados:  Elon Musk, com a SpaceX, Jeff Bezos, com a Blue Origin, e Richard Branson, com a Virgin Galactic.
Galloway vai na contramão do entusiasmo em torno do turismo espacial. “É desanimador. Acho isso niilista e simplesmente deprimente”, afirmou. E suas previsões pessimistas recaem, em particular, sobre uma dessas empresas.
“A Virgin Galactic pode ir à falência ou ser vendida por sua propriedade intelectual”, ressaltou. “Não creio que existam tantas pessoas dispostas a pagar US$ 400 mil para subir 60 milhas e flutuar por 8 minutos. E sua capacidade é limitada. Eles terão 1,6 mil assentos em 2025.”
Ao mesmo tempo, embora não tem errado em detalhes, Galloway disse que a SpaceX irá valer mais do que a Tesla em 2025. Ele se mostrou mais animado, porém, com outro projeto de Musk: a The Boring Company, empresa de túneis subterrâneos para serem usados em transportes de alta velocidade.

Fonte : https://neofeed.com.br/blog/home/do-fracasso-do-facebook-ao-ano-dos-superapps-no-ocidente-as-previsoes-de-scott-galloway/

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Perfil do lojista brasileiro: pesquisa mostra motivações e dificuldades no ambiente digital

Pesquisa da Tray em parceria com o E-Commerce Brasil criou um perfil do lojista brasileiro no e-commerce e suas principais dificuldades.

Perfil do lojista brasileiro
Como parte de composição do cenário e perfil do lojista brasileiro, 71% dos respondentes afirmaram que são donos de um e-commerce, enquanto 21% trabalham em um. Os demais são profissionais relacionados a outros setores do mercado.

38% responderam que já atuam no e-commerce há menos de um ano. Enquanto isso, 21% afirmaram que têm o e-commerce de um a dois anos e 20% de 2 a 5 anos. Além disso, ainda na faixa de 20%, estão os que afirmaram ter o e-commerce há mais de 5 anos.

Canais de divulgação
Podendo responder mais de uma alternativa, os respondentes que compuseram o perfil do lojista brasileiro foram questionados sobre quais os canais são mais utilizados para realizar a divulgação do e-commerce.

De forma orgânica, os principais destaques vão para:

Instagram 82%;
Facebook 72%;
YouTube 24%;
Pinterest 23%;
LinkedIn 9%;
TikTok 9%.
De forma paga, na faixa de 58% houve duas respostas: Facebook Ads e Google Ads. Apenas 5% afirmaram usar o Pinterest Ads e 3% LinkedIn Ads.

Além disso, 4% usam o Rádio como canal de divulgação e 2% afirmaram que usam a TV.

Motivação do e-commerce
Os lojistas foram questionados ainda sobre as principais motivações que os fizeram abrir o e-commerce.

Para 36% dos entrevistados a resposta foi o desejo de vender on-line. Por outro lado, para 34% a resposta foi a possibilidade de um negócio que funcione 24h por dia.

13% responderam ainda que a motivação principal é a independência financeira e para 9% foi a oportunidade de fazer um investimento mais barato do que a loja física. Ademais, para 8% foi a necessidade de uma renda extra.

Canais de venda utilizados
Podendo responder mais de uma alternativa, os lojistas foram questionados sobre os canais de venda utilizados. De longe, o canal mais utilizado é a loja on-line, com 93% das respostas.

Em seguida, estão as vendas realizadas pelo WhatsApp, com 68% das respostas, e os lojistas que vendem por intermédio de marketplaces, com 67% das respostas.

Redes Sociais também representam uma parcela significativa, com 64% dos respondentes. Enquanto isso, o perfil do lojista brasileiro mostrou que 37% vendem pela loja física. Por fim, 19% usam os influenciadores digitais e 16% os parceiros ou afiliados.

Somente 3% vendem por intermédio de um aplicativo próprio.

Marketplaces
27% afirmaram não usar os marketplaces para realizar vendas. Mas 29% afirmaram que usam de 1 a 2 para vender on-line. 28% usam de 2 a 5. 16% vendem em mais de 5 marketplaces.

Maior desafio para os lojistas
Quando questionados sobre os maiores desafios, 40% afirmaram que é ter mais investimento em marketing.

Outras respostas:

18% logística;
16% ter mais canais de vendas;
14% plataforma de e-commerce;
6% atendimento e pós-venda;
6% formas de pagamento.
Comunicação de recompra
Para manter contato com consumidores que já compraram no site, 38% dos respondentes afirmaram que usam a comunicação direta por WhatsApp como ferramenta para chamá-los para uma possível recompra no ambiente digital.

Ainda como forma de compor um cenário do perfil do lojista brasileiro, 32% afirmaram que fazem esse tipo de comunicação através do e-mail marketing e 30% fazem o remarketing através de plataformas de anúncios.

Por fim, 6% investem em clubes de assinatura ou programas de fidelidade. No entanto, uma parcela de 35% afirmaram que não realizam ações de recompra.

Métricas do e-commerce
Outro dado relevante levantado pela pesquisa foi com relação às métricas acompanhadas pelos lojistas de e-commerce.

A mais relevante foi a taxa de conversão de vendas, respondida por 56%. Podendo assinalar mais de uma alternativa, 54% afirmaram que acompanham o ticket médio (valor médio das vendas de um período).

Outras respostas relevantes:

42% taxa de pedidos aprovados;
34% ROI (retorno sobre investimento);
30% taxa sobre carrinhos abandonados;
24% ROAS (retorno do investimento em publicidade);
21% CAC (custo de aquisição de clientes);
16% taxa de rejeição de páginas.
De maneira complementar, 27% afirmaram que não acompanham métricas.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/perfil-do-lojista-brasileiro-pesquisa-da-tray/

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Quando o entretenimento se transforma em venda: empresas de e-commerce apostam no conteúdo para aumentar o faturamento

Desde os primórdios da internet comercial já se sabe: qualquer empresa, independentemente da área de atuação, também é uma empresa de mídia. Primeiro foram os websites, depois vieram as redes sociais e os aplicativos. Saber apresentar-se no mais importante dos meios de comunicação é essencial para todo e qualquer negócio.

Mas algumas companhias estão levando a ideia muito mais longe. A parte do negócio da Amazon que mais cresce não tem a ver com varejo nem com os serviços de computação na nuvem da AWS: a Amazon está se transformando em uma potência da mídia.

No Brasil, um movimento semelhante está sendo liderado pelo Magalu. A companhia recentemente comprou três hubs de conteúdo – Canaltech, Steal the Look e Jovem Nerd.

Por que a gigante do varejo estaria entrando na área de conteúdo? Porque o Magalu já entendeu que o sucesso de seu negócio cada vez mais passa por comportar-se como uma empresa de mídia.

Um jornal ou uma emissora de TV vendem seus espaços publicitários para sustentar a produção de conteúdo. Para as empresas de comércio eletrônico, o objetivo é um pouco diferente: os anúncios não só trazem novas receitas como também que ajudam a vender mais.

Para descrever a estratégia do Magalu com a aquisição das startups de conteúdo, Leonardo Corrêa, gerente de publicidade da empresa, fala em “monetizar a audiência”.

“Quando a gente começa a adquirir empresas de conteúdo, estamos aumentando o nosso inventário [de espaços publicitários] e temos novas fonte de tráfego. São pessoas que podemos converter em clientes”, afirma Corrêa.

O Magalu ainda é um varejista. Mas a internet mudou e continua mudando o negócio do varejo. A concorrência está a um clique de distância, ou a um toque na tela do celular. Para vender mais, é preciso ter mais audiência. E é aí que entram os portais de conteúdo.

Com a compra recente de três empresas (Canaltech e Jovem Nerd, focados em tecnologia, e Steal the Look, de moda e decoração), a intenção da companhia é criar mais caminhos que levem ao site ou ao app do Magalu.

Corrêa aponta que o site Canaltech recebe 25 milhões de visitantes únicos por mês. Já o canal do YouTube do Jovem Nerd contabiliza mais de 1 bilhão de visualizações desde sua criação.

“Entendemos que a aquisição recente do Jovem Nerd é subapreciada”, diz um relatório recente do Bank of America. “Acreditamos que o site tem um posicionamento único como portal de comunicação para dezenas de milhares de desenvolvedores de software brasileiros.” Os analistas do banco acreditam que o site possa ajudar até mesmo no recrutamento de programadores.

Mas o objetivo primordial não é esse. Os portais também representam uma exposição muito maior para as marcas e vendedores que anunciam no Magalu.

“No segmento de tecnologia, com esses dois novos portais, nosso alcance foi multiplicado por dez vezes”, afirma Corrêa. É uma via de duas mãos: as startups de conteúdo trazem potenciais clientes e ao mesmo tempo ampliam a visibilidade dos anunciantes do Magalu.

A ideia de vender publicidade dentro de sites de comércio eletrônico não é nova. Assim como os supermercados cobram pela localização mais nobre dentro das lojas, há muitos anos as empresas de ecommerce destacam links patrocinados no resultado das suas buscas.

As dúvidas de Bezos
Mas um nome famoso não estava convencido disso: Jeff Bezos. No recém-publicado livro “Amazon Sem Limites”, o jornalista Brad Stone relata que o fundador e agora ex-CEO da Amazon considerava links pagos uma “quebra de confiança” na relação com o consumidor.

“Para Bezos, a santidade da experiência do cliente tinha precedência absoluta sobre quaisquer relações de negócios ou eventuais incrementos no balanço”, escreve Stone.

Foi só com muita insistência de executivos da companhia que Bezos aceitou expandir essa unidade de negócios. Hoje, ela é a que mais cresce dentro da Amazon.

A rubrica de “outros” – que significa essencialmente a venda de publicidade – gerou US$ 6,9 bilhões em receitas para a gigante varejista no primeiro trimestre deste ano. Foi um crescimento de 77% em relação ao mesmo período do ano passado.

Ter visibilidade na Amazon é fundamental. Desde 2018, a maioria dos consumidores americanos começa suas pesquisas por produtos usando o site ou o app da varejista, em detrimento do Google.

Isso significa um mercado enorme para links patrocinados, além da oportunidade de anunciar produtos que nem sequer são vendidos na Amazon, como seguros ou carros.

Com mais de 25 anos de história e um conhecimento profundo de seus clientes, a empresa começa a rivalizar com Google e Facebook – as duas maiores potências da publicidade on-line – na capacidade de apresentar a oferta certa para o cliente certo.

No longo prazo, a estratégia do Magalu é semelhante. Hoje, marcas ou vendedores do marketplace podem comprar anúncios nas propriedades da varejista ou nos sites parceiros.

O Magalu também faz um trabalho parecido com o de uma agência de publicidade, planejando a exposição dos anúncios nessa rede própria e nas do Google e do Facebook.

As possibilidades só estão começando a ser exploradas, diz Corrêa. “Posso fazer uma campanha de casa conectada, unindo tecnologia e decoração, atingindo o público do Steal the Look, por exemplo.”

Lives de compras
A mais nova fronteira da simbiose entre conteúdo e comércio é o que vem sendo chamado de “live commerce”. São lives dedicadas exclusivamente a mostrar e promover produtos em transmissões ao vivo pela internet.

Como muitas das novidades do comércio eletrônico, o “live commerce” surgiu na China. A estimativa é que essa modalidade movimente US$ 60 bilhões neste ano. Um levantamento da consultoria AlixPartners indica que dois terços dos consumidores chineses compram pelo live commerce atualmente.

O marketplace Taobao, do grupo Alibaba, é o líder dessa nova categoria e tem seus próprios influenciadores. Como tudo o que diz respeito ao mercado chinês, os números são estarrecedores.

Viya Huang, a mais popular celebridade do ecommerce, tem mais de 80 milhões de seguidores no Taobao Live. No Dia dos Solteiros de 2019, o equivalente chinês da Black Friday, estima-se que ela tenha vendido cerca de US$ 45 milhões em suas transmissões.

Uma sessão de live commerce é um misto de comercial, review e bate papo. O público pode tirar dúvidas, pedir para que certas funções sejam detalhadas ou que uma peça de roupa seja vestida, por exemplo.

A novidade já começa a aparecer no mercado americano – como a plataforma Amazon Live – e está no radar do Magalu, afirma Corrêa. Ao que tudo indica, vai ficar cada vez mais difícil distinguir onde termina o entretenimento e onde começam as vendas.

Fonte : https://www.infomoney.com.br/negocios/quando-o-entretenimento-se-transforma-em-venda-empresas-de-e-commerce-apostam-no-conteudo-para-aumentar-o-faturamento/

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Facebook anuncia lives para fomentar o e-commerce na plataforma

O evento começa nesta semana e segue até julho, e a empresa de Mark Zuckerberg tem como objetivo trazer marcas ainda maiores para plataforma e impulsionar a ideia de compras ao vivo. Além disso, as marcas podem ganhar popularidade em seus produtos com vídeos de “como fazer” e tutoriais.

Carrinho de compras com caixas em cima de um teclado

Durante os vídeos ao vivo, os consumidores poderão verificar maiores informações dos produtos apresentados sem precisar se desligar da plataforma e também podem adicioná-los ao carrinho de compras. Os usuários podem realizar a compra durante as lives, ou então podem aguardar até a finalização do conteúdo. As marcas receberão informações do cliente, como endereço para envio e, caso autorizado, e-mail e número de telefone.

As transmissões ao vivo compradas ganharam grande popularidade durante a pandemia da Covid-19 que impossibilitou a abertura de lojas em diversos locais do mundo e impulsionou o comércio eletrônico.

A chefe de produto do Facebook App Commerce, Yulie Kwon Kim, afirmou que o e-commerce tornou a experiência de compra mais conveniente, mas ressaltou que muitas pessoas olham vitrines procurando novidades e que, geralmente, os compradores querem ouvir opiniões sobre um produto.

 

Fonte : olhardigital.com.br

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