As novas estratégias de loyalty para segmentos de alta frequência de consumo

1. Gamificação e engajamento recorrente

A gamificação transforma ações cotidianas em experiências interativas e recompensadoras. Imagine um cliente de supermercado que, ao acumular compras semanais, participa de desafios para desbloquear benefícios exclusivos. Em postos de combustíveis, por exemplo, programas gamificados podem oferecer recompensas adicionais por abastecimentos em horários específicos ou pela adoção de práticas sustentáveis.

2. Programas VIP e exclusividade

Os consumidores de alta frequência valorizam o reconhecimento. Programas VIP segmentados com base no comportamento de compra podem oferecer:

– Filas exclusivas em caixas de supermercados.

– Descontos especiais em produtos frequentemente adquiridos.

– Recompensas personalizadas para clientes que alcançam níveis mais altos de fidelidade.

3. Personalização e uso inteligente de dados

Em mercados de alta frequência, o cliente espera que a marca o conheça bem. Ferramentas de análise de dados podem personalizar as interações, como recomendar produtos com base no histórico de compras ou oferecer promoções específicas em horários preferidos pelo cliente. A personalização aumenta o engajamento e a percepção de valor.

4. Conexão omnichannel

O consumidor moderno interage com marcas em diversos canais. Uma experiência de loyalty omnichannel conecta compras online e offline, permitindo que os pontos acumulados na loja física sejam resgatados no app ou vice-versa. Essa integração aumenta a conveniência e incentiva a recorrência.

5. Recompensas experienciais

Ir além do financeiro e incluir recompensas experienciais, como workshops de culinária em supermercados ou promoções de “cuidados com a saúde” em farmácias, cria uma conexão emocional mais profunda com o consumidor. Essas experiências reforçam a lealdade por meio de valor agregado.

Resultados de estratégias avançadas de loyalty

Estudos indicam que consumidores que participam de programas de loyalty avançados apresentam:

– Aumento de 20% a 30% no ticket médio.

– Maior retenção e menor churn.

– Maior conexão emocional com a marca, resultando em maior propensão a recomendar.

– Marcas que utilizam gamificação e personalização em setores como supermercados e farmácias relatam um ROI até 40% superior em campanhas de retenção em comparação com cashback puro.

Conclusão

Em mercados de alta frequência de consumo, a lealdade verdadeira é construída por meio de estratégias que criam valor além do cashback. Gamificação, personalização, experiências exclusivas e uma abordagem omnichannel são pilares que transformam a fidelidade em um relacionamento emocional e sustentável. Para as marcas que desejam se destacar, o momento de inovar em loyalty é agora.

Referências

1. Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF). “Panorama da Fidelização no Brasil 2023: dados revelam preferências dos consumidores brasileiros.”

2. SuperVarejo. “Programas de fidelidade usam personalização e dados como pilares da experiência do cliente.”

3. Central do Varejo. “Gamificação impulsiona programas de fidelidade no varejo.”

4. McKinsey & Company. “Como transformar clientes em fãs.”

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/as-novas-estrategias-de-loyalty-para-segmentos-de-alta-frequencia-de-consumo”

Cada vez mais conectadas: e-commerce e redes sociais são os canais mais utilizados pelas lojas

Em parceria, E-Commerce Brasil e Wake elaboraram a pesquisa “O perfil de consumo”, feita em novembro de 2024 com 117 lojistas de diversas regiões do Brasil. O levantamento revela as tendências do e-commerce brasileiro, destacando o perfil de consumo das empresas, assim como seus canais de venda e sazonalidade, auxiliando ecossistema a aperfeiçoar a experiência de compra dos clientes.

Principais canais das lojas

Quando perguntados sobre os principais canais que a empresa possui atualmente, os entrevistados responderam que o e-commerce se destaca, com 79%, seguido das redes sociais (65%), os marketplaces vêm logo atrás (58,1%), lojas físicas (53%) e os aplicativos móveis por último (25,6%).

Canais mais buscados

Sobre os canais de compra mais procurados pelos consumidores, a maioria dos entrevistados sinalizou a importância das lojas físicas (37,6%), com o e-commerce em sequência (25,6%) e os marketplaces (17,1%).

Meses com maior venda

Entre as respostas, os meses do segundo semestre foram apontados como os de alta movimentação para os lojistas. A temporada de compras  é marcada por datas como a Black Friday, em novembro, mês mais apontado, com 61,5% das respostas. Em dezembro, com 47,9% das respostas, as compras de Natal também elevam o volume de vendas do período. Já abril, mês com apenas 5,1% das respostas, se apresenta como uma data com baixas vendas, embora seja o mês do Dia do Frete Grátis.

Datas mais movimentadas

Entre as datas comerciais que o consumidor mais consome, os lojistas responderam:

  • Black Friday (66,7%);
  • Natal (54,7%);
  • Dia das Mães (32,5%).

Trocas ou devoluções

Com um consumidor cada vez mais multicanal, as empresas que adotam a estratégia omichannel têm a possibilidade de expandir sua atuação, pois cada brasileiro acessa um total de 7,5 canais para comprar. Nesse sentido, as trocas e devoluções não poderiam ser diferentes, então mais da metade (55,6%) dos lojistas afirmaram permitir trocas ou devoluções em qualquer canal, mesmo que não seja onde a compra foi efetuada.

Estratégias de fidelização

Os programas de fidelidade conquistam 72% dos consumidores brasileiros, portanto, a estratégia não deve ficar de fora das práticas de empresas que desejam expandir suas vendas e garantir clientes fieis. Sobre o tema, mais da metade dos participantes disse ter alguma iniciativa para fidelizar, variando sobre quais programas suas empresas adotam.

Motivos para abandono de carrinho

Seja por falta de opções de pagamento, valor do frete, tempo de entrega ou desconfiança, o abandono de carrinho é um gargalo que atinge 77% dos consumidores. Para reverter o quadro, as marcas investem em algumas  estratégias como cupons de desconto ou notificações. Conforme o levantamento, 31,6% desiste por conta do valor do frete, outros 23,9% não faz mapeamento de abandono de carrinho e 22,2% afirmou que a indecisão do consumidor afeta o checkout.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/cada-vez-mais-conectadas-e-commerce-e-redes-sociais-sao-os-canais-mais-utilizados-pelas-lojas”

 

 

NRF 2025: a personalização como protagonista no futuro do varejo

A NRF 2025 é um dos eventos mais importantes do varejo mundial, no qual especialistas discutem novidades do mercado, tecnologias e ideias para melhorar as vendas. Reunindo as principais empresas, devemos ver na NRF o debate sobre como aprimorar a relação entre marcas e consumidores através da personalização.

Mesmo em meio a desafios econômicos, os consumidores têm mostrado uma demanda crescente por mais do que apenas produtos. Eles buscam experiências que reflitam seus valores e estilos de vida, criando conexões mais significativas com as marcas. Esse movimento, aliado à evolução tecnológica, vem redesenhando a maneira como o varejo opera.

A ascensão da personalização no varejo

Uma pesquisa recente reforça essa direção: 73,2% dos líderes do varejo acreditam que a combinação de personalização e novas tecnologias será determinante para o relacionamento com clientes. Ferramentas como inteligência artificial e análise de dados estão se tornando indispensáveis para criar experiências de compra cada vez mais ajustadas às preferências individuais.

No entanto, a personalização vai além da tecnologia. Trata-se de compreender profundamente as expectativas e necessidades dos consumidores. As lojas físicas, por exemplo, estão se transformando em espaços que não apenas vendem produtos, mas proporcionam momentos únicos e memoráveis. Essa abordagem cria um ambiente de proximidade e autenticidade, valores cada vez mais valorizados pelos clientes.

Tecnologia e humanização: o equilíbrio essencial

A tecnologia desempenha um papel estratégico nesse contexto. Soluções baseadas em inteligência artificial permitirão identificar padrões de comportamento, oferecer recomendações personalizadas e ajustar estratégias de marketing em tempo real, sempre garantindo o respeito à privacidade dos consumidores.

Ainda assim, o futuro do varejo não será movido apenas por máquinas. A humanização do atendimento e a construção de relacionamentos autênticos continuarão a ser pilares indispensáveis. O equilíbrio entre inovação tecnológica e a conexão humana será o grande desafio para as empresas que desejam se destacar.

Outro ponto de destaque será a integração dos canais online e offline, consolidando as estratégias omnichannel. Os consumidores já não diferenciam mais esses ambientes: para eles, o importante é ter uma experiência consistente, seja no e-commerce, no aplicativo ou na loja física. Empresas que unificarem seus pontos de contato de maneira eficiente, como oferecer opções de compra online com retirada em loja ou permitir devoluções de produtos comprados digitalmente, terão maior sucesso em atender às expectativas do consumidor moderno.

A personalização no varejo não se limita ao produto ou serviço oferecido. Temas como sustentabilidade e diversidade estão cada vez mais no centro das decisões de compra. Marcas que investem em práticas ambientalmente responsáveis e inclusivas, como o uso de materiais reciclados ou o desenvolvimento de campanhas que representem diferentes perfis de consumidores, têm mais chances de conquistar a lealdade do público.

Com tantas mudanças e possibilidades, a NRF 2025 promete ser um verdadeiro laboratório de ideias e soluções. Mais do que discutir tendências, o evento será uma oportunidade para varejistas de todos os portes entenderem como aplicar essas transformações no dia a dia de seus negócios. A capacidade de adaptação será o diferencial para navegar em um mercado cada vez mais dinâmico e centrado no consumidor.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/nrf-2025-a-personalizacao-como-protagonista-no-futuro-do-varejo

Caedu segue em expansão e inaugura Centro de Distribuição em São Roque

Varejista de moda acessível já abriu mais 30 novas unidades nas regiões Sudeste e Centro-Oeste desde 2022.

A rede de varejo de moda acessível Caedu vai abrir, no primeiro semestre de 2025, um novo Centro de Distribuição. Ele ficará em São Roque, na Região Metropolitana de São Paulo, e foi projetado para apoiar a expansão acelerada pela qual a empresa vem passando.

Atendendo às novas demandas do varejo omnichannel e ao crescimento acelerado da Caedu, identificamos a necessidade de expandir nossa rede logística para acompanhar a evolução do mercado. O novo Centro de Distribuição reforça nossa capacidade operacional, promovendo maior integração tecnológica, eficiência e agilidade em todas as etapas da cadeia de suprimentos”, afirma o diretor de Planejamento, Logística e TI da empresa, Mauricio Yung.

A Caedu segue em ritmo acelerado de crescimento desde 2022. De lá para cá, mais de 30 novas unidades inauguradas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.

O novo CD contará com investimento de R$ 5 milhões. O local, situado na região da Rodovia Castelo Branco, foi selecionado para ampliar a capacidade logística da marca, garantindo eficiência no abastecimento das lojas físicas e maior agilidade nas operações do e-commerce.

O Centro de Distribuição também vai gerar vagas de trabalho em São Roque. Estão abertas oportunidades para diversos cargos, como conferente, operador de empilhadeira, auxiliar de logística e outros.

A Caedu tem 49 anos de mercado. A varejista atua com moda feminina, masculina, juvenil e infantil, especializada em roupas, lingerie, calçados e acessórios a preços acessíveis Possui, atualmente, mais de 98 lojas localizadas em cidades do Estado de São Paulo e na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em Goiânia, Goiás e Brasília, Distrito Federal. Atua, ainda, no e-commerce.

Vagas de fim de ano

A Caedu anunciou recentemente a ampliação de seu time de colaboradores com a abertura de 1086 vagas temporárias. As oportunidades estão disponíveis para São Paulo (932), Minas Gerais (91), Goiás (16), Distrito Federal (33) e Rio Grande do Sul (14).

As vagas são para a posição de operador de loja, com início a partir do dia 25 de novembro, e o processo seletivo já está disponível no Portal de Carreiras Caedu. Os profissionais selecionados serão responsáveis pela organização e reposição de produtos, apoio na aplicação de visual merchandising na loja, atendimento ao cliente na área de vendas e auxílio no caixa, além de suporte nas vendas dos produtos financeiros da marca, como o Cartão Caedu.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/04/12/2024/noticias-varejo/caedu-segue-em-expansao-e-inaugura-centro-de-distribuicao-em-sao-roque/”

 

 

Casas Bahia lança assistente virtual com IA de olho na Black Friday

Ferramenta BahIA foi desenvolvida visando a experiência do consumidor, promovendo atendimento mais personalizado.

Na esteira do desenvolvimento tecnológico e da inovação, o Grupo Casas Bahia acaba de lançar sua própria ferramenta de Inteligência Artificial, o BahIA. O assistente de IA foi desenvolvido pela CI&T, especialista em transformação tecnológica, mirando a melhora na experiência de compra dos clientes da marca. O lançamento já chega com importante papel na estratégia da empresa para a Black Friday, uma das mais importantes datas para o varejo, tanto no e-commerce, quanto nas lojas físicas.

A ferramenta vai atuar nas plataformas digitais, recomendando produtos com base nas necessidades dos clientes e fornecendo informações sobre diferenças entre produtos. Quando um cliente acessar o site das Casas Bahia, a IA já vai reconhecer o perfil de compra e o histórico, permitindo que o catálogo, o feed e as páginas exibam produtos alinhados às suas expectativas.

Segundo o diretor de Tecnologia da Casas Bahia, Filipe Jaske, a hiperpersonalização na venda é um ponto crucial na jornada de compra. “Temos trabalhado integralmente para oferecer a melhor experiência ao nosso consumidor e o lançamento do BahIA é um reflexo do nosso compromisso de dedicação total ao cliente”, revela o executivo.

Além do ambiente digital, as lojas físicas também contam com a tecnologia para criar um ambiente omnichannel. Ao entrar na loja, o cliente é identificado pelo sinal de seu celular ou pelo CPF, permitindo que ele seja direcionado ao vendedor mais capacitado para atendê-lo, com base em seu histórico de compra. Essa personalização acaba incrementando a experiência e aumentando a satisfação do consumidor.

“Combinando tecnologia e estratégias de customização, buscamos oferecer aos consumidores do Grupo Casas Bahia uma jornada de compra sem fricções e uma experiência elevada, que vá além de descontos, com relevância, agilidade e melhor custo-benefício. A tendência é que ferramentas de IA como essa se tornem cada vez mais comuns no varejo”, afirma Maycon Leite, Executive Manager da CI&T.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/28/11/2024/destaque-do-dia/casas-bahia-lanca-assistente-virtual-com-ia-de-olho-na-black-friday/”

 

Black Friday: como organizar campanhas assertivas que elevem as vendas?

A menos de um mês para a Black Friday, muitas empresas já estão se preparando para alavancar suas vendas em uma das épocas mais esperadas do ano. Além do investimento indiscutível em uma boa estratégia de marketing para adquirir esses resultados, é necessário se atentar às estratégias de cobrança neste período, desenvolvendo abordagens amigáveis e assertivas que gerem uma experiência positiva e evitem, assim, riscos de inadimplência e demais prejuízos financeiros.

Até hoje, muitas pessoas ainda aguardam essa data para adquirir seus produtos desejados. Segundo dados divulgados em uma pesquisa da Dito em parceria com a Opinion Box, como prova disso, 43% dos consumidores pretendem gastar mais neste ano, contra apenas 9% que irão gastar menos do que em 2023.

Esse alto volume de buscas vem demandando, cada vez mais, um planejamento antecipado pelo mercado, através de campanhas exclusivas de marketing, reforços na logística e atendimento ao cliente, garantindo uma experiência satisfatória e fluída e, consequentemente, uma maior fidelização do comprador à marca. No entanto, até hoje, muitos erros acabam sendo cometidos nesse processo, comprometendo a conquista desses resultados pelos empreendimentos.

Erros comuns na Black Friday

Uma das dificuldades mais recorrentes das empresas nesta época tem sido a atualização cadastral. Muitas deixam de qualificar e manter seu mailing em dia e, com isso, perdem assertividade ao contatarem seus clientes, investindo dinheiro e tempo em mensagens que não chegarão ao destinatário desejado.

A excessividade em uma comunicação inapropriada também é, infelizmente, bastante comum. Diversos consumidores são impactados, diariamente, com um alto volume de mensagens que, por mais que sejam de marcas com as quais tenham o hábito de se relacionarem, podem gerar uma insatisfação e uma consequente perda de intenção de compras futuras. Imagine essa quantia extensa vinda de diferentes empresas, quão negativas podem se tornar para qualquer pessoa.

Esses comportamentos são extremamente prejudiciais para a imagem e prosperidade de qualquer negócio e, na Black Friday, podem impedir um aumento de vendas característico desta época. Aquelas que desejarem fazer parte desse movimento devem, além de se planejar antecipadamente, se preocupar em desenvolver um plano de cobrança assertivo a seu público-alvo, direcionando mensagens diretas e objetivas aos destinatários corretos para que os convertam e, ainda, criem uma experiência de compra positiva.

Estratégias eficazes de comunicação

No que tange aos dados cadastrais dos clientes, como exemplo, a qualificação dessas informações permite acionamentos mais assertivos, garantindo que a pessoa certa seja contatada para cada demanda. Existem serviços exclusivos de validação entre o CPF e número de celular diretamente na base cadastral das operadoras, pautados nas premissas do Open Gateway, os quais são de grande ajuda nesse sentido.

Para estreitar o contato entre as partes, implementar uma estratégia multicanal ampla entre voz e texto é uma peça importante visando se relacionar com o cliente no contato correto e de sua preferência. Uma comunicação adequada, tecnológica e com atendimento omnichannel preparado para as necessidades dos clientes eleva as chances de conversão na jornada de compras.

No mercado, existe uma série de canais inovadores e ricos em recursos visuais capazes de favorecer essa experiência, e que vão além dos canais mais “famosos”, como o WhatsApp e SMS. Um grande exemplo disso é o RCS Google, que permite identificação visual da marca com logo, contato, endereço, site e uma comunicação mais amigável através de cards, carrosséis, gifs e demais recursos que farão diferença na estratégia.

Por mais que esses recursos possam ser utilizados por qualquer negócio, é importante ter ciência de diferenças significativas dessas estratégias no online e offline. Isso porque, enquanto os e-commerces já dispõem de vantagens competitivas pelo maior impacto que essas ferramentas tendem a gerar por seu apelo visual, um dos grandes diferenciais das empresas físicas está em sua experiência sensorial e conexão pessoal.

Dessa forma, cada canal de comunicação deve ser muito bem pensado conforme essas características e preferências do público-alvo. Conheça, a fundo, o perfil de seu cliente e o que ele espera. Isso facilitará – e muito – que sua marca defina as melhores estratégias na Black Friday que elevem a conversão de vendas e os resultados nesta data tão promissora para o mercado.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/black-friday-como-organizar-campanhas-assertivas-que-elevem-as-vendas”

 

Big Data e personalização no varejo: como as empresas usam dados para traçar estratégias e conhecer melhor o consumidor

A utilização de diversas ferramentas virtuais hoje em dia, especialmente aquelas conectadas à internet, gera uma enorme quantidade de dados — o tempo todo — que boa parte da humanidade não é capaz de acompanhar. E do ponto de vista empresarial, ser capaz de processar todas essas informações e traçar estratégias eficientes pode ser o diferencial entre sucesso e fracasso, especialmente em um mundo com mercados cada vez mais competitivos.

O termo que sintetiza essa imensidão de informações é Big Data, conjunto de dados variados que tem volumes crescentes e de alta velocidade. Ou seja, o conceito pode ser definido como uma aglomeração complexa de números em que softwares de processamento de dados tradicionais não são capazes de lidar de maneira eficiente. É por isso que implementar Big Data nos negócios é uma estratégia de grande recorrência, como no varejo.

Neste segmento, a utilização de Big Data frequentemente está relacionada à tentativa de compreender comportamentos de consumidores e, a partir disso, traçar estratégias corretas e personalizadas com foco na conversão deste público. Em outras palavras, isso significa que marcas de e-commerce, por exemplo, processam diariamente um grande volume de dados a partir de fontes variadas. A equação pode considerar transações de compras, interações em redes sociais, dados da própria plataforma de vendas, além de outras inúmeras informações.

O varejo é um setor propício para este tipo de coleta de dados, visto que pode lançar mão de pontos de venda, aplicativos de compras e programas de fidelidade, por exemplo, o que permite uma análise detalhada dos hábitos de seus clientes. A utilização de dados cresce tanto na área que, de acordo com um levantamento recente da analista Mordor Intelligence, o tamanho do mercado de Big Data no varejo é estimado em US$ 6,38 bilhões em 2024. Além disso, números da mesma companhia mostram que há expectativa de que o setor alcance US$ 16,68 bilhões até 2029, com um CAGR (taxa de crescimento anual composta) de 21,20%.

A implementação de Big Data no varejo permite que negócios do segmento antecipem demandas, prevendo assim o que as pessoas podem desejar de acordo com padrões. Outra grande vantagem reside nas recomendações personalizadas, em que plataformas de e-commerce, por exemplo, conseguem sugerir — com base em análises de comportamento — produtos a cada cliente de acordo com seus desejos. Neste caso, a utilização de Big Data facilita o aperfeiçoamento de ofertas, interações com o público consumidor durante a jornada de compra, bem como permite um engajamento omnichannel, em que canais on-line e off-line podem ser combinados com eficiência.

O uso de Big Data vai além das estratégias que facilitam a compreensão dos consumidores e também recai sobre o gerenciamento de recursos da própria companhia. Ou seja, com este tipo de estratégia, é possível melhorar toda a logística da marca e gerenciar o estoque com maior eficácia. Tudo isso é viável porque o Big Data pode oferecer uma previsão de demanda acurada e condições ideais na cadeia de suprimentos, melhorando prazos de entrega e reduzindo gastos.

No varejo, Big Data é sinônimo absoluto de tomadas de decisão com base em dados — e isso pode ser fundamental no sucesso ou derrocada de diversos tipos de negócio. É com esse conjunto complexo e veloz de informações que empresas do segmento se baseiam cada vez mais na hora de entregar anúncios, fazer promoções e fidelizar clientes com demandas variadas. Big Data é, no fim das contas, presente e futuro em um mundo em constante mudança.

Victoria Luz, formada em Administração de Empresas pelo Insper, Victoria Luz tem uma carreira marcada por experiências em companhias líderes de tecnologia e consultoria. Sua jornada profissional inclui passagens por gigantes como B2W Digital e Accenture, onde atuou como consultora em projetos de inovação para empresas de renome como Banco Santander, Banco Votorantim, Dotz, Tigre, Cielo e Via Varejo.

Fonte: “https://tiinside.com.br/04/11/2024/big-data-e-personalizacao-no-varejo-como-as-empresas-usam-dados-para-tracar-estrategias-e-conhecer-melhor-o-consumidor/#:~:text=O%20uso%20de%20Big%20Data,o%20estoque%20com%20maior%20efic%C3%A1cia.”

Na nova ‘corrida do ouro’ do varejo, Mercado Livre larga na frente no ‘retail media’, mas as concorrentes brasileiras prometem reagir

O mercado de publicidade é visto como uma nova fonte de receita para o varejo — mas as brasileiras encontram-se ainda muitos passos atrás na busca por território no mercado local.

A “vitrine” das grandes lojas online como Amazon e Mercado Livre vem se tornando um espaço cobiçado para as marcas, dispostas a pagar por um espaço privilegiado nos resultados das buscas pelos seus produtos. Não por acaso, é impossível acompanhar discussões sobre o setor de varejo sem ouvir pelo menos uma vez o termo retail media.

A possibilidade de monetizar ainda mais os espaços do e-commerce e das lojas físicas com anúncios e outros tipos de publicidade é vista não só pelas gigantes internacionais como também por Magazine Luiza, Casas Bahia e até mesmo Americanas como uma das principais avenidas para crescimento de receita.

Basicamente, a mídia de varejo é uma estratégia de publicidade por meio da qual marcas podem anunciar produtos em espaços publicitários ou canais de vendas das gigantes do varejo.

No entanto, há uma vantagem para quem anuncia: a publicidade não atinge os usuários em um momento aleatório em que há potencial maior de rejeição, mas quando ele está na loja e, portanto, estaria predisposto a realizar uma compra e mais receptivo aos anúncios.

Para as varejistas, essa já é uma nova “corrida do ouro”, com potencial para aumentar as receitas e, principalmente, as margens historicamente apertadas do setor.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Boston Consulting Group (BCG) e pelo Google, o retail media deve gerar cerca de US$ 75 bilhões (R$ 418,44 bilhões, no câmbio atual) em lucro até 2026, com um crescimento anual de 22% em gastos dos anunciantes nessas plataformas.

Só no Brasil, entre janeiro e dezembro de 2023, foram investidos R$ 35 bilhões em publicidade digital, segundo levantamento realizado pelo IAB Brasil, com base em dados da Kantar Ibope Media.

Se considerados ainda os gastos com retail media, a estimativa é de que o investimento total tenha alcançado R$ 37,6 bilhões, com 7% de participação da mídia de varejo no bolo total.

A força do negócio de retail media

No caso da Amazon, a divisão de Ads nasceu em 2017 e já superou a marca de US$ 40 bilhões em faturamento com publicidade em 2023 — isto é, o equivalente a aproximadamente R$ 217,8 bilhões, no câmbio atual.

Só no primeiro semestre de 2024, as receitas da Amazon Ads chegaram a US$ 24,5 bilhões.

Já a divisão do Mercado Livre é mais jovem. Lançado em 2020 como Mercado Ads, a unidade de publicidade do Meli deve alcançar o patamar de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,58 bilhões) em receitas com anúncios neste ano, segundo o Goldman Sachs.

No entanto, os analistas do banco ainda veem potencial para o “trator argentino do e-commerce” quadruplicar esse faturamento, ampliando o negócio de Ads para US$ 4 bilhões até 2028.

As varejistas brasileiras ainda vão conseguir competir com a Amazon e o Mercado Livre?

Diante da força avassaladora dos gigantes estrangeiros, as brasileiras Magazine Luiza (MGLU3), Casas Bahia (BHIA3) e mesmo a Americanas (AMER3), em recuperação judicial, também passaram a mirar o negócio de retail media como potencial para destravar valor no futuro.

As brasileiras já deixaram claro que o negócio de publicidade é uma das principais avenidas para geração de receita e ganho de margem no futuro — e inclusive criaram divisões de negócios especializadas neste mercado.

No entanto, apesar dos esforços recentes, as brasileiras encontram-se ainda muitos passos atrás na busca por território no negócio de mídia de varejo local.

No Brasil, o Mercado Ads é líder absoluto em retail media. Hoje, a plataforma de publicidade do Mercado Livre detém uma participação de mercado de 66,3%, de acordo com o relatório Retail Media Trends 2024, da Emarketer.

Já a Amazon Ads perdeu espaço no Brasil nos últimos anos. De 2019 para cá, a fatia da empresa de Jeff Bezos no retail media brasileiro caiu de 25,6% para 13,2%, segundo o relatório.

Por sua vez, outros players alcançaram, juntos, uma fatia de 20,5% do mercado doméstico.

Isso não significa que as varejistas locais pretendem continuar a comer poeira. Pelo contrário, aliás. Em entrevista ao Seu Dinheiro, os diretores de retail media do Mercado Livre, Casas Bahia e Americanas revelaram detalhes das estratégias.

A força do Mercado Ads no Brasil

Na avaliação de Mario Meirelles, diretor sênior do Mercado Ads Brasil, o sucesso absoluto da divisão de publicidade do Meli no Brasil pode ser explicado pela posição de liderança da varejista no e-commerce na América Latina.

“A grande vantagem do Mercado Ads é a capacidade que temos de fornecer informações sobre uma determinada audiência, porque mesmo numa segmentação de público-alvo ainda conseguimos direcionar a uma audiência super relevante.”

Mas apesar de já responder por mais da metade do mercado de mídia de varejo no Brasil, o Mercado Livre (MELI34) ainda vê espaço para expandir a divisão.

De acordo com o diretor do Mercado Ads, a projeção de receita da unidade de negócios para 2024, de US$ 1 bilhão, é ambiciosa, mas ainda mostra uma “capacidade de prospecção muito grande”, especialmente diante da penetração de retail media nos Estados Unidos e Europa em relação à América Latina.

As apostas da Casas Bahia (BHIA3) e do Magazine Luiza (MGLU3) em publicidade

Se as varejistas brasileiras enfrentam o peso esmagador de ter negócios de publicidade mais incipientes que o de gigantes como a Amazon e o Mercado Livre, por outro lado, elas possuem um atributo que os outros players não têm: a possibilidade de integração das lojas físicas à plataforma digital, na chamada “omnicanalidade”.

Na Casas Bahia (BHIA3), a aposta em publicidade se tornou uma unidade de negócios do grupo em abril deste ano, com a chegada de Alexandra Bello Mendonça como diretora — que já trabalhou nas divisões de anúncios de outras players do varejo, como Americanas e Mercado Livre.

“É um diamante que estamos começando a lapidar, com a exploração desses dois mundos combinados. Nós estamos unindo esses dois mundos numa proposta de mídia, na mesma plataforma e gerando resultados para as marcas”, disse a diretora de retail media.

A unidade de retail media da companhia, responsável pela monetização dos espaços digitais e físicos, apresentou um crescimento anual de receita de 112% e um aumento trimestral de 14% no GMV transacionado na plataforma.

Questionada sobre como a empresa pretende avançar de forma representativa em publicidade mesmo estando hoje com um tamanho mais enxuto em relação a concorrentes como o Mercado Livre, Alexandra afirmou não achar que a Casas Bahia é “tão menor”.

“Eu diria que, para o tempo em que estamos operando estruturados como uma unidade de negócios, chegamos a um tamanho bastante interessante e com um posicionamento muito único de omnichannel com abrangência de soluções e produtos.”

A nova vertical de publicidade também acompanha a estratégia atual de Casas Bahia de voltar às origens e focar no essencial. É por isso que o foco não está tanto em expandir agressivamente a quantidade total de anunciantes, mas sim em ampliar o volume de campanhas com as grandes marcas que integram a varejista.

Enquanto isso, o Magazine Luiza (MGLU3) também aposta no retail media como uma fonte de ampliar as receitas. A varejista superou a marca de 3,7 mil anunciantes ativos, incluindo sellers do Magalu e grandes marcas, no segundo trimestre, com crescimento de 40% da receita de produtos patrocinados no período.

Tema recorrente das teleconferências de resultados trimestrais, o CEO Frederico Trajano já afirmou diversas vezes a investidores e analistas que o Magalu Ads é um dos três pilares para destravar valor para os acionistas no futuro.

“Nós temos praticamente 500 milhões de visitas mensais, considerando todas as empresas do grupo. Na plataforma Magalu Ads, o anunciante pode anunciar no próprio Magazine Luiza, no Netshoes, no Kabum! e também anunciar nas 1.300 lojas físicas, com mais de 20 mil televisões para realizar o offline media também”, disse o CEO, após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2024.

Vale destacar que o Magalu Ads existe desde 2021 e é visto pela varejista como uma das principais apostas para destravar valor para a empresa daqui para frente. A companhia inclusive contratou Célia Goldstein, ex-gerente geral da Amazon Advertising no Brasil, no início deste ano para liderar a divisão.

Até mesmo a Americanas (AMER3) está de olho no retail media

Enquanto a Americanas (AMER3) ainda enfrenta os impactos do “tsunami” ocasionado pela revelação da fraude contábil de R$25,2 bilhões em janeiro do ano passado, a varejista anunciou uma série de novas estratégias para o e-commerce.

Além de revisar o modelo multimarcas com o fim dos sites Submarino e Shoptime, a varejista carioca intensificou a aposta no mercado de anúncios.

A Americanas Advertising se apresenta como um “hub de publicidade omnichannel” da empresa desde 2021 — e é vista hoje como uma das maiores avenidas de crescimento de receita da Americanas daqui para frente.

“Para nós, o retail media precisa estar na jornada completa do consumidor, não só no momento de compra. Não é só no site, na loja, no banner. É tudo isso junto, e é justamente o maior diferencial da nossa estratégia: a oportunidade de falar com o consumidor em todos os seus estágios de consumo, desde o primeiro gatilho”, disse Washington Theotonio, diretor de marketing (CMO) da Americanas.

Segundo Theotonio, outra fortaleza da varejista na publicidade é o seu mix de produtos, que é “muito a cara da Americanas” e possibilita anúncios cruzados em diferentes categorias de produtos.

“A gente tem um modelo de negócio que é muito proprietário. Se você entrar numa unidade da Americanas, ela não vai ser um supermercado ou uma loja de conveniência. Não tem um modelo comparativo”, afirmou. “A gente tem um exemplo de cross-sell que é absolutamente inusitado: a venda de fraldas e rímel na mesma cesta na loja. Isso faz parte da jornada da Americanas, que passa não só pelo destino, como também pela descoberta de produtos.”

Fonte: “https://www.seudinheiro.com/2024/empresas/na-nova-corrida-do-ouro-do-varejo-mercado-livre-larga-na-frente-no-retail-media-mas-as-concorrentes-brasileiras-prometem-reagir-miql/”

 

 

 

Pague Menos se posiciona como hub de saúde com oferta de soluções na loja e no digital

Para crescer no setor de serviços, o desafio da rede é promover a farmácia como espaço de saúde e bem-estar.

Acompanhando as recentes tendências de mercado, a rede de drogarias Pague Menos está investindo na oferta de serviços com foco em atenção primária na loja e no digital para se tornar um hub de saúde. O desafio está na mudança de comportamento dos clientes que ainda não estão habituados aos atendimentos online, à compra de medicamentos pelo e-commerce ou mesmo à realização de procedimentos simples, como medir a taxa de glicemia, na própria farmácia.

O cenário está em transformação. Mas a farmácia não é vista pela maioria das pessoas como um hub de saúde. “Esse público precisa se acostumar a realizar uma teleconsulta, aceitar uma prescrição eletrônica e até mesmo fazer compras de medicamentos pela internet”, pontua Renato Camargo, vice-presidente de Customer Experience da Pague Menos. O executivo é um dos palestrantes confirmados no Latam Retail Show, principal evento de varejo B2B da América Latina, realizado pela Gouvêa Experience, entre os dias 17 e 19 de setembro, no Expo Center Norte, em São Paulo. A Mercado&Consumo é media partner e faz cobertura especial do evento.

A busca por soluções para a saúde, mesmo em casos simples, está associada aos hospitais, pronto-socorros e pronto-atendimentos entre públicos e privados. De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), a atenção básica atende de 80% a 90% das necessidades de saúde da população, que passam por prevenção e promoção hábitos saudáveis, bem como a realização de consultas e exames simples.

“Essa atenção primária pode ser feita até mesmo dentro de uma farmácia”, diz Camargo. Segundo ele, esse comportamento está mudando “até mesmo para desafogar o SUS e a saúde privada também”, complementa o executivo. “Quando o cliente entende e gosta, acaba virando um processo natural, porque ele mesmo vira embaixador para viralizar e espalhar isso para outras pessoas”, destaca.

Integração de canais

Tornar-se um ambiente omnichannel, integrando todos os seus canais, é parte da transformação da rede em um hub saúde e, de acordo com o executivo, a estratégia reforça essa percepção sobre a drogaria. “Ao expor para o cliente que a compra é fluida, independentemente do canal que ele comprar – se é na loja física, no WhatsApp, no app ou no site –, vai ter a mesma experiência”, relata Renato Camargo.

A pandemia de covid-19 acelerou a digitalização do varejo e com a Pague Menos não foi diferente. Antes da epidemia global, os canais digitais da rede respondiam por cerca de 6% das vendas e, hoje, por 15%, o que representa perto de R$ 2 bilhões ao ano.

Com foco na melhor experiência de compra, a marca oferece todos os canais existentes para que o cliente possa escolher como ele quer comprar e retirar. O clique e retire, que é a venda na internet com retirada em loja selecionada pelo comprador, representa 50% das vendas.

Conversão de bandeiras

Camargo comenta que a integração com a rede Extrafarma foi bem executada e que as sinergias foram antecipadas em até 6 meses, facilitando a junção das partes de logística, estoque e mix de produtos.

Em alguns estados onde a Extrafarma não tinha uma marca tão forte, estão sendo realizadas as conversões para a bandeira Pague Menos. A mudança, segundo o executivo, apresenta um resultado nas vendas acima de 30% nesses pontos.

“Nos locais em que as duas bandeiras são fortes, estamos fazendo alguns pilotos, também muito satisfatórios, para poder escalar ainda mais. A integração permitiu que essas sinergias fossem alcançadas muito rapidamente, ela foi, no nosso ponto de vista, extremamente satisfatória”, finaliza.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/13/09/2024/latamretailshow/pague-menos-se-posiciona-como-hub-de-saude-com-oferta-de-solucoes-na-loja-e-no-digital/”

Como integrar loja física e online: o que realmente significa ser omnichannel e alguns cases

Este pode parecer mais um daqueles termos complicados que vemos no universo do varejo, mas acredite: entender o que é omnichannel e como colocar essa estratégia em prática pode ser a virada de chave pro seu negócio.

Isso porque, dia após dia, as linhas entre o varejo virtual e físico se borram.

Alguns dados de um relatório de 2023 da Opinion Box, ilustram isso:

77% dos consumidores relatam que já realizaram compras por mais de um canal de vendas da mesma empresa;

70% concordam que certos produtos são melhores comprados em lojas físicas do que online;

66% preferem ver e tocar nos produtos antes de comprar em lojas físicas.

E com consumidores cada vez mais exigentes, que estão em todos os lugares – do ponto físico à loja no Instagram -, integrar os diferentes canais da sua empresa se tornou mais do que um mero luxo, mas uma necessidade.

E é aí que o omnichannel entra em cena.

Se você está se perguntando como tornar a sua empresa omni na prática, este artigo vai te ajudar!

Vamos lá?

O que é omnichannel na prática?

Omnichannel é uma abordagem integrada que une diferentes canais de venda e comunicação para oferecer ao cliente uma experiência de compra contínua.

Por exemplo:

1. O cliente começa a navegar pelo site da sua loja pelo computador, coloca alguns produtos no carrinho, mas sente que precisa ver um deles pessoalmente antes de comprar;

2. Então, ele vai até a loja física, experimenta o item e decide comprar usando o aplicativo, que oferece cupom de desconto;

3. Mais tarde, quando ele acessa o aplicativo, resolve adicionar outra mercadoria à compra e retirar tudo na loja.

Tudo isso acontece sem que sua empresa perca informações sobre o cliente ou o faça repetir passos – é como se todos esses canais fossem um só.

Mas como isso acontece?

Entre os pilares do omnichannel estão a captação e a análise de dados de todos os pontos de contato com o cliente. Fazer isso permite personalizar a experiência de compra e melhorar continuamente os serviços oferecidos.

Nesse caso, tecnologias de suporte, como sistemas CRM e ERP, são essenciais para gerenciar as informações e garantir que todos os canais estejam alinhados.

No entanto, não devemos perder o foco aqui: o protagonista da estratégia omnichannel é sempre o cliente.

Por isso, é bom reforçar que o omnichannel não é sobre estar presente em todos os canais possíveis – é sobre criar uma jornada de compra integrada nos que você já oferece.

Por que se fala tanto dessa estratégia?

Falar sobre omnichannel não é apenas uma moda passageira – é uma resposta direta às mudanças no comportamento e nas expectativas do consumidor.

Em uma pesquisa feita em 2023 pela Bornlogic, em parceria com a Opinion Box, essas mudanças ficaram muito claras…

Apesar de 83% dos participantes não saber o que é omnichannel, quando apresentados ao conceito, eles mostram que entendem muito bem como a omnicanalidade funciona na prática:

64% dos consumidores já fizeram uma compra omnichannel;

65% dos consumidores acreditam que a experiência de compra deve ser igual em todos os canais;

50% dos consumidores já tiveram problemas em um canal e tiveram que resolver por outro.

Os benefícios e os desafios de ser omnichannel

Adotar uma estratégia omnichannel traz vários benefícios para o seu e-commerce. Mas isso não significa que esse caminho não venha com sua dose de desafios.

Vamos passar por alguns deles agora, certo?

O primeiro grande benefício da estratégia omni é a melhoria da experiência do cliente. E isso pode se traduzir diretamente em mais vendas e reconhecimento para sua empresa. Esse é o objetivo final de qualquer negócio, certo?

A B2B Pulse, pesquisa realizada pela consultoria empresarial americana McKinsey & Company, mostrou que empresas B2B (business-to-business) que investiram em estratégias omnichannel no atendimento tiveram aumento de 10% ao ano em participação de mercado

Não dá para ignorar números como esses…

Para fazer funcionar, no entanto, é preciso ter cuidado extra com a sincronização de estoques, preços e informações de produtos entre lojas físicas, e-commerce e outros canais digitais.

E com isso vem também o desafio de gerenciar e analisar uma quantidade massiva de dados.

Dados esses que, se bem gerenciados, podem ser um verdadeiro superpoder para sua empresa, já que permitem a personalização mais eficaz das ofertas e promoções.

Todos esses pontos, é claro, são apenas a ponta do iceberg.

Embora existam desafios significativos, os benefícios em termos de satisfação do cliente, fidelização e aumento nas vendas fazem com que o esforço valha a pena.

Casos de sucesso do omnichannel no e-commerce brasileiro

Agora que você já sabe o que é omnichannel, vamos entender como essa estratégia tem se desenhado na prática, olhando para alguns dos maiores players do mercado.

Amaro

A Amaro é um exemplo brilhante de como uma estratégia omnichannel pode transformar um negócio.

Começando como uma marca puramente digital, a Amaro inovou com suas Guide Shops.

Nessas lojas físicas, os clientes podem experimentar as roupas e sentir os tecidos, mas fazem a compra online, com a entrega sendo realizada diretamente nos endereços desejados.

Essa foi uma forma de “driblar” uma das maiores objeções de compra no e-commerce – não poder tocar nos produtos – com a abordagem omnichannel.

Uma verdadeira aula para todos os empreendedores, principalmente aqueles que trabalham no segmento de moda!

Centauro

A Centauro, gigante do varejo esportivo, incorporou diversas práticas omnichannel para se destacar no mercado.

Uma das principais iniciativas foi o ship from store, fazendo com que as lojas físicas sejam pontos de distribuição para pedidos online.

Nessa modalidade, o cliente compra na loja online e o pedido sai do estoque da loja física mais próxima, o que não só acelera as entregas, mas também otimiza o uso do estoque das lojas e o custo de envio.

Outra opção interessante que a Centauro usa é o clique e retire, que permite aos clientes comprar online e retirar seus produtos na loja física que está mais perto.

Isso proporciona uma grande conveniência e flexibilidade, além de atrair para o ponto físico um cliente que já conhece a marca. E, quem sabe, enquanto ele está lá, não aproveita para garantir alguns produtos extras?

Quanto mais contato, maiores as chances de compra!

MadeiraMadeira

A MadeiraMadeira, conhecida por seus produtos de decoração e móveis, também adotou uma estratégia omnichannel de sucesso.

Eles unificaram os preços entre os canais online e offline, garantindo que o cliente tenha uma experiência consistente independentemente de onde esteja comprando.

Além disso, a MadeiraMadeira utiliza suas lojas físicas como centros de distribuição, permitindo uma logística mais ágil e entregas mais rápidas.

Como integrar loja física e virtual e ser omnichannel de verdade?

Como você viu ao longo deste artigo, ter uma estratégia omnichannel é o caminho tanto para quem vende no e-commerce quanto para quem vende no varejo físico.

No entanto, dar os primeiros passos pode ser motivo de dúvida até mesmo para os empreendedores mais experientes.

A seguir, deixo alguns passos práticos para te colocar no caminho certo. Veja!

1. Analise dados internos e externos

O primeiro passo para integrar sua loja física e virtual é mergulhar de cabeça na análise de dados. Entender como seu cliente se comporta em todos os canais de venda é a chave para uma experiência omnichannel de sucesso.

Comece pelo que você já tem em mãos. Organize todas as informações internas, como dados de vendas, navegação no site, interações em aplicativos móveis e histórico de compras nas lojas físicas.

Ferramentas de CRM (Customer Relationship Management ou Gestão de Relacionamento com o Cliente, em português) são suas aliadas nessa tarefa, pois ajudam a centralizar tudo e fornecer uma visão completa do cliente.

Olhe também para fora e analise tendências de mercado, comportamento dos consumidores nas redes sociais e avaliações de produtos em outros sites.

Aqui, aquelas ferramentas de monitoramento de mídia social e análise de mercado podem ajudar, inclusive, a entender como os consumidores interagem com outras marcas.

2. Defina a sua persona

Lembra sobre como falamos que o cliente é protagonista de toda a sua estratégia de omnichannel? Exatamente por isso, você deve pensar nele ainda no início da sua implementação.

E a melhor maneira de fazer isso é definindo uma persona, ou buyer persona.

Essa é uma representação semifictícia do seu cliente ideal, baseada em dados reais e algumas suposições fundamentadas.

Aqui, aqueles dados coletados no primeiro passo vão ser essenciais.

Ao definir suas buyer personas, considere aspectos demográficos como idade, gênero, localização e nível de renda.

Tente entender também os interesses, comportamentos, desafios e objetivos desses clientes.

Por exemplo, pergunte-se: quais são as principais motivações deles ao buscar um produto ou serviço como o seu? Quais problemas eles esperam resolver?

Aí pode estar a chave para entender quais canais fazem mais sentido na sua estratégia.

Crie perfis detalhados para cada persona, dando-lhes nomes, idades e até uma história pessoal. Imagine que você está descrevendo alguém que realmente existe e que você conhece bem – quanto mais específica for a persona, mais eficaz será sua abordagem.

3. Escolha os canais

Escolher os canais certos envolve uma combinação de certos fatores:

Entender o perfil do seu cliente;

Diversificar suas opções de compra, sem comprometer a qualidade do seu serviço;

Garantir a integração eficiente entre canais;

Avaliar resultados e usar os dados de forma inteligente.

Mas vamos por partes…

Em primeiro lugar, é essencial entender onde seus clientes preferem interagir e fazer compras. Para isso, analise estatísticas geradas pelos canais de venda físicos e digitais que você já utiliza.

Escolha canais que integrem perfeitamente a experiência de compra online e offline. Ofereça opções como “compre online e retire na loja” e “compre na loja e receba em casa”.

Lembre-se de que oferecer múltiplas opções de compra – como comprar pela internet e retirar na loja, ou vice-versa – só vai ser efetivo se você conseguir transformar tudo em uma experiência prazerosa, sem atritos.

Se possível, crie experiências únicas nas lojas físicas que complementem os canais digitais, como demonstrações de produtos, eventos exclusivos e atendimento consultivo.

4. Integre sistemas

Para começar, você vai precisar de um ERP robusto. Esse sistema vai conectar todos os pontos da sua operação – da gestão de estoque ao atendimento ao cliente. Existem ERPs muitos bons no mercado, então sugiro que você comece a pesquisar!

Mas o que essa ferramenta faz?

Um bom ERP atualiza e “amarra” todas as informações sobre produtos, preços e estoque.

Assim, você consegue manter um bom controle de estoque e o seu cliente não vai encontrar inconsistências na hora de comprar pelo site, aplicativo ou loja física.

Outro ponto importante é o CRM, que atua como uma super agenda, que guarda todas as informações sobre seus clientes. Isto é, desde informações básicas como nome e contato, até o histórico de compras.

É ele que vai auxiliar seu time de atendimento, por exemplo, na hora de lidar com um cliente que já tem histórico com sua empresa.

E já que falamos sobre o time de atendimento…

5. Treine sua equipe

Podemos falar bastante sobre tecnologia, mas, no fim do dia, vender é sobre lidar com pessoas. E, por isso, treinar sua equipe é essencial para fazer o omnichannel funcionar de verdade.

Eles precisam entender como cada canal de venda e comunicação se integra e como isso impacta a experiência do cliente.

Primeiro, certifique-se de que todos saibam o quão importante é o omnichannel e como ele melhora a vida do cliente.

Realize treinamentos regulares para que todos fiquem por dentro das novas tecnologias e ferramentas que a empresa está usando, como CRMs, sistemas de ERP e plataformas de análise de dados.

Promova uma cultura de atendimento ao cliente em todos os pontos de contato e mantenha a mentalidade de constante melhoria. O mercado muda a toda hora e o que funciona hoje pode ser obsoleto em pouco tempo…

O objetivo é sempre facilitar a vida do consumidor, oferecendo conveniência e consistência em todos os pontos de contato.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/como-integrar-loja-fisica-e-virtual-o-que-realmente-significa-ser-omnichannel”