Mercado Pago agora permite iniciar pagamento com Pix via Open Finance

O Mercado Pago anunciou que, a partir de agora, os clientes poderão transferir dinheiro de outras contas com Pix de forma mais simples. Em etapas seguintes, será possível fazer pagamentos, investimentos e compras em e-commerces e lojas a partir do app. O Agregador de Contas também estará disponível para os clientes terem visibilidade do saldo em contas e cartões de outras instituições em uma única conta para melhor gestão do dinheiro.

O Mercado Pago, uma das fintechs que mais fomentam o Open Finance no Brasil, anunciou que deu início às transações por meio do Iniciador de Pagamento. A novidade já está sendo disponibilizada para uma base reduzida de usuários e é resultado da fase 3 do Open Finance. A funcionalidade será liberada de forma escalonada, e, posteriormente, será disponibilizada para todos os usuários do Mercado Pago.

O próximo passo, que estará disponível nos próximos meses, será permitir ao cliente realizar compras em lojas físicas e e-commerces a partir do app, utilizando diretamente o saldo disponível em contas de outras instituições financeiras.

Iniciador de Pagamento do Mercado Pago

Segundo a fintech, em uma etapa seguinte, o Iniciador de Pagamento poderá possibilitar aos brasileiros movimentar todos seus internet bankings e apps, viabilizando pagamentos, investimentos e até contratação de seguros.

“O avanço da agenda do Open Finance será fundamental para seguirmos inovando e oferecendo soluções financeiras e de pagamentos simples, seguras e acessíveis. A iniciação de pagamento abre portas para inúmeros casos de usos, que revolucionarão a experiência do usuário. Os clientes poderão manter seu dinheiro na instituição que lhe oferecer melhores condições, concedendo a ele o poder sobre um pagamento e do uso dos seus dados, completa Tulio Oliveira, vice-presidente do Mercado Pago.

No momento do pagamento, o usuário verá suas outras contas integradas ao Mercado Pago. Basta selecionar qual ele deseja para trazer o dinheiro para o Mercado Pago e, então, só precisa autenticar a transação, com senha ou biometria, e o pagamento é concluído na hora.

A empresa tem 20,5 milhões de pagadores únicos no Brasil e possui autorização do Banco Central (BACEN) para atuar como Iniciador de Transação de Pagamento (PISP), “oferecendo total segurança às transações e seguindo todas as normativas vigentes”.

O executivo também reforça que o Iniciador de Pagamento irá aprimorar a experiência de compra e venda com Pix no comércio eletrônico. “Na hora de pagar, o usuário não irá mais precisar copiar e colar um código Pix em um outro aplicativo. Todo pagamento se resolve em um redirecionamento que pula algumas etapas, tornando a compra mais rápida. Também enxergamos benefícios para os vendedores como aumento da conversão de vendas e mais negócios “, explica o executivo.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/mercado-pago-pagamento-pix/

Download

E-commerce registra alta de 20,56% nas vendas em janeiro de 2022

O setor de vendas do mercado online brasileiro, que inclui todas as vendas de bens de consumo e entretenimento, cresceu 20,56% em janeiro de 2022, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Os dados são do indicador MCC-ENET, uma parceria entre a Companhia Compre & Confie e a Câmara Brasileira da Economia Digital.

Já na comparação entre janeiro de 2022 com o mês de dezembro de 2021, as vendas realizadas por e-commerce tiveram uma leve alta de 0,63%. No acumulado dos últimos 12 meses, a expansão foi de 16,14%.

“No primeiro mês de 2022, observamos a mesma tendência de crescimento sustentável das vendas online no Brasil, já observada nos últimos anos. O faturamento do segmento nos últimos 12 meses, comparado ao período anterior, alcançou mais de 25% de crescimento. São sinais fortes da força do canal online nos hábitos de consumo do brasileiro. Esperamos crescimento de dois dígitos no volume de vendas para 2022 em relação ao ano passado”, afirma Gastão Mattos, responsável pela Divisão de Varejo Online da Câmara Brasileira da Economia Digital.

As categorias mais vendidas, segundo o levantamento, foram equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (43,1%); móveis e eletrodomésticos (28,2%); e tecidos, vestuário e calçados (10,3%).

Na sequência, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7%); outros artigos de usos pessoal e doméstico (5,5%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,9%); e, por último, livros, jornais, revistas e papelaria (2%).

Na avaliação regional, usando o período comparativo de janeiro de 2022, ante o mesmo mês do ano passado, a composição ficou da seguinte forma: Norte (33,49%); Centro-Oeste (28,87%); Nordeste (27,35%); Sul (23,19%); e Sudeste (17,22%).

Já no acumulado dos últimos 12 meses, a região Nordeste é que apresentou o melhor desempenho (27,98%); seguido do Centro-Oeste (25,70%); Norte (24,68%); Sul (22,78%); e Sudeste (11,10%).

O faturamento do segmento, por sua vez, cresceu em 8,09% em janeiro de 2022, em relação a dezembro de 2021. O acumulado dos últimos 12 meses teve variação positiva de 25,31%.

A pesquisa do MCC-ENET mostra ainda que, no trimestre de outubro a dezembro de 2021, 18,5% dos internautas brasileiros realizaram ao menos uma compra online.

Um dado que chama a atenção é o crescimento do pagamento das compras online via PIX em 2021. Enquanto em janeiro 1% das compras online eram pagas com PIX, em dezembro esse índice já era de 4%.

Na média, em 2021, o PIX representou 2,3% de todos os métodos de pagamento pela internet, segundo levantamento da Neotrust, empresa responsável pelo monitoramento de 85% do e-commerce brasileiro.

As categorias em que os brasileiros mais compraram com PIX em 2021 foram: moda e acessórios, alimentos e bebidas, beleza e perfumaria, utilidades domésticas e eletroportáteis.

Já as categorias de maior faturamento foram: telefonia, informática, eletrodomésticos, móveis e eletrônicos.

O pagamento no e-commerce com wallet – as conhecidas carteiras digitais – também subiu em 2021, atingindo 6,03%.

Em 2020, o índice de pagamento com wallet chegou a 5,91%, sendo que em 2019 esse número era de apenas 0,26%.

Fonte : https://www.cnnbrasil.com.br/business/e-commerce-registra-alta-de-2056-nas-vendas-em-janeiro-de-2022/

Efeitos positivos do Pix para o varejo começam a ser sentidos pelo mercado financeiro

Na última semana, uma pesquisa publicada pela consultoria Gmattos mostrou que o Pix como meio de pagamento nos maiores e-commerces do Brasil atingiu aceitação recorde, ameaçando ultrapassar o boleto.

De acordo com os dados que foram publicados pelos pela consultoria, em janeiro, a aceitação deste meio de pagamento foi de 64,4%. No mesmo período do ano anterior, sua aceitação era de apenas 16,9%. Se manter o ritmo de crescimento atual, as transações em Pix podem ultrapassar nos próximos meses as do boleto, de acordo com os especialistas.

Para Henrique Weaver, CEO da Pagaleve, uma fintech que permite que consumidores realizem compras através do Pix parcelado, esta já era uma tendência natural e prevista quando anunciaram a criação do Pix. “Nós sabíamos que o TED e o DOC se tornariam obsoletos. Assim como outros serviços já consagrados dentro do mercado financeiro do Brasil”, explica.

Outro dado publicado esta semana, desta vez  pelo Banco Central, mostrou que o Pix tirou R$ 1,5 bilhão da receita de grandes bancos do país, como o Santander, o Banco do Brasil, o Itaú Unibanco e o Bradesco, que são os maiores bancos do país listados no B3.

Isto porque, antes da ferramenta do BACEN, as transferências em dinheiro eram realizadas pelo TED e DOC que cobravam taxas para sua realização. Já o Pix, além de poder ser realizado 24 horas por dia, 7 dias por semana, é gratuito, ou seja, os bancos não ganham com a realização das transações.

Henrique explica que a absorção do Pix pelos brasileiros está transformando diversos setores. Ele cita o exemplo do setor varejista, no qual tem atuado fortemente nos últimos meses.

Segundo ele, “o trabalho que a Pagaleve realiza em parceria com os nossos clientes tem nos ajudado a alavancar as vendas dos e-commerces e também a diminuir o custo das operações dos varejistas, pois, como nosso meio de pagamento tem como pilar o Pix, naturalmente nossas taxas são menores.  Então, conseguimos proporcionar tanto ao consumidor quanto ao varejista custos menores de operação, diferentemente dos cartões de crédito, por exemplo”.

Para ele, hoje, quem mais sente os efeitos do Pix são os bancos e instituições financeiras, mas, em um futuro não muito distante, todos os setores poderão se beneficiar, “é uma revolução que os mais conservadores não vão conseguir parar”, completa.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/efeitos-positivos-pix-varejo/

PIX cresce 281% e é o terceiro meio de pagamento mais aceito em e-commerce

A utilização do Pix vem ganhando espaço como forma de pagamento preferida pelo e-commerce. Segundo estudo realizado pela consultoria Gmattos, de janeiro de 2021 a janeiro de 2022, a aceitação deste meio de pagamento nas maiores lojas online do Brasil cresceu 281%.

Se antes, somente 16,9% contavam com essa opção, agora ela está disponível em 64,4% das empresas. Atualmente, o Pix só fica atrás do cartão de crédito (98,3% de aceitação) e do boleto bancário (74,6%). O levantamento analisou 59 lojas online, que representam 85% do comércio eletrônico do país.

Para o economista e diretor financeiro do Popibank, Marcelo Pereira, não deve demorar muito para que o Pix se torne o segundo meio de pagamento mais popular nos comércios online do Brasil. “Ele é vantajoso para o cliente que tem o seu processo de entrega agilizado, levando em consideração que o boleto bancário pode levar até dois dias úteis para ser compensado. E também para a empresa, que consegue atender melhor, aumenta sua taxa de conversão de venda (dado que o boleto abre maior margem para desistência) e ainda evita golpes de compras falsas”, afirma.

Segundo o portal especializado e-Commerce Brasil, o Pix ainda traz uma economia de até 80% em taxas para os lojistas que vendem por ele, em comparação às tarifas cobradas pelos outros meios. “Isso explica o porquê o cartão de débito está na contramão do Pix e vem diminuindo sua aceitação nas lojas online. Ambos têm a liberação da venda na hora, mas as taxas cobradas aos vendedores são maiores”, pontua Pereira. O cartão de débito diminuiu sua aceitação de 37,3% para 30,5% em um ano.

Parcelamento

O crescimento do Pix deve ter uma alavancagem ainda maior com o futuro lançamento da opção de parcelamento. “Quando tivermos a opção de Pix parcelado eu acredito que será um grande impulsionador para que ele ultrapasse o pagamento por boleto e se torne o segundo meio mais aceito no país”, avalia o especialista. “Só não deverá passar o cartão de crédito, pois embora seja uma opção com taxas mais altas para as empresas, seguirá sendo a mais utilizada pelos usuários devido à possibilidade de realizar a compra mesmo sem ter dinheiro disponível no momento”, completa.

Crescimento total

Em um ano, não foi apenas nas lojas online que o pagamento instantâneo teve uma grande aceitação. De acordo com dados do Banco Central do Brasil, de janeiro de 2021 para janeiro de 2022, cresceu em 105% o número de pessoas jurídicas cadastradas no Pix. No total, o aumento foi de 3.987.196 usuários para 8.203.985.

Fonte : https://fdr.com.br/2022/02/16/pix-cresce-281-e-e-o-terceiro-meio-de-pagamento-mais-aceito-em-e-commerce/

Download

Shopee e RecargaPay oferecem desconto em compras pagas via Pix

Em compras acima de R$ 30 na Shopee, novos usuários ganham R$ 15 de desconto.

A RecargaPay e a plataforma de e-commerce Shopee firmaram uma parceria que tem por objetivo incentivar pagamentos via Pix. Os clientes que fizerem a primeira compra na Shopee usando Pix via app da RecargaPay vão ganhar R$ 15 de desconto, contanto que o valor total da compra seja superior a R$ 30. A Shopee reúne vendedores brasileiros e internacionais, incluindo mais de 100 grandes marcas.

“O Pix é uma solução prática e que busca facilitar a vida dos consumidores, assim como o app da RecargaPay. Queremos mostrar aos consumidores como ele é fácil de usar, além de oferecer benefícios aos usuários, como esse desconto na Shopee, uma plataforma que oferece uma experiência fácil, acessível, segura e divertida, com uma grande variedade de produtos”, diz a head de Parcerias da RecargaPay, Julia Canalini.

Para conseguir o desconto, o usuário deve resgatar o cupom Shopee clicando no botão “EU QUERO” na página da parceria na plataforma. Depois, ele poderá escolher os produtos que deseja comprar e, ao chegar na tela de finalização do pedido, deve selecionar o cupom de desconto resgatado e o método de pagamento Pix. Em seguida, basta abrir o app da RecargaPay e selecionar a opção Pix que deseja: “Copia e Cola” ou “Pagar com QR Code”. Após a confirmação do pagamento, a compra será realizada.

O cupom de desconto ficará disponível até o dia 28 de fevereiro. Para abastecer a carteira digital no app da RecargaPay, além da opção Pix, também é possível utilizar cartão de crédito, transferência bancária, depósito ou boleto.

Vendedores locais

A Shopee foi fundada em 2015 em Singapura como parte da Sea Limited (NYSE: SE) e é líder de e-commerce no Sudeste Asiático e no Taiwan. A empresa está no Brasil desde 2019 e tem investido cada vez mais em sellers locais.

Além de uma grande variedade de produtos com pagamentos e logística integrados, a plataforma inclui opções de entretenimento populares de acordo com cada mercado. Além disso, a Shopee contribui para a economia digital das regiões em que atua.

A Sea Limited também é proprietária de outros negócios, como Garena, o braço de entretenimento digital, e SeaMoney, de serviços financeiros digitais.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2022/01/31/shopee-e-recargapay-oferecem-desconto-em-compras-pagas-via-pix/

Download

Vai pagar como? Por que a forma de pagar agora faz diferença para o consumidor

NRF 2022 eleva a importância de pagamentos digitais, contactless, PIX e novos formatos como fundamentais para a boa experiência e retenção de clientes; confira!

O consumidor está comprando e pagando de forma diferente. Com a adoção de soluções alternativas de pagamento – incluindo o Compre Agora e Pague Depois (Buy Now, Pay Later, do original em inglês, modalidade, aliás, bem conhecida dos brasileiros), que alcançou mais de 45 milhões de consumidores dos EUA acima de 14 anos em 2021 – o varejo tem uma grande oportunidade para adotar opções de pagamento inovadoras e que não termina no checkout. Toda essa dinâmica esteve presente na NRF 2022.

Um bom exemplo foi debate entre Ian Leslie, Diretor Sênior da Bolt (desenvolver de serviços para pagamento sem caixa), Mason Lin, CEO da Pockit (uma carteira digital global) e Daina Melencio, Sócia da XRC Labs, que revelaram como essas plataformas podem ajudar as marcas a atrair e reter novos clientes por meio de atividades de marketing dedicadas em mídias sociais, boletins informativos, eventos e ativações exclusivas de compras.

Sob a perspectiva do consumidor, o que ele demanda em termos deméritos de pagamento? Na opinião de MasonLin,o consumidor pede o mínimo de fricção nos pagamentos e velocidade de resolutividade. Os avanços no Sudeste Asiático são expressivos, com uma infraestrutura toda desenvolvida para permitir que as pessoas resolvam sua vida pelo celular a partir dos chamados super apps.

Ian Leslie disse que sua empresa, a Bolt, registrou crescimento superior a 40%, beirando 50% de uso dos meios de pagamento que não são cartões ou dinheiro, particularmente com carteiras digitais. E qual foi o impacto da pandemia na adoção de meios de pagamento sem contato e baseados no celular? Tudo isso transcende o pagamento, as pessoas querem maior conveniência, rapidez e facilidade evitando caixas, filas e obstáculos.

Como é essa conveniência no e-commerce?

No lado do e-commerce, acessibilidade e opções para melhorar a conversão das vendas são determinantes. A covid-19 trouxe um senso de urgência para o varejo adotar novas tecnologias que tornassem a jornada do cliente mais eficiente e inteligente. Não importa se o canal era físico ou digital, a flexibilidade era essencial. A facilitação do pagamento tinha de obedecer à promessa da publicidade. O cliente vê um anúncio, clica nele e então quer resolver a venda da forma mais simples e instantânea. É uma mudança de mentalidade que atravessa fronteiras.

No Brasil, pudemos constatar essa necessidade a partir da adoção estrondosa do PIX, que democratizou as transferências entre pessoas e facilitou o pagamento de compras pequenas sem a necessidade de uso dos cartões físicos. Para os varejistas, é imprescindível que as novas formas de pagamento possam sem implementadas por meio de APIs simples, com integração funcional, para eliminar os ruídos e pontos de dor sempre associados às transferências, particularmente as tarifas.

Mas adotar um novo meio de pagamento depende de processos simples, tarefa desafiadora quando conhecemos o processo no Brasil, com as legislações estaduais de ICMS que podem sempre impactar na construção ou adoção de um meio de pagamento. O importante é ressaltar que meios de pagamento mais ágeis, baseados em aplicativos e sistemas sem contato, aumentam as taxas de conversão no e-commerce mesmo nas lojas físicas.

Os negócios tendem a se tornar mais locais, mas ainda assim, o consumidor quer se beneficiar de economia de tempo. De todo modo, pagamentos sem contato serão agora elementos indissociáveis da experiência em todos os mercados.

O que esperar do futuro?

O futuro dos pagamentos ainda traz a dinâmica das criptomoedas e a possibilidade de uso em qualquer lugar e em qualquer dispositivo, incluindo transações no Metaverso. Os checkouts estão em processo acelerado de aposentadoria, porque os consumidores querem que todo o processo seja limitado a 3 passos no máximo, e, novamente, independentemente do canal.

É fato que quando o consumidor ganha uma conveniência para fazer transações, rapidamente a adota de modo intenso. O PIX está aí para provar. Quanto mais frequentarem os marketplaces, que irão dominar a paisagem digital e crescer inclusive em termos de criarem super apps, mais os clientes darão preferência ao pagamento invisível. É parte do conforto digital que passa a ser um conceito dominante nas interações entre empresas e clientes.

Fonte : https://www.consumidormoderno.com.br/2022/01/18/consumidor-pagamentos/?utm_campaign=news-cm-220122&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

Download

Veja as fases do Open Banking no Brasil e saiba o que esperar em 2022

Sistema financeiro aberto, que possibilita o compartilhamento de dados, tem como principal desafio o convencimento e a adesão dos brasileiros, segundo especialistas.

O Open Banking se torna cada vez mais uma realidade no Brasil. Amplamente utilizado em outros lugares do mundo, como na União Europeia e no Reino Unido, o sistema está passando por um processo de etapas para sua implementação definitiva em território brasileiro. Mas afinal, o que é o Open Banking?

Trata-se de um mecanismo de compartilhamento de dados e informações de usuários entre diferentes instituições autorizadas pelo Banco Central. Um dos objetivos, segundo o BC, é “a movimentação das contas bancárias a partir de diferentes plataformas e não apenas pelo aplicativo ou site do banco, de forma segura, ágil e conveniente”.

O Banco Central afirma que esse sistema financeiro aberto possibilita mais competição e melhor experiência no uso de produtos e serviços financeiros.

“Com acesso aos dados dos usuários, instituições participantes poderão fazer ofertas de produtos e serviços para clientes de seus concorrentes, com benefícios para o consumidor, que poderá obter tarifas mais baixas e condições mais vantajosas”, explica o BC.

As instituições financeiras só poderão obter os dados com o consentimento dos clientes, que podem escolher encerrar o compartilhamento a qualquer momento, restringindo o acesso de suas informações bancárias a terceiros.

No Brasil, o Open Banking está sendo implementado em 4 etapas. Todas elas foram programadas para ter início em 2021, sendo divididas por atribuições, com cada uma possuindo uma característica diferente na cadeia de sistema financeiro aberto.

Fase 1

A primeira fase teve início em primeiro de fevereiro de 2021. Este estágio inicial do Open Banking teve como função a disponibilização de informações padronizadas das instituições financeiras participantes ao público.

Portanto, essas instituições apresentaram seus canais de atendimento e suas características de produtos e serviços bancários tradicionais. Dessa forma, os usuários já podem ter uma noção de comparação entre os serviços ofertados para entenderem como funciona o sistema aberto de dados na prática.

Nesta fase, o Banco Central anunciou que não foi compartilhado nenhum dado de cliente.

Fase 2

Para Raúl Moreira, Coordenador do Comitê de Inovação do Banco Original, a fase 2 é a mais complexa para a implementação do Open Banking. A partir dela, os clientes já podem compartilhar suas informações entre as instituições participantes.

A segunda etapa teve início em 13 de agosto, pouco mais de seis meses depois do estágio inicial. Com a introdução do compartilhamento de informações, os clientes começam a receber ofertas de acordo com seu perfil, histórico financeiro, custos mais acessíveis e soluções personalizadas para a situação em que se encontram.

“O grande desafio desta fase é partir para uma estratégia de comunicação mais forte com os brasileiros. Este desafio passa pelo nome, pois ‘Open Banking’ não é um nome facilmente entendido pela população. É preciso haver uma tradução de marketing por parte das instituições financeiras”, afirmou Moreira.

Para conseguir a adesão da população nessa fase, Raúl Moreira afirma que o mercado deveria tomar como exemplo o caso do Pix, que rapidamente tornou-se um sucesso nacional. Segundo ele, as instituições financeiras começaram a divulgar a funcionalidade de pagamento instantâneo ainda em agosto de 2020, três meses antes do lançamento oficial.

“É preciso fazer uma reflexão no mercado a respeito do processo de comunicação do Open Banking, assim como foi feito com o Pix, que foi um processo muito assertivo, com um nome que entra rapidamente na cabeça da população, mas que foi principalmente muito bem comunicado pelas instituições financeiras”, afirmou.

Fase 3

A terceira fase do Open Banking, que teve início em 29 de outubro, é o primeiro encontro do sistema com o Pix. As duas principais novidades desta etapa são o Iniciador de Transação de Pagamento (ITP) e o encaminhamento de proposta de crédito.

A partir desta etapa, empresas podem solicitar ao Banco Central para serem “iniciadores de pagamento”, facilitando as transferências dos usuários por meio de seus aplicativos.

Isso significa que empreendimentos que utilizam serviços delivery, por exemplo, vão poder oferecer aos clientes a opção de pagar o produto com Pix dentro do próprio aplicativo, sem fazer com que o usuário saia do app para entrar na interface do banco em que possui conta para utilizar a versão “copia e cola”.

Vale ressaltar que para que o usuário consiga fazer esse pagamento por Pix sem sair do aplicativo, é preciso que a empresa responsável pelo app tenha feito a solicitação de ITP ao Banco Central.

“A fase 3 é muito importante para garantir uma jornada simples e fácil ao usuário”, afirmou Victoria Amato, CBO da Quanto. “Aqui a gente tem a infraestrutura do Open Banking sendo utilizada para novos modelos de negócio, que é fundamental na questão dos pagamentos”, acrescentou.

Já o encaminhamento de crédito é uma ferramenta que poderá ser utilizada caso o usuário habilite a funcionalidade da fase 2 e compartilhe seus dados. Através disso, instituições financeiras vão poder enviar diversas ofertas de crédito, aumentando assim a gama de opções do cidadão.

“Antes, a pessoa batia de porta em porta pedindo financiamento. Agora, isso vai se inverter. Com o histórico do consumidor em mãos, as instituições financeiras que vão procurar o indivíduo e oferecer as melhores ofertas disponíveis”, afirma Rodrigoh Henriques, líder de inovações financeiras da Fenasbac (Federação Nacional das Associações de Servidores do Banco Central).

Essa modalidade, no entanto, só começa a valer a partir de 30 de março de 2022.

Fase 4

A última fase do Open Banking, iniciou em dia 15 de dezembro de 2021, marca a transição para o Open Finance.

Nesta última etapa, o sistema de compartilhamento de dados, informações e histórico sai do âmbito bancário e passa a valer para toda a configuração de finanças pessoais, como seguros, investimento, câmbio e outras vertentes.

Neste primeiro momento da fase 4, as instituições financeiras participantes vão compartilhar com o público dados de produtos e serviços de seguros, investimentos, câmbio, entre outros, semelhante ao que ocorreu na fase 1.

O que esperar para 2022

De acordo com o calendário divulgado pelo Banco Central, em 2022 são aguardadas novas etapas da fase 3, referentes às formas de pagamento, com mais possibilidades que poderão ser iniciadas via Open Banking a partir de datas específicas.

A primeira novidade para o próximo ano será a possibilidade de pagamentos com TED e transferência entre contas na mesma instituição, disponibilizada a partir do dia 15 de fevereiro.

Em seguida temos pagamentos com boletos via Open Banking, programado para ter início em 30 de junho, e pagamentos com débito em conta, com inauguração prevista para 30 de setembro de 2022.

Já em relação à fase 4, após o estágio inicial de 15 de dezembro de 2021, que permite às instituições financeiras participantes a divulgação de seus produtos e serviços em investimentos, seguros e outros negócios fora do âmbito bancário, outra novidade também é esperada em 2022.

A partir do dia 31 de maio, dados transacionais dos serviços e produtos poderão ser compartilhados entre as instituições, caso o cliente autorize.

Para Victoria Amato, CBO da Quanto, o início de 2022 será marcado pelas adaptações das instituições financeiras àquilo que exigem cada fase do Open Banking.

“Eu acho que em um primeiro momento vamos ver a poeira baixando, no melhor sentido. Hoje, temos um cenário em que as instituições financeiras estão se adequando às regulações, e se adequar às regulações como as do Open Banking exigem tempo e trabalho, que está acontecendo à medida em que as fases vão acontecendo”, disse.

Raúl Moreira acrescenta que essas instituições precisam buscar novos métodos de comunicação com o público, mas considera as expectativas positivas para o sistema financeiro aberto no ano que vem.

“É o ano de sedimentação do Open Banking. Por conta da sua complexidade, acho que precisamos caminhar um pouco mais para achar a estratégia certa de convencimento. O Pix foi revolucionário, mas ele é muito mais simples de ser implementado do que o Open Banking”, completou.

Fonte : https://www.cnnbrasil.com.br/business/veja-as-fases-do-open-banking-no-brasil-e-saiba-o-que-esperar-em-2022/

Download