WhatsApp é canal de comunicação mais usado por empresas no mundo

Estudo mostra que tanto o consumidor quanto as empresas preferem que a comunicação seja feita pelo WhatsApp e redes sociais

A comunicação entre consumidor e empresa precisa acontecer de forma rápida e prática. Hoje em dia muitas marcas ainda optam pelos formulários de atendimento online e e-mail, mas os clientes querem seus problemas e dúvidas respondidos rapidamente. Isso faz diferença na experiência do cliente.

Pensando nessa agilidade de resposta, os chats tomaram conta das plataformas de atendimento ao cliente, e a principal delas é o WhatsApp. Segundo uma pesquisa encomendada pela Yalo, plataforma de comércio conversacional , realizada pelo International Data Corporation (IDC), o aplicativo da Meta é o mais usado por empresas para contatar o consumidor – ou atendê-los.

Os números não mentem: 95% das empresas entrevistadas dizem usar a plataforma de mensagens instantâneas. O documento descreve ainda que os canais preferidos dos consumidores são: WhatsApp (88%), redes sociais (77%) e e-mail (59%). Isso reflete no número de usuários do aplicativo só no Brasil, que chega a 197 milhões – somos o segundo maior mercado dele no mundo. Já de acordo com a We Are Social, 9 em cada 10 brasileiros têm uma conta no WhatsApp.

“Empresas de todos os setores têm colocado o cliente no centro de sua estratégia. Nesse sentido, já podemos comprovar o sucesso do comércio conversacional ao ajudar as organizações a escolher o melhor canal de comunicação para interações comerciais hiper personalizadas em qualquer tempo e lugar, conectando pessoas, dados, processos, sistemas e aplicações de forma bastante orgânica”, argumenta Erick Buzzi, General Manager da Yalo no Brasil.

O levantamento da IDC ainda mostra as boas perspectivas futuras para a adoção de aplicativos de mensagens pelo mundo: é estimado um crescimento de 30% em 2025. “O momento atual reforça a necessidade de aumentar os processos de marketing, pré-venda, venda e pós-venda, gerando melhores taxas de fidelidade e uma experiência de cliente perfeita e transparente. O foco no cliente requer canais de comunicação com os quais os usuários se sintam mais confortáveis na interação e a comunicação deve fluir naturalmente”, acrescenta Erick Buzzi.

Comunicação via Chat
O investimento na automação dos negócios tem exigido que os chatbots façam cada vez mais parte do atendimento ao cliente dentro das empresas, principalmente pela popularização do uso de Inteligência Artificial.

“No Brasil, 92% das empresas já recolhem dados de clientes e 75% utilizam chatbots. Isso só reforça o quanto a tecnologia precisa estar presente nos negócios. A conectividade já é uma estrutura onde os dados unem pessoas, coisas, aplicativos e processos a qualquer hora e de qualquer lugar e esse modelo deve ser cada vez mais valorizado como um impulsionador de agilidade e desenvolvimento econômico”, completa Buzzi.

Já a pesquisa Panorama de Marketing concluiu que grande parte das vendas feitas por pequenos e médios empreendedores é concretizada via WhatsApp. De acordo com o estudo, 72% do fechamento e atendimento comercial das vendas é feito pelo WhatsApp, enquanto o pós-venda contabiliza 55% das interações no aplicativo. O segmento que mais usa a plataforma é o varejo (74%), acompanhado pelo mercado imobiliário (70%), saúde e estética (67%) e tecnologia (40%) .

Dois terços das empresas de pequeno porte utilizam o serviço, principalmente quando o time de comunicação é composto por apenas uma pessoa – afirmaram 71% dos entrevistados – o que aumenta ainda mais quando se trata de MEI (Microempreendedor Individual): 78%.

A escolha do aplicativo para fazer essa ponte entre empresa-consumidor acontece pela praticidade da ferramenta, gratuidade e acesso. Sem falar que a comunicação mais próxima com os consumidores gera a sensação de individualização para quem quer fechar negócio, tendo a impressão do “atendimento personalizado”.

‘https://consumidormoderno.com.br/2023/10/16/comunicacao-whatsapp-empresas/?utm_campaign=cm_news_161023&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

Logística e e-commerce: adaptando-se ao impacto das redes sociais

A logística desempenha um papel fundamental em suprir as demandas aceleradas de pedidos, impulsionadas pelas redes sociais. Com cada vez mais redes sociais surgindo, influenciadores e personalidades famosas têm se tornado agentes poderosos na promoção de produtos e marcas. Essa interação direta com os consumidores tem causado um impacto significativo nas operações logísticas, exigindo adaptações ágeis e inovadoras para atender às demandas emergentes.

À medida que as redes sociais continuam a moldar as tendências de compra e comportamento do consumidor, a logística se torna um elemento estratégico para o sucesso das empresas de e-commerce.
Resolvendo o desafio da influência digital no e-commerce
A influência digital transformou a maneira como as pessoas descobrem e compram produtos, levando a picos de demanda que podem ser desafiadores para as operações logísticas tradicionais. A popularidade de uma postagem viral ou uma recomendação de um influenciador pode levar a um aumento significativo nas vendas, criando a necessidade de uma logística adaptável e flexível.

A logística moderna utiliza sistemas de previsão de demanda avançados, como o machine learning, para identificar tendências emergentes nas redes sociais. Isso permite uma melhor preparação para picos de demanda, garantindo que os estoques estejam prontos e as equipes de distribuição estejam preparadas para atender ao aumento nas encomendas.

Adaptando-se à demanda flutuante
A logística está sendo altamente exigida a responder rapidamente a esses picos na demanda. Isso requer uma abordagem mais flexível e sob medida, na qual sistemas como WMS (Sistemas de Gerenciamento de Armazém) e TMS (Sistemas de Gerenciamento de Transporte) desempenham um papel crucial. Os estoques e pedidos precisam ser gerenciados de maneira eficiente (OMS) para evitar desabastecimento ou excesso.

Por isso que entre as tendências da logística moderna estão a flexibilidade e a adaptação. Elas empregam sistemas de gerenciamento de pedidos que permitem ajustar rapidamente a capacidade de armazenamento, aumentar a força de trabalho temporária e otimizar as rotas de entrega para garantir que os produtos cheguem aos consumidores dentro do prazo, mesmo quando a demanda é imprevisível.

Personalização e experiência do cliente
As redes sociais também trouxeram à tona a importância da personalização na experiência do cliente. As expectativas dos consumidores estão cada vez mais altas, e a logística precisa acompanhar. Embalagens personalizadas e entregas rápidas são agora esperadas, e as empresas de logística estão adotando soluções inovadoras para atender a essas demandas.

Torna-se um grande diferencial o investimento em tecnologia de embalagens personalizadas e sistemas de rastreamento em tempo real. Isso permite que as empresas forneçam uma experiência única, desde a coleta de dados para previsão de demanda até a integração de sistemas que permitem rastreamento em tempo real. Os clientes estão sempre informados sobre o status de seus pedidos, garantindo a transparência tão valorizada nos dias atuais.

O futuro da logística no e-commerce
À medida que as redes sociais continuam a moldar as tendências de compra e comportamento do consumidor, a logística se torna um elemento estratégico para o sucesso das empresas de e-commerce. A capacidade de se adaptar rapidamente às demandas em constante mudança, personalizar a experiência do cliente e garantir entregas rápidas e eficientes são fatores críticos para se destacar em um mercado competitivo.

A logística para e-commerce agora é mais do que apenas a entrega de produtos; é a chave para a satisfação do cliente e para a expansão contínua no cenário digital. Com a tecnologia como aliada, a logística está pronta para redefinir a experiência do cliente no e-commerce, alinhando-se com as demandas das redes sociais e criando um novo padrão de excelência no mercado.

https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/logistica-e-e-commerce-adaptando-se-ao-impacto-das-redes-sociais

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Com Brás, Mercado Livre visa competir com popularidade de players asiáticos

Ao firmar parcerias com lojistas do comércio popular, marketplace pretende ganhar espaço no mercado de moda e competir com players internacionais.

No fim do primeiro semestre deste ano, o Mercado Livre anunciou um projeto para trazer os lojistas do Brás, polo comercial popular do centro de São Paulo, para o marketplace.

A empresa irá selecionar 400 lojas de pequenos e médios empreendedores para obter acompanhamento in loco, suporte direto e consultoria do Mercado Livre ao longo de três meses.

Marketplace amplia oferta de produtos acessíveis (Crédito: Alf Ribeiro/Shutterstock)

Essa não é a primeira vez que um e-commerce tenta levar os empreendedores do Brás para o ambiente online. Maya Mattiazzo, professora do hub de moda e luxo da ESPM, já participou de duas iniciativas com o mesmo propósito, mas cita duas dificuldades principais nessa empreitada: educar lojistas e estoque.

Adaptação do offline para o digital

Segundo a executiva, os marketplaces, incluindo o Mercado Livre, tem regras rígidas e uma base de anúncios inflacionada, o que, para um entrante, pode representar um desafio de gestão, cobertura de estoque, competitividade de preço, agilidade e manutenção dos produtos nas páginas da empresa.

“Para o lojista isso pode assustar. Se ele achar que é só colocar os produtos lá e não fazer mais nada, ele irá se frustrar”, diz. Ao mesmo tempo, Maya reconhece que vender no ambiente online é uma necessidade, tendo em vista que essa é a forma que o mercado consumidor tem se acostumado a comprar e os lojistas podem apresentar a vantagem do preço.

De acordo com uma pesquisa conduzida pela Consumoteca em 2022, 77% compram itens de moda em canais online. Já segundo a Nuvemshop, a categoria de moda faturou R$ 548 milhões.

Alimentos e moda, os próximos passos do Mercado Livre

“Os lojistas do Brás sempre fabricaram para vender volume. E as vendas aconteciam de forma muito rápida. Ensinar o ciclo do e-commerce é novo para eles. Mas é o modelo que o mercado cobra agora. Os clientes entenderam que comprar direto do fabricante traz o benefício do preço e, na hora que mexe no bolso, o caminho é sem volta”, explica.

A manutenção do estoque é importante, a medida que, no e-commerce, o cliente paga o produto de forma adiantada, o que não ocorre normalmente em lojas físicas.

Mercado Livre quer se consolidar no segmento de moda

Esse projeto também faz parte de uma estratégia do marketplace para se aproximar de polos de moda no Brasil, além de apostar em segmentos que contam com vendas mais recorrentes. Ao mesmo tempo que os lojistas do Brás podem alcançar novos públicos ao estar na plataforma, o Mercado Livre se beneficia ao se fortalecer em um setor pelo qual não é lembrado. Assim, o marketplace se torna canal para itens de qualidade e valor acessível.

“Nesse momento, homologar os lojistas é fundamental para que tenhamos produtos de qualidade duvidosa na plataforma. Por isso ,eles têm trabalhado tão perto dos lojistas, visitando suas operações para garantir qualidade para o cliente final e evitando a entrada de vendedores que comercializem produtos piratas”, esclarece a professora da ESPM.

Além disso, o projeto reforça uma tendência observada por Maya, que é a eliminação de intermediários, como lojas multimarcas, nas negociações de moda.

Competição com o mercado internacional

Com a eliminação do intermediário e o preço acessível, a empresa adiciona uma vantagem diante da ascenção das plataformas internacionais Shein e Shopee.

Mercado Livre: “não fazemos tecnologia por tecnologia”

Para Marina Roale, head de pesquisa na Grupo Consumoteca, a decisão do Mercado Livre atende a mudanças no comportamento de compra do consumidor, que procura um custo-benefício melhor. Diante do encerramento de lojas físicas durante a pandemia, marcas com experiência digital sobressaíram, principalmente em plataformas com boa logística de entrega, política de preço e boa navegabilidade. Por sua vez, isso proporcionou um terreno fértil para as plataformas internacionais.

“Diante de um consumidor com menos poder aquisitivo e muita quilometragem de experiência digital, ter uma marca sólida na moda não será mais privilégio de quem conta um bom storytelling ou possui lojas conceito, mas quem fala a língua do pragmatismo também. Os consumidores estão caindo no gosto dessa ideia de ‘tudo num só lugar’. Nestes canais, a lógica de fidelização de marca muda. Estamos vendo consumiores mais fiéis às próprias recompensas de quem vende do que a marcas que oferecem os produtos”, argumenta.

Da mesma forma, a mobilização beneficia os fornecedores, que também competem com as plataformas citadas.

Entretanto, Maya considera que o Mercado Livre apresenta vantagens, como sua presença e reconhecimento no mercado brasileiro, estratégias de gameficação e entrega, o que resulta em fidelidade por parte dos consumidores.

Impacto em toda cadeia

A iniciativa tem  potencial de retorno para os fabricantes e lojistas que não estavam no digital e,  agora, podem comercializar com mais margem de lucro. Para o próprio Mercado Livre, Maya acredita que o potencial é “gigantesco”, descreve.

“Veja que o Mercado Livre é o e-commerce mais acessado do Brasil. É uma marca amada pelos brasileiros e que ultrapassou as barreiras de ser um e-commerce ou uma marketplace. O Mercado Livre é um ecossistema, resolve problemas das pessoas, mas faltava resolver o problema da moda.
Acredito no fortalecimento da plataforma com a entrada da moda, podendo se tornar um hub importante até para B2B. Isso irá gerar um incremento de receita significativo”, avalia.

Por fim, a tática antecipa adaptações feitas ao consumidor do presente e do futuro, que é parte da Geração Z. Segundo Mariana, esse grupo valoriza players que entregam produtos desejo a preços acessíveis para seu bolso, variedade, preço e diversidade.

“Eles romperam com a má reputação de que players chineses entregavam produtos diferentes dos anunciados. Estes jovens amam a sensação de barganha e já apontam marketplaces como o canal favorito de compra. No Tiktok não faltam vídeos de achados e truques de compras nestas plataformas. Se pro millennial a peça barata era aquele básico escondido em um look high-low, para o Gen-Z, pagar barato é motivo de orgulho e passaporte para o novo #aesthetics do momento. Hackear um boa jornada de compra é tão desejado que eles dão cursos sobre como fazer bons garimpos na Shein e na Shoppe. Agora, nos resta saber se teremos aulas de achadinhos no Brás versão Mercado Livre”, reflete.

‘https://www.meioemensagem.com.br/marketing/bras-mercado-livre-moda

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eMarketer traz dados sobre os marketplaces na América Latina e sobre o retail media

Matteo Ceurvels, Analista Sênior da eMarkerter LATAM e Espanha, começou sua apresentação no Fórum E-commerce Brasil 2023, comentando que a região da América Latina é uma das maiores áreas cobertas pela eMarketer e grande utilizadora de pesquisas com metodologias confiáveis do setor. A empresa é responsável por agregar dados de centenas de fontes de pesquisas para fornecer uma cobertura abrangente sobre todos os tópicos e tendências populares do digital.

Para a palestra, Matteo trouxe dados para mostrar o panorama da situação do varejo na América Latina, situando os mercados digitais como um canal de vendas, destacando as oportunidades e principais players. Além disso, abordou a importância do retail media para direcionar o marketplace como um canal de anúncios e também como os sellers e anunciantes podem aproveitar o melhor do e-commerce em 2023.

A situação do comércio varejista na América Latina

Os dados do FMI revelam que os varejistas da América Latina se encontram em situações desafiadoras. Entre elas, estão a Guerra na Ucrânia, ocasionando dificuldades de abastecimento, a alta inflação e a estagflação, que provoca um crescimento lento do PIB. Porém, mesmo diante do cenário,as vendas digitais têm prosperado com a gradual diminuição da inflação, complementou o palestrante.

Mesmo assim, estima-se que o volume de vendas do e-commerce varejista volte a crescer em 2023, pois no ano passado o retorno ao comércio físico desacelerou os gastos no online, sendo a primeira vez em que as vendas em ambos canais alcançaram níveis aproximados.

No ranking dos 28 países com maior crescimento no e-commerce varejista, o Brasil ocupa a 11º posição, enquanto a Argentina lidera na região, demonstrando que o setor não para de crescer na América Latina. A previsão é de que os gastos on-line ultrapassem a marca de US$200 bilhões em 2026 e dobrem de tamanho para US$226,51 até o final de 2027.

Durante a plenária, Matteo Ceurvels também trouxe as 5 principais empresas que representam quase metade do total de vendas no e-commerce na América Latina, sendo elas: Mercado Livre, Magalu, Amazon México, Via (Casas Bahia, Ponto, Extra) e Fallabela.com, do Chile.

Usando o marketplace como um canal de vendas

“Os marketplaces são a principais plataformas usadas para fazer compras on-line no Brasil” afirmou Ceuverls. Portanto, o sucesso de vendas dos grandes marketplaces vem da adoção de estratégias que impulsionaram esse tipo de comércio na América Latina.

O palestrante listou 5 pontos importantes para entendê-las melhor:

1 – Aumento das vendas e dos lucros: os marketplaces têm maior alcance, com custos de aquisição mais baixos, ampliam a visibilidade e alcance dos produtos, além de oferecer uma possibilidade de diversificar o portfólio e melhores ofertas.

2 – Redução dos custos de aquisição de clientes: os vendedores pagam taxas apenas quando o produto é vendido e o uso dessas plataformas proporcionam experiências de compras melhores.

3 – Investir em interfaces UX eficientes: além de aumentar a probabilidade de repetir as compras, elas oferecem maior confiança e segurança na usabilidade, resultando em maior satisfação do cliente.

4 – Investir em segurança: para inspirar confiança tanto para consumidores quanto para vendedores.

5 – Criação de ecossistema para construir a marca: nos marketplaces, existe um acesso a um grande número de leads e os vendedores podem enxergar uma oportunidade de aumentar sua presença e marca através de diferentes marketplaces.

Conhecendo os gigantes do marketplace na América Latina

De acordo com os dados exibidos, o Brasil liderou o número de marketplaces na América Latina (359), seguido pelo México (235) e Argentina (201). A previsão é de que esses três países representem mais de 75% das vendas de comércio eletrônico na região esse ano.

Os marketplaces impulsionam as vendas no e-commerce e seus consumidores estão diversificando suas compras através deles. Entre as categorias mais populares, estão: vestuário, acessórios, computadores e eletrônicos – impulsionando o crescimento do comércio digital no Brasil.

O comércio eletrônico na América Latina tem sido dominado pelo Mercado Livre, Amazon México, OLX e Shopee, mas os players locais, como Magalu e Americanas ganharam destaque entre os principais sites brasileiros.

Matteo também ressaltou que, desde o começo da pandemia, as vendas em todos os principais mercados digitais da região têm crescido significativamente. A Magalu teve a maior expansão, aumentando suas vendas em 5x. O impacto dos marketplaces 3P é notável, representando uma grande parte das vendas do comércio online.

Já no caso da Americanas, mais da metade das vendas de e-commerce são 3P, e no Magalu, um pouco mais de um terço. Esses marketplaces têm influenciado não apenas o e-commerce, mas também o varejo em geral, chegando a superar as vendas físicas em alguns casos.

O palestrante comentou que essa mudança foi impulsionada pelo aumento do número de vendedores integrados aos ecossistemas digitais desses varejistas, trazendo uma oferta maior de produtos e atraindo mais consumidores. Para expandir seus mercados 3P, eles estão adicionando novos vendedores e investindo em retail media para obter novos fluxos de receita com anúncios pagos, por exemplo.

Retail media: a terceira onda dos anúncios digitais da América Latina?

Se destacando como uma estratégia de sucesso, o retail media é um tipo de anúncio online usado pelas marcas para aparecer em canais (sites, aplicativos, streaming, e-mails, lojas, rede sociais etc.) de varejistas. Seu grande diferencial é que os dados utilizados para segmentação são dos compradores do próprio varejista anunciante, definiu o palestrante da eMarketer.

Ainda, Matteo acrescentou que essa estratégia oferece relevância, eficácia e objetividade, pois permite colocar diante de compradores digitais ativos produtos relevantes na hora certa.

O anunciante também poderá contar com a eficácia que as soluções de dados e branding desenvolvem para atingir consumidores em toda a jornada de compras. Além disso, o e-commerce também fornece acesso aos dados de comportamento do consumidor em tempo real.

O retail media é a terceira onda depois da busca e das redes sociais, seguindo a tendência para se tornar a maior forma de impacto, chegando a ser mais rápida que o TikTok em 2022.

Conforme a pesquisa da eMarketer apresentada, no Brasil, os consumidores preferem buscar os produtos que querem comprar nos sites dos varejistas e marketplaces ao invés das plataformas de busca. Portanto, os anúncios patrocinados de produtos podem reduzir o atrito no processo de compra e aumentar a efetividade do retail media.

Dicas para aproveitar o melhor dos marketplaces em 2023

Ao final da apresentação, Matteo Ceurvels também apresentou quatro sugestões para os varejistas interessados em impulsionar seus negócios por meio dos marketplaces:

Valor agregado para atrair vendedores e consumidores: uma vez que o tráfego em grande escala é a base para o sucesso dos marketplaces, é importante construir uma estratégia para atingir seu público-alvo e gerar clientes fiéis. Invista em anúncios personalizados e em uma boa curadoria para aumentar o engajamento dos consumidores.

Estratégia de marketplace com duas vertentes: para maximizar os resultados, seja para criar o seu marketplace ou vender seus produtos no marketplaces de terceiros, é importante aprofundar o relacionamento com os clientes, expandir o brand awareness e aumentar seu alcance.

Suba no funil para se concentrar na descoberta: os marketplaces estão expandindo sua oferta de anúncios para incluir um conjunto de formatos de marca por meio do retail media. Esse será um caminho para atingir os consumidores da geração Z e dos millennials.

Aproveite o potencial da IA generativa: as principais empresas de tecnologia da área estão lançando rapidamente novas ferramentas para criar experiências de compras hiperpersonalizadas como assistentes de compras virtuais e uma atualização dos mecanismos de recomendação de produtos.

‘ https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/emarketer-traz-para-o-forum-ecbr-2023-dados-sobre-os-marketplaces-na-america-latina-e-perspectivas-sobre-o-retail-media

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Shoppertainment: entenda a “Tiktokização” do comércio eletrônico

Marcas e entretenimento se encontram no TikTok, que tem se tornado uma ferramenta essencial para alavancar os resultados de negócio.

 A crescente tendência do “Shoppertainment”, também conhecida como “Tiktokização” do comércio, está redefinindo a forma como as marcas se conectam com os clientes, e a plataforma líder nessa revolução é, claro, o TikTok. O Shoppertainment é a convergência entre entretenimento e comércio e impulsiona uma mudança significativa na experiência de compra para os consumidores.

O TikTok não é apenas uma rede social; é uma poderosa plataforma de entretenimento, onde elementos como diversão e informação se misturam para criar um ambiente propício para a convergência de criadores e marcas. Com mais de um bilhão de usuários em todo o mundo, o TikTok oferece um espaço fértil para que marcas atraiam o público-alvo e impulsionem as vendas de forma criativa e envolvente.

Theo Lima, Head of Sales do TikTok, enfatizou a importância da influência digital no cenário atual. A convergência entre criadores e marcas tem sido cada vez mais notável, com influenciadores digitais se tornando marcas e as empresas adotando estratégias de conteúdo para criar um vínculo mais autêntico com os consumidores. Lima compartilhou insights valiosos no Fórum E-commerce Brasil 2023.

O case de sucesso da L’Oreal no TikTok

Um exemplo de como o Shoppertainment pode impulsionar resultados de negócio é o case da L’Oreal. A empresa desenvolveu uma estratégia completa de conteúdo para o TikTok, concentrando-se na hashtag #BeautyTok para explorar todo o funil de vendas.

O resultado foi um aumento de 43% no volume incremental de vendas dos quatro produtos incluídos na estratégia. A L’Oreal se tornou a detentora oficial da hashtag BeautyTok e continua a investir na criação constante de conteúdo em torno dela.

O TikTok e o comportamento do consumidor

O TikTok se estabeleceu como uma fonte confiável de informações e dicas para os usuários, com 84% deles recorrendo à plataforma em busca de conteúdo. O principal motivo por trás disso é a facilidade na linguagem e a quantidade de respostas encontradas. A hashtag TikTokMadeMeBuyIt(TikTokMeFezComprarIsso) acumula 45 bilhões de visualizações e ilustra o impacto da plataforma na formação da opinião dos consumidores, especialmente entre a Geração Z.

Lima acredita que as pessoas escolhem cada vez mais passar o seu tempo no TikTok porque se sentem bem. “Em um mundo no qual a atenção está cada vez mais fragmentada e há uma disputa constante por essa atenção, ter uma plataforma que entretém e, ao mesmo tempo, engaja com a qualidade do TikTok é fundamental para qualquer estratégia de marca. As pessoas gastam dinheiro quando e onde elas se sentem bem”, destaca.

O TikTok Shop e o comércio social

O TikTok se destaca como uma plataforma de comércio social, movendo os clientes ao longo de uma jornada de compra personalizada. O loop infinito da plataforma é alimentado pela comunidade de usuários, que se envolvem com o conteúdo e, consequentemente, com o Shoppertainment de forma contínua.

A ascensão do TikTok Shop solidifica essa convergência entre entretenimento e comércio. O TikTok oferece ferramentas para compras ao vivo, vídeos de compra e vitrines de produtos. Diversas marcas começaram a integrar seus serviços com o TikTok, aproveitando o potencial dessa plataforma.

Lima explica que, para sustentar essas conversas, as marcas precisam ter uma estratégia bem definida e estar constantemente engajadas. “Trabalhar os critérios: conteúdos de marca, conteúdo dos criadores nativos da plataforma e mídia impulsionada fará com que você tenha essa estratégia robusta para sustentar qualquer campanha dentro do TikTok”, ressalta.

As 5 dicas para o sucesso no TikTok

Lima ofereceu 5 dicas fundamentais para marcas que desejam prosperar na plataforma:

  1. Seja autêntico e exponha sua marca: Os usuários do TikTok estão acostumados com marcas, portanto, não tenha medo de mostrar sua identidade, desde que a linguagem do conteúdo se comunique com o público da plataforma.
  2. Adapte-se ao TikTok: a plataforma funciona melhor quando a estratégia de conteúdo é pensada diretamente para ela, evitando simplesmente replicar conteúdos de outras redes sociais.
  3. Teste e aprenda: o algoritmo do TikTok mostra conteúdos baseados nos gostos dos usuários, por isso é essencial testar e adaptar a linguagem para melhorar o engajamento.
  4. Ads também precisam ser conteúdo: a publicidade tradicional não funciona no TikTok; é preciso entender o comportamento do público na plataforma e criar anúncios que se encaixem organicamente com os conteúdos que os usuários consomem.
  5. Inspire-se nos criadores: os criadores do TikTok são uma fonte valiosa de inspiração. Mapear e consumir o conteúdo de sucesso dos principais criadores do nicho pode auxiliar as marcas a criar um conteúdo mais envolvente e relevante.

Shoppertainment como tendência duradoura

O futuro do comércio eletrônico está intrinsecamente ligado ao entretenimento. O Shoppertainment veio para redefinir a maneira como as marcas se conectam com os clientes, proporcionando uma experiência diferente de compra.

A “Tiktokização”do comércio eletrônico continuará a moldar a indústria nos próximos anos e as marcas que compreenderem a importância de se adaptar à linguagem e valores da plataforma estarão bem posicionadas para obter vantagens competitivas.

‘ https://www.consumidormoderno.com.br/2023/08/01/shoppertainment-tiktokizacao-do-comercio-eletronico/

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TikTok busca equilibrar concorrência com Amazon e Shein no e-commerce

Gigante no mundo do conteúdo digital e das danças de 30 segundos, o TikTok apresenta, gradativamente, planos para entrar de vez no e-commerce global. Dessa vez, após anunciar investimento significativo no Sudeste Asiático, a empresa lança uma ferramenta voltada à compra dentro do seu ambiente tecnológico. A novidade ganhou o nome de “Trendy Beat”.

Segundo informações do Financial Times, usuários do TikTok no Reino Unido foram os primeiros a se depararem com o novo recurso. Ele mostra produtos populares por meio de vídeos no estilo já conhecido da plataforma e indica como comprá-lo ali mesmo, sem sair do app.

A nova empreitada se relaciona com o aporte bilionário na Ásia, mas vai além. Ainda em busca de tração no e-commerce fora da região, a companhia visa a conquista do público britânico e, no futuro, expandir para mais locais. Vale lembrar que Brasil e EUA são dois dos principais países quando o assunto é o uso do aplicativo.

Mais detalhes da operação

A estratégia arrojada do TikTok no e-commerce é chamada de “Projeto S” internamente e mira uma competição com Shein, Amazon e até a Temu, aplicativo associado à Pinduoduo.

Na liderança de Bob Kang, diretor de e-commerce da ByteDance, o Tiktok se utilizará, principalmente, do alcance com o público para vender. Com visualizações em escalada, os produtos serão promovidos no Trendy Beat, gozando também de tratamento preferencial frente outros vendedores que atuam na plataforma.

Em 2022, a ByteDance obteve US$ 85 bilhões em vendas globais, sendo a maior parcela dessa receita de operações comerciais na China.

Diferenças do TikTok Shop

Se a empresa já aplica estratégias relacionadas ao e-commerce com o TikTok Shop, qual a novidade com o Trendy Beat? A diferença, na prática, está relacionada ao ganho por trás das vendas realizadas.

Atualmente, em produtos comercializados por meio da primeira ferramenta, o TikTok lucra com pequenas comissões. Isso porque os itens são frutos de vendedores terceirizados. No caso da resolução mais recente, no entanto, espera-se que a ByteDance, holding do aplicativo, fique com todos os resultados do comércio online.

A explicação para isso também está em como o Trendy Beat funciona nos bastidores. Ao contrário do outro modelo, entende-se que a origem dos produtos, neste caso, será a China. Já a venda terá mediação de uma empresa do Cingapura pertencente a ByteDance.

Com o nome de Seitu, a introdução da subsidiária ao ecossistema da Trendy Beat corta o trabalho de terceiros e estabelece, assim, um e-commerce próprio que terá o TikTok como principal combustível.

https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/tiktok-no-e-commerce-investimentos

As 15 marcas mais lembradas no Dia das Mães

Levantamento revela as marcas mais lembradas e a influência das estratégias de marketing digital no reconhecimento do público.

Um estudo realizado pela Cortex revelou um ranking das 15 marcas mais lembradas pelos brasileiros nas mídias digitais no Dia das Mães. Em primeiro lugar está o Mercado Livre – a marca mais lembrada pelo público com mais de 6 pontos de diferença do segundo colocado – a Amazon.

De acordo com Claudio Bruno, diretor de inovação da Cortex, as empresas que investem em estratégias digitais e constância de ações têm mais destaque na lembrança dos consumidores. Ele destacou as fortes campanhas que a marca desenvolve como ser o “e-commerce com a maior variedade de produtos” e oferecer “conveniência com a entrega mais rápida do Brasil”.

“Mensagens como essas, aliadas à potência de divulgação de ações com influenciadores digitais e na TV, por exemplo, fazem a marca se fortalecer na lembrança do público”, afirma. Além do Mercado Livre, o ranking destacou outras 14 marcas. Entre as diversas estratégias de marketing utilizadas por elas para aproveitar o Dia das Mães estão: ações de ofertas e descontos para seus produtos, cupons especiais e entregas expressas para as compras realizadas para a data.

Durante a semana que antecedeu o Dia das Mães, a Cortex monitorou as marcas mais citadas pelos brasileiros nas mídias digitais, analisando as menções realizadas por 70 veículos de imprensa de cobertura nacional, especializada e regional, além de mais de 6 mil influenciadores nas redes sociais (Instagram, Facebook, Twitter e YouTube). Todos os dados foram colhidos por meio da plataforma de Comunicação Estratégica e Reputação da empresa, que consegue acompanhar e analisar a exposição das marcas em tempo real.

As 15 marcas mais lembradas no Dia das Mães
Confira a lista e os respectivos índices de reputação:

Mercado Livre – 20,3
Amazon – 13,9
Renner – 13,4
Apple – 9,8
Natura – 9,6
Riachuelo – 8,6
Havaianas – 6,2
Casas Bahia – 3,7
Nike – 2,4
Americanas – 1,6
Pandora – 1,3
Kopenhagen – 0,9
Britânia – 0,9
Xiaomi – 0,6
O Boticário – 0,6

Fonte : https://consumidormoderno.com.br/2023/05/16/15-marcas-mais-lembradas-dia-das-maes/?eg_sub=958b3d1ad0&eg_cam=2ec182fd6fb3713ff0a93bc254edaeb1&eg_list=2

Como Shein e Shopee usam games para ‘prendê-lo’: conheça a gamificação do varejo

Apps utilizam estratégias para usuário acessar serviço todos os dias e deixar comentários sobre produtos

Antes de dormir, a artesã Simone Tomaz, 60, abre o aplicativo da Shopee e se distrai com joguinhos ao estilo do popular “Candy Crush” no próprio app. Não é só diversão: enquanto joga, ela acumula pontos que podem ser utilizados para compras. Entre uma fase e outra, assiste a anúncios que também garantem pontos e adiciona sugestões de produtos ao carrinho para comprar mais tarde. “Tem toda uma estratégia. O aplicativo fala para acessar uma loja nele por 30 segundos e ganhar moedas. Aí, vejo uma coisa interessante e adiciono ao carrinho”, descreve.

Ela é a cliente ideal de uma estratégia utilizada há anos por diferentes marcas, hoje aperfeiçoada por empresas como as chinesas Shopee e Shein. Como as redes sociais, o desejo das marcas é manter o consumidor o máximo de tempo possível no aplicativo e fazê-lo retornar, como um jogo de videogame em que é necessário passar de fase. É a “gamificação” do varejo.

“A grande estratégia por trás disso, a diversão e o entretenimento, é gerar algum tipo de engajamento para que a pessoa volte e continue comprando ou indique alguém”, pontua o professor de game design do curso de Sistemas da Informação da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) Vicente Martins Mastrocola. Na Shopee, por exemplo, 95% dos pedidos são feitos via smartphone. Os usuários passam, em média, 25 minutos só nos joguinhos do app todos os dias, segundo a empresa.

A ideia fundamental da gamificação é tão velha quanto os cartões de fidelidade que os restaurantes dão a clientes e os programas de milhagem das companhias aéreas. Mas ganham uma roupagem moderna e cada dia mais sofisticada com os apps de compras, que conseguem reunir um volume gigantesco de dados sobre o comportamento e preferências dos clientes. E não é coincidência que se concentrem nos celulares: eles são uma ferramenta preciosa para o marketing dessas empresas, explica o professor Mastrocola.

“O app está vinculado ao seu smartphone e pega alguns tipos de dados que o computador não pega, como geolocalização. Por isso, as marcas querem tanto que você compre pelo app e não pelo site e fazem um sistema de recompensa diferenciado. Alguns apps vinculam o login à conta de Gmail e do Facebook, porque, aí, têm acesso a mais dados”, avalia.

Graças à gamificação, o consumidor também encontra dezenas de comentários e fotos sobre os produtos nos aplicativos. Quem comenta, envia fotos da encomenda e ganha curtidas, recebe mais pontos nos apps. É a lógica das redes sociais aplicada ao consumo. “Eu não mandava avaliações quando comprava online antes, mas agora faço porque isso dá moedas”, reconhece Simone, do início da reportagem.

Só a gamificação, porém, não basta para convencer o cliente, destaca Mastrocola, da ESPM. “Ela é uma das muitas ferramentas para manter o consumidor engajado”, diz. E lembra que o preço baixo não deixa de ser um motor poderoso: “A boa e velha promoção, entrar no site e ter 30% de desconto, ou ‘pague um, leve dois’, é uma das coisas mais antigas que temos em marketing”.

A Shein, por exemplo, apoia-se em três pilares para tomar o mundo: preços baixos, oferta de estilo e marketing nas redes sociais, avalia a empresa de pesquisa de mercado Euromonitor International. Além de cobrar menos, em geral, do que as outras lojas de fast fashion, ela utiliza grandes bases de dados para guiar seus novos designs e investe alto em propagandas nas redes sociais. Outra aposta da marca é a inclusividade, especialmente para o tamanho plus size.

Como é o sistema de games e pontos das marcas
Shein
Cada cem pontos da Shein valem um dólar. Há várias maneiras de conquistá-los. Só de entrar no app todos e fazer um check-in, o usuário ganha pontos — e, assim, a marca fideliza o consumidor e garante que ele sempre verá promoções. Também é possível participar de jogos para ganhar pontos e cupons. Comentar um post garante cinco pontos, anexar uma foto vale dez e um comentário com informações de tamanho, dois. Confira o sistema de pontos completo da Shein.

Shopee
Comprar com cupons de cashback ou com vendedores indicados garante uma moeda Shopee a cada real gasto na plataforma. Como na Shein, também é possível ganhar pontos avaliando produtos e deixando comentários com foto — o que vale de cinco a dez moedas. O check-in diário no app participar de jogos é outra forma de acumular pontos.

Mercado Livre
O Mercado Livre aposta em um sistema de níveis de consumidor. Quanto mais você compra, mais avança na hierarquia e tem acesso a diferentes benefícios. São seis níveis, e as vantagens variam de descontos no frete a partir de determinado valor a acesso a serviços de streaming, como Disney+ e Star.

Quando as compras online se tornam um vício
“Olá, estou perdendo minha esposa para o aplicativo, ela não liga pra mim. Vive me pedindo dinheiro para comprar roupas e acessórios no aplicativo. Nosso casamento está prestes a acabar, sem falar que ela anda influenciando a própria filha menor e um monte de amigas”, diz um comentário registrado no site do Reclame Aqui. Talvez seja uma brincadeira irônica do usuário, mas também pode ser lido com a manifestação de um problema real.

Coordenador do grupo Devedores Anônimos de Belo Horizonte (DA BH), Vicente* não culpa as empresas ou as estratégias de gamificação pela compulsão em compras dos colegas. Mas avalia que as vendas online são parte do problema: “O perfil mais comum de devedor é o gastador compulsivo. Um dos grandes problemas deles são as propagandas na internet. A verdade é que as empresas querem vender, faz parte do objetivo delas fazer com que as pessoas gastem”, pondera.

Os DA utilizam a metodologia de passos dos Alcoólicos Anônimos (AA). As reuniões de BH, online, ocorrem às 19h30, aos sábados. A agenda e o link para participar no Zoom estão na página da instituição.

*Nome fictício.

Fonte : https://www.otempo.com.br/economia/como-shein-e-shopee-usam-games-para-prende-lo-conheca-a-gamificacao-do-varejo-1.2858948

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Shopstreaming: a conexão com o cliente que vai além de vender

Lançada em 1995, a Classmates é considerada a primeira rede social da história. Muito utilizada nos Estados Unidos e no Canadá, apresentava um design simplista e um propósito claro: facilitar o reencontro de amigos que estudaram juntos, no ensino médio ou na universidade. De lá pra cá, vimos a explosão e a popularização desses espaços virtuais que deixaram de conectar apenas pessoas, mas expandiram sua atuação para as marcas e os negócios.

De acordo com o relatório Consumer Trends 2023, 61% dos consumidores brasileiros pesquisaram informações sobre um produto ou serviço no Instagram antes de realizar uma compra, o que reforça a relevância das redes sociais para o comércio online. Com usuários hiperconectados, o grande desafio das empresas é serem vistas nessa disputa por atenção. E no meio de tantas estratégias, surgiu o shopstreaming.

O que é shopstreaming?
O shopstreaming emprega tecnologia de transmissão ao vivo em plataformas de redes sociais para exibir aos usuários os serviços ou produtos de um e-commerce e conduzir vendas online em tempo real. Esse método, conhecido como “comércio ao vivo”, combina streaming – o fluxo contínuo de mídia – e e-commerce. A estratégia ganhou espaço na pandemia, em que os hábitos de consumo passaram por transformações radicais.

É possível estabelecer uma analogia entre o shopstreaming e os antigos canais de compras na TV, em que os clientes interagiam com os apresentadores enquanto eles divulgavam produtos ou serviços. A diferença é que a tecnologia avançou consideravelmente desde então, permitindo um contato mais próximo e personalizado com o consumidor, além de oferecer opções mais convenientes para aquisição de produtos por meio das redes sociais. Essas lives promovem uma sinergia, mesclando entretenimento, mercado e comunidade.

Estratégia
As transmissões têm como objetivo incentivar os espectadores a adquirirem produtos ou serviços que estão sendo exibidos na tela em tempo real. Logo abaixo dos comentários, links para acesso ao carrinho de compras ficam disponíveis, fornecendo mais informações, como frete e opções de pagamento. Durante toda a apresentação, a função de bate-papo fica ativa, permitindo aos clientes interagir entre si e enviar dúvidas para o e-commerce, que podem ser respondidas imediatamente. Essa abordagem interativa é um diferencial significativo do shopstreaming.

Mas, para ganhar audiência, a estratégia não pode ser focada somente em vendas, por mais que esse seja o objetivo principal. É preciso desenvolver uma conexão com o público, envolvê-lo e estabelecer uma relação de confiança e parceria. Por isso, usar o entretenimento como ferramenta é fundamental nesse ambiente de interação social. Convidar outras pessoas, especialmente com influência no seu setor, também funciona muito bem.

Por fim, o shopstreaming tem a proposta de ir além da mera exposição, mas explorar características do produto que muitas vezes passam despercebidas em uma loja física. Além disso, a interação com o vendedor e com outros consumidores aumenta a sensação de comunidade e ajuda a fortalecer a relação entre o cliente e a marca. E não tem erro: mais conexão é igual a mais vendas.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/shopstreaming-a-conexao-com-o-cliente-que-vai-alem-de-vender

Mercado de brinquedos deve crescer 7% e faturar R$ 9 bilhões em 2023

O mercado brasileiro de brinquedos deve crescer 7% e faturar R$ 9 bilhões em 2023, de acordo com as estimativas da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq). As principais novidades e tendências do segmento são apresentadas na 39ª Feira Internacional de Brinquedos – Abrin, maior evento do setor na América Latina, que começou neste domingo, 5, e vai até quarta, 8 de março. A feira é organizada pela Francal Feiras em parceria com a Abrinq e, já na estreia, reuniu 6 mil pessoas no Expo Center Norte, na zona norte de São Paulo, um recorde na comparação com primeiro dia de edições anteriores.

As datas sazonais, como Dia das Crianças e Natal, continuam como as principais responsáveis pelas vendas de brinquedos. O segmento vem sendo movimentado principalmente pelos avós, que são os principais compradores, levando os netos às lojas especializadas e redes varejistas, segundo o presidente da Abrinq, Synésio Batista da Costa, que participou neste domingo de uma rodada de palestras, a Abrin Talks.

O executivo destacou que o Brasil voltou a registrar 22 mil nascimentos por dia no último ano, o que representa ótimas oportunidades de crescimento do segmento de brinquedos, ainda que eles disputem atenção das crianças com celulares e outros artefatos tecnológicos.

A força do licenciamento
O licenciamento também continua mostrando força no setor de brinquedos. Segundo Mara Ronchin, diretora de Licenciamento da The Walt Disney Company, esse mercado cresceu 15% em 2022 e os produtos licenciados têm uma base de fãs de todas as idades e gerações. A indústria oferece um mix de itens para todos os gostos e idades.

“É um mercado bem forte. Mexe com paixões e ajuda a conectar marcas e consumidores”, confirma o diretor de Marketing da Candide Brinquedos, Bruno Verea.

Para Marcelo Adriano da Silva, gerente de Marketing da Líder Brinquedos, um dos fatores de sucesso dos produtos licenciados é que eles tornam reais o que o consumidor vê como abstrato. “É uma maneira de tornar tangíveis personagens e itens que fazem parte do imaginário das crianças e é uma paixão para os adultos”, afirma.

Uma das fontes de pesquisa para licenciamentos e tendências são as plataformas de streaming, que reúnem conteúdos novos e antigos e fazem sucesso com todas as gerações. De acordo com David Diesendruck, CEO da Redibra, o crescimento desses serviços gera inúmeras oportunidades para a indústria de brinquedos.

“As novas séries e produções exigem que o segmento de brinquedos esteja atento e se adapte, rapidamente, para acompanhar as tendências e oferecer o que o consumidor procura no tempo certo”, alerta.

Redes sociais e live commerce
As redes sociais e os influenciadores também ganharam importância para o setor. O head de E-commerce da Toy Mania, Bruno Verea, destaca que 77% dos internautas seguem algum influenciador e 55% já compraram algo indicado por ele, o que demonstra a importância e a força das redes sociais para criar a comunicação entre marcas e consumidores.

O especialista também chama a atenção para o potencial do live commerce, transmissões ao vivo realizadas por varejistas em plataformas digitais, muitas vezes em colaboração justamente com influenciadores. A expectativa é que as transações via live commerce resultem num faturamento de US$ 600 bilhões até 2027, e a indústria de brinquedo pode aproveitar este cenário para se conectar com o seu público e alavancar suas vendas.

“A Abrin é uma ótima oportunidade para as marcas atiçarem a curiosidade dos consumidores e encontrarem ótimas oportunidades comerciais”, conclui.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/06/03/2023/noticias-varejo/mercado-de-brinquedos-deve-crescer-7-e-faturar-r-9-bilhoes-em-2023/

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