10 tendências tecnológicas para 2025: IA e inovação em alta

Interação com robôs inteligentes, computação espacial e inteligência ambiental estão entre as tendências que moldarão o mercado e as relações humanas, segundo o Gartner.

Inteligência Artificial (IA) está no centro da discussão entre indústrias, empresas, o terceiro setor, e até na vida dos consumidores. Se antecipar às novas tecnologias é premissa para quem deseja se manter competitivo. Nesse contexto, o Gartner divulgou uma lista das 10 tendências tecnológicas estratégicas que prometem transformar o mercado em 2025.

“As principais tendências tecnológicas estratégicas do ano abrangem imperativos e riscos da Inteligência Artificial (IA), novas fronteiras da computação e a sinergia entre humanos e máquinas”, diz Gene Alvarez, Vice-Presidente e Analista do Gartner. “Acompanhar essas tendências ajudará os líderes de TI a moldarem o futuro de suas empresas com inovação responsável e ética”.

Abaixo, exploramos essas inovações e suas possíveis implicações. Confira!

10 tendências tecnológicas para 2025

1. Agentic AI:

Agentic AI (Inteligência Artificial Agêntica) está posicionada para planejar e tomar decisões de forma independente, com objetivos definidos por humanos. Essa tecnologia oferece a promessa de uma força de trabalho virtual que pode aliviar e potencializar o trabalho humano. O Gartner prevê que, até 2028, 15% das decisões diárias de trabalho serão realizadas pela Agentic AI. Além de aliviar o trabalho humano, essa tecnologia promete tornar processos empresariais mais adaptáveis ​​e eficientes.

2. Plataformas de governança de IA:

governança de IA ganha destaque à medida que os sistemas de IA se tornam mais integrados nas operações. Com essa plataforma, as empresas poderão gerenciar o uso ético e operacional da IA, além de fornecer transparência. A expectativa é que, até 2028, as companhias que adotam essa tecnologia reduzam os incidentes éticos em 40%.

3. Segurança contra desinformação:

Com o procedimento da desinformação, surge uma nova categoria tecnológica para proteger a integridade informacional. Segundo o Gartner, até 2028, metade das empresas adotará soluções contra a desinformação, essenciais para mitigar riscos e danos de ataques baseados em informações falsas.

4. Criptografia pós-quântica:

criptografia pós-quântica oferece uma segurança que resiste aos avanços da computação quântica, que podem quebrar sistemas de criptografia tradicionais. O Gartner prevê que, até 2029, esses avanços possam tornar segura a maioria das criptografias convencionais, exigindo que as empresas se preparem para proteger dados sensíveis.

5. Inteligência invisível ambiental:

Sensores de baixo custo permitem o monitoramento em larga escala. Inicialmente, essa tecnologia será usada para rastreamento em setores como varejo e logística. Espera-se que a inteligência ambiental transforme o cotidiano ao possibilitar uma integração sutil e no tempo real da tecnologia.

Segundo o relatório, até 2027, os primeiros exemplos da tecnologia se concentrarão na resolução de problemas imediatos, como verificação de estoque no varejo ou logística de mercadorias perecíveis, ao permitir o rastreamento e a detecção de itens em tempo real de baixo custo para melhorar a visibilidade e eficiência.

6. Computação com eficiência energética:

A TI impacta a sustentabilidade de várias maneiras e, em 2024, a principal consideração para a maioria das organizações de TI é sua pegada de carbono. Aplicações intensivas em computação, como treinamento de Inteligência Artificial, simulação, otimização e renderização de mídia, provavelmente serão os maiores contribuintes para a pegada de carbono das empresas, pois consomem a maior quantidade de energia. Espera-se que, a partir do final da década de 2020, várias novas tecnologias de computação, como ótica, neuromórfica e novos aceleradores, emergirão para tarefas específicas, como IA e otimização, que utilizarão significativamente menos energia.

7. Computação Híbrida:

Uma computação híbrida combina diferentes formas de computação para resolver problemas complexos, ampliando o potencial da Inteligência Artificial e permitindo ambientes de inovação altamente eficientes. Com essa abordagem, as empresas podem explorar a capacidade plena da IA ​​e outras tecnologias emergentes para criar soluções inovadoras.

O Gartner prevê que a computação híbrida será usada para criar ambientes de inovação transformadores altamente eficientes, que operam de forma mais eficaz do que os convencionais.

8. Computação espacial:

A computação espacial aprimora digitalmente o mundo físico com tecnologias como realidade aumentada e realidade virtual. Na avaliação da consultoria, este é o próximo nível de interação entre experiências físicas e virtuais. Em 2033, a computação espacial crescerá para US$ 1,7 trilhões, em comparação com os US$ 110 bilhões registrados em 2023.

9. Robôs polifuncionais:

Ao contrário dos robôs especializados em tarefas específicas, os robôs polifuncionais ganham espaço. Máquinas polifuncionais têm a capacidade de realizar mais de uma atividade e estão substituindo robôs para tarefas específicas, que são projetados para executar repetidamente uma única iniciativa. A funcionalidade desses novos robôs melhora a eficiência e proporciona um retorno sobre o investimento (ROI) mais rápido. O Gartner prevê que, até 2030, 80% dos humanos interagirão com robôs inteligentes diariamente.

10. Aprimoramento neurológico:

aprimoramento neurológico utiliza tecnologia para melhorar habilidades cognitivas humanas, possibilitando a leitura e interpretação da atividade cerebral. Isso pode ajudar tanto no desenvolvimento pessoal quanto em áreas como marketing e desempenho no trabalho. Até 2030, o Gartner prevê que 30% dos trabalhadores do conhecimento tenham acesso a essas tecnologias para se manterem atualizados com o avanço da IA ​​no ambiente de trabalho.

Fonte: “https://consumidormoderno.com.br/tendencias-tecnologicas-ia-inovacao/”

 

Como a automação e a Inteligência Artificial transformam armazéns no Brasil?

Tema será um dos destaques da 5ª edição do Logística do Futuro, vento que será realizado pela MundoLogística nos dias 2 e 3 de outubro, em São Paulo.

A transformação digital e a robotização estão ganhando força no setor logístico brasileiro, promovendo uma transformação nos armazéns e centros de distribuição. Com o avanço da automação e da inteligência artificial, os chamados armazéns inteligentes emergem como soluções eficazes para aumentar a eficiência operacional, reduzir custos e melhorar a experiência do cliente final.

Em junho deste ano, o Mercado Livre anunciou a implantação de um sistema de robôs inteligentes no centro de distribuição fulfillment de Cajamar (SP). Parte do pacote de R$ 23 bilhões de investimentos previstos pela companhia para o Brasil neste ano, o projeto-piloto possui mais de 100 AMRs (Automated Mobile Robots) responsáveis por distribuir e mover produtos, com capacidade de processamento de até 20 mil itens por dia.

Em comunicado para a imprensa, o Mercado Livre destacou que a adoção dessa tecnologia reduzirá o tempo de processamento de pedidos em até 20%. Além disso, o projeto-piloto proporciona economia de espaço, aumentando a capacidade de armazenamento entre 10% a 15% — num espaço de 100 mil m² onde são processados aproximadamente 500 mil pacotes por dia.

AUTOMAÇÃO NA LOGÍSTICA: GANHOS E PERSPECTIVAS

A automação tem trazido ganhos significativos para a logística. Em 2018, um estudo da Deloitte quantificou que o uso da automação robótica de processos pode aumentar a produtividade em 95%, reduzir custos na casa de 94% e melhorar a experiência de consumidores na casa de 80%.

A logística é um dos setores que mais investe em automação no mundo e também um dos mercados que mais se beneficia dos avanços da 4ª revolução industrial. Segundo a Precedence Research, só em 2022, US$ 58 bilhões foram direcionados para a automação logística – a expectativa é que esses investimentos mais que tripliquem até 2032, chegando a casa de US$ 196 bi.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA GESTÃO DE ARMAZÉNS

A inteligência artificial (IA) também está desempenhando um papel crucial na otimização dos armazéns. Em artigo exclusivo publicado na edição 96 da MundoLogística, James Barroso, da Infor, destacou que a otimização de armazéns tem sido tradicionalmente um campo de pesquisa operacional onde os esforços são direcionados para gerar soluções estáticas para problemas isolados em sistemas de controle altamente modularizados.

“A fim de atender à crescente demanda dos consumidores e permanecer competitivos, os operadores de armazém estão se afastando dos sistemas estáticos e, em vez disso, adotando práticas de armazenamento e roteamento dinâmico de produtos, utilizando a Inteligência Artificial como aliada nesses processos”, afirmou o executivo.

Segundo ele, uma das maneiras mais comuns de usar IA e ML em armazéns é automatizar tarefas. “Os robôs podem ser usados para mover mercadorias, paletizar produtos e até mesmo empacotar pedidos. Isso libera os funcionários para se concentrarem em tarefas mais complexas, como atendimento ao cliente e gerenciamento de estoque”, destacou.

Na avaliação de Barroso, o futuro com certeza será construído com a Inteligência Artificial, trabalhando lado a lado com as pessoas, trazendo mais eficiência e produtividade em toda a gestão dos armazéns.

O executivo será um dos palestrantes da 5ª edição do Logística do Futuro — evento promovido pela MundoLogística que reunirá profissionais e especialistas do setor para discutir e explorar as tendências, inovações e melhores práticas que moldarão o futuro da logística.

LOGÍSTICA DO FUTURO

A tendência é que a robotização e a digitalização continuem a se expandir nos próximos anos, transformando os armazéns em ambientes cada vez mais conectados e inteligentes.

Armazéns inteligentes serão tema do Logística do Futuro. Com mais de 70 palestrantes abordando temas como omnicanalidade, otimização de malha e responsividade, o evento será realizado nos dias 2 e 3 de outubro no Transamérica Expo, em São Paulo.

Fonte: “Automação e a Inteligência Artificial transformam armazéns (mundologistica.com.br)