Negócios do Grupo Casas Bahia avançam em nova fase

Com a evolução do plano de transformação, a companhia segue rumo à retomada da rentabilidade.

O acordo com os principais bancos parceiros, anunciado no domingo, 28 de abril, é mais um passo no plano de transformação do Grupo Casas Bahia, iniciado no ano passado. Com o reperfilamento da dívida, a companhia irá preservar R$ 4,3 bilhões de caixa até 2027, sendo R$ 1,5 bilhão somente em 2024. O prazo médio para a amortização, que era de 22 meses, passa a ser de 72 meses, com a redução de 1,5 p.p. no custo médio da dívida – uma economia de R$ 400 milhões no período.

A operação tem perímetro restrito, ou seja, inclui apenas dívidas financeiras sem garantias, como debêntures e CCBs emitidas junto aos bancos. Com o alongamento e a redução de custo da dívida, o movimento traz ainda mais confiança e segurança a todos os fornecedores, parceiros, clientes e colaboradores do Grupo.

Veja em 5 pontos os principais benefícios do novo perfil da dívida do grupo:

  • Uma melhora de R$ 4,3 bilhões no fluxo de caixa dos próximos quatro
  • O prazo médio da dívida passa de 22 meses para 72 meses, com redução de 1,5 p. no custo médio de dívida.
  • A nova estrutura de capital melhora a perspectiva de crédito e traz flexibilidade na relação com fornecedores, seguradoras e futuros credores.
  • O novo fluxo de caixa gera mais segurança contra volatilidades do mercado e aumenta a confiança na execução do plano de transformação.
  • Mais foco da gestão nas alavancas operacionais do plano de transformação.

Para Renato Franklin, presidente da companhia, o movimento traz ainda mais confiança e segurança a todos os fornecedores, parceiros, clientes e colaboradores do Grupo, já que gera um novo fluxo de caixa mais robusto e que dá mais segurança contra volatilidades do mercado, aumentando ainda mais a confiança na execução do plano de transformação.

O mercado reagiu muito bem à proposta da companhia. Em 29 de abril, primeiro dia de pregão após o anúncio do acordo, as ações da Casas Bahia foram o destaque do dia. A ação ON (BHIA3) fechou em alta de 34,19%. Já o Ibovespa terminou o dia com um aumento de 0,65%.

O reperfilamento inclui apenas CCBs e debêntures — dívidas financeiras sem garantias. Do ponto de vista específico dos credores, o acordo preserva o valor do principal para este grupo (sem “haircut” ou deságio), com juros de mercado e garantia real.

Com isso, a empresa segue uma rotina normal, sem que haja qualquer impacto para clientes, fornecedores, colaboradores e sellers.

“As dívidas que são objeto de renegociação são estritamente financeiras e não afetarão clientes, fornecedores, vendedores ou colaboradores. O acordo tem um escopo limitado, não abrangendo outras dívidas do Grupo, como aquelas relacionadas a operações com fornecedores e parceiros. Essas dívidas continuarão a ser honradas regularmente e dentro dos prazos estipulados, sem qualquer interrupção ou descontinuidade”, detalha Franklin.

Veja os principais aspectos do processo de reestruturação da dívida da companhia:

A) Manutenção dos compromissos com fornecedores e seguradoras

Reestruturação da dívida financeira da Casas Bahia, mantendo inalteradas as condições de pagamento com seus fornecedores e seguradoras.

B) Vinculação de credores financeiros pulverizados

O acordo permite que os termos da reestruturação previstos no plano sejam vinculantes aos seus credores financeiros pulverizados.

C) Continuidade operacional assegurada

(1) Não afeta os direitos de trabalhadores e fornecedores da companhia;

(2) Não requer monitoramento das atividades da companhia pelo Juízo ou por administrador judicial;

(3) Não impõe riscos ou hipóteses de convolação da RE em falência;

(4) Preserva a possibilidade futura de renegociações bilaterais ou coletivas.

Detalhes da proposta

A proposta trata de uma remodelação definitiva para a companhia, com a possibilidade de desalavancagem por meio de conversão de parcela do crédito em ações.

O acordo, aprovado por Jomar Juarez Amorim, juiz da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais (Tribunal de Justiça de São Paulo) na segunda-feira, 29, detalha o cronograma estimado, além dos principais aspectos do processo.

Em até uma semana, a previsão é a seguinte:

– Pedido de RE – Plano de RE, celebrado com os credores detentores de 54,5% da dívida reestruturada, foi apresentado ao Juízo.

– Revisão do Pedido de RE — Juízo analisa o pedido de RE e abre prazo para eventuais objeções.

Na sequência, em até 30 dias (levando-se em consideração as objeções taxativas e limitadas pela lei), deve ocorrer a homologação do Plano de RE. Nela, o Juízo analisa o plano de RE (e as eventuais objeções) e decide sobre a sua homologação.

Por último, ocorre a implementação do Plano de RE, com a substituição da dívida financeira reestruturada por novos instrumentos de dívida.

Futuro

O acordo, analisa o presidente do Grupo, é um passo muito importante que permite ter mais foco e acelerar alguns pontos do plano de transformação. A companhia, segundo Franklin, segue ciente dos desafios e de como está o mercado atualmente.

“A estratégia do Grupo não será impactada pelo reperfilamento de dívidas. O foco continuará tendo protagonismo e liderança em nossas categorias core e gerando mais rentabilidade, foco na redução de custos e melhora da margem”, salienta.

Ainda segundo o executivo, de 2025 em diante, há melhorias a serem implementadas. No entanto, o Grupo Casas Bahia já começa a se concentrar em captura de valor por meio de CRM, precificação, inauguração de lojas no modelo de store in store e evolução nas soluções financeiras e serviços. “Com esta negociação, certamente, a empresa conseguirá antecipar alavancas do plano de transformação e melhorar o resultado.”

O Grupo Casas Bahia tem suas ações listadas na B3 desde 2013, está em, aproximadamente, 400 municípios, 22 estados e no Distrito Federal. Ao todo, são ao redor de 1,2 mil lojas e por volta de 40 mil colaboradores.

Fonte: “Negócios do Grupo Casas Bahia avançam em nova fase | Exame

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Correios abrem licitação para lojistas que querem abrigar serviço postal

Os Correios lançaram nova licitação para os varejistas que desejam instalar uma unidade do “Correios Aqui – Modular” em seus estabelecimentos. Ao todo são 98 editais para implantação deste canal de atendimento nos estados: Alagoas, Bahia, Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e também no Distrito Federal.

As unidades modulares, conhecidas no mercado como store in store (loja dentro de loja), são parte do processo de remodelagem da rede de atendimento da estatal, que ainda prevê a implantação de outros tipos de canais físicos e digitais.

O público-alvo para as parcerias são lojas e estabelecimentos comerciais que possuam atividades comerciais compatíveis e não concorrentes aos Correios, para atuarem em um modelo de atendimento físico, utilizando suas infraestruturas, experiências, recursos humanos e conveniências. Serviços de encomendas (SEDEX, PAC, Mini envios) e mensagens (carta e telegrama) estarão disponíveis nas novas unidades.

De acordo com a estatal, o novo canal tem potencial para trazer inúmeros resultados relevantes aos parceiros dos Correios, como o aumento do fluxo de pessoas em sua loja, remuneração pelos serviços postais prestados e oportunidade de investimentos a custos competitivos. A iniciativa também visa a expansão da rede de canais, mais qualidade no atendimento e na experiência dos clientes.

Para mais informações, basta acessar a página do Correios Aqui – Modular, a Central de Atendimento pelo telefone 3003-0100 ou os perfis oficiais nas redes sociais.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/correios-licitacao-lojistas-servico-postal/