O salto quântico da eficiência: digitalizar, automatizar e torrebilizar sua Supply Chain


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“A era da ineficiência está chegando ao fim, à medida que a digitalização, automação e torrebilização convergem para impulsionar a eficiência estratégica das empresas, eliminando o excessivo uso de Excel e WhatsApp para programação, planejamento e monitoramento logístico.”

Vamos encarar a verdade nua e crua: embora ainda seja a rotina de muitas empresas, a era da papelada, das planilhas de planejamento arcaicas e do “zap zap” como ferramenta de monitoramento já não se sustenta mais.

É hora de dar um salto quântico rumo à eficiência e otimização!

Mas, como dar esse salto em contextos onde os líderes da cadeia de suprimentos enfrentam uma enorme pressão para satisfazer as necessidades dos clientes de forma rápida e eficaz, enquanto otimizam as operações e reduzem custos?

Sem falar que esses desafios se tornam ainda mais complexos em períodos de sazonalidade, dependência do modal rodoviário ou por surpresas imprevisíveis de Leis e resoluções que sofrem mutações a cada novo governo.

A resposta para essas demandas está em três verbos imperativos que são e continuarão sendo a pauta das empresas e gestores nos próximos anos: digitalizar, automatizar e torrebilizar.

A convergência dessas tecnologias redefine a eficiência logística, despedindo-se do obsoleto uso de Excel e WhatsApp, impulsionando o futuro empresarial.

Neste artigo, você vai descobrir como impulsionar esses três verbos mandatórios da nova era para revolucionar a performance, implementar governança, reduzir custos e garantir a segurança de pessoas e produtos.

DIGITALIZAR: A FÓRMULA NÃO TÃO SECRETA


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Quando se fala sobre digitalizar nem todo mundo sabe a que se refere a expressão. Parece um bicho de sete cabeças, algo complicadíssimo, mas não é.

Via de regra, digitalizar refere-se ao processo de adotar tecnologias digitais e incorporar soluções tecnológicas em todas as áreas do negócio para melhorar a eficiência, agilidade e competitividade.

A digitalização envolve a transformação de processos e operações manuais em processos automatizados e baseados em sistemas digitais, como o uso de softwares, aplicativos, análise de dados, armazenamento em nuvem e outras tecnologias digitais (explicarei melhor no próximo parágrafo).

O objetivo é eliminar o uso de papel e reduzir a dependência de processos manuais, tornando a empresa mais ágil, inteligente e preparada para atender às demandas do mundo moderno.

Para facilitar a compreensão, deixarei alguns exemplos do que é possível digitalizar em sua Supply Chain:

1. Registro e gerenciamento de estoque:

  • Utilização de sistemas digitais para controle do inventário.
  • Monitoramento dos níveis de estoque em tempo real.
  • Automação de pedidos de reposição de produtos.

2. Rastreamento de remessas:

  • Implementação de soluções digitais para monitorar transporte de mercadorias.
  • Rastreamento em tempo real do status das entregas.
  • Melhor comunicação com clientes sobre o progresso das remessas.

3. Documentação e faturamento eletrônico:

  • Substituição de documentos em papel por eletrônicos (faturas, notas fiscais).
  • Facilitação do processamento e organização dos registros contábeis.

4. Otimização de rotas de entrega:

  • Uso de softwares de roteirização para planejar entregas eficientes.
  • Consideração de fatores como tráfego, distância e prioridades.

5. Comunicação com fornecedores:

  • Implementação de plataformas digitais para troca ágil de informações.
  • Integração dos sistemas existentes no ecossistema total do negócio.
  • Facilitação dos processos de compra e reposição de estoque.

6. Gestão de devoluções:

  • Digitalização do processo de solicitação de devoluções.
  • Acompanhamento online do status do reembolso ou troca.

7. Monitoramento de desempenho:

  • Utilização de ferramentas digitais para analisar o desempenho logístico.
  • Identificação de oportunidades de melhoria com base em dados.

8. Integração com parceiros logísticos:

  • Conexão de sistemas digitais com parceiros, como transportadoras.
  • Melhoria da visibilidade de toda a cadeia de suprimentos.

9. Gestão de armazéns:

  • Uso de tecnologias como RFID para rastrear e gerenciar mercadorias.
  • Otimização do espaço e redução de erros de inventário.

10. Análise de dados e tomada de decisão:

  • Coleta e análise de dados logísticos em tempo real.
  • Auxílio na tomada de decisões estratégicas para melhorar eficiência.

Como pôde perceber, a digitalização na logística oferece diversos benefícios, incluindo aumento da eficiência operacional, redução de erros e maior visibilidade de toda a cadeia de suprimentos.

AUTOMATIZAR, DIGITIZAR, DIGITALIZAR, QUAL A DIFERENÇA?


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Automatizar faz parte da transformação digital que ocorre nas organizações. Contudo, faz-se necessário compreender a diferença de digitizar e digitalizar.

Em pleno crescimento nas organizações e, como já citado; pauta entre os executivos, a digitalização é foco importante para empresas em todos os setores e tamanhos.

Uma revolução tecnológica que tem impulsionado as organizações a reavaliarem suas práticas e processos para se manterem competitivas em um mercado em constante evolução.

No entanto, é crucial compreender que os termos “digitizar”, “digitalizar” e “automatizar” não são intercambiáveis, apesar de frequentemente serem usados de forma equivocada como sinônimos.

Permita-me de forma sucinta esclarecer as diferenças entre eles para que você possa utilizá-los de maneira adequada:

  • Digitalizar significa transformar o negócio em uma operação totalmente digital, o que requer mudanças em como a empresa atua. Isso envolve a adoção de novos processos, sistemas, ferramentas e formas de colaboração para operar no ambiente digital.
  • Já quando falamos em digitização, estamos nos referindo à conversão de informações físicas em formato digital. É o processo de executar atividades sem a necessidade de papel, onde todas as informações são criadas, transmitidas e acessadas online.
  • Enquanto automatizar, foco do nosso parágrafo, só se aplica após a digitalização do negócio e a digitização de dados. Assim, podemos avançar para a próxima etapa. Na maioria dos casos.

Automatizar processos consiste em torná-los mais eficientes e rápidos, utilizando tecnologias da chamada revolução 4.0 (Big Data, IA, impressão 3D, Data Analytics, Machine Learning, entre outras).

Eis alguns exemplos do que é possível automatizar em sua supply chain:

1. Sistemas de Gerenciamento de Armazém (WMS):

  • Utilização de um sistema WMS para controlar e otimizar o estoque em tempo real.
  • Rastreamento automático de produtos, permitindo a localização precisa de itens no armazém.
  • Atribuição automática de tarefas aos operadores com base nas prioridades e na disponibilidade.

2. Sortimento e Separação Automatizados:

  • Implementação de esteiras transportadoras automatizadas para classificar e separar os pedidos com base em critérios específicos.
  • Uso de tecnologias de reconhecimento óptico para identificar e direcionar produtos para suas respectivas áreas de armazenamento.

3. Robôs de Picking:

  • Utilização de robôs autônomos para realizar o picking (seleção) de itens em prateleiras de forma mais eficiente e precisa.
  • Esses robôs podem ser equipados com braços mecânicos ou ventosas para manusear diferentes tipos de produtos.

4. Transporte Autônomo:

  • Implementação de veículos autônomos (AGVs – Automated Guided Vehicles) para mover cargas entre diferentes áreas do armazém.
  • Esses AGVs podem ser programados para seguir rotas específicas e evitar obstáculos de forma autônoma.

5. Rastreamento por RFID:

  • Uso de etiquetas RFID (Identificação por Radiofrequência) para rastrear produtos e embalagens durante toda a cadeia de suprimentos.
  • Leitores RFID automatizados podem ler as etiquetas, atualizar o status dos produtos e registrar sua localização em tempo real.

6. Análise de Dados e Previsão:

  • Implementação de sistemas de análise de dados para identificar padrões e tendências na demanda e no comportamento dos clientes.
  • Com base nessas análises, é possível fazer previsões mais precisas de estoque e planejar a distribuição de forma mais eficiente.

7. Entrega por Drones:

  • Exploração da entrega de produtos por meio de drones em áreas específicas, possibilitando entregas mais rápidas e em locais remotos.
  • Os drones podem ser programados para seguir rotas pré-definidas e entregar pacotes de forma segura…

TORREBILIZAR É VERBO DE GESTÃO QUE SUSTENTA OS OUTROS DOIS PILARES


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“Torrebilizar é verbo” de gestão e sustentação do processo de digitalização e automatização da cadeia de Supply Chain.

Uma empresa ao se digitalizar deve implementar o conceito de torre de controle, como um hub de integração, inteligência e coordenação das operações, permitindo a gestão centralizada e eficiente das atividades automatizadas em diferentes áreas e setores.

Para se aprofundar no conceito de torre de controle e gestão 4.0, clique aqui.

Popularmente, o que se conhece de torre de controle, ou pelo menos, quando a maioria dos executivos e empresas falam de torre de controle; estão pensando em logística de transporte.
Gestão de tempos e movimento, que, em 95% das vezes está atrelado a caminhões.

No entanto, as torres de controle extrapolam o transporte, foi por isso que criei o termo “Torrebilizar“.

Torrebilizar é “verbo” para descrever a abordagem integrada e abrangente na gestão da supply chain que visa centralizar e integrar as informações de toda a cadeia de suprimentos em uma única plataforma, permitindo uma visão completa e em tempo real de todo o processo logístico.


Arte: Achiles Rodrigues

A Torre de Controle Logístico não se limita a uma única fase da cadeia de suprimentos. Trata-se de uma ferramenta de suporte operacional que pode abranger todas as etapas da Supply Chain.

Além da torre de transportes, existem outras duas que são “mais comuns no mercado”. Vou citar as três por ordem de popularidade:

  1. Transportes: uma torre de controle para monitorar os tempos e movimentos dos veículos, bem como a movimentação de mercadorias em toda a rede de transporte, rastrear remessas, fornecer informações de localização em tempo real e tomar decisões para otimizar as rotas de transporte.
  2. Gerenciamento de riscos: a torre para GR realiza avaliações contínuas de riscos e ameaças à cadeia logística. Isso pode incluir a análise de fatores como terrorismo, roubo, adulteração de produtos, desastres naturais e outros eventos que possam afetar a segurança dos produtos e das operações.
  3. Torre de segurança (safety): a torre de segurança faz gestão e monitora o movimento de ativos e o comportamento dos condutores em tempo real, visando prevenir acidentes e garantir a segurança dos colaboradores, dos ativos e do ambiente de trabalho ao longo da cadeia logística.

Contudo, existem outros muitos tipos de torres e as possibilidades podem ir ao “infinito”. Em essência, Torrebilizar a cadeia de suprimentos significa aderir à digitalização 4.0, utilizando tecnologias Data-Driven e processos ágeis.

Dessa forma, as pessoas envolvidas na operação e cadeia de comando podem tomar decisões mais precisas e em menor tempo possível.

Esse são outros tipos de torres de controle:

  • Gestão de estoque: essa torre de controle pode ser usada para monitorar os níveis de estoque em tempo real, rastrear as movimentações de estoque entre diferentes locais e acionar a reposição de forma proativa quando os níveis de estoque estiverem baixos.
  • Planejamento da produção: essa torre de controle pode monitorar a programação da produção, rastrear o progresso da fabricação em diferentes linhas de produção e fornecer informações atualizadas sobre o status da produção em tempo real.
  • Monitoramento de pedidos: uma torre de controle que acompanha os pedidos desde o recebimento até a entrega, fornecendo visibilidade sobre o status dos pedidos, detectando possíveis atrasos e tomando medidas corretivas para garantir a entrega dentro do prazo.
  • Gestão de fornecedores: essa torre de Controle pode monitorar o desempenho dos fornecedores, rastrear as entregas de fornecedores em tempo real, identificar problemas de qualidade ou atrasos e tomar medidas para resolver esses problemas de forma rápida e eficiente.
  • Planejamento da demanda: uma torre de controle para ser usada no monitoramento das previsões de demanda: análise de dados históricos, tendências de mercado e outros fatores relevantes para ajudar na elaboração de planos de demanda mais precisos.

Enfim, a era da ineficiência está se tornando uma página virada da história empresarial, graças à poderosa sinergia entre a digitalização, automação e torrebilização.

Não há mais espaço para a papelada e as planilhas arcaicas que um dia dominaram as operações logísticas.

O salto quântico em direção à eficiência e otimização é o caminho inevitável para enfrentar os desafios da cadeia de suprimentos moderna, onde a pressão para atender às necessidades dos clientes com agilidade e excelência é constante.

Em meio à sazonalidade, dependência de modal rodoviário e imprevisibilidade política, as empresas e gestores devem abraçar os três verbos imperativos: Digitalizar, Automatizar e Torrebilizar.
Essa convergência tecnológica redefine a eficiência logística, dando adeus ao ultrapassado uso de Excel e WhatsApp, abrindo caminho para um futuro empresarial mais promissor.

Ao adotar essas abordagens, é possível revolucionar a performance, implementar governança, reduzir custos e garantir a segurança de pessoas e produtos, pavimentando o caminho para o sucesso na nova economia dinâmica e desafiadora.

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Centros de distribuição investem em novas unidades

Otimização da cadeia de suprimentos demanda maior atenção à tecnologia, produtividade e processos.

Em um ambiente de incerteza na economia, os centros de distribuição (CDs) mantiveram investimentos em tecnologia, inovação, produtividade e processos, em busca de otimização na cadeia de suprimentos. A DHL Supply Chain, uma das líderes em contratos logísticos no país, é uma das que devem liderar o processo nos próximos anos.

A empresa, braço de armazenagem e distribuição da alemã DPDHL, vai desembolsar R$ 800 milhões até 2025 na construção de CDs sustentáveis, na modernização de sua frota de transporte (eletrificação) e na automação e robotização de suas operações. Neste ano, a DHL Supply Chain já colocou em operação um CD em Aparecida de Goiânia (GO), outro em Viana (ES) e mais um em Itapoá (SC), totalizando uma área de 31 mil metros quadrados (m²).

Até dezembro, a empresa vai erguer outros 120 mil m² em Extrema (MG), distribuídos em mais de um armazém. Em 2024, de acordo com Marcos Cerqueira, vice-presidente de saúde da DHL Supply Chain, Minas Gerais deve ganhar outro CD de 100 mil m² e, para 2025, a empresa adquiriu um terreno de 300 mil m² em Jundiaí (SP), onde construirá um armazém de 138 mil m².

Com essas novas unidades, o estoque da empresa deve se aproximar de 1,5 milhão de m² no país, a maior parte concentrada na região Sudeste. Cerqueira ressalta que, em 2022, a DHL inaugurou uma área de armazenagem de 45 mil m² em sua filial de transportes em Jandira/Barueri (SP).
“Nosso objetivo é continuar a atender setores com perspectivas de crescimento, onde ainda há espaço para maior penetração, como é o caso do e-commerce, e onde há demanda reprimida, como o setor de tecnologia. Nosso negócio é resiliente”, diz Cerqueira. Outros segmentos que têm animado a DHL são: varejo, saúde, consumo e automotivo. A companhia atende 200 empresas no país.

A ID Logistics Brasil, que tem 55 operações espalhadas entre São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Espírito Santo, também acaba de colocar em operação o primeiro CD no Brasil em parceria com a Diageo, líder mundial no segmento de bebidas alcoólicas premium. De acordo com Gilberto Lima, CEO da empresa, a operação amplia a parceria internacional entre ambas as companhias. A Diageo é hoje dona das marcas Johnnie Walker, Tanqueray, Smirnoff, Ypióca, Baileys, Don Julio e Guinness, entre outras.

O novo CD da ID Logistics Brasil, subsidiária da multinacional ID Logistics, presente em 18 países, se soma a outros seis que a empresa loca em Extrema (sul de Minas Gerais), cidade considerada estratégica devido à facilidade de acesso às principais regiões do país e aos benefícios fiscais concedidos pelo município, onde a empresa conta com 130 mil m² de armazéns.
Lima informa ainda que, até o fim do ano, a empresa vai iniciar operações em outros quatro CDs que se encontram em construção na mesma cidade mineira. Embora a ID Logistics Brasil não conte com CDs próprios no país, Lima diz que está em estudo a construção de um que será destinado a um cliente que a companhia tem no Brasil e no exterior.

“O estudo de viabilização que vai definir o tamanho e o montante de investimento necessário deve ser concluído até o fim de março”, afirma Lima. Se o projeto vingar, o armazém será construído em Minas. “A decisão para erguer um CD passa por um contrato de pelo menos dez anos com o cliente.”
O grupo ID Logistics, que em 2022 faturou 2,5 bilhões de euros, opera mais de 355 CDs (8 milhões de m²) em 18 países da Europa, América, Ásia e África. A sua subsidiária no Brasil administra quase 900 mil m² de armazenagem, destinados a players de grande porte nos segmentos de varejo, industrial, FMCG (fast moving consumer goods), cosméticos e e-commerce. Entre seus principais clientes estão a Danone, Unilever, Privalia, Carrefour, Nívea, Heineken, Ambev e, agora, a Diageo.

A RaiaDrogasil (RD) é outra que acabou de iniciar operações de um novo centro de distribuição de 17 mil m² em Cuiabá (MT). Trata-se do décimo segundo CD da rede, que, além de atender Mato Grosso, suprirá o Mato Grosso do Sul, Rondônia e Acre. “É um investimento que possibilitará o abastecimento das farmácias dessas regiões com maior agilidade e entregas mais rápidas para os clientes de 200 farmácias da rede”, diz Erivelton Marcos Oliveira, diretor-executivo de supply chain da RD. Segundo ele, o investimento no novo armazém foi de R$ 56 milhões.

Ainda neste ano, a RaiaDrogasil vai abrir mais dois CDs, um no Pará e outro no Amazonas, com os quais serão 14 CDs em todo o Brasil. “O de Manaus (AM) será um modelo novo de tudo o que temos atualmente. Será menor, de 3,5 mil m², mas vai atender cerca de 50 farmácias”, diz Oliveira. Segundo ele, a logística para o Amazonas tem desafios que precisam ser vencidos, como a ausência de rotas rápidas via malha rodoviária, o que obriga o uso de transporte aéreo, que é mais caro. “A instalação dessa nova operação funcionará como um hub para abastecer de forma mais rápida as nossas farmácias do Amazonas.”

Oliveira diz que o vetor de inauguração de novos CDs está diretamente ligado à expansão das farmácias da companhia. Desde a fusão da Raia e da Drogasil, em 2011, foi triplicado o número de farmácias da rede no país. E, desde 2018, a empresa vem investindo na transformação digital, inserindo milhões de consumidores aos canais de e-commerce. “Tudo isso mexeu com a estrutura logística da RD e foi preciso investir em reformas, ampliação e inauguração de novos CDs. A logística é uma peça-chave na estratégia 2025 de ser a empresa que mais promove saúde e bem-estar para a sociedade.” Para Oliveira, a logística está agora em um patamar de destaque na RD.

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/03/30/centros-de-distribuicao-investem-em-novas-unidades.ghtml

Hub da DHL Supply Chain em Guarulhos agiliza processamento de carga e aprimora integração do modal aéreo à cadeia de suprimentos

A pandemia lançou desafios extras a logística, especialmente no modal aéreo com a diminuição dos voos para passageiros. Para auxiliar embarcadores nesta área e facilitar a integração deste modal a cadeia de suprimentos, a DHL Supply Chain, líder global em armazenagem e distribuição, lançou um Hub aéreo exclusivo em Guarulhos que completou em fevereiro um ano e meio de operação. Enquanto terminal de cargas dedicado, o Hub consolida, paletiza e prepara cargas para transporte aéreo nacional expedidos em São Paulo, proporcionando mais agilidade, segurança e eficiência.

“Inauguramos o Hub durante um dos períodos mais críticos da pandemia, com uma oferta de voos muito reduzida. Porém, esta dificuldade nos possibilitou trabalhar com embarques mais consolidados, em aeronaves maiores ou até em cargueiros, o que nos trouxe uma melhor consolidação das cargas e uma melhor performance de embarque, que conseguimos manter nas principais rotas até hoje, mesmo com a retomada gradual dos voos de passageiros”, afirma Luiz Brunherotto, Diretor de Transportes da DHL Supply Chain no Brasil.

O Hub de Guarulhos foi especialmente importante para agilizar as entregas relativas a Black Friday e Natal. “Muitos embarcadores optaram pelo modal aéreo para garantir o prazo de entrega ao consumidor final, ainda mais com prazos de produção tão apertados pela dificuldade no fornecimento de alguns insumos”, ressaltou o diretor da DHL Supply Chain.

O atendimento a picos de demanda evidência as vantagens operacionais do hub para além da competitividade de prazo e custo. Ele consolida as cargas em estruturas padrões para o embarque aéreo, com isso, minimizando ocorrências de avarias e extravios, e dá acesso direto a pista de voos, proporcionando uma maior rapidez na disponibilização das cargas. Além disso, a DHL Supply Chain tem acordos de blocked space com as companhias aéreas, o que garante área e agiliza embarques realizados por meio do Hub.

Já foram expedidos na estrutura cerca de 6 mil toneladas e a demanda continua aquecida em 2022, principalmente para cargas expressas dos clientes dos setores automobilístico, farmacêutico e de tecnologia. Embora a situação tenha melhorada um pouco, dificuldades no modal marítimo continuam a impactar fluxos internacionais de entregas que, para serem compensados pelo menos parcialmente no trajeto doméstico, estimulando o uso do modal aéreo. Em outros casos, a maior dificuldade na obtenção de peças e componentes também leva a um maior uso do transporte aéreo. Paralelo a isso, cresceu também a participação do e-commerce nas cargas processadas pelo Hub, mas, neste caso, o impulsionador foi a necessidade de realizar entregas super-rápidas em áreas distantes do País.

O Hub de Guarulhos se conecta também com outras soluções de transportes da DHL Supply Chain, como caminhões elétricos, bicicletas, smartlockers e, principalmente, a linha rodoviária Rodo Expresso que realiza entregas em um raio de até 1.200 km, com um prazo igual ao modal aéreo e que pode ser uma alternativa mais competitiva financeiramente e mais segura no caso de indisponibilidade de espaço ou de voos na data/período programado.

Fonte : https://www.logweb.com.br/hub-da-dhl-supply-chain-em-guarulhos-agiliza-processamento-de-carga-e-aprimora-integracao-do-modal-aereo-a-cadeia-de-suprimentos/

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Amazon anuncia Fundo de Investimentos bilionário para inovação em Supply Chain

A Amazon anunciou ontem (21) a criação de um fundo de investimentos em startups focadas em soluções de inovação para Supply Chain, Logística e Atendimento. Segundo a empresa, o intuito do Amazon Industrial Innovation Fund (Fundo de Inovação Industrial da Amazon, em português) é utilizar a tecnologia para otimizar a logística e atender à demanda por entregas cada vez mais rápidas. O projeto é avaliado em US$ 1 bilhão – aproximadamente US$ 4,6 bilhões de reais, na cotação atual.

Por meio do fundo de investimentos, a gigante americana planeja contemplar empresas de “todos os estágios”, o que deve incluir desde iniciativas recentes a companhias já consolidadas. Ainda não há informações sobre o valor médio dos aportes.

Em post na internet, o vice-presidente de desenvolvimento corporativo mundial da Amazon, Alex Ceballos Encarnacion, afirmou que a empresa vê “uma oportunidade de olhar além de nossa própria experiência e capacitar empresas que estão desenvolvendo tecnologias emergentes em operações de atendimento ao cliente, logística e cadeia de suprimentos”.

Neste primeiro momento, os investimentos serão focados em tecnologias de robótica e wearable. Primeiros aportes incluem empresas como Modjoul, fabricante de tecnologia de segurança vestível, Vimaan, especialista em visão computacional e IA para melhorar o gerenciamento de estoque. Fora dos EUA, haverá aporte para a BionicHive, empresa israelense que está desenvolvendo uma solução robótica autônoma para se adaptar a estantes e caixas existentes em armazéns.

PROGRAMA DE DRONES AINDA NÃO “DECOLOU”

No entanto, apesar de dedicar esforços à tecnologia para transformar as operações na cadeia de suprimentos, a Amazon também enfrenta desafios em projetos audaciosos. É o caso do programa da Amazon de implementar entregas com o uso de drones. Apesar de estar em desenvolvimento há cerca de uma década, o projeto ainda não teve a performance que a companhia esperava – mesmo com investimento de US$ 2 bilhões. Segundo relatório do Yahoo Finance sobre uma investigação da Bloomberg, a empresa fundada por Jeff Bazos tem uma equipe global de 1 mil pessoas dedicadas ao programa.

Segundo matéria publicada pelo portal E-commerce Brasil, especialistas ressaltam que ambições fracassadas do projeto não são uma surpresa. “No Colorado [EUA], você pode comprar uma licença para derrubá-los. Eles são arriscados em um bom dia com qualquer coisa mais pesada que uma pena. Eles eliminam empregos sem uma boa razão. O que poderia dar errado?”, apontou Paula Rosenblum, cofundadora da RSR Research.

Já Steve Montgomery, presidente da B2B Solutions, declarou que a entrega por drone é ótima em conceito, mas um pesadelo na realidade. “Imagine o ar ao redor de sua cidade cheia de drones de diferentes empresas correndo para fazer entregas. Adicione pássaros, algumas pessoas voando drones para recreação e o que você tem é uma receita para problemas.”

Há também visões mais otimistas, como Andrew Blatherwick, presidente emérito da Relex Solutions, que vê lugar para os drones na cadeia de suprimentos, mas não como um veículo de entrega de última milha. “A Amazon irá superar seus problemas atuais e voltar aos trilhos. No entanto, deve ser hora de analisar os prováveis ????retornos dessa tecnologia.”

Fonte : https://revistamundologistica.com.br/noticias/amazon-anuncia-fundo-de-investimentos-bilionario-para-inovacao-em-supply-chain

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‘Lockdowns’ na China começam a afetar transporte marítimo em todo o mundo

O impacto dos “lockdowns” na China, por enquanto, tem sido observado principalmente na logística terrestre interna do país, no modal rodoviário. Porém, o transporte marítimo já começa a sentir efeitos, que poderão perdurar mesmo após o fim das restrições, segundo informou o Centronave (Centro Nacional de Navegação Transatlântica), entidade que reúne os principais grupos de navegação.

Diante desse novo recorde de infecções, as autoridades de Xangai – onde se localizam os mais importantes terminais de contêineres do mundo – adotaram uma série de medidas rigorosas para controlar o contágio, causando interrupções significativas nas atividades locais de fabricação e transporte, o que inevitavelmente adiciona uma pressão extra no sistema logístico terrestre interno do país.

Segundo avaliações divulgadas recentemente, cerca de 200 milhões de pessoas e mais de 20 cidades chinesas estariam sob lockdown total ou parcial, com suas entradas e saídas rodoviárias bloqueadas total ou parcialmente. “Com isso, o transporte terrestre interno do país foi bastante afetado, e a cadeia interna de suprimentos está sob grande pressão”, afirmou, em nota, o diretor-executivo da associação, Claudio Loureiro de Souza.

Outro fator que tem gerado gargalos é a “rigorosa testagem realizada na população e nos trabalhadores, incluindo os motoristas de caminhão”, o que contribui para o acúmulo de mercadorias nos armazéns e instalações portuárias.

“Esses são os principais fatores que estão resultando em um gargalo logístico interno e começando a gerar atrasos no transporte marítimo, devido ao acúmulo de bens e mercadorias parados.”

Para as empresas, ainda é cedo para prever quando a situação vai se normalizar. “Há diversos fatores a serem considerados, principalmente a duração desse surto da variante ômicron e das medidas governamentais que serão tomadas”, diz o Centronave.

A entidade também ressalta a preocupação com o acúmulo de contêineres e o congestionamento de mercadorias nos centros de armazenagem, o que poderá provocar impactos de mais longo prazo, mesmo após o fim das restrições.

A crise se dá em um momento no qual as cadeias globais de suprimento já estavam pressionadas. Desde 2020, a logística global tem sofrido com os efeitos da pandemia, que provocaram falta de contêineres e de capacidade nas embarcações, atrasos nas escalas dos navios, congestionamentos nos portos e aumento do preço nos fretes marítimos. Mesmo antes dos “lockdowns” chineses, já não havia expectativa de normalização dos fluxos neste ano.

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/04/18/lockdowns-na-china-comecam-a-afetar-transporte-maritimo-em-todo-o-mundo.ghtml

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China prepara flexibilização das restrições ao coronavírus para combater problemas de logística

Um bloqueio prolongado em Xangai ameaça interromper a produção de vários dispositivos eletrônicos, incluindo o iPhone da Apple e os carros elétricos da Tesla, mas as autoridades do país estão prontas para apoiar a economia nacional com empréstimos e alívio direcionados, o que deve reduzir a gravidade da crise. problemas criados pela pandemia.

Após a reunião dos mais altos órgãos governamentais da RPC, segundo a Bloomberg, citando agências de notícias chinesas, as autoridades decidiram prestar apoio aos funcionários do setor de logística. Eles poderão solicitar melhores condições de vida e receber subsídios, além de benefícios na forma de empréstimos de refinanciamento. O porto de Xangai acumulou uma quantidade impressionante de carga com várias semanas de atraso. As empresas de navegação estão agora empenhadas em entregar mercadorias da China para os Estados Unidos por via marítima em pelo menos 115 dias, embora o período correspondente não tenha ultrapassado 50 dias em 2019, antes do início da pandemia.

Ao mesmo tempo, as autoridades chinesas vão formar uma lista de indústrias privilegiadas para as quais as restrições sanitárias serão mais brandas. Empresas dos setores alimentício, farmacêutico, eletrônico, semicondutor, automotivo e de comércio exterior poderão se inscrever nesta lista. No final da semana passada, de forma semelhante, algumas empresas em Xangai foram autorizadas a retomar as operações, embora o bloqueio geral não tenha sido suspenso.

As autoridades locais também são instruídas a afrouxar o controle nos postos de controle durante o transporte de mercadorias, bem como começar a reconhecer os resultados dos testes de PCR de outras regiões. Para apoiar as cadeias de suprimentos, as autoridades do país estão prontas para alocar até US$ 157 bilhões, que serão usados ​​para refinanciar dívidas existentes de entidades empresariais. Um décimo desse valor será direcionado para apoiar os setores de transporte e logística.

Fonte : https://avalanchenoticias.com.br/comentarios-sobre-eventos-recentes/china-prepara-flexibilizacao-das-restricoes-ao-coronavirus-para-combater-problemas-de-logistica/

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Varejo: consumidor quer entrega do produto cada vez mais rápida

A pandemia colocou uma série de novos desafios ao varejo, principalmente em relação ao comércio digital, e alguns desses desafios vieram para ficar. Mais do que vender, é necessário garantir a satisfação do consumidor, que deseja uma entrega rápida e eficiente – de preferência no mesmo dia.

supply chain foi um dos temas principais da 110ª National Retail Federation (NRF), realizada em Nova York, um dos mais prestigiados eventos anuais globais sobre tendências do varejo. Nesta edição, o evento voltou a ser presencial, e contou com a participação de representantes do varejo e de consultores de todo o mundo

Quando essa cadeia de suprimentos não funciona direito, todo o varejo fica comprometido. Ou seja, quando essa logística não é devidamente gerenciada pelo varejista, pode levar à perda de vendas.

Atender a esse cliente cada vez mais exigente requer uma cadeia de suprimentos que funcione bem, em sintonia e com a precisão de um relógio, da a captação da matéria-prima para a elaboração do produto até a entrega final no endereço do consumidor ou na pronta-entrega na loja física.

Para entender a importância da gestão do supply chain, o que acontece quando a pessoa deseja determinado produto e não encontra à disposição na loja física ou virtual? Simples: ela vai comprar em outro lugar, muitas vezes ao alcance de um clique na loja on-line da concorrência.

“O supply chain ganha importância cada vez maior, pois ele é parte relevante para uma boa experiência de compra por parte do consumidor”, explica Natália Sperati, sócia de consultoria em Transformação de Negócios da EY para o setor de Varejo e Bens de Consumo. “Também está ganhando protagonismo muito grande no varejo, pois a entrega eficiente é parte do valor de compra que o consumidor deseja”, completa.

Opinião semelhante tem o sócio-líder de Operações em Supply Chain da EY para a América do Sul, Lucas Horta. “O perfil do consumidor está mudando rapidamente. Há novas exigências de customização, personificação e celeridade. Isso aumenta muito o nível de exigência do supply chain”, explica.

Horta reforça a importância da cadeia de suprimentos para o processo como um todo, da logística para a elaboração do produto até a venda. “Se o supply chain não for bom, o seu produto não vai estar na gôndola.”

Não à toa, um dos assuntos discutidos nos Estados Unidos foi o “quick commerce” – processo de entrega entre 15 minutos e 2 horas. O consumidor deseja que a sua encomenda seja entregue em um prazo cada vez menor, o que aumenta os desafios logísticos para o varejista.

Afinal, não é fácil lidar com questões como falhas no abastecimento de matéria-prima, falta de entregadores e trânsito pesado nas cidades. Caso o varejista não consiga superar os desafios cotidianos, corre o risco de perder para a concorrência. “Isso torna o supply chain uma área cada vez mais estratégica do negócio”, alerta Natália.

CHINA 

Outro assunto de destaque na NRF é a força crescente do consumidor na China, o que torna um país um verdadeiro hub de tecnologia para o varejo, com novas soluções para toda a cadeia de consumo, por meio da tecnologia avançada. “A China tem pelo menos 500 milhões de consumidores com bom poder de compra, e a classe média chinesa hoje é maior do que os Estados Unidos – o que mostra a importância do mercado chinês”, diz Natália.

Fonte : https://www.acicampinas.com.br/noticias:varejo--consumidor-quer-entrega-do-produto-cada-vez-mais-rapida?utm_campaign=newsletter_07022022&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

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Perspectivas e tendências para o setor de logística em 2022

Aumento do diesel, inflação subindo, disrupção contínua em fluxos de produtos no mundo inteiro, falta de “braço” em segmentos-chave em supply chain em diversos países. 2021 não foi um ano fácil para quem administra logística e o fluxo ordenado de seus produtos. Por outro lado, foi um período com alta atividade em tecnologia em companhias cuja missão é resolver as principais dores do segmento logístico.

Olhando para frente, acredito que 2022 será definido por várias tendências que guiaram o setor neste ano e outras novas terão destaque. O conjunto dessas tendências levará ao maior uso de tecnologia e inovação na gestão de logística; e a consolidação do setor provavelmente será acompanhada pela convergência entre modelos diferentes.

A pandemia desencadeou a aceleração tecnológica. Conforme uma pesquisa do Gartner, mudanças importantes nos modelos de negócios dispararam a automação nos centros de distribuição e atendimento no último ano. O grande desafio é que os profissionais aprendam a interpretar a enorme quantidade de dados e análises geradas pelos sistemas e consigam tomar melhores decisões em suas funções.

Lembrando que os esforços do setor acompanharão algumas das mais urgentes demandas globais. A pesquisa aponta ainda que as empresas estão cada vez mais comprometidas com aspectos sustentáveis para reduzir os impactos ambientais para o cliente. A otimização da rede logística para retirar veículos das ruas e reduzir a emissão de carbono, a reutilização do calor dos processos de manufatura upstream para fornecer energia aos elos downstream e soluções criativas para aumentar a densidade do transporte são alguns exemplos.

A disrupção em supply chain e fluxos de produtos

Os efeitos da economia “start/stop”, oriunda da pandemia, foram profundos e levarão tempo para se dissiparem. Existem engarrafamentos estruturais em pontos-chaves da cadeia em vários países, sobretudo nos EUA, que persistirão pelos próximos meses. Isso terá um efeito inflacionário, obrigando os gestores a rever a forma como movimentam produtos e a refletir sobre a metodologia usada para administrar os seus negócios. Com o tempo, os ajustes serão completos e a normalidade voltará. Mas vai demorar.

Custos elevados

Os principais insumos na cadeia logística vêm subindo e isso continuará. Em alguns países, não existe mão-de-obra para transporte rodoviário e nos portos. No Brasil, estamos com o diesel mais caro, inflação na mão-de-obra e custo de capital elevado. Tudo isso representa uma tendência inflacionária e exigirá maior foco em eficiência operacional em todos os níveis do supply chain.

Investimentos elevados em tecnologia

A pressão dos custos, a necessidade de aumentar a visibilidade numa cadeia mais estressada e a escassez de pessoas qualificadas no setor levarão ao aumento dos investimentos em tecnologia. O objetivo será o de ampliar a eficiência dos processos, a automação e a rastreabilidade das cargas, além de gerar maior transparência e segurança. Também serão acelerados os investimentos em tecnologias mais avançadas, como caminhões autônomos e uso do blockchain na logística. Nesse cenário, plataformas independentes que criarem novas soluções para o setor focadas nessas tecnologias continuarão se beneficiando.

Consolidação

As mesmas pressões incentivarão a consolidação de várias camadas do ecossistema da logística. A exemplo do digital freight brokerage que, em português, significa um corretor de frete digital, e outras plataformas, em 2021, vimos casos de M&A’s nos quais o foco era ganhar escala com ofertas de tecnologia e propostas complementares, como a compra da Transplace pela Uber Freight. Esse ano, plataformas e outros players do setor tendem a continuar sua consolidação em mercados ainda pulverizados.

Plataformas terão que ir “além do match”

Em paralelo, plataformas existentes terão de expandir portfólios de soluções e inovar para poder atender às demandas cada vez mais exigentes dos seus parceiros — soluções completas que tragam eficiência, transparência e insights ponto a ponto. Já começamos a ver isso em 2021, com plataformas adquirindo empresas com tecnologias que ampliam o portfólio de soluções que elas poderiam oferecer a embarcadores. A Loadsmart, por exemplo, investiu em empresas de agendamento e gestão de pátio. Por outro lado, plataformas com soluções mais rasas, focadas em apenas um pedaço da jornada — publicar cargas ou fazer o match entre carga e caminhoneiros — tendem a perder espaço.

Convergência entre modelos

Também esperamos ver a convergência contínua entre os modelos operacionais. Estimamos que plataformas tecnológicas nascidas como fornecedoras de tecnologia comecem a operar fretes que agreguem mais valor aos clientes. Vimos isso acontecer com a Convoy e continuaremos vendo plataformas com DNA de tecnologia e operações se abrindo para que outros operadores do setor usem a tecnologia para ganhar escala. Em segmentos como o digital freight brokerage, modelos de oferta de tecnologia não conseguem resolver as dores dos clientes. Portanto, esperamos a convergência contínua entre modelos. As plataformas terão que entregar cada vez mais experiências com tecnologia robusta que garanta desempenho operacional.

Regulação e fiscalização no setor de logística rodoviária no Brasil

A entrada do DTE (Documento Eletrônico de Transporte) e o aumento da fiscalização sobre o uso de carta frete, não pagamento de vale pedágio, recolhimento de INSS de caminhoneiro e outros, terão impactos positivos para os caminhoneiros. Porém, exigirão grandes ajustes por parte das transportadoras que operam fora da lei agora. Para elas, os custos e a demanda de capital de giro vão aumentar. Isso fará com que precisem buscar eficiência através de um maior uso de tecnologia para compensar. Por outro lado, o DTE e as propostas do governo de abrir informações para a cadeia permitirão inovações importantes com relação à oferta de serviços financeiros e outros para o caminhoneiro.

2022 deverá ser outro ano de volatilidade no setor, com um ambiente operacional extremamente complexo no mundo inteiro e aqui no Brasil também. Acreditamos que esses desafios serão superados ao longo do tempo com o uso de tecnologias que atacam as principais dores dos clientes. E além disso, que plataformas atuantes no setor deverão ser cada vez mais inovadoras para agregar valor às operações dos seus parceiros.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/perspectivas-e-tendencias-para-o-setor-de-logistica-em-2022/

E-commerce: Fedex e Microsoft anunciam nova solução de logística multiplataforma

Nova oferta tem como objetivo aumentar a competitividade dos comerciantes no espaço do comércio eletrônico, melhorando o engajamento do cliente e oferecendo opções aprimoradas de transporte.

A FedEx e a Microsoft anunciaram no início desta semana a próxima solução resultante da colaboração entre as empresas em prol do comércio, das cadeias de suprimentos e da logística. As companhias unirão a inteligência da rede da FedEx com os recursos do Microsoft Dynamics 365 para apresentar uma solução multiplataforma de “logística como um serviço” a varejistas, comerciantes e marcas.

No mundo atual das cadeias de suprimentos “just in time”, comércio global e crescimento acelerado, a velocidade, flexibilidade e visibilidade do comércio eletrônico são fundamentais. As necessidades e expectativas dos clientes mudaram em todos os setores. Juntas, a FedEx e a Microsoft estão utilizando ferramentas como inteligência artificial e aprendizado de máquina para extrair novos conhecimentos a partir dos 17 milhões de pacotes que passam pela rede da FedEx todos os dias, a fim de ajudar as marcas a oferecer experiências aprimoradas aos clientes.

As empresas anunciaram planos de apresentar uma integração de dados exclusiva que combina dados da FedEx com o Dynamics 365 Intelligent Order Management para ajudar as marcas a terem acesso a novas informações e recursos para melhor processar, enviar e atender os pedidos dos clientes. Ao mesmo tempo, a expectativa é promover integração facilitada às plataformas de comércio eletrônico existentes.

Essa abordagem multiplataforma ajuda as marcas a oferecer a seus clientes experiências modernas e com alto valor agregado, como entrega mais rápida e econômica, notificações em tempo real do status da entrega e devoluções convenientes e tranquilas, com aproximadamente 60 mil locais de envio e QR codes escaneáveis. Para as marcas que enfrentam maior pressão para gerar afinidade ao gerenciar volumes de pedidos mais altos, garantir um atendimento econômico e reduzir as chamadas dispendiosas de atendimento ao cliente, essa nova tecnologia oferece uma oportunidade sem precedentes de impulsionar os sistemas existentes de registro, otimizar o atendimento e cumprir suas promessas de pedidos com maior precisão, além de se beneficiar de uma visão mais completa do cliente.

“Há quase dois anos, assumimos uma missão com a Microsoft de transformar o ecossistema do comércio. Durante esse tempo, progredimos significativamente, aproveitando a tecnologia do Microsoft Azure com nossa solução FedEx Surround, que oferece suporte fundamental para permitir o monitoramento avançado de remessas prioritárias urgentes. Essa próxima fase de nossa colaboração continuará a conectar os dados inigualáveis da cadeia de suprimentos da rede da FedEx ao Microsoft Cloud para melhorar as experiências de comércio eletrônico para marcas, comerciantes e consumidores.” – Raj Subramaniam, presidente e diretor operacional da FedEx Corp.

O Dynamics 365 Intelligent Order Management utiliza dados e IA para criar um aplicativo de gerenciamento de pedidos omnicanal. Com isso, é possível integrar sistemas existentes de planejamento de recursos empresariais (ERP) e gerenciamento de relacionamento com o cliente (CRM) para alavancar um ecossistema de outros sistemas de origem de pedidos, como marketplaces on-line de comércio eletrônico, aplicativos móveis e comércio social, juntamente com canais de pedidos tradicionais como intercâmbio de dados eletrônicos (EDI) ou pontos de vendas físicos.

A plataforma vem com conectores pré-construídos para as principais marcas de ferramentas já utilizadas para entrada de pedidos omnicanal, atendimento e entrega de pedidos multicanais e ações de organização de pedidos baseadas em regras em um ambiente de baixo código/sem código que utiliza IA e aprendizado de máquina. Juntamente com os dados e a visibilidade obtidos na rede da FedEx, a FedEx e a Microsoft têm como objetivo capacitar as empresas com novas formas inovadoras de atender melhor seus clientes.

“Mais do que nunca, fica claro o quão fundamental é ter uma cadeia de suprimentos resiliente para o sucesso de toda organização na economia moderna. Estamos unindo os dados e informações da rede da FedEx ao Microsoft Cloud, começando com o Dynamics 365, para ajudar as empresas a acelerar sua transformação digital em todas suas operações comerciais, para que possam oferecer aos clientes formas mais integradas de comprar e entregas mais rápidas e mais eficientes.” – Satya Nadella, presidente e CEO da Microsoft.

CAPACITAÇÃO E VISIBILIDADE DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

A FedEx e a Microsoft uniram forças em maio de 2020 para permitir que as empresas competissem melhor no ecossistema de comércio digital atual, que está cada vez mais digital. A pandemia acelerou a adoção do comércio eletrônico e a transformação digital das empresas de todos os tamanhos. Antes da pandemia, a FedEx projetou que o mercado doméstico de pacotes dos EUA atingiria 100 milhões de pacotes por dia até o ano calendário de 2026. Agora, espera-se que o mercado atinja essa marca quatro anos antes do esperado, chegando a 110 milhões de pacotes por dia em 2022, com 86% desse crescimento vindo do comércio eletrônico.

A FedEx Surround, a primeira solução voltada para o cliente da FedEx desenvolvida utilizando a tecnologia de nuvem Microsoft Azure, é uma prova do potencial inovador e do impacto imediato da colaboração sobre a forma como os dados são usados em logística. Desenvolvida para alavancar os milhões de pontos de dados em toda a rede da FedEx, a plataforma FedEx Surround utiliza soluções de IA, aprendizado de máquina e análise para monitorar de forma proativa o risco a que são expostos os pacotes da FedEx ao longo de uma rota de entrega, como interrupções climáticas ou atrasos causados pelo tráfego.

Essas informações quase em tempo real oferecem aos clientes visibilidade da situação de sua cadeia de suprimentos e permitem que eles planejem proativamente a solução e as alternativas que a FedEx pode ajudar a executar para manter um entrega no caminho certo.

A FedEx Surround foi implementada em dezembro de 2020 e tem sido fundamental para apoiar o transporte de vacinas contra a Covid-19. A plataforma permitiu que a FedEx gerenciasse esse aumento significativo no volume de remessas prioritárias.

DISPONIBILIDADE

Espera-se que a integração contínua dos dados da FedEx ao Dynamics 365 Intelligent Order Management esteja disponível para os clientes nos EUA no segundo semestre de 2022. Até o momento, não há previsão de lançamento da integração no Brasil.

Fonte : https://revistamundologistica.com.br/noticias/e-commerce-fedex-e-microsoft-anunciam-nova-solucao-de-logistica-multiplataforma

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