Startups de logística correm para atender demanda por entregas de última milha com emissão zero

As empresas esperam conquistar participação no mercado enquanto os líderes do setor ainda estão se preparando

Um grupo de startups europeias e dos Estados Unidos está correndo para atender à crescente demanda por veículos de entrega de encomendas em cidades que tenham emissão zero, antes que as grandes empresas de logística entrem em peso na competição.

Empresas como a alemã Liefergrun, as britânicas Zedify e Packfleet, e a DutchX, de Nova York; estão aproveitando a onda de varejistas que proclamaram metas de redução de emissões de poluentes em suas operações. Coletivamente, as startups arrecadaram cerca de US$ 1 bilhão até o momento, de acordo com a Pitchbook e dados coletados pela Reuters.

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As empresas esperam conquistar participação no mercado enquanto os líderes do setor ainda estão se preparando. Por exemplo, a FedEx mira até 2040 para ter sua frota de veículos de entrega de emissão zero; a DHL diz que 60% de sua frota será elétrica até 2030, no mesmo ano em que a Amazon planeja ter 100 mil caminhões elétricos Rivian em serviço. A UPS espera que 40% de sua frota funcione com combustível alternativo até 2025.

Usando sua própria tecnologia de roteirização para entregas urbanas, essas startups pequenas precisam crescer e, ao mesmo tempo, manter os preços baixos em um mercado competitivo, o que também poderia torná-las alvos de aquisição.

“Ninguém quer pagar mais por uma entrega sustentável”, disse Niklas Tauch, presidente-executivo da Liefergrun, sediada em Berlim, que faz entregas em grandes cidades da Alemanha e da Áustria e lista entre seus clientes os grupos varejistas H&M, Inditex e Hello Fresh.

A Liefergrun constrói centros de distribuição de encomendas nos centros das cidades. Em seguida, contrata terceiros para as entregas, fornecendo-lhes acesso a ofertas de vans elétricas da Mercedes-Benz ou da chinesa Maxus.

Tauch disse que a receita da Leifergrun crescerá sete vezes este ano, passando de “milhões” de euros em 2022 e deve atingir “centenas de milhões” em 2024.

Até o momento, a Liefergrun arrecadou 15 milhões de euros e arrecadará mais no próximo ano para se expandir rapidamente.

O tempo está passando enquanto os gigantes da entrega investem grandes somas para eletrificar suas próprias frotas.

Em um projeto piloto, a DHL pretende ter emissão zero em 100% de suas entregas de produtos comprados em comércio eletrônico na Holanda até o final deste ano, com outros mercados na sequência após investimentos de “dezenas de bilhões de euros”, disse o chefe de desenvolvimento corporativo da empresa, Yin Zou.

A receita da startup britânica Packfleet cresceu dez vezes em 2022 e sua frota em Londres deve expandir para 400 vans elétricas em 2024, de cerca de 50 atualmente, à medida que adiciona novos clientes.

A Packfleet se expandirá para Liverpool, Birmingham e Manchester no próximo ano e planeja estar entre as 20 principais cidades do Reino Unido em dois anos.

“As maiores solicitações de nossos clientes são: quando você pode expandir e em quanto tempo você pode receber todo esse volume?”, disse o presidente-executivo, Tristan Thomas.

Negócio implacável

Até agora, a Europa tem se mostrado um terreno mais fértil para entregas com emissão zero.

Mas em Nova York, a DutchX está lançando um serviço para trazer pequenos contêineres para Manhattan por balsa e depois carregá-los em pequenos veículos elétricos da Fernhay para entregas na cidade, disse o cofundador da empresa, Marcus Hoed. A empresa usará os veículos para entregar pacotes de consumidores de clientes que incluem Amazon Fresh e Whole Foods.

“Alguns clientes estão pressionando muito, muito mesmo, por entregas de emissão zero”, disse Hoed.

A receita da DutchX deve aumentar em mais de 30%, chegando a cerca de 40 milhões de dólares este ano. A empresa lançará operações na Filadélfia este ano, com mais três ou quatro cidades norte-americanas adicionais no próximo ano.

O desafio para as startups é que o aumento de escala é difícil. Muitas usam veículos menores do que um caminhão de entrega típico, reduzindo margens de lucro o quanto possível porque é difícil entregar pacotes suficientes para compensar a mão de obra e outros custos.

“A entrega de última milha é um negócio implacável”, disse Sven Etzelsberger, presidente-executivo da URB-E, sediada na Califórnia, que fabrica contêineres de carga para bicicletas elétricas.

O especialista em logística da Universidade do Tennessee, Thomas Goldsby, disse que, embora as grandes transportadoras como FedEx, UPS e DHL desfrutem de enormes vantagens de escala, as empresas regionais podem ter sucesso.

“Quanto à ameaça que essas startups representam, certamente as transportadoras estabelecidas estarão atentas a esses desenvolvimentos”, disse Goldsby. “Elas também estão propensas a adquirir qualquer provedor de serviços que esteja fazendo algo realmente interessante.”

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O laboratório de veículos autônomos da Damo se fundirá com a Cainiao,a rede de logística global do Alibaba

O laboratório de direção autônoma do Alibaba se concentrará mais na monetização.

A Alibaba fundou a Damo Academy em 2017 para criar um programa focado em pesquisa de ponta que é relativamente livre de pressão para ganhar dinheiro a curto prazo. Um dos 16 laboratórios da Academia realiza pesquisas sobre direção autônoma, que acaba de anunciar uma grande mudança hoje.

O laboratório de veículos autônomos da Damo se fundirá com a Cainiao, a rede de logística global do Alibaba, e não operará mais sob o instituto de pesquisa básica.

A notícia foi relatada pela primeira vez pelo China Securities Journal, afiliado ao estado. Um porta-voz do Alibaba confirmou a remodelação com o TechCrunch.

A mudança estrutural sinaliza uma maior urgência para o Alibaba monetizar seu investimento em direção autônoma, que é notoriamente intensivo em capital. A logística é provavelmente um lugar fácil para começar porque uma van de entrega autônoma está transportando mercadorias em vez de humanos e suas rotas são ambientes de última milha mais simples do que as movimentadas estradas do centro da cidade.

De fato, a Damo atende às necessidades de entrega de última milha de Cainiao há seis anos com seu carro-chefe robovan chamado Little Donkey, transportando pedidos de comércio eletrônico, restaurantes e mercearias. Em junho de 2022, a van autônoma do tipo Nuro ultrapassou 10 milhões de entregas acumuladas, a empresa disse no momento.

Em 2021, o Alibaba esperava que a frota da Little Donkey entregasse um milhão de encomendas por dia em três anos. Se a equipe estiver no caminho certo com a projeção, Burrinhos podem estar transportando um grande pedaço dos pacotes de Cainiao agora. Para se ter uma noção da escala da gigante da logística, seu pico de entregas diárias ultrapassou 18 milhões durante o Double 11, a bonança anual de compras da China equivalente à Black Friday, em 2022.

A pegada da Cainiao agora atinge muitos países, seguindo os negócios de comércio eletrônico de exportação do Alibaba. Recentemente, vem construindo uma presença mais localizada fora da China, por exemplo, abrindo centros logísticos no Brasil, México e Chile. Não será uma surpresa ver Burrinhos rolando pelas calçadas da América Latina algum dia.

Fonte : https://teg6.com/107029/noticias/o-laboratorio-de-direcao-autonoma-do-alibaba-se-concentrara-mais-na-monetizacao/

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Casas Bahia inaugura loja que funcionará como Hub logístico em Francisco Morato

Na última sexta-feira (18), a Casas Bahia inaugura sua primeira loja na cidade de Francisco Morato, na região metropolitana de São Paulo. A nova loja, localizada no centro da cidade, funcionará também como um mini hub logístico que, bem como favorecer as entregas na região, permitirá ao consumidor retirar compras feitas pela internet em poucas horas.

Além de poder comprar os produtos, o cliente poderá adquirir uma série de seguros e serviços complementares, como instalações e montagem de móveis, por exemplo. Em uma área especialmente dedicada ao banQi – a conta digital da Via – os clientes poderão fazer saques e depósitos gratuitos na própria loja.

Segundo a empresa, o consumidor não precisará restringir suas compras aos itens disponíveis na loja. Hoje, os vendedores da rede podem apoiar o comprador na hora de realizar uma compra via app ou site.

“A tecnologia, omnicanalidade e novos serviços, como os financeiros, fazem parte da nossa estratégia para oferecer a melhor experiência aos clientes. As lojas físicas estão integradas ao universo digital da marca, o que permite o acesso a um vasto mix de produtos e maior agilidade na entrega”, declara Alex Marques, diretor Regional de Operações em São Paulo.

Hoje, a Via, detentora da marca Casas Bahia, conta com uma malha logística robusta. As lojas físicas são pontos estratégicos para levar o comércio eletrônico a todo o país. Elas funcionam como uma extensão do e-commerce e fornecem apoio logístico para que as mercadorias cheguem ainda mais rápido até o cliente – seja por meio da entrega de última milha ou pela opção “Retira Rápido”, na qual o consumidor pode buscar o produto no balcão da loja.

Para oferecer uma experiência de compra ainda melhor ao cliente, os vendedores utilizarão o sistema Via+ Mobile – aplicativo interno de vendas da Via. Com um celular, o vendedor poderá concluir a venda e receber o pagamento no cartão de crédito ou débito em qualquer ponto da loja, sem que o cliente precise ir até o caixa para concluir a compra.

De acordo com a companhia, com a unidade de Francisco Morato, a Casas Bahia passa a ter 319 lojas no estado de São Paulo.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/casas-bahia-loja-hub-logistico-francisco-morato

Vai Fácil, de logística de última milha, negocia fazer entregas para Renner, Reserva e Nike na Rocinha

A startup fechou parceria com a Carteiro Amigo, que opera há 20 anos na favela carioca.

Marcas como Renner, Reserva, Centauro e Nike podem estar a um passo de terem seus produtos entregues na Rocinha, no Rio de Janeiro, diz Humberto Bahia, fundador e CEO da Vai Fácil. Todas essas marcas são clientes da startup carioca de logística carbono neutro de última milha, que fechou parceria com a Carteiro Amigo. Ela atua na mesma área da Vai Fácil, mas focada em favelas.

Pelo acordo, a Rocinha passa a contar com um CEP virtual, que indica um hub de entrega logística para a Vai Fácil. De lá, a rede parceira distribui os pedidos. Só na Rocinha — ela atua também em Rio das Pedras — a Carteiro Amigo atende a 1,2 mil residências, com 300 entregas por dia.

— Temos esse serviço em Paraisópolis (SP). Como empresas apoiaram lá, vimos que faria sentido repetir em outras favelas. Vamos ajudar a levar cidadania, gerar emprego e renda —diz.

Ele destaca que a Carteiro Amigo opera há 20 anos, tendo criado algoritmos próprios.

— Estamos conversando com diversas empresas. E já pensamos em, na sequência, expandir para Rio das Pedras e, depois, Complexo do Alemão. A previsão é gerar mais de 50 mil entregas por mês em 21 favelas do Rio a partir do segundo semestre de 2023. Vai ajudar a entender o perfil de consumo — avalia ele.

Pela parceria, a Vai Fácil terá exclusividade na entrega de artigos de vestuário, calçados, perfumaria e cosméticos. A startup deve mais que dobrar a receita este ano, ante a 2021. E já estima repetir o desempenho em 2023.

Fonte : https://oglobo.globo.com/blogs/pense-grande/post/2022/11/vai-facil-de-logistica-de-ultima-milha-negocia-fazer-entregas-para-renner-reserva-e-nike-na-rocinha.ghtml

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Gerando Falcões e Infracommerce se unem para ampliar entregas em zonas restrita

A Infracommerce se une à Gerando Falcões em uma parceria estratégica e alcançar as pessoas que não são atendidas diretamente por transportadoras — ou são atendidas com alto custo de seguro, o que muitas vezes inviabiliza a compra. De acordo com uma pesquisa do instituto Data Favela em parceria com a Locomotiva, 39% dos moradores de comunidades dizem fazer compras pela internet. Destes, um terço alega não conseguir receber seus pedidos em casa. “Digitalizar a logística é uma necessidade que surgiu a partir da experiência e do relato de moradores da região e é um projeto que nos enche de orgulho. Também é uma honra trabalhar em conjunto com uma entidade tão renomada como a Gerando Falcões e nos faz ter a certeza de que estamos no caminho certo”, afirma Glória Porteiro, diretora de transportes da Infracommerce.

Inclusão de regiões para entregas

A parceria, liderada pelo time de transportes da Infracommerce, começou recentemente pela zona norte de São Paulo. Nesta região, aliás, funciona o Instituto Resgatando Vidas, ONG que faz parte da Rede Gerando Falcões. A área possui 20% do seu território classificado como restrito para entregas e o apoio da empresa vem promovendo um impacto positivo na região. Afinal, está mudando a realidade através da criação de pontos de entrega e contratação de pessoas das comunidades para as operações, gerando empregos e inclusão social. Futuramente, o objetivo é expandir a iniciativa para outras áreas e estados.

“As comunidades são parte significativa do mercado de consumo brasileiro. Por isso, chegar até esses consumidores fortalece as marcas e a própria economia. O projeto favorece a inclusão digital da região”, afirma a diretora de transportes. A parceria utiliza a expertise do time do Resgatando Vidas para fazer as entregas em regiões não atendidas por demais empresas de logística, fornecendo para os moradores uma experiência de compra com qualidade. “Nosso desejo é que as pessoas possam concluir suas compras usando a sua verdadeira geolocalização, e não tendo a necessidade de enviá-las para outro local”, comenta Glória.

Quanto mais eficiência, mais independência

Um trabalho de consultoria foi realizado pela Infracommerce. Neste caso, disponibilizou três pessoas do time de Planejamento e Expansão dedicadas ao projeto com objetivo de prestar consultoria de processos e desenvolvimento do layout do Centro de Distribuição da instituição — localizado em Poá, região metropolitana de São Paulo —, auxiliando em seu ganho de produtividade e organização. Com essa equipe designada, foi possível escrever os chamados POPs (Procedimento Operacional Padrão). Ou seja, revisitaram todo o modelo, armazenagem, recebimento, picking, packing, expedição e controle de qualidade. Além disso, a empresa também redesenhou o fluxo logístico, processos e a organização de estoques — desde o inbound, quando chegam as doações físicas ou jurídicas, até o outbound, com as mercadorias sendo enviadas para a loja física.

“A partir da consultoria conseguimos identificar os principais pontos a serem melhorados, ajudando a Gerando Falcões a ter uma infraestrutura mais sólida e eficiente, que possa gerar mais receitas e ter um crescimento sustentável”, diz Jorge Catani, Diretor de Operações Logísticas da Infracommerce. A ideia da Instituição é ampliar o número de lojas físicas, incluindo outros canais de vendas e, desta forma, diversificar suas fontes de receita com o objetivo de alcançar a sustentabilidade financeira.

“O apoio da Infracommerce tem sido muito importante nas definições e revisões do nosso fluxo de operação do Centro de Distribuição. Pretendemos expandir nossas unidades e contamos com a experiência e o conhecimento dessa parceria”, destaca Mayara Lira, Diretoria de Negócios Sociais da Gerando Falcões.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/gerando-falcoes-e-infracommerce-entregas-em-zonas-restritas/

35% dos lojistas esperam poder entregar de forma mais rápida em 2022, mostra pesquisa

Pesquisa realizada pela SGPweb em parceria com o E-Commerce Brasil procurou investigar a experiência de profissionais de e-commerce com operações logísticas.

55% dos lojistas que responderam a pesquisa afirmaram que usam tanto os Correios quanto as transportadoras privadas para entregas de mercadorias.

30% afirmaram que usam apenas transportadoras, enquanto 15% usam apenas os Correios.

Além disso, para 90% dos entrevistados, as opções de entrega e armazenagem dos marketplaces são consideradas interessantes para o negócio.

Para os lojistas que atuam em mais de um canal de venda, 35% assinalaram que a principal dificuldade encontrada é encontrar canais que sejam realmente relevantes para o público consumidor ou para os produtos/serviços comercializados.

Na faixa dos 25% duas respostas: 1) curva de aprendizado de cada canal, pois cada um demanda conhecimentos específicos e; 2) a dedicação e atenção especial do time ao iniciar as vendas em um novo canal.

Já para 10% dos respondentes, a principal dificuldade está nas comissões, já que com margens baixas as comissões dos novos canais podem afetar os resultados. Por fim, para 5% a maior dificuldade é encontrar novos canais de venda nos quais a empresa consiga iniciar de forma fácil.

Para 2022, a principal expectativa dos lojistas quando o assunto é logística é ter entregas mais rápidas (35% das respostas). Na sequência, 30% dos lojistas esperam conseguir oferecer fretes mais baratos.

20% esperam poder ter mais informações de rastreio e acompanhamento de entregas. 15% desejam que surjam novos modelos logísticos que facilitem as trocas e devoluções.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/lojistas-querem-entregar-mais-rapido-em-2022/

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O que o consumidor mais espera do Seller em 2022? Velocidade na entrega

Nos últimos 2 anos, o e-commerce atingiu números surpreendentes, visto que a pandemia induziu a maior parte dos lojistas a digitalizar seus negócios. Segundo o 44º relatório do Webshoppers, o comércio eletrônico brasileiro atingiu o maior patamar de vendas da história, movimentando 54 bilhões de reais, apenas no 1º semestre de 2021.

Com esse contexto, o perfil de consumo mudou e o e-commerce também teve que se adaptar às demandas dos consumidores. Uma das exigências mais óbvias é um dilema enfrentado desde o início da transformação digital: o tempo de entrega.

Com o crescimento do setor, claramente os marketplaces e lojas virtuais devem se preocupar em fornecer a melhor experiência de compra para o usuário. E, para atingir bons indicadores de desempenho, agilizar os processos é essencial.

Afinal, o que o consumidor mais quer na era dos dados e da internet, principalmente em 2022, é velocidade.

Tendência do e-commerce em 2022: entregas ainda mais rápidas

Segundo a pesquisa Consumer Insights for the 2021 Holiday Shopping Season Survey, realizada pela Outbrain com 8 mil consumidores da Europa e América do Norte, mais de 50% dos usuários afirmam que a velocidade na entrega é o principal tomador de decisão quando estão comprando um produto online.

Pensando nesses anseios do consumidor, os players do comércio eletrônico tiveram que pensar em estratégias que os tornassem ainda mais competitivos.

Em 2021, portanto, os principais marketplaces começaram a estrear suas próprias soluções logísticas, também conhecidas como fulfillments. Com elas, os lojistas com reputações altas podem armazenar estoque em centros de distribuição dos marketplaces, os quais ficam responsáveis pela expedição e envio dos produtos.

Essa estratégia fez com que os prazos de entrega despencassem. Já não é incomum consumidores receberem seus pedidos em 2 ou 3 dias úteis.

No segundo semestre de 2021, alguns marketplaces, como Mercado Livre, começaram a fornecer (também) a opção de envios flex na região centro-urbana da capital de São Paulo. Dividindo a região em microrregiões, começou a ser possível a entrega de produtos selecionados, disponíveis nos centros de distribuição, em até 1 dia útil. O custo de envio varia de R$8,90 a R$15,90, conforme a distância percorrida.

O Mercado Livre ainda fechou o ano com a expansão do território de cobertura dessa funcionalidade, cobrindo também a capital do Rio de Janeiro.

Esse fenômeno ficou conhecido como Same Day (ou “Mesmo Dia”, em tradução livre). Ou seja, a entrega dos pedidos realizados online passaram a ser finalizadas no mesmo dia, ou no dia seguinte do pagamento.

Isso melhorou a experiência de compra dos usuários, na mesma medida que os tornaram ainda mais ansiosos pela chegada dos seus produtos.

O que esperar desse cenário em 2022?

Em 2022, é esperada uma transição do fenômeno de Same Day para o de Same Hour (ou “Mesma Hora”, em tradução livre).

Isso se deve ao fato de que, com os players concorrentes se adequando a essa demanda do consumidor — de entregas em até 1 dia útil — aquele que entregar ainda mais rápido terá um grande diferencial. Estima-se que, até 2026, aproximadamente 25% das entregas serão realizadas no mesmo dia do checkout da compra.

A logística já é centro de investimento de grandes empresas do segmento, como Mercado Livre, Magazine Luiza e Amazon. O Magalu, aliás, dá benefícios para os vendedores, cadastrados em sua base, que realizam entregas dentro do prazo estabelecido, como o auxílio no custeio do frete grátis fornecido aos clientes que compram produtos acima de R$79,00.

Aqui você pode assistir algumas das tendências que prometem para este ano.

O que o lojista pode fazer para aumentar a velocidade na entrega dos produtos?

O vendedor que quer investir na logística em 2022 deve prestar atenção na expedição do seu negócio. Isso se deve ao fato de que o lojista não tem mais que se preocupar apenas em enviar os produtos no tempo correto, mas sim em tempos recordes.

Problemas na expedição podem, inclusive, surgir cedo. Vendedores que começam a vender a partir de 10 produtos online por dia já podem apresentar dificuldades em expedir tudo sem erros e no tempo correto, manualmente.

Por isso, ferramentas que automatizam a operação de empacotamento e etiquetagem, como um hub de integração, pode ser a solução para agilizar o processo de envio.

Vale ressaltar que os vendedores que adotam o fulfillment dos marketplaces precisam etiquetar os produtos corretamente antes de entregá-los nos centros de distribuição. Por isso, ter uma solução interna é essencial para se manter competitivo.

Outra opção que pode aumentar a velocidade na entrega é a entrega colaborativa, também conhecida como Crowdshipping. Neste caso, corresponde a terceirização da entrega por meio de aplicativos de logística que fornecem entregadores que intermediam o envio dos produtos até o consumidor final.

Essa opção pode ser mais barata e dinâmica. No entanto, depende de elementos externos à empresa para finalizar a expedição, sendo suscetível a riscos.

Uma última opção — comum em lojas de departamentos, farmácias e supermercados — é o modelo PUDO, ou Pick-up & Drop-off (ou Clique e Retire, em tradução livre). Corresponde, neste caso, ao deslocamento do consumidor até um local de retirada do produto. Apesar da necessidade de locomoção, não é cobrado preço de frete.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/o-que-o-consumidor-mais-espera-do-seller-em-2022-velocidade-na-entrega/

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2021: o ano que consolidou os smart lockers no Brasil

Se as novas tecnologias já vinham imprimindo ritmo intenso às transformações no comportamento humano e na sociedade, com a pandemia elas foram ainda mais aceleradas. Há quem diga que vivemos quase uma década em 18 meses. E, fazendo uma retrospectiva das mais superficiais, não é difícil concordar.

A imposição do isolamento levou praticamente todas as nossas atividades para o ambiente digital: desde a aquisição de alimentos e remédios até o entretenimento, o contato social e a troca afetiva; passando pelo trabalho, pelo atendimento para saúde, pela educação. E quantas não foram as inovações tecnológicas para viabilizar toda essa transformação digital? Plataformas de streaming, chatbots, blockchain, QR code, pagamento digital, novos modelos de negócios baseados em inteligência artificial e muito mais — na mesma medida das adversidades surgidas a partir de 2020, vieram as soluções. E elas se consolidaram neste 2021.

O comércio eletrônico foi, sem dúvida, uma das atividades mais demandadas na pandemia e enfrentou todo tipo de desafios, sendo a entrega — a etapa essencialmente física — a mais complexa. Em nível global, tivemos uma impensável crise por escassez de contêineres. E, mesmo localmente, tivemos também que superar uma série de barreiras.

Como atender, por exemplo, a um consumidor que não tem endereço postal ou que não recebe entregas porque mora numa área de restrição? Até então, não estávamos atentos a essa significativa parcela desassistida pelo comércio eletrônico. Esses tais “CEPs restritos” correspondem a 29% das residências em São Paulo e 44% no Rio de Janeiro. Isso sem contar os que nem ao menos têm um CEP ou todos aqueles que passam boa parte do tempo fora de casa, sem ninguém para atender um entregador. No total, são mais de 73% da população nessas duas grandes metrópoles.

E como reduzir o custo e o prazo da entrega, já que essas passaram a ser as principais exigências dos consumidores? Foi preciso pensar junto e fazer junto. O contexto da pandemia favoreceu parcerias. Grandes players recorreram a startups. E elas se multiplicaram e cresceram em diversas áreas.

A de logística foi um campo fértil, onde brotaram muitas soluções. Algumas bem simples e criativas — como os smart lockers. Um guarda-volume? Bem mais que isso, certamente. Um hub de distribuição, um elo da cadeia logística, capaz de resolver o problema dos desassistidos pelos Correios, reduzir o valor do frete, agilizar as entregas e minimizar o impacto ambiental. Sim, porque sustentabilidade é requisito fundamental a qualquer negócio na atualidade.

Não à toa, gigantes do comércio eletrônico, como a Americanas.com e também varejistas físicos com e-commerce avançado, como a Decathlon, adotaram o sistema de lockers, assim como o comércio eletrônico de menor porte — Cariocas FC, Wollner — e de segmentos diversos (Zona Cerealista e PagueMenos, entre outras).

Operadores logísticos encontraram nos smart lockers um parceiro integrado aos seus sistemas de gerenciamento de transporte (TMS). Neste caso, que oferece rotas exclusivas, permite entregas noturnas, favorece — e barateia — a logística reversa, entre outras facilidades.

Shopping centers, por sua vez, descobriram a oportunidade dos smart lockers para sofisticar suas vendas digitais. Ou seja, valeram-se de sua proximidade com o consumidor, da força de suas marcas e de tudo o que está associado a elas — segurança, conforto, ambiente agradável, praticidade, confiabilidade.

Condomínios residenciais e edifícios de escritórios também não ficaram de fora. Viram rapidamente uma alternativa segura e moderna para receber, armazenar e distribuir encomendas, trazendo comodidade a moradores e trabalhadores.

E o cidadão, o consumidor final, é quem tem dado o principal aval a todo esse conjunto de soluções que representa um armário inteligente. Afinal, tornou-se usuário no dia a dia dos smart lockers oferecidos por corporações, assim como sendo, ele próprio, diretamente, um cliente assinante de planos para uso do serviço.

A consolidação dos smart lockers neste ano de 2021 exemplifica o salto, resultado de criatividade, tecnologia e parceria. Afinal, empresas líderes no segmento experimentam crescimento mensal de 15% desta estratégia logística.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/2021-o-ano-que-consolidou-os-smart-lockers-no-brasil/