Americanas: o destino dos R$ 12 bilhões do aporte, e como estão os pagamentos da dívida

Na prática, a empresa já vem quitando pendências desde o ano passado, mas há parcelas dos passivos com bancos que dependem desses R$ 12 bi.

Com o aumento de capital de R$ 12 bilhões aprovado pelos acionistas, a Americanas, a partir de agora, precisa seguir os trâmites de pagamentos das dívidas acordadas com os credores que aguardavam esses recursos para receber seus pagamentos. Na prática, a empresa já vem quitando pendências desde o ano passado, mas há parcelas dos passivos com bancos que dependem desses R$ 12 bilhões.

Da dívida total do grupo, R$ 35 bilhões estão com os bancos, que vão converter R$ 12 bilhões em ações da rede, e ficam, portanto, com um saldo de R$ 23 bilhões a receber. Parte dos recursos da capitalização na rede deve ir para recompra antecipada do saldo remanescente dessa dívida com bancos.

Segundo uma das opções de pagamento, serão direcionados até R$ 6,7 bilhões para recompra de créditos remanescentes daqueles que aderirem à opção de reestruturação II.
Ainda devem ser direcionados R$ 2 bilhões para um leilão reverso (vencem os que oferecem os menores preços) da dívida com esses credores, amortizando uma dívida com desconto de 70%. Somando os valores, são R$ 8,7 bilhões vindos da capitalização.

Como o aumento de capital é de R$ 12 bilhões, mas R$ 5 bilhões tratam-se de financiamentos na modalidade DIP, esse valor cai para R$ 7 bilhões em termos de aporte.
Portanto, a diferença dos R$ 8,7 bilhões para os R$ 7 bilhões deve vir da recomposição do capital de giro da Americanas, que negociou o plano de recuperação com fornecedores para voltar a ter linha de créditos mais normalizadas e tentar recuperar os resultados.

Pagamentos
A Americanas iniciou os pagamentos de credores listados no plano de recuperação judicial após a publicação da homologação pelo Juízo da 4ª Vara Empresarial do Estado do Rio de Janeiro, em 27 de fevereiro deste ano. A quitação dos débitos começou pelo pagamento aos credores trabalhistas, micro e pequenos empreendedores, e posteriormente avançou em março para o pagamento de cerca de 500 fornecedores colaboradores.

O montante da primeira etapa do cronograma do plano, que inclui fornecedor colaborador, somou cerca de R$ 4 bilhões. Deste total, R$ 3,7 bilhões foram para pagamento de primeira parcela dos fornecedores colaboradores, que voltaram a dar crédito para a empresa.
Outros R$ 300 milhões foram valores adicionais para quitar débitos desse mesmo grupo em 60 vezes. Em troca, esses fornecedores se comprometeram a retomar a revenda de produtos para a companhia, com concessão de prazos para pagamento de mercadorias para melhorar o capital de giro.

Esses fornecedores receberam seus créditos sem deságio, a não ser que tenham decidido dar quitação por valor menor que o de face.
Sobre a origem do dinheiro, dos R$ 3,7 bilhões em recursos para a parcela única de fornecedores colaboradores, R$ 3,5 bilhões vieram do financiamento “DIP”, uma modalidade para empresas em recuperação, e realizado pelos acionistas de referência da companhia em março. Essa etapa de pagamento também incluiu credores com créditos listados no plano de até R$ 12 mil ou que aceitaram dar quitação neste teto.
Antes disso, a Americanas já havia liberado cerca de R$ 115 milhões a credores trabalhistas e micro e pequenas empresas em fevereiro de 2023. A ação, no entanto, foi suspensa pela Justiça, na época, a pedido de um credor. Após a homologação, isso foi retomado.

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2024/05/21/americanas-o-destino-dos-r-12-bilhoes-do-aporte-e-como-estao-os-pagamentos-da-divida.ghtml

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Shein fatura R$ 10 bilhões no Brasil em 2023, aponta BTG

Não demorou muito para a Shein escalar e se tornar uma das marcas mais consumidas no Brasil. Do sucesso rápido nas vendas online de peças de vestuário até a abertura de uma loja física temporária em São Paulo, a varejista chinesa ampliou portfólio, iniciou sua produção própria no país e superou marcas nacionais em certos índices. Os dados são do BTG Pactual.

Entre os pontos que favoreceram a Shein, segundo analistas do banco, são citados a rapidez em suprir demandas do consumidor na fabricação de produtos, além do bom posicionamento com a geração Z. Os preços baixos também são vistos como decisivos para uma competição dificultada com outros players.

Mesmo assim, o levantamento elucida um fato, talvez, pouco divulgado por aqui no que diz respeito a precificação. Isso porque, frente os EUA, por exemplo, itens da Shein são 70% mais caros no Brasil.

“Apesar dos preços competitivos da Shein no mercado local, nossa pesquisa (utilizando uma cesta de oito produtos em 15 países) mostra que seus produtos são 70% mais caros no Brasil do que nos Estados Unidos (219%, quando ajustados por paridade de poder de compra, tornando-o um dos mercados globais mais caros para a Shein.) A cesta de compras no Brasil ficou mais cara desde nossas últimas pesquisas em abril e outubro”, apontam especialistas do BTG.

Contudo, os valores praticados pela multinacional chinesa ainda são menores que os vistos em C&A (33%), Riachuelo (31%) e Renner (28%). A informação é congruente com o Índice Zara divulgado recentemente.

“As recentes iniciativas da Shein para expandir sua produção local devem diversificar sua oferta (…). No entanto, combinada com um potencial aumento na tributação, isso significa que a Shein competirá em condições semelhantes (ou pelo menos mais próximas) às dos varejistas locais e enfrentará desafios semelhantes ao expandir a capacidade de produção local”, pontuam os analistas ao longo do estudo.

Resultados

Em 2023, um dos pontos de destaque foi o faturamento, que chegou a R$ 10 bilhões — ante R$ 7 bilhões do ano anterior. A análise traz um panorama, em termos de faturamento no ano passado, a favor da empresa chinesa.

Com exceção da Renner (R$ 11,7 bilhões), o BTG Pactual mostra a Shein com números acima do que foi registrado em C&A (R$ 6,6 bilhões), Grupo Soma (R$ 5,4 bilhões, de Farm e Animale) e Arezzo (R$ 4,8 bilhões).

Fonte: “Shein fatura R$ 10 bilhões no Brasil em 2023, aponta BTG – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

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Americanas demitiu 1,4 mil funcionários entre 17 e 24 de julho

Varejista envolvida em suposta fraude contábil.

A Americanas (AMER3) demitiu 1,4 mil funcionários e fechou uma loja no período entre 17 de 24 de julho. Em comunicado, a varejista diz também que até o último domingo (23/7) tinha 35.741 funcionários.

Também disse que as demissões ocorreram na Americanas S.A. e não houve desligamentos na ST Importações.

A unidade cujas atividades foram encerradas fica em Campo Grande (MS). Até o último domingo, a empresa mantinha 1.825 lojas em operação.

Em outro comunicado ao mercado, a companhia destacou que será necessária a convocação de uma assembleia geral de credores para deliberar sobre o plano de recuperação judicial que a varejista apresentou, já que foram apresentadas diversas objeções da parte de credores da empresa.

Isso porque a rede está em recuperação judicial e deveria apresentar um plano de recuperação, e apresentou, mas este foi rejeitado por boa parte dos credores.

Ex-CEO da Americanas (AMER3) na CPI

Esta semana o executivo Miguel Gutierrez, ex-CEO da Americanas, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para não ser obrigado a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as fraudes contábeis na varejista.

Levantamento da CNN informa que caso ele tenha que ir ao colegiado, a defesa pede para que ele tenha o direito de ficar em silêncio e de não ser “submetido a compromisso de dizer a verdade”. O colegiado aprovou a convocação de Gutierrez em 13 de junho, para prestar depoimento na condição de testemunha. A oitiva está marcada para 1º de agosto.

No pedido ao STF, ajuizado na segunda-feira (24), os advogados de Gutierrez disseram que ele já é investigado pelos mesmos fatos em apuração na CPI.

‘ https://capitalist.com.br/americanas-demitiu-14-mil-funcionarios-entre-17-e-24-de-julho/

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Varejista Shein tenta desvincular sua imagem da China

Legisladores ocidentais vêm pressionando a companhia para discutir se ela compra algodão de Xinjiang, onde os EUA dizem haver trabalho forçado.

A Shein, varejista on-line de moda ultrarrápida fundada na China e que se tornou a favorita dos consumidores jovens dos Estados Unidos, está fazendo um esforço para remodelar sua imagem, tratando inclusive das preocupações dos legisladores americanos com as origens de seu algodão.

A companhia é hoje a maior varejista de moda rápida (“fast-fashion”) dos EUA em valor de mercado. Com a disparada da popularidade de suas roupas de preços baixos – tops de US$ 5 e sandálias de US$ 6 -, a empresa vêm recebendo críticas por suposta violação de direitos autorais, desperdício têxtil e práticas trabalhistas questionáveis.

No cerne do desafio da Shein encontra-se uma questão política polêmica. Legisladores ocidentais vêm pressionando a companhia para discutir se ela compra algodão da região de Xinjiang, na China, onde os EUA acusam as autoridades chinesas de cometer genocídio e usar trabalho forçado em sua repressão a muçulmanos uigures; alegações que Pequim nega.

Com operações significativas na China e uma grande dependência das vendas nos EUA, a Shein tem um ato de equilíbrio delicado a realizar, atuando em meio às tensões geopolíticas entre a China e os EUA, ao mesmo tempo em que segue uma postura internacional de governança corporativa.

A Shein prometeu dezenas de milhões de dólares em apoio a estilistas com poucos recursos, melhoria das condições de trabalho para os trabalhadores do setor de vestuário e compensação de suas pegadas de carbono. Mas apesar de falar em transparência e rastreabilidade em seu mais recente relatório de sustentabilidade e impacto social, permanece em silêncio sobre muitas de suas práticas de negócios, incluindo detalhes sobre seus fornecedores, que são principalmente da China.

A varejista diz que tem uma política de tolerância zero com o trabalho forçado e não tem fábricas em Xinjiang. Em uma nota ao “The Wall Street Journal”, a Shein afirmou que não trabalha com fornecedores que compram al godão de Xinjiang: “A Shein não permite qualquer compra dessa região”.

Empresa diz rastrear fornecedores, mas analistas ainda a consideram pouco transparente

Analistas de moda afirmam que a companhia não forneceu evidências que sustentem essas declarações, como sua lista de fornecedores, uma divulgação que se tornou prática padrão no setor.

“Ainda não se sabe até que ponto a Shein rastreia sua cadeia de suprimentos e se ela monitora completamente as fontes das matérias-primas usadas em seus produtos”, diz Sheng Lu, professor associado de estudos de moda e vestuário da Universidade de Delaware. A Shein não forneceu “uma garantia firme de que seus produtos não contêm algodão de Xinjiang”, diz ele.

Um grupo de legisladores dos EUA pediu recentemente uma investigação para saber se a Shein usa trabalho forçado, como uma condição para a listagem de suas ações nos EUA.

A Shein não é a única multinacional que enfrenta desafios por causa do algodão de Xinjiang. Sua concorrente europeia H&M tornou-se alvo da fúria dos consumidores na China após dizer que pararia de comprar produtos de Xinjiang. A rede divulgou detalhes das fábricas de roupas com as quais trabalha e sobre aquelas que fornecem matérias-primas e fios para as suas unidades de produção.

A japonesa Muji, que obtém metade de suas receitas internacionais na China, alinhou-se a Pequim ao anunciar o uso do algodão de Xinjiang. Em abril, as autoridades alfandegárias dos EUA barraram roupas importadas da Muji, depois que a companhia não forneceu evidências suficientes de que seus produtos não são fabricados com trabalho forçado.

A Shein, que vende para mais de 150 países e está avaliada em US$ 66 bilhões, contratou seu primeiro diretor de ESG (voltado para questões sociais e de governança corporativa) em 2021, o mesmo ano em que concluiu uma mudança de sua sede da China para Cingapura. Desde então, vem adotando medidas para ser mais aberta sobre suas práticas e responsabilidades, segundo analistas do setor.

Sob alguns aspectos, a Shein continua sendo uma das redes de moda rápida menos transparentes do mundo, segundo a Remake, grupo dos EUA voltado para a sustentabilidade no setor de moda.

Becca Coughlan, gerente de responsabilidade da Remake, diz que o relatório de ESG da Shein é “um passo na direção certa em termos de seus esforços de sustentabilidade e ambientais”. Mas acrescenta que “o lado social das coisas é muito fraco; é aí que eles realmente estão atrás de seus pares”.

A Shein está na faixa inferior da escala de classificação de responsabilidade de 2022 da Remake, com 9 pontos de um total máximo de 150. A H&M tem 32 pontos e a Inditex, dona da Zara, 18.

A Shein informa que em 2022 realizou 2.812 auditorias sobre o cumprimento de suas políticas pelos fornecedores, quatro vezes o número de inspeções de 2021.

Segundo os cálculos do “The Wall Street Journal” baseados nos números divulgados pela Shein em seu relatório de ESG, as auditorias de 2022 alcançaram cerca de 36% dos fabricantes contratados da Shein. A companhia afirma no relatório que os fabricantes auditados produzem a maior parte dos itens da marca Shein.

As auditorias de 2022 constataram incidentes que envolveram o que a companhia chama de “trabalho involuntário”, embora não tenha especificado no relatório de ESG onde as violações ocorreram. A empresa disse ao “Journal” que os incidentes envolveram atrasos no pagamento de salários e que os fornecedores “conseguiram corrigir adequadamente suas práticas”.

O relatório de ESG não menciona Xinjiang e diz que, para cumprir as leis dos EUA, seus parceiros de produção precisam adquirir algodão apenas de EUA, Índia, Brasil, Austrália e “outras regiões aprovadas”, que segundo a companhia incluem também Bangladesh, Tanzânia e Paquistão.

A Shein diz que usa testes para cumprir uma lei dos EUA que impõe obstáculos à importação de itens produzidos em Xinjiang. “Se qualquer algodão de uma região não aprovada for detectado, a produção é interrompida e todos os produtos contendo o algodão associado aos testes positivos são removidos da venda”, afirma.

“Os esforços de transparência na cadeia de suprimentos da Shein estão alinhados, e de certa forma, excedem os padrões do setor”, afirma um comunicado da rede.

Xinjiang é a maior região algodoeira da China, respondendo por 90% da produção do país. Cerca de 10% dos produtos têxteis da Shein são feitos de algodão, comparado a 64% de produtos de poliéster, segundo a companhia.

A empresa vem tentando diversificar sua cadeia de suprimentos para além da China. Começou a fabricar na Turquia em 2022 e firmou uma parceria com uma grande varejista indiana, segundo informou o “The Wall Street Journal”. Executivos da Shein esperam que a compra de mais tecidos da Índia ajude a companhia a resolver os questionamentos nos EUA sobre seu suposto uso de algodão de Xinjiang, disseram ao “Journal” fontes a par do assunto.

A Shein também dobrou seus investimentos no Brasil, que se tornará seu centro de produção e exportação na América Latina.

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/06/23/varejista-shein-tenta-desvincular-sua-imagem-da-china.ghtml

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Magazine Luiza tem o pior trimestre desde IPO. Por outro lado, vendas do marketplace superam as das lojas físicas pela primeira vez na história da varejista

O varejo brasileiro está mal e o Magalu não é exceção. No entanto, a companhia está se destacando pelo setor de serviços.

O Magazine Luiza divulgou os resultados do primeiro trimestre de 2023 e… Este é o seu maior prejuízo trimestral desde o IPO, em 2011.

O prejuízo líquido ajustado foi de R$ 309,4 milhões entre janeiro e março deste ano. O valor é três vezes maior do que o prejuízo do mesmo período em 2022, de R$ 98,8 milhões.

Ao mesmo tempo, o seu Ebitda ajustado (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 3,2% em relação a 2022, para R$ 448 milhões.

E o que isso significa? O Magazine Luiza faz parte das varejistas que estão em queda, a exemplo da Renner e Marisa. Segundo a empresa, seu desempenho foi influenciado pela alta na taxa de juros e aumento nas despesas financeiras.

NOVA TRIBUTAÇÃO EM VIGOR AFETARÁ VAREJISTAS E CONSUMIDORES

O Magazine Luiza e outros e-commerces estão sofrendo, inclusive, pela volta do DIFAL (o diferencial da alíquota do ICMS), que tributa as mercadorias vendidas tanto na origem quanto no destino. Na prática, isso aumenta o imposto pago pelas varejistas e, no caso do Magazine Luiza, a empresa planeja repassar essa diferença aos clientes (conforme descrito em release aos investidores).

O IMPACTO DO MARKETPLACE
O maior destaque positivo do Magalu no primeiro trimestre do ano pode ser resumido em uma palavra: o marketplace. Pela primeira vez na história, as vendas do marketplace superaram as vendas de lojas físicas em um trimestre.

O e-commerce do Magalu atingiu R$ 11 bilhões de vendas entre janeiro e março de 2023, um aumento de 11% em comparação a 2022. Deste valor, mais de R$ 4 bilhões (quase a metade!) são do marketplace.

Atualmente, o marketplace do Magalu – que é a venda e gestão de produtos de terceiros dentro do próprio site da companhia – atingiu 281 mil vendedores e 100 milhões de ofertas disponíveis. A empresa afirma que, nos últimos 12 meses, a plataforma recebeu 111 mil novos vendedores – e muitos foram impulsionados pelas lojas físicas.

COMO O MAGALU ESTÁ UNINDO O ONLINE AO OFFLINE

O Magalu possuía, ao fim do primeiro trimestre de 2023, 1.302 lojas (1.042 “convencionais”, 237 virtuais e 17 quiosques). Um diferencial é que a empresa utiliza o espaço da loja física também para incentivar o e-commerce (que, segundo a empresa, atingiu sua máxima histórica de participação de mercado).

Atualmente, o Magalu Entregas é o principal meio logístico dos vendedores do marketplace. Na prática, além de receber as compras em casa, os clientes podem retirá-las nas lojas físicas habilitadas. E isso tem gerado resultado: 22% dos pedidos do marketplace hoje são retirados em lojas físicas, em comparação a 13% do mesmo período em 2022.

POR QUE IMPORTA?

O Magalu não conseguiu fugir e também faz parte do péssimo resultado do varejo brasileiro nos últimos tempos. Mas, embora também esteja lidando com as mudanças tributárias e alta taxa de juros, a companhia está se destacando pelo setor de serviços – e isso pode continuar ajudando a melhorar o Ebitda em tempos de escassez.

A dica para passar por momentos de crise, no entanto, a própria Luiza Trajano já ofereceu no palco do Web Summit Rio em 2023.

“O empreendedor quando vai crescendo, ele esquece da venda, tem vergonha de vender. A venda é o combustível de qualquer negócio. Então, gente, vamos aumentar a venda, todo mundo tem que levantar a venda. Tudo fica bom quando o resultado da venda está bom, os humores mudam, tudo muda”.

Fonte : https://www.startse.com/artigos/magalu-prejuizo-ipo-marketplace/

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Lucro do Alibaba sobe após cortes de custos superarem mal-estar nas vendas

A empresa agora está focada em aumentar os lucros, enquanto navega na concorrência cada vez mais acirrada da arquirrival JD.com, bem como de empresas emergentes como a PDD Holdings.

O lucro do Alibaba Group Holding aumentou 69%, com o líder do comércio eletrônico da China controlando os custos e os compradores continuando a gastar na internet, em meio ao surto de covid.
A varejista online reportou lucro líquido de 46,8 bilhões de yuans (US$ 6,8 bilhões), superando facilmente a estimativa média de aproximadamente 35 bilhões de yuans no trimestre até dezembro, um pouco acima das projeções.

Os ganhos finais refletem, em parte, profundos cortes de custos em uma empresa que antes gastava agressivamente para expandir seus negócios internacionais e de serviços online. A empresa agora está focada em aumentar os lucros, enquanto navega na concorrência cada vez mais acirrada da arquirrival JD.com, bem como de empresas emergentes como a PDD Holdings.

O crescimento anêmico das vendas, no entanto, ressalta as difíceis condições econômicas depois que a China aboliu as restrições da covid em dezembro. Alguns investidores temem que uma recuperação sustentada nos gastos do consumidor possa levar tempo e que qualquer recuperação pode ser lenta. Ao mesmo tempo, empresas chinesas de internet, de JD a Meituan e PDD, estão intensificando os esforços para superar umas às outras desde que Pequim começou a conter uma repressão contundente ao setor de tecnologia, pesando nas margens.

Houve outros sinais preocupantes de crescimento no Alibaba. A receita de computação em nuvem, normalmente uma das divisões de crescimento mais rápido da empresa, aumentou apenas 3%, para 20,2 bilhões de yuans. Seu principal negócio de comércio chinês caiu 1% no trimestre.

“Uma desaceleração no crescimento do consumo digital da China, à medida que as restrições da covid são removidas, pode limitar os ganhos de receita de 2023 para Alibaba e Meituan se mais serviços concorrentes de comércio eletrônico e entrega surgirem, como os de JD.com e Douyin da ByteDance. O aumento do acesso aos serviços do Alibaba e Meituan por meio do WeChat da Tencent pode limitar os danos da concorrência adicional”, escreveram Catherine Lim e Trini Tan, analistas da BI.

Como a maior empresa de comércio eletrônico da China, o Alibaba é um barômetro para a demanda do consumidor no país. Suas ações ganharam 10% em 2023, já que a reviravolta na política da covid na China deve galvanizar a economia em geral. As vendas no varejo on-line em todo o país aumentaram 7,6% em relação ao ano anterior no quarto trimestre, de acordo com dados do National Bureau of Statistics.
Por enquanto, é provável que o Alibaba continue se concentrando na redução de custos e lucratividade, em vez de novas expansões de negócios. Para alcançar o que é chamado de “crescimento de alta qualidade”, a empresa cortou milhares de empregos no ano passado.

A empresa com sede em Hangzhou enfrenta uma concorrência acirrada em seu mercado doméstico da JD.com e plataformas emergentes de vídeo curto e transmissão ao vivo, como Douyin e Kuaishou Technology, da ByteDance, que intensificaram os esforços para atrair clientes e atrair comerciantes.
No exterior, a gigante da tecnologia está reduzindo suas ambições globais. O Alibaba vendeu a última de suas ações na gigante fintech indiana Paytm neste mês, acelerando a retirada da arena móvel e da internet que mais cresce no mundo.

Os cortes de custos – particularmente em seus serviços domésticos ao consumidor e comércio internacional – devem apoiar as margens do Alibaba no curto prazo. Mas, a longo prazo, ainda precisa encontrar uma resposta para a intensificação da concorrência.

Com o crescimento do número de usuários chegando ao limite, a empresa está se concentrando cada vez mais em áreas como serviços de computação em nuvem. Depois que as vendas na nuvem – outrora o maior impulsionador da empresa – atingiram seu ritmo de crescimento mais lento no trimestre de setembro, Zhang assumiu o cargo de presidente interino da Alibaba Cloud Intelligence e do aplicativo de comunicações corporativas DingTalk.

Outrora a empresa mais valiosa da China, o Alibaba agora corre o risco de se parecer mais com um utilitário depois que Pequim lançou sua repressão abrangente à indústria de tecnologia há cerca de dois anos. O governo forçou a afiliada financeira do Alibaba, Ant Group, a cancelar o que teria sido a maior oferta pública inicial do mundo em 2020 e, em seguida, lançou reformas que prejudicaram o modelo de negócios do Alibaba.

Embora Pequim tenha começado a liberar o setor de tecnologia, concedendo à Tencent Holdings uma série de títulos de jogos e permitindo que a gigante Didi Global retome a inscrição de novos usuários, um IPO da Ant ainda está no ar e o plano do Alibaba de mover sua listagem primária para Hong Kong foi adiado.

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/02/23/lucro-do-alibaba-sobe-apos-cortes-de-custos-superarem-mal-estar-nas-vendas.ghtml

Gigante de fast fashion chinesa, Shein se prepara para iniciar produção no Brasil

Segundo fontes, a empresa de e-commerce iniciou um movimento para se associar à ABVTEX, entidade que reúne grandes varejistas do setor no Brasil

A Shein, gigante chinesa de fast fashion que lidera as vendas de moda online no Brasil, está perto de iniciar produção em fábricas terceirizadas no país. Segundo fontes do setor, a empresa já sinalizou à ABVTEX (Associação Brasileira de Varejo Têxtil) a intenção de se associar à entidade.

A ABVTEX reúne grandes varejistas do país e foi criada para estabelecer padrões éticos e responsáveis de produção para toda a cadeia, do fornecimento responsável à promoção do trabalho digno. A intenção de se associar à ABVTEX é vista no setor como um indicativo de que a empresa está pronta para iniciar a produção no país.

Segundo fontes ouvidas pela coluna, dentre os artigos que devem ser produzidos localmente estão sapatos e a empresa está em conversas com parceiros de Franca e Birigui, no interior de São Paulo.

Em pouco mais de três anos, a Shein alcançou a liderança do e-commerce de moda com peças importadas agressivamente baratas e que seguem as últimas tendências ditadas pelos influenciadores das redes sociais. O movimento tem incomodado as grandes varejistas como C&A, Renner e Riachuelo, que não conseguem fazer frente aos preços com a estrutura de custos local.

Segundo cálculos da gestora Aster Capital, a Shein faturou R$ 7,1 bilhões no ano passado, pouco menos que o triplo das vendas digitais de Renner (R$ 1,5 bi), Riachuelo (R$ 600 milhões) e C&A (R$ 500 milhões) juntas.

Em dezembro de 2021, quando as vendas da Shein no país somavam algo como R$ 2 bilhões, o fundador da Shein, Chris Xu, esteve no Brasil visitando fornecedores locais, conforme noticiou na época o site Neo Feed. A empresa deve fabricar localmente apenas uma pequena parcela do seu portfólio.

Procurados, ABVTEX e Shein não responderam aos pedidos de informação.

Fonte : https://oglobo.globo.com/blogs/capital/post/2023/02/gigante-de-fast-fashion-chinesa-shein-se-prepara-para-iniciar-producao-no-brasil.ghtml

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Esquenta Black Friday 11.11 da Americanas tem Galvão Bueno e descontos de até 80%

Varejista vai aproveitar o “Dia dos Solteiros” e antecipar as promoções de Black Friday.
Na sexta, 11/11, uma super live vai reunir influenciadores como Camilla de Lucas, Bianca Andrade, Vanessa Lopes, Gil do Vigor e Gkay.

A Americanas resolveu antecipar a sua Black Friday e vai começar a temporada de promoções já na próxima sexta-feira, dia 11 de novembro.

A escolha não é à toa. É que na sexta-feira é celebrado o “Dia dos Solteiros” ou Double Eleven (duplo onze) na China, ocasião em que varejistas como Shopee e Aliexpress aproveitam para realizar grandes descontos. Apelidada de “Black Friday chinesa”, em 2020, a data movimentou US$ 74 bilhões (R$ 406 milhões).

A Americanas foi uma das primeiras varejistas brasileiras a importar a data para cá e, neste ano, vai reunir um time de celebridades, além de oferecer descontos de até 80% e cashback de até 50% em compras pagas com o aplicativo Ame Digital.

O primeiro destaque fica para a campanha “Haaaja promoção”, estrelada por ninguém menos que o locutor Galvão Bueno.

Criada pela WMcCann, a peça publicitária é um trocadilho com o bordão do apresentador e vai contar ainda com a apresentadora e ex-BBB Ana Clara e a influencer e também ex-BBB Camilla de Lucas.

Durante a “Haaaja Promoção” haverá descontos em milhares de produtos no site, aplicativo e nas lojas físicas da Americanas. Alguns dos departamentos em destaque são itens eletrônicos, eletrodomésticos e mercado.

Fora isso, na sexta-feira, a varejista também realizará uma super live de ofertas, batizada de 11.11. Com duas horas de duração, a transmissão contará com a presença de oito influenciadores: Camilla de Lucas e Bianca Andrade como apresentadoras, e os influenciadores Vanessa Lopes, Gil do Vigor, Gkay, Oli Natu, Jean Luca e Thamirys Borsan.

Somados, os convidados possuem mais de 178 milhões de seguidores em suas redes sociais. A live será transmitida a partir das 19h no YouTube da Americanas; nos perfis de alguns influenciadores, como Gkay no YouTube e Vanessa Lopes no TikTok; e no app da marca. A concepção, desenvolvimento e produção do projeto 11/11 é da agência Play9.

Seguindo a tendência de live commerce, a Live 11.11 da Americanas vai misturar criação de conteúdo com promoções e será uma das maiores da varejista. Durante a transmissão, os usuários poderão tirar dúvidas e ter acesso, além de ofertas antecipadas, a cupons de desconto exclusivos.

A promoção “Haaaja televisão: compre uma TV de qualquer modelo nas lojas, site ou app e concorra à uma TV gigante por dia até o final de novembro”, no ar desde setembro na Americanas, também será válida durante a live.

“Estamos empenhados em realizar mais uma vez a maior e melhor Red Friday do Brasil (como a Americanas chama sua Black Friday). Pensando nisso, antecipamos as ações especiais para os nossos clientes”, diz Aline Oliveira, head de marketing da Americanas.

“Especialmente este ano, temos o prazer de contar com Galvão Bueno como uma de nossas maiores estrelas, além de um super time de influenciadores parceiros. Nosso objetivo é levar aos clientes de todo o Brasil não só ofertas, mas muito entretenimento e diversão”, completa. afirma Aline Oliveira, head de marketing da Americanas.

Para acompanhar e saber tudo sobre o Esquenta Red Friday Americanas e a live no dia 11/11, basta seguir a marca nas redes sociais ou acessar o hotsite especial para a data.

O que é o 11.11?
O 11.11 é um evento comercial criado pelo Grupo Alibaba em 2009. A data coincide com o Dia dos Solteiros, tradição chinesa que é celebrada desde 1993 e incentiva as pessoas a comprarem presentes para si mesmas. Com o passar dos anos, o período ficou marcado como um dos principais dias para realizar compras online mundialmente.

Quais lojas participam do 11.11?
Apesar de o AliExpress ser o pioneiro no 11.11, outros marketplaces como Shopee e Shein aproveitam a data para ofertar preços mais atrativos e cupons de descontos para os consumidores.

Quando é a Black Friday?
A Black Friday 2022 acontece na sexta-feira 25 de novembro, mas diversos varejistas já oferecem produtos com descontos durante todo mês de novembro.

O que é Black Friday?
A Black Friday é um evento comercial, conhecido pelos descontos em produtos de diversas categorias, tanto em estabelecimentos físicos quanto em lojas online.

Como surgiu a Black Friday?
A data da Black Friday surgiu nos Estados Unidos e sempre acontece na última sexta-feira do mês de novembro, uma semana após o feriado de Ação de Graças.

Quando começou a Black Friday no Brasil?
A primeira Black Friday no Brasil foi realizada em 2010. Cerca de 50 lojas do varejo nacional adotaram a data já utilizada nos Estados Unidos e conhecida pelo grande número de vendas de produtos com descontos.

Fonte : https://exame.com/negocios/esquenta-black-friday-11-11-da-americanas-tem-galvao-bueno-e-descontos-de-ate-80/

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Cresce consumo online entre brasileiros acima dos 65 anos

Estudo mapeou o comportamento das gerações brasileiras, desde valores e atitudes, até escolhas de marcas e comportamentos de mídia.

O Brasil presencia uma mudança significativa nos perfis etários dos consumidores de diferentes redes sociais. É o que mostra o Beyond Age, relatório global produzido pela divisão de mídia da Kantar. No levantamento, para cada usuário adicional entre 12 e 19 anos que acessou o Facebook de 2015 a 2021, foram mais de sete usuários adicionais entre 65 e 75 anos navegando pela plataforma.

Com informações do Target Group Index — pesquisa sindicalizada presente em 45 mercados ao redor do mundo —, o levantamento visa explorar diferentes facetas das gerações brasileiras, desde valores e atitudes, até escolhas de marcas e comportamentos de mídia.

É válido destacar que as gerações coincidem com os grandes saltos de comportamento da sociedade e com uma nova forma de ditar o mercado. Lembrando que, no Brasil desde 2000, o estudo possui quatro atualizações anuais:

Baby Boomers (1946-1964);
Geração X (1965-1980);
Millennials (1981-1996);
e Geração Z (1997 em diante).

Crescimento do público acima dos 65 anos em outras plataformas
Dados do Target Group Index mostram que as gerações mais velhas se tornaram mais frequentes em mídias digitais. O Facebook, por exemplo, passou por um aumento significativo na proporção de adultos com mais de 65 anos acessando a rede social — foi de 2% em 2015 para 7% em 2022. A rede, aliás, saiu de 47 milhões de usuários para 53,4 milhões no mesmo período, dentro do universo pesquisado.

No mesmo período, a representatividade do grupo de 12 a 19 anos caiu de 22% para 11%, enquanto os usuários de 20 a 24 anos foram de 14% para 11%. Isso mostra uma nova percepção do público online, sendo que os mais velhos agora são parte do mainstream de consumo e não mais uma minoria para o mercado.

Vale destacar que outras plataformas também apresentaram um movimento dos públicos mais velhos superando o aumento dos grupos mais jovens. Os dados relativos ao período entre 2015 e 2022 mostram que os maiores crescimentos percentuais se deram exatamente entre os 65+. Neste intervalo, o crescimento foi de 255% no Facebook, 886% no YouTube, 707% no WhatsApp e 4937% no Instagram.

Outros comportamentos do público mais experiente
A idade também pode ser um bom parâmetro para mensurar atitudes. Segundo o estudo Beyond Age, os brasileiros se tornam mais contrários a correr riscos ao longo do tempo – 54% da faixa etária entre 25 e 34 anos está disposta contra 33% entre 55 e 65 anos.

Certos eventos vividos em um período de 12 meses também são mais prováveis de acontecer em determinadas gerações. Por exemplo, sair da casa dos pais ou terminar a escola são voltados para públicos mais jovens, enquanto quitar o financiamento de um imóvel é mais provável de acontecer com um consumidor mais velho.

Quando o assunto é relação com a renda, por sua vez, os resultados são bastante similares em todas as faixas etárias. 58% dos brasileiros de 25 a 34 anos concordam com a frase “Como eu gasto meu tempo é mais importante que o dinheiro que ganho”. Entre o público de 55 a 65 anos, a taxa é de 55%.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/cresce-consumo-online-entre-brasileiros-acima-dos-65-anos

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