Nem lojas resistem a Natal morno e varejo deve crescer um dígito baixo

Após Black Friday em que ponto físico foi melhor, fluxo cai; on-line prevê recuo de 10%.

Dados preliminares de fluxo de consumidores no comércio neste Natal, além das projeções de entidades do varejo físico e on-line, indicam fraco desempenho para a data. O tráfego de clientes em lojas, com desempenho mais animador na Black Friday, perdeu força em dezembro. No comércio digital, a previsão é de recuo de 10% no faturamento. Até o calendário pesa contra neste ano: com o Natal no domingo, as lojas não terão o fim de semana completo para vender.

Apesar de a baixa demanda em dezembro levar a um aumento de liquidações em janeiro, os estoques baixos devem limitar ações comerciais mais agressivas no início de 2023, dizem consultores.
No geral, as estimativas das associações, para dezembro, são de expansão real (descontada a inflação) de 1,2% a 1,8% nas vendas sobre dezembro de 2021. Em termos nominais, a taxa esperada chega a 8%, segundo federação do comércio paulista. Os shoppings preveem alta nominal de 4% – a inflação estimada em 2022 alcança 5,9% (IPCA).

Ao se retirar o efeito inflacionário dos cálculos do setor, de maneira a se verificar nível de volume vendido, pode ocorrer, portanto, queda de um dígito ou tímido ganho real, a depender da previsão.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que seria preciso alcançar crescimento de 5% em dezembro para conseguir equiparar as vendas ao nível de 2019. A entidade reviu neste mês a taxa de crescimento inicialmente prevista para o Natal, passando de 2,1% para 1,2%, para cerca de R$ 65 bilhões.
Maior entidade do setor, o Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) estimou, nesta semana, alta nominal de 1,8% em dezembro sobre 2021 – em termos reais, equivale a 4% de retração.

“Há um conjunto de fatores positivos e negativos que afetam o consumo, mas os negativos têm pesado mais nos resultados, como mostra o desempenho do comércio em datas recentes já afetadas por esse ‘macro’ difícil. E isso não dá sinais de melhora no curto prazo”, diz Fabio Bentes, economista da CNC, que representa 34 federações. Para 2023, a projeção é de alta de cerca de 1% nas vendas.

Bentes cita, como pontos mais animadores, o aumento na circulação de pessoas no varejo neste ano, a queda na taxa de desemprego (para 8,4%, menor índice desde 2014, versus 14,7% em abril de 2021), e o recuo da inflação. Após 25 meses de alta nos preços, houve desaceleração neste semestre.

“Mas há o impacto da taxa de juros muito elevada para pessoas físicas, em 56% ao ano, o maior patamar desde o primeiro trimestre de 2018. E o grau recorde de comprometimento da renda com dívida, em quase 29% em outubro, segundo dados do Banco Central”, diz.

As últimas datas de vendas do varejo mostram os efeitos desse cenário. Em agosto, quando ocorre o Dia dos Pais, a venda de roupas e calçados caiu 0,4%, e móveis e eletrônicos, 0,8%, segundo o IBGE. Em outubro (Dia das Crianças), vestuário recuou 1,1% e papelaria e informática não cresceu.

Depois disso, o país teve a pior Black Friday da história, com primeiro recuo nas vendas na data. Segundo José Barral, sócio da Cendon & Barral Assessoria e Consultoria, o cenário ‘macro’ atual, que afeta as projeções também de 2023, tem sido tópico central das discussões dos conselhos de administração.

“O poder de compra caiu e número de lojas, especialmente no varejo alimentar, só sobe. Então, alguém vai acabar perdendo um pedaço do bolo”, diz. “É bem provável ter um fim de ano e um 2023 forte no comércio de alta renda, que ainda tem parte do gasto reprimido da pandemia. Mas o que faz o varejo crescer são as classes C e D, e principalmente a C”, afirma.
No caso dos shoppings, há estimativa de avanço de 4% na receita, calculada pela Abrasce, a maior entidade do setor, com R$ 5,5 bilhões em vendas de 19 a 25 de dezembro. Para o comércio de São Paulo em geral (ruas e shoppings), há previsão de alta de 8% no mês, para R$ 112,4 bilhões, diz a FecomercioSP.
A Abrasce faz a ressalva de que a alta projetada reflete uma base de comparação normalizada de vendas, sem espaço para aumentos de dois dígitos como em 2021 versus 2020, ano de pandemia.

“No âmbito geral, o cenário ainda é restritivo ao consumo, considerando o quadro de preços elevados, aumento dos juros e incertezas econômicas para o próximo governo. No caso dos shoppings, temos uma recuperação contínua voltando ao período pré-pandemia”, diz Glauco Humai, presidente da entidade. A Alshop, entidade dos lojistas de shoppings, também estima alta de 4%, segundo o diretor Luis Ildefonso.

A loja física sentiu um dezembro mais desafiador do que o projetado, afirma a diretora da consultoria Virtual Gate, Heloísa Cranchi. A companhia faz contagem de pessoas em pontos-de-venda com mais de 3,5 mil câmeras em lojas.

A pedido do Valor, a empresa coletou dados de circulação nos pontos, que mostra recuo de 6,3% no tráfego de dezembro, até ontem, frente a 2021. Versus 2020, a queda é de 1,1% e, frente a 2019, ano anterior à pandemia, há uma diminuição forte, de 29,4%.

No varejo de cosméticos, há o melhor desempenho, com alta de 16,2% no fluxo sobre 2021. Em vestuário, o recuo atinge 6,8% e em móveis, queda de 1,8%.
Menos clientes circulando exige que aqueles que vão às ruas gastem mais para compensar o volume menor de compradores, a não ser que a venda on-line avance.

“Nós não esperávamos que a circulação caísse agora, por conta da base de comparação mais tímida do fluxo de 2021, quando ainda se sentia a covid”, diz Cranchi. “Temos conversado muito com clientes e, após a Black Friday deste ano, o certo otimismo que ainda existia se arrefeceu. O Natal não sinaliza uma venda expressiva”.
Cranchi lembra que o Natal neste ano acontece no fim de semana, com o dia 24 “caindo” no sábado. Em 2021, o dia 24 foi na sexta, mas houve lojas abrindo no domingo. “Se o Natal fosse na segunda ou na terça, teríamos um fim de semana inteiro para a venda acontecer.”

Uma queda em fluxo poderia ser equilibrada por um aumento na demanda no on-line, mas não há sinais de uma retomada no digital. A consultoria Neotrust prevê vendas de R$ 6,2 bilhões de 10 a 24 de dezembro, recuo de 10%. Para o tíquete médio, é projetada queda de 1%, e em pedidos, de 9%. Até setembro, o faturamento do comércio eletrônico caiu 3,6%.
Após a semana que vem, parte da atenção se volta para as vendas de liquidação do início de 2023 “Em janeiro, se ficar no zero a zero já vai ser bom”, afirma Cranchi. Os consultores ouvidos lembram que deve sobrar menos bens duráveis para queimas de estoques de janeiro – dados de estoque das redes de capital aberto mostra recuo nos valores no terceiro trimestre.
Caso as redes terminem dezembro com vendas mornas, mas com margens mais protegidas, pode ser o aspecto positivo do período. “Não tem espaço para discussão de incentivos ao consumo no curto prazo, no próximo governo. A agenda do setor terá que ser muito voltada para eficiência na gestão dos custos, dos investimentos e do fluxo de caixa”, diz Barral.

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/12/23/nem-lojas-resistem-a-natal-morno-e-varejo-deve-crescer-um-digito-baixo.ghtml

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Amazon registra perda de R$ 5 trilhões, a maior de sua história

Logo no início do ano, Amazon apresentou o primeiro resultado negativo em sete anos e viu o valor das ações cair 8%
Amazon registrou perda de mais de 1 trilhão de dólares (quase R$ 5,1 tri) em valor de mercado;

Aumento da inflação e aperto da política monetária com aumento das taxas de juros seriam os principais motivos;

Reportagem do New York Times afirmou que a Amazon planejava demitir cerca de 10.000 funcionários em seus setores corporativo e de tecnologia ainda neste ano.

A Amazon, companhia de varejo online, não tem vivido dias muito favoráveis. Após a suspensão da construção de novos armazéns e de anunciar uma demissão em massa, a empresa contabilizou um prejuízo de mais de 1 trilhão de dólares (quase R$ 5,1 tri) em valor de mercado.

Em novembro, a Bloomberg já havia informado sobre uma perda de US$ 1 bilhão em valor de mercado da Amazon e que os principais motivos para esse novo registro seriam o aumento da inflação, o aperto da política monetária com aumento das taxas de juros no país para controlar os preços, ambiente econômico mais apertado e temores de uma recessão.

Logo no início do ano, a empresa apresentou o primeiro resultado negativo em sete anos e viu o valor das ações cair 8%. O Bloomberg Billionaires Index estimou que Jeff Bezos perdeu cerca de US$ 13 bilhões em apenas algumas horas com a movimentação do mercado financeiro.

No mês passado, uma reportagem do New York Times afirmou que a Amazon planejava demitir cerca de 10.000 funcionários em seus setores corporativo e de tecnologia ainda neste ano.

Este seria o maior número de cortes de empregos realizados em qualquer ponto da história da gigante do comércio eletrônico com sede em Seattle. A companhia estaria sentindo os efeitos do mau momento econômico que prejudica grandes empresas de tecnologia.

As demissões afetarão principalmente os envolvidos com projetos ligados ao assistente de voz Alexa da Amazon, bem como seus departamentos de varejo e recursos humanos, de acordo com o Times.

A empresa ainda não definiu um número específico de cortes de empregos, embora demitir 10.000 pessoas represente cerca de 3% de seu quadro de funcionários corporativos e menos de 1% de sua força de trabalho global de 1,5 milhão.

Fonte : https://br.financas.yahoo.com/noticias/amazon-registra-perda-de-r-5-trilhoes-a-maior-de-sua-historia-190119948.html

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Brasileiros gastam o dobro na Black Friday 2022

As vendas globais da Black Friday mais uma vez superaram o ano anterior. De acordo com a Admitad, empresa de TI que detém um dos maiores ecossistemas do mundo de tecnologia para performance, o volume de pedidos realizados pelos brasileiros aumentou em 59% em relação ao último ano. Além disso, o valor da carrinho (preço médio) teve aumento de 109% durante a semana de promoções em comparação com o período normal. Mais uma vez, as três categorias com maior volume de vendas foram vestuário, artigos para a casa e decoração e eletrônicos. Já a tradicional queridinha categoria de eletrônicos caiu significativamente neste ano.

“Black week” incentiva o aumento das vendas

Fazendo um paralelo com a Meca do consumo, os Estados Unidos, especialistas de lá afirmaram que os pedidos aumentaram, em média, de 2% a 15% em relação ao ano anterior no mercado americano. Em comparação com 2021 ou 2020, esse aumento é mais moderado. No entanto, o simples fato de o crescimento estar ocorrendo no atual cenário econômico e em meio ao aumento da inflação é, sem dúvida, um bom sinal para os negócios. O aumento de 23% nos cliques registrado em sites das marcas e dos marketplaces durante a semana de promoção corrobora essa análise.

Todos os anos, observamos que a atividade do usuário se dilui de maneira mais uniforme ao longo do período de promoção, ficando menos focada na sexta-feira. Como previsto pela Admitad, muitas empresas estenderam o período de venda para incluir os dias que antecederam e seguiram a Black Friday. Como resultado, houve um aumento de 54% nos pedidos somente na sexta-feira e um aumento de 59% nos pedidos durante a semana. Isso indica que esses pedidos “adicionais” foram realizados em dias diferentes.

Os marketplaces assumiram a liderança global, respondendo, em média, por mais de 60% das vendas totais. Foi visto também que os compradores, tanto de marketplaces quanto de lojas de marca única, apresentaram comportamentos de compra e interesses por produtos de forma muito semelhante.

Este ano, produtos das categorias de “Moda” e de “Casa e Decoração” ultrapassaram os eletrônicos, que anteriormente ocupavam o primeiro lugar na classificação de produtos mais comprados. Móveis e utensílios domésticos deram um grande salto e dispararam para o topo da lista.

A distribuição geral dos pedidos de usuários em todo o mundo foi a seguinte:

Os clientes brasileiros apresentaram o mesmo comportamento registrado por tendências globais e registrou-se também grande interesse pela categoria de moda. Contudo, quebrando o ranking global, no Brasil, o interesse por eletrônicos superou a categoria “Casa e Decoração”. Outra categoria “vencedora” para o Brasil durante a Black Friday foi o segmento de viagens.

Vale ressaltar que o setor de serviços assumiu recentemente um papel mais relevante nas conversões do período. Na Black Friday de 2022, a categoria apresentou, nas três primeiras posições, ingressos para eventos (10,6%), serviços digitais (6,8%) e jogos para PC e celular (6%).

Sites de conteúdo e serviços de cashback atraíram a maioria dos clientes

A influência do conteúdo na motivação dos clientes ainda está crescendo. A Admitad estima que, este ano, sites de conteúdo atraíram mais de 23% de todas as vendas durante a Black Friday no mundo todo. Os usuários que utilizaram serviços de cashback foram responsáveis por 20,3% das compras. Já 14,4% delas foram feitas por usuários de sites afiliados, e mais de 9% das vendas foram realizadas através de sites de cupons promocionais. Foi observado ainda um aumento de 8,6% das vendas geradas por publicidade contextual e ainda 8,2% através das mídias sociais.

Plataformas e sites de conteúdo tiveram um papel ainda mais importante para os compradores brasileiros, respondendo por mais de 30% de todas as compras no país durante o período da Black Friday. Serviços de cupons e redes sociais também tiveram maior atividade de compra. Vale ressaltar que o vertical de cashback e programas de lealdade, apesar de terem performado muito bem no Brasil, se comparados aos números registrados em outros países, representou um volume menor de vendas no volume total registrado.

Mas as lojas/marcas não foram as únicas a registrar um incremento de ganhos no período. Os lucros dos parceiros afiliados também saltaram mais de 95% no Brasil e mais de 51,4% globalmente na Black Friday.

No entanto, com as vendas de Natal e Ano Novo ainda por vir, a luta pela atenção dos clientes está longe de terminar. Todas os aprendizados adquiridos nessa Black Friday tão atípica serão aplicados pelas empresas e seus parceiros afiliados durante dezembro e também em janeiro de 2023.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/brasileiros-gastam-o-dobro-na-black-friday-2022

Black Friday -Balanço sobre as vendas no desempenho do evento de 2022

A edição 2022 da Black Friday gerou expectativas altas, tanto para consumidores quanto lojistas — devido à chegada do Mundial de Futebol e o crescimento do e-commerce, mas acabou acumulando comentários insatisfeitos na internet.

Confira as principais percepções sobre a Black Friday de 2022, a seguir;

Balanço Black Friday 2022
Contrariando a maioria das previsões, 2022 não foi um ano otimista para o comércio. Além da alta da inflação, demissões em massa e instabilidade no mercado de investimentos, o evento competiu atenção com as eleições presidenciáveis no Brasil e a Copa do Mundo — o que incentivou diversos lojistas a anteciparem as promoções e diluírem as vendas ao longo de novembro.

Apesar do crescimento evidente do comércio eletrônico, as empresas buscaram mais segurança oferecendo descontos discretos, enquanto clientes realizaram compras com mais consciência e pesquisa. O resultado dessa equação foi uma queda de 28% no faturamento do e-commerce durante o dia do evento (25). Apesar de não ter superado os números de 2021, as vendas online tiveram um bom desempenho com alta de 8% na semana da Black Friday

Vendas na sexta-feira têm queda de 28% no e-commerce
Dados divulgados entre sábado (26) e na segunda-feira (28), apontam o desempenho de uma Black Friday “morna”. Varejistas, como Americanas e Casas Bahia, começaram a semana com as ações em queda. Especialistas apontam que o efeito se deu pela estreia do Brasil no Mundial de Futebol, na véspera do evento comercial — roubando a atenção dos consumidores.

Um levantamento realizado pela página Hora a Hora, em parceria com a ClearSale, monitorou mais de 4,5 milhões de pedidos entre 0h01min e 23h59min da sexta-feira (25), quando aconteceu a Black Friday. Segundo os dados do estudo, o e-commerce somou mais de R$ 3,1 bilhões em vendas, o equivalente a uma queda de 28% em relação à última edição.

Outros dados relevantes apontam que, além do faturamento no dia do evento, a quantidade de pedidos caiu cerca de 23,7%. O valor do tíquete médio também diminuiu, visto que foi registrado um gasto médio de R$ 733,07 — valor 5,9% menor que o do ano anterior.

Sites instáveis causam perda de R$ 5 milhões
Nas primeiras 12 horas de Black Friday o comércio online brasileiro registrou uma perda de R$ 5 milhões em faturamento neste ano. É o que diz um estudo realizado pela Sofist, empresa de software, que analisou o desempenho de 146 e-commerces durante o evento comercial.

Os dados apontam que, devido à ocasião do jogo do Brasil, o número de acessos foi diluído nas primeiras quatro horas de evento. Das 22h da quinta-feira (24) até às 2h da madrugada de sexta-feira (25), o tempo médio de carregamento dos sites monitorados foi de 3,4 segundos — o Google afirma que um intervalo de mais de 1 segundo de espera faz com que o usuário perca o foco.

Segundo a análise, das 146 lojas online, sete ficaram fora do ar em algum momento, atingindo um prejuízo de mais de R$ 2,4 milhões nas primeiras horas do evento. O valor estimado tem como base o volume de acessos, tíquete médio e a taxa de conversão do comércio eletrônico no Brasil.

Pré-Black Friday tem alta de 8% no faturamento
Embora tenha apresentado uma queda no dia do evento, o faturamento bruto acumulado nos sete dias anteriores à Black Friday registraram um crescimento de 8% em relação ao mesmo ano, é o que diz uma pesquisa da NielsenIQEbit.

As informações destacam dois períodos, sendo o primeiro entre os dias 18 e 23, com o aumento de 24% nos pedidos do setor de Alimentos e Bebidas — impulsionado principalmente pela procura de carnes, que registrou uma alta de 163% no número de pedidos e de 44% nas vendas.

O segundo período em destaque apresenta o melhor desempenho em faturamento desta edição, nas categorias de Games e Eletrônicos. O setor registrou uma alta de 47,9% e 42,5%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2021.

Fonte : https://canaltech.com.br/black-friday/black-friday-confira-o-balanco-sobre-as-vendas-no-desempenho-do-evento-de-2022-231125/

Quais são os 10 maiores varejistas digitais do mundo

A chinesa Alibaba encabeça a lista com 1.2 trilhões de dólares de volume bruto de mercadorias no e-commerce

Em 2021, 67% de tudo o que foi comercializado online no mundo foi vendido por apenas 20 empresas, segundo dados do relatório This Year Next Year: 2022 E-commerce and Retail Media Forecast, do GroupM.

O número mostra como o e-commerce global – que deve fechar este ano respondendo por 19% de todas as vendas do varejo, podendo chegar a 25% até 2027 – de acordo com o estudo, está concentrado nas mãos, gigantescas, de relativamente poucas organizações.

Quem são essas empresas e onde elas estão sediadas? A resposta não chega a ser surpreendente, confira.

O top 10 do varejo no e-commerce
O ranking elaborado pelo GroupM traz a varejista chinesa Alibaba como número 1 do mundo em 2021, com US$ 1.249 trilhão em valor bruto de mercadorias (gross merchandise volume, ou GMV) de comércio eletrônico. Em segundo lugar, está a Amazon, com um GMV de US$ 602 bilhões, um pouco menos que a metade da sua concorrente. Confira a lista completa:

Alibaba (China) US$ 1.249 tri
Amazon (Estados Unidos) US$ 602 bi
JD.com (China) US$ 505 bi
Pinduoduo (China) US$ 383 bi
eBay (Estados Unidos) US$ 85 bi
Walmart (Estados Unidos) US$ 73.2 bi
Shopee (Singapura) US$ 62.6 bi
Rakuten (China) US$ 32.8 bi
Mercado Libre (Argentina) US$ 28.4 bi
Vipshop (China) US$ 26 bi

Seis organizações do ranking estão na Ásia, cinco empresas são chinesas e uma é de Singapura, o que evidencia o imenso poder de compra da região e também sua grande capacidade de produção e distribuição. De acordo com o portal Insider Intelligence/eMarketer, as vendas do varejo via e-commerce na Ásia devem se aproximar do US$ 3.5 trilhões este ano, enquanto as da América do Norte serão de cerca de US$ 1 trilhão.

As gigantes do comércio eletrônico chinês, porém, não olham só para o mercado interno e também se beneficiam de vendas fora da Ásia. Uma prova é o sucesso dos aplicativos de compras das empresas em outros países. Nos Estados Unidos, por exemplo, o Temu, app gratuito de compras do Pinduoduo, está entre os mais baixados. No Brasil não é diferente. Os aplicativos da Shopee e o AliExpress, da Alibaba, estão entre os mais acessados por quem compra online em uma disputa acirrada com o Mercado Livre e a Amazon.

No topo, mas com modelos diferentes
De acordo com Kate Scott-Dawkins, diretora global de Business Intelligence do GroupM, que assina o relatório, a pandemia de covid-19 estimulou as compras via mobile no mundo tudo, o que ajudou, por exemplo, no crescimento da Alibaba, que tem a seu favor o fato de possuir o próprio sistema de pagamento, o Alipay.

Mas as empresas que compõem o ranking atuam de forma diferente no mercado, de modo que não há como afirmar que existe um padrão que justifique sua presença na lista.

“A Alibaba, juntamente com o Pinduoduo, eBay e o Mercado Libre (no Brasil, Mercado Livre) atuam principalmente como marketplaces, ou seja, facilitam a conexão entre consumidores e vendedores e obtêm receita como uma porcentagem do preço de venda ou por meio de serviços adicionais oferecidos, como logística, armazenamento e publicidade”, diz.

Outras empresas estão no mercado vendendo diretamente para o consumidor final, como o Walmart, a Target, Best Buy e Wayfair. As três últimas estão em 13º, 14º e 18º lugar no ranking ampliado do estudo que contém 20 empresas. A Amazon, por sua vez, atua com os dois modelos e ganhou com o aumento de vendas dos seus vendedores terceirizados, segundo a autora do estudo.

Omnichannel é a lição a ser aprendida
Para Kate Scott-Dawkins, o olhar para o desempenho do e-commerce deve mudar nos próximos anos, uma vez que a experiência do cliente é cada dia mais phygital, mesclando etapas online e off-line.

Segundo ela, a linha que separa vendas físicas e vendas do e-commerce está se tornando mais sutil, especialmente após a pandemia de covid-19 ter apresentado ao cliente novos formatos de consumo, como a compra online feita dentro da loja, a retirada de produtos comprados no site direto em um estabelecimento físico ou ainda os pagamentos sem contato feitos através do smartphone.

Saber para que canal creditar as vendas vai ser um desafio nos próximos anos, o que deve tornar a penetração do comércio eletrônico menos significativa no futuro. “O que é mais certo é que as estratégias omnichannel devem ser rigor para varejistas e anunciantes daqui para frente”, afirma Kate Scott-Dawkins no estudo.

Segundo Kate Scott-Dawkins, o surto de coronavírus ajudou todas as empresas que realizavam vendas pela internet, mas agora, com o fim da pandemia e o retorno às “atividades off-line” uma desaceleração é esperada.

Durante a pandemia, os governos de muitos países deram auxílio financeiro à população e isso não vai mais existir. Ao mesmo tempo, passou o momento do “surto de compras” online por quem estava em isolamento. “Nós esperamos que a demanda por algumas categorias de produtos, incluindo eletrônicos, equipamentos de ginástica, utensílios domésticos e móveis, suavize”, alerta.

Fonte : https://www.consumidormoderno.com.br/2022/11/30/10-maiores-varejistas-digitais/

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E-commerce do país lidera o ranking mundial de crescimento

O comércio eletrônico brasileiro deve crescer 20,73% ao ano entre 2022 e 2025; CEO e fundador da BD Consultoria comenta o panorama e as perspectivas para o e-commerce.

O comércio eletrônico brasileiro vem em uma crescente desde 2020, impulsionado por fatores como as medidas de quarentena e isolamento social para conter a pandemia de Covid-19 – que fechou os estabelecimentos físicos e abriu a porta do e-commerce para os consumidores mais resistentes -, e promete ser o número um em um ranking mundial de crescimento.

Segundo um balanço conduzido pelo CupomValido, o Brasil é o líder no ranking de crescimento das vendas virtuais, com 22,2% no ano de 2022. Além disso, a expectativa de expansão é de 20,73% ao ano entre 2022 e 2025. Com isso, o comércio eletrônico do país está à frente de mercados como a Argentina (20.6%), Turquia (20.4%), Rússia (18,7%), Índia (18.4%), África do Sul (17,1%) e México (16,8%).

Segundo o levantamento, a expectativa de crescimento brasileira é quase duas vezes maior que a média mundial (11,35%), e se sobrepõe a países como o Japão (14,7%), os Estados Unidos (14,55%) e a França (11,68%), conforme publicação do portal E-Commerce Brasil.

Para Bruno Darolt, CEO e fundador da BD Consultoria, a projeção é promissora para o Brasil. “O futuro das vendas on-line no país é um dos mais promissores do mundo, com todo um potencial a ser explorado, sobretudo no pós-pandemia, quando tivemos um crescimento de seis anos em seis meses”, afirma. “Nosso povo é consumista e a comodidade que a internet traz em nossa rotina faz com que as vendas on-line cresçam cada vez mais”..

Com efeito, uma pesquisa do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) realizada em todas as capitais do país apontou que somente 31% dos brasileiros são consumidores conscientes.

Paralelamente, um estudo da plataforma de descontos cupomvalido.com.br, realizado com base em dados da Statista – companhia alemã especializada em dados de mercado e consumidores -, revelou que o Brasil é o nono país do mundo entre os que mais gastam com compras de roupas e acessórios. Segundo o levantamento, os brasileiros gastaram US$ 48 bilhões (R$ 259,63 bilhões) em 2020 apenas com esses itens.

O que explica o crescimento do e-commerce no Brasil?

Na visão de Darolt, três fatores explicam o crescimento das vendas on-line no Brasil acima da média global, a começar pela pandemia de Covid-19.

“O segundo elemento diz respeito à penetração de novos compradores: só em 2021, o Brasil teve 79,8 milhões de consumidores no comércio eletrônico. A estimativa para 2022 é de que esse número chegue a 83,7 milhões de compradores”, reporta, em referência a indicativos da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico).

De modo semelhante, prossegue, a penetração de novos vendedores também impulsionou as vendas digitais: “Só no Mercado Livre, maior e-commerce da América Látina, existem aproximadamente mais de 10 milhões de vendedores”, afirma, citando dados do próprio marketplace.

O CEO e fundador da BD Consultoria acredita que as vendas on-line vieram para ficar. “Mais de 13 milhões de brasileiros fizeram a sua primeira compra pela web na pandemia, e esse público só tende a aumentar – o que traz ainda mais solidez para a tendência de alta do comércio eletrônico”, conclui Darolt.

Fonte : https://www.terra.com.br/noticias/e-commerce-do-pais-lidera-o-ranking-mundial-de-crescimento,e122426c46db54527e12b76a0f98fe33s4f3watv.html

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Das importações feitas pelo Brasil via comércio eletrônico, empresas asiáticas já respondem por 51% das vendas

A rápida transformação no mercado de meios de pagamentos, a alta taxa de aceitação do Pix e o avanço do uso dos smartphones ajudaram a impulsionar a atuação de empresas asiáticas no comércio eletrônico da América Latina nos últimos anos, sobretudo no Brasil. Neste cenário, entre os principais players internacionais, como os EUA, a estimativa é que os comerciantes asiáticos representem 51%, no chamado cross border (comércio transfronteiriço) no Brasil. É o que aponta o relatório “Insights e Oportunidades para Expansão Regional de Sucesso – Interconectando Ásia-Pacífico e América Latina”, primeiro estudo do tipo encomendado pela Nuvei, plataforma global de pagamentos, à empresa de pesquisas Americas Market Intelligence (AMI), apresentado durante o Money 2020, em Las Vegas (EUA). Acesse o relatório completo!

“A América Latina é um mercado muito relevante para os comerciantes internacionais. O Brasil e o México, em particular, são atraentes por seu tamanho, dinamismo e padrões culturais que refletem os mercados asiáticos. Este estudo é o primeiro de uma série de relatórios que a Nuvei produzirá, explorando potenciais de crescimento em diversas regiões. Acreditamos que dar destaque a esses mercados em rápida ascensão ajuda as empresas a tomarem melhores decisões ao procurarem oportunidades de expansão”, avalia Yuval Ziv, presidente da Nuvei.

Tendências do e-commerce Ásia-Pacífico e América Latina

O comércio eletrônico tem sido uma fonte de laços comerciais entre as regiões, com as empresas da APAC conseguindo vender para os mais de 300 milhões de compradores de comércio eletrônico da América Latina. Isso se deve a vários motivos, entre eles o rápido crescimento do comércio eletrônico, principalmente em seus dois maiores mercados, Brasil e México. Com a penetração de smartphones acima de 70% e o acesso a métodos de pagamento digital aumentando, as empresas locais e globais estão expandindo seus investimentos em comércio eletrônico e experiências digitais na América Latina.

Entre as principais tendências, o relatório projeta que o e-commerce no Brasil crescerá a uma taxa anual de 20% nos próximos anos, dando um salto de US$ 211 bilhões, em 2022, para US$ 432 bilhões em 2026. Hoje, o Brasil representa mais de 40% do volume total das vendas online na América Latina e está entre os 10 principais mercados de interesse para empresas varejistas da Ásia que buscam a expansão internacional, como a Shein, AliExpress, Shopee e Rakuten.

Segundo o estudo Nuvei/AMI, há um vasto potencial de crescimento que foi acelerado pela pandemia e a adoção das compras online, que impulsionaram os consumidores a experimentarem novas formas de pagamento. Atualmente, 96% dos adultos relacionam-se com instituições financeiras ou fintechs no Brasil, o que propicia a adesão aos pagamentos online.

“Cada vez mais as empresas buscam expandir a atuação para além da região de origem, e a América Latina está no topo da lista de preferência, devido ao êxito alcançado pelas várias empresas que já optaram por esse caminho”, diz o executivo Rafael Lavezzo, vice-presidente comercial da Nuvei América Latina.

O México, por sua vez, deverá registrar expansão no comércio eletrônico a uma taxa anual de 32% entre 2022 e 2026. Nesse contexto, os vendedores asiáticos devem representar 28% do volume cross border de comércio eletrônico de toda a América Latina até 2026, ante o patamar de 16% estimado para 2022.

Modelos e alternativas de pagamentos
O estudo da Nuvei/AMI informa que um dos propulsores do acesso das empresas asiáticas aos consumidores da América Latina é a disponibilidade de tecnologias que permitem às empresas internacionais aceitarem pagamentos localmente, em vez de processá-los por meio de um adquirente offshore. “Para as empresas, é importante a disponibilidade de tecnologia que permita a venda online para consumidores da região, sem a necessidade de abrir operação local, que possibilite o aceite de pagamentos na moeda local, com diferentes opções. Isso beneficia grandes marcas e pequenos e médios negócios em todas as verticais do e-commerce”, diz Juan Franco, vice-presidente sênior da Nuvei Latam e Membro do Conselho de Administração da Câmara de Comércio Singapura-México.

Para empresas asiáticas, a América Latina tem características parecidas às dos países da APAC, que têm mais de 40 jurisdições. Na Indonésia, por exemplo, há mais de 20 métodos de pagamento. Já os meios alternativos de pagamento adotados nos mais de 30 mercados da América Latina incluem iniciativas dos bancos centrais como Pix no Brasil e SPEI no México, além de uma infinidade de carteiras digitais.

“Em essência, na Nuvei, ajudamos nossos clientes a se conectarem com os deles. Somos hoje líderes em cobertura global de pagamentos, com mais de 570 métodos de pagamento alternativos e adquirência local em cerca de 50 mercados. Também desenvolvemos nossa solução proprietária, que permite aos comerciantes e clientes se conectarem conosco e assim tenham a disposição métodos de pagamentos local”, diz Yuval Ziv, presidente da Nuvei.

Expansão do e-commerce no Brasil
O incentivo ao banco digital e a criação do sistema de transferência interoperável, o Pix, revolucionaram a forma como os brasileiros fazem pagamentos. Hoje, o Pix é utilizado por 72% da população, enquanto o uso do cartão de crédito abrange 37%. Em agosto de 2022, foram feitas quase 2,2 bilhões de transações por meio do Pix no Brasil.

Segundo o estudo, a ascensão meteórica dos usuários do Pix, cerca de 124 milhões de brasileiros, demonstra a prontidão do mercado para um método de pagamento instantâneo, o que fez bancos e comerciantes se adaptarem. O Pix já é aceito por 78% dos lojistas de e-commerce, superando a aceitação de cartão de débito e carteira digital. “A tendência é que o Pix aumente sua participação nas compras à medida que o Banco Central lançar novos recursos – como o Pix Garantido, que permitirá pagamentos parcelados – e permitir também pagamentos internacionais via Pix”, informa o estudo.

“Com os parceiros de pagamento corretos, como a Nuvei, as empresas varejistas internacionais podem se preparar para o sucesso na América Latina. Até 2026, a digitalização da moeda na região permanecerá forte e os métodos de pagamento em dinheiro se estabilizarão. Com maior parte da população da América Latina fazendo suas compras online nos próximos anos, o cartão de crédito manterá seu destaque, seguido de perto pelas transferências bancárias, como o Pix e outras opções de pagamentos como BNPL (Buy Now, Pay Later) e criptomoeda”, acredita o executivo Rafael Lavezzo.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/nuvei-importacoes-brasil-comercio-eletronico-empresas-asiaticas

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Cinco em cada dez brasileiros ainda não foram às compras, aponta Ipsos

Mesmo com as ofertas antecipadas da Black Friday, cerca de 55% dos brasileiros ainda não compraram presentes de Natal. O Brasil é o quinto colocado em um ranking feito pela Ipsos, e obtido com exclusividade pelo Valor, que mostra quais nacionalidades têm deixado para fazer compras mais perto das festas de fim de ano.

O levantamento é liderado pelo Chile, com 74% dos entrevistados postergando as compras, enquanto na lanterninha aparece o Reino Unido, onde somente 38% ainda não adquiriram lembrancinhas. A média global é de 56%.

Segundo a Ipsos, os números do Brasil indicam que muitos consumidores estavam aguardando as promoções de hoje da Black Friday. Mas também revelam o hábito dos brasileiros e como estão as suas finanças.

Isso porque, com inflação alta e juros maiores, 56% dos brasileiros disseram que o aumento dos custos vai afetar suas compras de fim de ano de forma significativa – mesmo com o pagamento do 13º salário. Já 59% das pessoas afirmaram que vão procurar os melhores preços, ofertas e cupons.

A pesquisa ‘Christmas Wave’ foi realizada pela Ipsos entre os dias 10 e 15 de novembro de 2022 em 12 países: Alemanha, Austrália, Brasil, Chile, Espanha, Estados Unidos, Filipinas, França, Itália, Reino Unido, Romênia e Singapura. No Brasil, foram 800 participantes, e a margem de erro no país é de 3,5 pontos percentuais.

Lista de compras
No Brasil, 57% dos entrevistados responderam que já compraram ou pretendem comprar itens de moda e vestuário para as festas de fim de ano. O percentual é o maior entre os 12 países participantes da pesquisa. Na sequência, as opções mais votadas por aqui foram artigos de beleza e brinquedos (ambos com 41%), eletrônicos (36%) e artigos para o lar (33%). Os artigos esportivos, com apenas 14%, foi a opção menos lembrada.

Lojas físicas e on-line
Chile e Brasil são os países em que os participantes mais preferem comprar roupas e acessórios em lojas físicas. 77% e 76%, respectivamente. Já no Reino Unido o cenário se inverte: 73% dos entrevistados preferem comprar roupas e assessórios de forma on-line.

Quando o assunto são os livros, porém, o povo brasileiro é adepto da tecnologia. 87% das pessoas preferem comprar livros pela internet. O país é o primeiro colocado do ranking entre os países pesquisados. Já na Austrália, 62% da população prefere comprar os livros em lojas físicas.

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/11/25/cinco-em-cada-dez-brasileiros-ainda-nao-foram-as-compras-aponta-ipsos.ghtml

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Comércio eletrônico brasileiro perde mais de R$ 1 bilhão por problemas com pagamentos

Quase a metade dos consumidores online (47%) no Brasil relataram desistir de uma compra online durante o primeiro semestre deste ano devido a problemas com o processo de pagamento do comércio eletrônico, de acordo com uma nova pesquisa publicada pela fintech Zimpler.

A pesquisa da Zimpler mostrou que 78% das compras abandonadas devido a problemas de pagamento eram de valores menores, abaixo de R$ 300. As compras acima de R$ 1.000 representaram apenas cerca de 5% do total da amostra, mas foram responsáveis por mais de 20% das perdas totais.

“Nosso estudo mostra que o custo de transações online frustradas foi de pelo menos R$ 1,3 bilhão – e potencialmente muito mais alto”, diz Johan Strand, CEO da Zimpler.

Segundo dados da Nielsen IBit, a receita total do comércio eletrônico no Brasil atingiu R$118 bilhões nos primeiros seis meses deste ano, o que significa que as transações online abandonadas representaram 1,1% das vendas totais. No entanto, o custo real para os varejistas provavelmente será maior, já que os consumidores têm menos probabilidades de voltar aos sites de comércio eletrônico após uma má experiência.

“Qualquer fricção nos sistemas de pagamentos online não só aumenta os custos dos varejistas de comércio eletrônico, mas também reduz as receitas”, acrescentou Strand.

Os dados da Nielsen IBit mostram que 6,2 milhões de brasileiros fizeram compras online nos primeiros seis meses de 2022.
O valor total das compras online continua aumentando, passando de R$ 76,2 bilhões no primeiro semestre de 2021, porém, na realidade, o número de brasileiros que compraram produtos ou serviços on-line caiu no primeiro semestre deste ano, abaixo dos 7,3 milhões de consumidores on-line no primeiro semestre de 2021.

“A contração na base de consumidores do comércio eletrônico, à medida que a pandemia diminui, sublinha a necessidade de que os varejistas se concentrem na experiência do usuário – qualquer transação fracassada não apenas representa a perda de receita daquele incidente individual, mas também põe em risco a capacidade da empresa de desenvolver relações comerciais duradouras com seus clientes online”, diz Raoul Mehta, general manager da Zimpler na América Latina.

Fonte : https://cndl.org.br/varejosa/comercio-eletronico-brasileiro-perde-mais-de-r-1-bilhao-por-problemas-com-pagamentos/

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