Varejo on-line veio para ficar no Brasil, e Magazine Luiza só tem a se beneficiar com isso

As vendas no varejo on-line não vão diminuir após o fim da pandemia de Covid-19, disse o especialista Henrique Mascarenhas, da consultoria GfK, em reunião com o Safra.

O consultor destacou a boa performance das companhias focadas em ferramentas omnichannel (multicanal) em 2020. Nomes como Magazine Luiza (MGLU3) viram seus negócios prosperarem mais do que empresas totalmente físicas ou digitais no ano passado. Até o terceiro trimestre, companhias omnichannel cresceram 87% na comparação ano a ano, enquanto players digitais e tradicionais apresentaram crescimento de, respectivamente, 21% e 22%.

“A pesquisa da GfK mostra que 53% das vendas foram ‘figitais’, o que significa que os consumidores brasileiros transitam por meio de canais on-line e off-line, independentemente do ambiente final de compra”, comentou Guilherme Assis, analista do Safra e autor do relatório divulgado pela instituição na quinta-feira.

Retomada no segundo semestre

Mascarenhas pontuou que o varejo brasileiro ainda carrega uma demanda reprimida. Com o avanço do cronograma de vacinação da população e a subsequente retomada da criação de empregos, as vendas no varejo devem voltar no segundo semestre do ano.

“Como Mascarenhas pontuou, não esperamos ver uma retração para os níveis de 2015 e 2016 (o que representaria uma retração de 35% ano a ano nas vendas). Vemos um cenário mais positivo, principalmente para players que entregam uma experiência omnichannel”, disse Assis.

Apesar do atual ambiente desafiador, a expectativa de que o Magazine Luiza siga ganhando participação de mercado (50% em 2020 contra 43% em 2019) se mantém, bem como a estimativa de penetração on-line de 40% (ante 25% no período pré-Covid).

“Nossa visão é de que players como Magazine Luiza, que estão acelerando a experiência omnichannel, estão mais adaptadas à jornada do novo consumidor brasileiro”, acrescentou Assis.

O Safra tem recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) para a ação do Magazine Luiza, com preço-alvo de R$ 32.

Fonte : moneytimes.com.br

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