Vendas no varejo recuam 24,1% em junho

Com isso, o varejo encerra o primeiro semestre com queda de 16% na comparação com igual semestre de 2019 – o pior resultado para seis meses desde 2014.

As vendas no varejo brasileiro caíram 24,1% em junho, descontada a inflação, em comparação com igual mês do ano passado. É o que aponta o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), divulgado na última quarta-feira, 15.

“Embora ainda com uma grande queda em relação ao mesmo mês do ano passado, as vendas no varejo experimentam recuperação pelo segundo mês consecutivo. Isso pode ser explicado em parte pela retomada gradual da atividade comercial. Aparentemente, o pior da pandemia já passou”, diz o superintendente-executivo de Inteligência da Cielo, Gabriel Mariotto.

Entre os segmentos pesquisados, bens duráveis apresentaram as maiores acelerações do mês. Destaque para móveis, eletro e lojas de departamento e vestuário. Em contrapartida, o setor de serviços, apesar de leve recuperação, ainda apresenta quedas significativas no período.

Consultor de Negócios do Sebrae-SP, Edgard Ferreira dos Santos Neto explica que a transformação da casa em ambiente de trabalho pode explicar, em parte, os gastos maiores com bens duráveis, especialmente móveis e decoração.

“Com o home office oficializado, as pessoas tiveram que adaptar o espaço para o novo cenário e outras demandas que não apenas as de um lar”, diz.

          Comparação Anual (junho 2019 a junho 2020 em %) Fonte: Cielo/ICVA

TRIMESTRE E SEMESTRE COM AS PIORES VENDAS DESDE 2014

Por conta da pandemia, as vendas registraram queda de 16% no primeiro semestre em relação a igual período do ano passado. Em relação ao segundo trimestre – afetado totalmente pelas medidas de isolamento social – a queda foi de 30,3% em relação a igual trimestre de 2019.

Assim como no caso semestral, foram os resultados mais negativos desde o início da medição em 2014, afirma o executivo da Cielo.

Moriotto lembra que os resultados do varejo no segundo trimestre foram afetados pela Covid-19 ao longo dos três meses, diferente do primeiro trimestre quando os efeitos foram verificados só em março.

O ICVA acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro, de acordo com as vendas realizadas em 18 setores mapeados pela Cielo, desde pequenos lojistas a grandes varejistas. Eles respondem por 1,5 milhão de varejistas credenciados à companhia.

Fonte : consumidormoderno.com.br

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