Compras on-line: Mais de 20 milhões de brasileiros usaram o e-commerce na pandemia

O balanço das vendas on-line no ano passado registrou um crescimento de 68%.
A pandemia e a crise sanitária vivenciadas em 2020 alteraram significativamente os hábitos de compra do brasileiro, em decorrência das políticas de isolamento social e as restrições comerciais, o consumidor brasileiro viu-se obrigado a adaptar-se a uma nova realidade e buscar novos meios para atender às suas necessidades.
Diante deste cenário, os e-commerces caíram nas graças do consumidor brasileiro. Segundo a pesquisa realizada com consumidores brasileiros pela Criteo, 56% dos participantes realizaram sua primeira compra on-line durante a pandemia, e 94% desejam manter esse hábito.
Assim, impulsionados pelo isolamento social e pelo fechamento do comércio, mais 20 milhões de brasileiros optaram por realizar suas compras em e-commerces em 2020. Os dados são da ABComm, Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, em conjunto com a Neotrust, segundo o estudo realizado pelas duas entidades, as mudanças observadas nos hábitos de compra do brasileiro no ano passado, garantiram ao comércio eletrônico o faturamento de R$126,3 bilhões.
Isso significa um aumento de 68% do setor e mais de 300 milhões de vendas on-line registradas no país. Para o vice-presidente da ABComm, Rodrigo Bandeira, o distanciamento social teve papel fundamental nos números registrados para construção deste cenário. Apesar do expressivo crescimento do setor nas duas últimas décadas, os números registrados em 2020 são surpreendentes.
Além disso, durante o período foi registrado o aumento de 400% no número de novos e-commerces no país. Ainda de acordo com a ABComm, esses números indicam que cerca de 100 mil lojas se tornaram digitais, adotando o e-commerce como estratégia para impulsionar suas vendas.
Aumento de golpes e cuidados com a sua segurança
Contudo, em contrapartida a esse cenário positivo, o crescimento do setor veio acompanhado do aumento no número de golpes virtuais. Segundo a Kaspersky, especialista em cibersegurança, foi registrado o aumento de 120% no número de ameaças contra dispositivos móveis desde o início da pandemia.
Além disso, o brasileiro é uma das principais vítimas dos fraudadores, sobretudo, sendo considerado os maiores alvos de ataques de phishing, com a média brasileira de 20% contra o índice global de 13%. Segundo Fábio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky, esse tipo de golpe é muito aplicado em compradores on-line, por isso, o crescimento do comércio virtual acaba incentivando o fraudador.
Para aproveitar da fragilidade do consumidor, o fraudador costuma enviar mensagens atrativas por SMS, e-mail ou ainda WhatsApp, apresentando ofertas e promoções vantajosas em lojas e sites falsos.
Para te ajudar a se proteger desse tipo de golpe, separamos a seguir alguns cuidados para garantir a segurança das suas compras on-line:
. Desconfie de preços Baixos
Desconfie sempre de super promoções e ofertas recebidas por SMS, e-mail, WhatsApp ou redes sociais, golpistas usam disso para direcioná-lo para sites falsos e replicar seus dados para futuros golpes. Ademais, boa parte dos produtos, principalmente, no comércio eletrônico, tem um preço médio ou ainda tabelado pela própria indústria, por isso, lembre-se que produtos com preços muito abaixo da média tem grande possibilidade de serem um golpe.
. Pesquise a reputação da loja
Uma boa forma de conhecer a reputação da loja e ela atende seus consumidores é por meio de portais de reclamação de consumidores, como o Reclame Aqui. Por lá, você tem um breve histórico da loja, os principais problemas registrados, assim como, as reclamações, a rapidez das respostas, a reputação da loja e se ela é confiável.
A Amazon, por exemplo, há 15 anos presente na plataforma contabiliza o percentual de 99,8% de reclamações respondidas, além do índice de aprovação 8,5/10, sendo uma das empresas com melhor índice de solução, do ponto de vista do consumidor. A partir desses dados, podemos afirmar que comprar na Amazon é seguro.
. Faça um cartão virtual
Com tempo de validade curto, o cartão virtual é uma boa maneira de você realizar suas compras e proteger seus dados, oferecido hoje pela maioria dos bancos, ele evita que seu cartão seja clonado caso você venha a fazer uma compra em um site malicioso.
. Cuidado com boletos
Tome cuidado com boletos falsos, muitos fraudadores enviam promoções falsas, como se fossem varejistas, para consumidores com links que direcionam a vítima para sites falsos. Por isso, evite clicar em links e opte por acessar, diretamente, o site oficial da loja, além disso, certifique os dados informados no boleto e que os mediadores de serviços de pagamento são confiáveis.
. Verifique o domínio do site
Verifique sempre a URL do site, muitos sites falsos possuem domínios e layouts similares aos verdadeiros. Por isso, confira se a URL e observe se a página não possui erros de português. Se ainda assim tiver dúvidas, pesquise pelo domínio na plataforma Whois. Sites fraudulentos, normalmente, têm menos de um ano de criação.
. Certifique-se que está comprando o produto certo
Esta pode parecer um absurdo, mas é muito comum golpistas anunciarem itens falsos ou usarem produtos novos e originais, por isso fique atento a comentários de outros consumidores, peça fotos para comprovar a veracidade do anúncio. E lembre-se que, por lei, você tem o direito de arrependimento de até 7 dias após o recebimento do produto.
. Consulte o Procon
Alguns Procons estaduais, como os do Rio de Janeiro e São Paulo, mantêm atualizada uma lista de sites com má reputação e que devem ser evitadas por consumidores. Por isso, sempre que possível análise consulte a lista disponível no site do Procon.

Fonte : correiodobrasil.com.br

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