Atenção, marketplaces e sellers: a Receita Federal está de olho em vocês

Recentemente, a secretaria da Receita Federal divulgou seu relatório anual de fiscalização 2023/2024. Esse é um documento em que a subsecretaria de fiscalização consolida dados de sua atuação no ano anterior e estabelece o foco na Receita Federal para o ano presente.

Nesse documento, são informadas as ações de facilitação, isto é, aquelas que têm o objetivo de facilitar o cumprimento de obrigações acessórias por meio de fornecimento de informações aos contribuintes antes da entrega das declarações ou das escriturações (por exemplo, pré-preenchimento da DIRPF). Também as ações de assistência, que são aquelas em que é dado ao contribuinte a chance de se autorregularizar de alguma pendência fiscal antes da autuação. E ainda demais dados da administração fazendária federal.

Daí é que temos o recorte de que apenas 0,04% das pessoas jurídicas formalizadas no Brasil respondem por 61% da arrecadação administrada pela Receita Federal. E que, em 2023, o crédito tributário constituído (leia-se, autos de infração) totalizou R$ 225,54 bilhões. Isso representa quase 10% do total da arrecadação federal no ano de 2023, que foi na ordem de R$ 2,3 trilhões – um aumento de 63,6% comparado ao ano anterior. Não é pouca coisa.

Medidas estruturantes

Para 2024, dentro do campo das “medidas estruturantes” foram inseridas como prioridade da fiscalização federal as operações em plataformas digitais/marketplaces.

Por medidas estruturantes devemos ter as iniciativas que visam aperfeiçoar as áreas de fiscalização, a forma como interagem com a sociedade e os sistemas utilizados pelos contribuintes para o cumprimento das obrigações acessórias.

Com relação aos marketplaces e seus respectivos sellers, o racional do fisco federal é o seguinte: “Em uma economia cada vez mais digitalizada, as operações por meio de plataformas digitais totalizam montantes significativos. Por isso, a Receita Federal adotará ação de estímulo à conformidade junto a pessoas físicas e jurídicas que transacionam bens, serviços e aluguéis em plataformas digitais, para verificar a correta tributação dos resultados auferidos nessas operações. Para tanto, a parceria com as plataformas digitais será essencial para que reforcem perante seus operadores aspectos sobre a tributação”. É o que consta do relatório.

Observem: “estímulo à conformidade” e “parceria com as plataformas digitais”.

Considerando que o estado brasileiro é campeão no sentido de atrapalhar a vida de quem empreende, posso estar enganado, mas não ficarei surpreso se daí surgirem novas burocracias, novas obrigações acessórias e um sem-fim nos custos de conformidade para o e-commerce.

Fonte: “Atenção, marketplaces e sellers: a Receita Federal está de olho em vocês – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

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Raio-x dos marketplaces no Brasil: tudo o que está acontecendo nas plataformas hoje

Conversamos com os especialistas em marketplace Alexandre Nogueira, CEO e fundador da Universidade Marketplaces, e Raul Prado, palestrante, professor e fundador da Lojas Mineiras. Nossa ideia central foi a de entender o cenário dos marketplaces hoje e trazer insights e dicas para lojistas sobre esse universo — que conta com mais de 84% dos sellers digitais brasileiros e prevê um crescimento de 54% neste ano.

Interessante saber que, para Nogueira, o Brasil nunca esteve num momento tão bom com relação à venda nessas plataformas, com os canais crescendo cada vez mais. E muito disso, segundo ele, é fruto dos esforços dos marketplaces em estimular a profissionalização dos lojistas. “Há um esforço para que, em todos os canais, os vendedores se profissionalizem e busquem melhores soluções fiscais”, disse.

Como consequência disso, ele diz que é perceptível um movimento muito forte de lucro real dentro das plataformas para acabar com as múltiplas empresas, com múltiplos CNPJ. Ainda assim, esse tem sido um dos pontos mais desafiadores para os sellers, já que houve um ajuste muito grande de custo em todos os tipos de produtos. “Tem matéria prima que até agora não voltou ao preço normal de antes da pandemia. E, claro, nos marketplaces há políticas defasadas em relação a isso. Por exemplo, a gente ainda tem regras do frete grátis, cada canal com a sua. Num geral, percebo algumas plataformas com valores mais travados, como nos casos de Mercado Livre e Magalu, por exemplo. São políticas que existem desde antes da pandemia, e os preços dos produtos hoje já não são mais os mesmos”.

Para Nogueira, isso faz com que os sellers apertem cada vez mais a margem de lucro para não passar para o frete grátis em alguns itens. “Dependendo do produto, o valor embutido no frete grátis fica muito alto. Pra mim, o valor de frete grátis poderia ser ajustado para a partir de R$ 99, pois estaríamos acompanhando a inflação”.

Dentro do marketplace da Amazon, segundo Nogueira, o selo Prime por enquanto ainda subsidia os custos, mas enquanto o produto for leve. “Quem trabalha bem nas categorias de pesados hoje é a Magalu, com frete próprio. Ainda assim, a Amazon tem o melhor preço de frete grátis para o seller. De uma forma classificativa geral, eu diria que, para produtos de até 3, 4 quilos, os melhores preços de frete grátis seriam da Magalu, Amazon e Mercado Livre, respectivamente”.

Prado vai ainda mais longe, e levanta a questão da cobrança de frete do Mercado Livre. “Eles têm cobrado um valor diferente do que dizem que vão cobrar. Isso é algo que o seller precisa acompanhar o tempo todo e é bem chato de resolver. Por exemplo: o ML fala que vai cobrar cerca de R$ 21 por um produto até 500 gramas. Meu produto pesa 500 gramas, mas o sistema deles lê 1 kg, 2 kg. Isso tem gerado muitas reclamações e morosidade de solução, e o retorno por parte do Mercado Livre é muito lento”.

Ainda assim, Prado diz que, em sua opinião, o Mercado Livre é hoje um dos canais que dão mais audiência. Porém, há uma questão que tem tirado um pouco o sono de quem vende por lá. “Eles começaram a dar uma nota para os anúncios, e quando o anúncio recebe muita reclamação, eles penalizam sobre a experiência gerada. Por exemplo, se um cliente por algum motivo devolve o produto e você age totalmente de acordo, o Mercado Livre entende como um problema do seu produto e começa a te penalizar. E aí, à medida em que você recebe mais penalidade, o seu anúncio para de aparecer”. Para resolver isso, Prado diz que é preciso criar um anúncio novo e começar do zero, pois do contrário o anúncio vai perder muita performance.

Expansão dos marketplaces

Nos últimos tempos, a Shopee tem tido êxito no aumento de tíquete médio na plataforma, mas ainda se apresenta o menor do mercado. Além disso, há rumores de que o marketplace apresente em breve (estima-se ainda esse ano) um fullfilment próprio. Nogueira lembra que a Amazon também vem ganhando bastante espaço no mercado com a expansão do fullfilment e de sellers, assim como a abertura de filiais em São Paulo. “Tudo isso é muito positivo para a empresa, embora ela ainda traga muitos dificultadores, como o cadastro da conta”. Neste ponto, ele diz que a Amazon exige uma call ao final do cadastro para o lojista provar que ele existe — sem falar do cadastro dos produtos, também mais moroso. De toda forma, o marketplace traz um ambiente de precificação mais saudável em algumas categorias.

Sobre o rumor do fullfilment da Shopee, Prado confirma que está perto de acontecer, mas tem suas dúvidas em relação à aderência do seller ao serviço. “O full do Mercado Livre faz vender mais porque o comprador já sabe que se tem o ‘raiozinho’, vai comprar hoje e vai receber amanhã. Os outros marketplaces não conseguiram criar essa cultura. Eles sequer têm o ‘raiozinho’ porque ficam com vergonha de copiar o Mercado Livre. Ocorre que no fim das contas não conseguem indicar direito para o consumidor que aquele item é full, que vai chegar mais rápido e por aí vai. E a própria logística não é boa, pois mesmo saindo do CD do marketplace, ele não consegue entregar tão rápido”.

Além disso, caso se concretize um rumor trazido por Prado, a corrida pela experiência da entrega entre os marketplaces ficará ainda mais acirrada. Isso porque, segundo o especialista, há uma possibilidade de que o Mercado Livre comece a fazer entregas em até 3 horas. “Isso já existe nos EUA, e o Mercado Livre baseia muito seus investimentos na Amazon americana. Hoje já existe o Mercado Envios Flex, que entrega no mesmo dia. No meio do ano passado eles colocaram essa opção (de até 3 horas) em sua API. Até hoje não tive nenhuma informação sobre isso, mas acredito que ainda será lançado, e de certa forma vai impactar iFood e Rappi, por exemplo”.

Ainda sobre a Shopee, Nogueira diz que a empresa fez recentemente um ajuste comissional para haver o frete grátis, além de diminuir a quantidade de fretes grátis para o cliente na ponta. “Com isso, eles têm estimulado menos as ofertas de R$ 6, R$ 9, como era no começo, e enaltecem ações com produtos maiores, de tíquete médio melhor. Tanto que eles fizeram a inserção da categoria de móveis, que você precisa da autorização da empresa para vender, assim como usar a Intelipost para conseguir cadastrar”.

Outro marketplace mencionado por Nogueira foi o da Shein, que chegou muito forte no Brasil. Hoje, ela já tem ampliado seu campo de atuação, aceitando sellers de forma mais fácil e diminuindo os benefícios do início. “Antes, a gente tinha um período de comissão reduzido para o seller, que era de três meses. Agora ela acabou de virar para trinta dias, e a tendência é que eles tirem cada vez mais, pois isso prejudica os vendedores que estão na plataforma”.

Para ele, a Shein é uma potência de venda, mas a falta de critérios de relevância que impactam o posicionamento do anúncio tornam (ainda) o marketplace como um espaço de vendas movido a preço baixo. “Isso é insustentável ao longo do tempo para o seller, apesar de ajudar a desafogar a expedição. Os vendedores que entraram na chegada da Shein e ganharam muito dinheiro, hoje sofrem para se manter constante com essa política agressiva de preço em cima de preço”.

O Magalu por sua vez fez um movimento muito forte de fullfilment, mesmo que para Nogueira ainda não entregue toda a relevância. “Ele vem ganhando muito espaço no trabalho com pesados, pois aceita produtos multi volumes no fullfilment e, com raríssimas exceções, só ele tem feito isso. E outro ponto importante nessa virada é que o Magalu está aceitando produtos pesados e grandes com frete competitivo”.

Hoje, segundo ele, a vantagem da malha logística do Magalu também permite ao seller o poder de escolha sobre em qual região vender o produto. “Se eu quiser, consigo com a minha mesma conta de São Paulo vender meus produtos em Minas Gerais. No Mercado Livre, por exemplo, isso não ocorre assim. Lá, vai depender da IA da plataforma decidir ou não se o meu produto vai para outras regiões do país. Portanto, o Magalu vai exatamente na contramão disso, aceitando o planejamento do seller. Se eu quero ganhar força no nordeste, eu vou lá e ativo, usando a minha mesma conta de São Paulo e levando vantagem no preço do frete”.

Dentro desse cenário, Prado gosta de lembrar de uma citação de um ex-CEO das Casas Bahia durante um evento. “Ele ressaltou as discrepâncias entre o eixo Rio-São Paulo e o restante do Brasil no e-commerce. Na ocasião, argumentou que os marketplaces precisam investir em tecnologia para garantir uma experiência satisfatória para todos os usuários, independentemente de sua localização geográfica”.

Para Prado, é evidente o foco maior dos marketplaces nos vendedores das regiões Sul e Sudeste. “Muitos desses vendedores estão atendendo clientes em lugares distantes, como Fortaleza. Seria necessário um sistema tecnológico capaz de conectar esses vendedores diretamente aos compradores locais, reduzindo assim os custos logísticos e incentivando negócios em todo o Brasil”. Para ele, trata-se de um dos principais desafios dos marketplaces: levar uma experiência de qualidade por meio da tecnologia. “O Mercado Livre já está nesse caminho, com um alto nível de entrega que inclui previsões precisas de chegada do produto. Expandir essa eficiência para todas as regiões do país é fundamental para o avanço do setor”.

Mudanças no ambiente de marketplaces

Hoje, de acordo com Prado, a comissão nos marketplaces estabilizou na casa dos 16% a 18%, e o que pesa mais são os custos logísticos. “O marketplace obriga o seller a usar a logística deles, e esses custos de frete vão subindo, até porque desde o princípio eles foram muito subsidiados e a conta tem que fechar para o marketplace. Eu gosto de chamar isso de efeito Americanas, que fez todo mundo pensar em rentabilidade. Porém, o incentivo em comissão que o marketplace dava ficou menor e as contas estão tendo que fechar. Como os acionistas estão cobrando isso dos marketplaces, os reajuste são essas tarifas”.

Prado comentou sobre esse reajuste em um artigo recente, onde o Mercado Livre, por exemplo, fez um reajuste de 130%. “Essa ‘obrigação’ de utilizar os serviços full dos marketplaces gera cada vez mais dependência do serviço de logística do marketplace, que a cada dia está mais caro”.

Uma grande mudança que deverá balançar o mercado de marketplace, segundo Prado, será a chegada das vendas do TikTok no Brasil, ainda sem data prevista. “Já recebi muita informação sobre quando eles virão, mas ainda não há nada certo. Mas, quando isso de fato se der, creio que haverá uma grande revolução”. Isso porque, segundo ele, o conteúdo a ser trabalhado na plataforma será audiovisual, com o universo das lives e vídeos que exigirão uma estrutura do seller. “Hoje, quando surge um novo marketplace, o seller copia e cola o anúncio dele. No TikTok isso não é possível, e ele terá que investir na produção de conteúdo e fazer algo que já é normal na China”.

Prado lembra também que o live commerce na China já é maior que o nosso commerce inteiro no Brasil, e isso forçará uma mudança de estrutura muito grande. “Um ano atrás eu cheguei a assinar contrato com eles, e eles estavam falando que iam usar a mesma estratégia da Shopee para entrada de mercado. Ou seja, zerar a comissão e dar uma tarifa de frete para o comprador — seller sem comissão e o comprador sem tarifa de frete. Se seguirem essa estratégia, acredito que haverá um boom muito grande, e o seller terá de estar bem preparado para isso. Entenda, por exemplo, ter um estúdio, uma preparação… Quem se profissionalizar antes nesse sentido vai transmitir mais confiança e conseguir surfar melhor essa onda”.

Falta de engajamento nos marketplaces

Com exceção do Mercado Livre, Prado afirma que um problema muito presente nos marketplaces é o engajamento. E isso fatalmente gera muita dor de cabeça aos lojistas, porque além de não engajar, não vende o suficiente. “Os lojistas aguentam passar pelos problemas dentro do Mercado Livre porque, ‘apesar de’, há vendas. Nas demais plataformas, há os mesmos problemas, mas a venda não acontece — e isso é um problema”. Portanto, na relação custo-benefício, problema e venda, a balança está mais equalizada, e nos outros às vezes é mais problema do que venda. “Aí eu volto à questão do fullfilment: como o serviço dos outros marketplaces podem se mostrar relevantes, mais importantes para os sellers?”.

ADS dentro dos marketplaces

Dentro da estratégia de vendas nos marketplaces, o investimento em ADS e promoções tem ganhado cada vez mais força. “Hoje, se a gente pegar a publicidade tradicional, que é a de patrocinar produtos e praticamente todos os marketplaces têm, isso é cada vez mais comum. Na Amazon, os 2, 4 primeiros produtos que aparecem são patrocinados. Você pode ser o melhor vendedor de determinado produto, mas se não patrocinar, não aparecerá na frente”, diz Nogueira.

E ele completa, lembrando que no Mercado Livre ocorre a mesma coisa, e um top seller precisa investir de 3% a 4% do orçamento dele em ADS para evitar que sellers menores ganhem relevância. “E devo ressaltar que, a partir do momento em que você faz uma venda do Mercado Livre, seja pequeno ou grande lojista, já pode investir em ADS. E isso também vale para Amazon, Magalu e outros”.

Ao olhar para a publicidade dentro da Amazon, Nogueira diz que há um tipo de publicidade bastante interessante, que é voltado para branding. “Se você é dono de uma marca ou representante oficial dessa marca no país, você é habilitado para fazer esse anúncio de branding”. Para exemplificar a ferramenta, Nogueira citou a categoria de produtos como smartwatch, onde é mais perceptível. “Normalmente, há um banner da Apple ou da Samsung patrocinando aquela posição. Então, tem um banner maior onde o consumidor pode acessar vídeo ou foto, que o leva para um produto, e depois vem os quatro produtos. Os produtos sem patrocínio ficam para baixo da segunda dobra”.

Já sobre a Central de Promoções, o especialista lembra que o Magalu trabalha muito bem há bastante tempo, inclusive coparticipando delas (o que é positivo), e a CP do Mercado Livre — nela, a empresa dá a possibilidade de todos os sellers participarem, inclusive pequenos e médios. “A Shopee é ainda mais forte nisso, com diversas promoções ao longo dos meses disponíveis a todos os profissionais que vendem na plataforma. A ideia desses canais é deixar que os vendedores pomocionem seus produtos”.

Relevância nos marketplaces

Prado concorda com os pontos de Nogueira, acrescentando sua visão sobre o desafio de se manter relevante no marketplace hoje em dia. “A pandemia levou todo mundo para dentro do marketplace, então saturou muito o mercado e não tem espaço para todo mundo. Como não cabe todo mundo na página 1, é preciso encontrar formas de aparecer no meio de tanta gente Eu já considero a publicidade dentro do marketplace como um leilão, um ágio que o marketplace cobra para, digamos, quem pagar mais aparece primeiro. É uma briga grande por aparecer e ter rentabilidade”.

Para resumir o cenário do marketplace atualmente, Prado compara como um ambiente de adaptações. “Se você não se adapta, outro se adapta e leva o seu lugar. É simples assim. Já há algum tempo não há mais tanto plano de ação, mas sim uma mitigação das coisas. Não sei se em algum momento isso irá mudar, mas por enquanto é, basicamente, correr atrás do que o marketplace exige e seguir as instruções, pois gastar energia reclamando que está ruim não irá resolver”.

Fonte: “Raio-x dos marketplaces no Brasil: tudo o que está acontecendo nas plataformas hoje – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

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Como funciona a escola do Magalu?

O grande objetivo do Magalu é digitalizar o varejo brasileiro. Por isso, a empresa construiu um ecossistema de serviços para fortalecer e acelerar o marketplace. O Magalu acredita que um dos pilares fundamentais do sucesso é o conhecimento e a capacitação, e somente dessa forma será possível levar a muitos o que é privilégio de poucos.

Tanto é assim que em 2020 o Magalu desenvolveu uma unidade de ensino exclusiva para vendedores dentro da plataforma do Magalu, a UniMagalu, que hoje oferece cursos gratuitos para capacitação, aprimoramento e profissionalização de sellers.

Além dos parceiros da companhia contarem com a melhor estrutura logística e tecnológica do país, ainda podem usufruir de conteúdos exclusivos que os ajudam a vender mais. Todos os cursos da UniMagalu são diretos e objetivos e oferecem demonstrações práticas dos recursos das plataformas do Magalu. A UniMagalu já ajudou mais de 100 mil parceiros a multiplicarem as vendas no ecossistema da empresa.

Há opções de cursos de gestão financeira, vendas, política de frete, operações, precificação, entre outros. O parceiro pode escolher como estudar, por três tipos de modalidade: cursos online ao vivo, em que é possível tirar dúvidas em tempo real com professores e interagir com outros parceiros; treinamentos gravados, separados em módulos rápidos e fáceis de consumir quando e onde os sellers desejarem ou também pelos conteúdos em pílulas de cinco minutos, feitos para trazer respostas rápidas para dúvidas específicas sobre as ferramentas do Magalu.

Atualmente, o Magalu tem 323.000 sellers cadastrados e um catálogo de mais de 114 milhões de ofertas disponíveis para venda. No último trimestre de 2023, o marketplace vendeu mais de 4 bilhões de reais. É importante destacar que nos últimos quatro anos, o marketplace do Magalu apresentou um crescimento médio anual de 51%.

A UniMagalu acredita que a capacitação com o conhecimento certo é a chave para o aumento de vendas.

Para quem vende na plataforma do Magalu, ou pretende começar a vender, conheça e participe das aulas. É um recurso gratuito e que pode ajudar e muito na qualidade das vendas.

Fonte: “Como funciona a escola do Magalu? – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

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Plataforma própria de entregas da Jadlog atende empreendedores e pessoas físicas que vendem produtos pela internet

Uma plataforma eletrônica que facilita e agiliza o envio de encomendas de empreendedores e pessoas físicas que atuam vendendo produtos no e-commerce é a proposta da Jadlog Entregas, que acaba de ser lançada pela Jadlog, uma das maiores empresas de transportes de cargas fracionadas do Brasil e uma das principais operadoras logísticas do comércio eletrônico.

Desenvolvida para quem já faz os envios de suas encomendas através de postagens, a plataforma permite aos diversos perfis de vendedores realizarem todo o processo de forma automatizada, levando diretamente as encomendas a serem despachadas até os pontos Pickup e à rede de franquias da Jadlog. São mais de 4 mil pontos de envio e entregas de mercadorias que fazem parte da solução logística OOH (Out of Home) da transportadora.

“A plataforma Jadlog Entregas chega para facilitar a logística do empreendedor digital e para democratizar seu acesso às grandes transportadoras, visto que ele consegue realizar suas postagens próximo ao seu endereço, sem filas e sem burocracias”, afirma Diogo Inoue, diretor de Logística OOH na Jadlog. “Dessa forma, buscamos atender o varejista do e-commerce que precisa de um modelo ágil e de custos menores para enviar seus produtos aos consumidores, pois sabemos que mais de 70% dos carrinhos abandonados no e-commerce estão relacionados a fretes altos”, explica o diretor.

A Jadlog estima que há muitos empreendedores digitais sem acesso a uma grande transportadora ou pagando caro pelo serviço. “São diversos perfis de sellers, que vendem pela internet através de site próprio e redes sociais. É um mercado que só cresce, e que precisa estar conectado com uma ferramenta de fácil acesso. Por isso, a nossa expectativa é atender o maior número possível desses empreendedores”, destaca Inoue, revelando que a plataforma Jadlog Entregas entrou no ar no fim de julho passado, passou por um período de testes e hoje já é utilizada por mais de 10 mil clientes.

Este serviço tornou-se possível graças à grande capilaridade de pontos Pickup da Jadlog instalados nas cidades brasileiras. Apenas a região metropolitana de São Paulo conta com 900 pontos – um número três vezes superior às cerca de 300 agências dos Correios na mesma região.

A logística pelos pontos Píckup é mais econômica do que nos modelos tradicionais, uma vez que as coletas e entregas nesses pontos ocorrem de forma consolidada, reduzindo o número de paradas e veículos circulando nos bairros. É um modelo que também ajuda a economia local e impacta positivamente o meio ambiente.

São franquias da Jadlog, cafés, lojas de acessórios para eletrônicos, floriculturas e mercados, entre outros estabelecimentos de bairros parceiros, situados próximos da residência ou do local de trabalho dos sellers, nos quais é possível postar ou retirar os produtos comercializados pela internet.

“Por contar com pontos de fácil acesso e grande capilaridade, o modelo de operação do Pickup ganha cada vez mais relevância na logística do e-commerce, e agora nos permite oferecer um serviço diferenciado para os empreendedores digitais”, acrescenta Diogo Inoue.

Assim como facilita a vida do seller, a plataforma Jadlog Entregas e os pontos Pickup também colaboram com os compradores, que podem usufruir da mesma capilaridade dos pontos comerciais parceiros de bairro para retirarem os produtos comprados pela internet.

Fonte: “Plataforma própria de entregas da Jadlog atende empreendedores e pessoas físicas que vendem produtos pela internet – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

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Shein e Temu desafiam Amazon, que investe em inovação na China

A Amazon está buscando atrair novamente os vendedores sediados na China enquanto enfrenta uma crescente concorrência da Temu e Shein, ambas originárias da segunda maior economia do mundo.

A Amazon anunciou seus planos de inaugurar um “centro de inovação” próximo a Shenzhen, conhecido como o Vale do Silício da China, um polo para empresas de tecnologia e comércio eletrônico transfronteiriço. Declarou que pretende “apoiar vendedores na região da Ásia-Pacífico no lançamento de produtos, construção de marcas e digitalização”.

Além disso, a empresa está proporcionando aos vendedores chineses acesso ao seu serviço de cadeia de suprimentos de ponta a ponta, lançado nos EUA em setembro. Essa oferta permite que os sellers movimentem mercadorias das fábricas no exterior e as reabasteçam na Amazon e em outros canais “em uma única parada”.

A conferência anual para vendedores na China conta com a presença de alguns dos principais executivos da Amazon e normalmente atrai milhares de sellers da região. Embora a Amazon não esteja mais operando na China, o país tornou-se um ponto focal para empresas que desejam comercializar seus produtos para a base global de clientes da Amazon. Em determinado momento, quase metade dos principais vendedores da Amazon tinha sua base na China, de acordo com a Marketplace Pulse.

A Amazon relatou que em 2023 o número de itens vendidos por vendedores chineses em seu site cresceu mais de 20% em relação ao ano anterior, enquanto o número de vendedores chineses com vendas superiores a US$ 10 milhões aumentou 30%.

Enquanto isso, uma concorrência acirrada na região está surgindo da Temu, pertencente à gigante chinesa de tecnologia PDD Holdings, e da Shein, fundada na China, mas que no ano passado transferiu sua sede para Cingapura.

A Shein, que vende principalmente itens de moda rápida e acessórios, lançou um marketplace no início deste ano que busca oferecer uma variedade maior de produtos, desde eletrônicos até artigos para o lar. Vários sellers da Amazon começaram a vender na Shein nos últimos meses.

No final de novembro, a Shein protocolou confidencialmente um pedido de IPO nos EUA. Embora uma listagem possa aumentar a popularidade da Shein nos EUA e globalmente, a empresa tem enfrentado escrutínio por seu impacto no meio ambiente, vínculos com a China e alegações de uso de trabalho forçado em sua cadeia de suprimentos. A empresa foi avaliada em $66 bilhões.

A Temu, um mercado digital que oferece uma variedade de produtos, desde bugigangas peculiares até imitações mais baratas de marcas estabelecidas, veiculou um anúncio no Super Bowl no início deste ano e desde então tem realizado uma blitz de marketing. No quarto trimestre, a Temu representou de 20% a 25% das impressões de anúncios compradas no Google, em comparação com “praticamente zero” no final de 2022, de acordo com uma nota recente de pesquisa da TD Cowen. Os compradores da Temu passam quase o dobro do tempo no aplicativo em comparação com Amazon e eBay.

Na semana passada, a Amazon atualizou suas taxas para vendedores, reduzindo a comissão que cobra em roupas com preço abaixo de $15 para 5%, ante 17%, em um aparente apelo aos sellers da Shein e Temu.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/shein-e-temu-desafiam-amazon-que-investe-em-inovacao-na-china

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Shein lança seção de “Lojas de Moda” para apoiar os vendedores brasileiros

A categoria visa dar maior visibilidade aos vendedores de moda nacional.

Com o objetivo de consolidar e expandir seu ecossistema no Brasil, a Shein anunciou a criação de uma seção em seu aplicativo e site para apoiar marcas de roupas brasileiras, visando dar maior visibilidade aos vendedores de moda. Ao aderirem à categoria “Lojas de Moda”, os vendedores podem agrupar todos os seus produtos em um só lugar, destacando-se como marcas de moda para os clientes da Shein no Brasil.

As Lojas de Moda foram desenvolvidas para impulsionar as vendas dos vendedores brasileiros que utilizam a plataforma da Shein. Elas oferecem um espaço personalizado no aplicativo e no site, aumentando a exposição da loja aos consumidores. Isso leva a um aumento no tráfego, o que por sua vez resulta em um maior volume de vendas.

“Sabemos que muitos dos pequenos empreendedores não têm capital para investir na profissionalização do negócio e foi isso que também nos motivou a lançar as Lojas de Moda. Com a iniciativa, vamos acelerar o crescimento desses vendedores e apoiá-los com as ferramentas necessárias para fazer com que sejam reconhecidos como grandes marcas de moda”, afirma Raul Jacob, diretor de Marketplace da Shein.

Além disso, os vendedores têm a oportunidade de participar das campanhas orgânicas dos influenciadores digitais associados à marca, divulgando seus produtos nas redes sociais fora do ambiente da Shein. A empresa também oferece suporte aos vendedores, fornecendo dados que mostram o comportamento do consumidor, incluindo suas preferências de compra e estilo.

Compromisso com o Brasil
Em 2023, a Shein lançou seu marketplace no Brasil, contando atualmente com mais de 10 mil vendedores, o que representa quase metade das vendas totais no País. Estima-se que até 2024, as Lojas de Moda comporão 50% das vendas de vestuário no marketplace.

“Nossa meta para as Lojas de Moda contribui para acelerar ainda mais nosso compromisso firmado com o Brasil no início deste ano. Queremos apoiar empreendedores de todo o País e ajudá-los a se tornarem marcas de moda reconhecidas, o que é um diferencial da empresa”, completa.

A Shein anunciou em abril deste ano um compromisso significativo com o Brasil, com o objetivo de modernizar a produção têxtil e transformar o país em um centro de exportação para a América Latina. A empresa espera que 85% de suas vendas sejam provenientes de produtos locais até 2026, incluindo tanto a produção têxtil brasileira quanto os itens disponíveis no marketplace.

‘https://mercadoeconsumo.com.br/07/11/2023/ecommerce/shein-lanca-secao-de-lojas-de-moda-para-apoiar-os-vendedores-brasileiros/

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Americanas lança programa para preparar os comerciantes para a Black Friday

O programa é denominado “Americanas Venda+” e será lançado durante o evento “Esquenta Black Friday”.

Americanas lança programa para preparar os comerciantes para a Black Friday.

A fim de fortalecer o compromisso de proximidade com os vendedores e preparar os comerciantes para a Black Friday, a Americanas anunciou o programa “Americanas Venda+”. A iniciativa consiste em um sistema de relacionamento para vendedores de todos os tamanhos, incluindo pequenos, médios e grandes, oferecendo um suporte personalizado adaptado às necessidades individuais de cada um.

O programa será lançado durante o evento “Esquenta Black Friday”, que ocorrerá em São Paulo no próximo dia 19 e apresentará estratégias de vendas aos comerciantes de seu marketplace. O evento contará com a participação de centenas de vendedores e parceiros estratégicos de negócios da Americanas, incluindo sellers estratégicos, parceiros de negócios, hubs e embaixadores do marketplace da Americanas.

“Este é um ano de conexão para a Americanas. Foi um período de adaptação, mas que nos fez estar ainda mais próximos dos nossos lojistas, o que originou novas iniciativas criadas para oferecer a melhor experiência para os nossos sellers”, afirma Marco Zolet, diretor de Marketplace da Americanas.

Testes desde abril
O programa foi submetido a testes desde abril e mais de 2.500 vendedores já participaram do projeto. Entre os vendedores que oferecem uma variedade de produtos, 63% relataram vendas diárias. A primeira seleção de parceiros do programa “Americanas Venda+” incluirá aproximadamente 4 mil vendedores, que serão acompanhados de outubro a dezembro, cobrindo os períodos pré, durante e após a Black Friday. Durante esse período, esses vendedores receberão orientações e apoio para planejar e implementar estratégias para a data.

“Mais de 60% dos participantes já tiveram aumento significativo nas vendas ao participar do Americanas Venda+”, acrescenta Marco Zolet.

Além desse novo programa, todos os vendedores já têm acesso a conteúdos específicos desenvolvidos exclusivamente para a Black Friday, incluindo sites especiais, análises de mercado e mais de 10 horas de material audiovisual com dicas de negócios. Em maio, uma das iniciativas para impulsionar as vendas de vendedores de médio e pequeno porte envolveu 2.500 lojistas de várias categorias.

“Nosso marketplace é um pilar muito importante para o sucesso da companhia. Por isso, estamos empenhados para entregar juntos os melhores produtos, ofertas e serviços para o Brasil inteiro”, finaliza Zolet.

Entre os vendedores especializados, que dedicam mais de 50% de seu inventário a uma categoria específica, houve um aumento de 30% na taxa de conversão após a implementação dessa iniciativa.

Dívidas da Americanas
A Americanas fez uma nova reunião com bancos na terça-feira, 10, e manteve a capitalização de R$ 12 bilhões da dívida da empresa, segundo informações divulgadas em fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na tarde de hoje. Ainda de acordo com a varejista, ela vai emitir uma nova dívida de R$ 1,875 bilhão para refinanciar parte das dívidas concursais existentes.

O formato da capitalização, porém, mudou. Antes, a Americanas propunha um aporte de R$ 10 bilhões por parte do trio de acionistas de referência, formado por Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, além de uma possível capitalização de R$ 2 bilhões no futuro, a depender do desempenho financeiro da companhia. Pela proposta feita hoje, esses R$ 2 bilhões também serão aportados no curto prazo, sem condicionantes.

Os bancos demandavam que esses R$ 2 bilhões futuros fossem aportados na companhia de imediato, justamente por entender que isso amplia a perspectiva de recuperação dos créditos.

Os R$ 12 bilhões incluem ainda R$ 2 bilhões de um empréstimo debtor-in-possession (feito a empresas em recuperação judicial, e que dá prioridade de recebimento ao credor) realizado pelo trio. Desse montante, a Americanas já recorreu a duas tranches – uma de R$ 1 bilhão e outra de R$ 500 milhões – para manter as operações em funcionamento enquanto o acordo não acontece.

‘https://mercadoeconsumo.com.br/17/10/2023/black-friday/americanas-lanca-programa-para-preparar-os-comerciantes-para-a-black-friday/

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MPEs recuperaram fôlego e buscaram mais crédito em agosto, indica Serasa Experian

Em agosto houve uma alta de 10,1% na busca das companhias por recursos financeiros no comparativo com o mesmo mês de 2022. No caso das as Micro e Pequenas Empresas (MPEs), foi o maior número desde maio de 2022 (10,2%). De acordo com o Indicador de Demanda das Empresas por Crédito da Serasa Experian, tal elevação foi maior que a das grandes empresas (9,8%).

No gráfico é possível acompanhar os dados completos. Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, “a queda de juros e da inflação possibilitou que os consumidores pudessem também sanar suas dívidas negativadas e gerar uma estabilidade na inadimplência. Esses pagamentos indubitavelmente são destinados a empresas que ganham mais caixa e fôlego para liquidarem seus próprios débitos”

Vale destacar que, no terceiro trimestre de 2023, segundo dados da Nuvemshop, as PMEs movimentaram cerca de R$ 839 milhões com vendas digitais. Neste caso, trata-se de um valor 20% superior em comparação ao ano passado (R$ 699 milhões). Entre julho e setembro, por exemplo, houve um aumento de 22% no número de volumes nos pedidos — passou de 2,7 milhões para 3,4 milhões.

Dívidas do primeiro semestre

A média das dívidas mais contempladas entre janeiro e junho de 2023 foram aquelas que possuíam até 30 dias de vencimento (57,1%) e as de até 60 dias (42,9%). Em seguida, ficaram as dívidas com idades de 90 dias (30,2%), depois as de 180 dias (23,4%) e as com 1 ano (20,8%). As mais antigas, vencidas há mais de um ano, foram menos contempladas (9,2%).

Imagem de um gráfico
Na visão por valor dos débitos, no primeiro semestre, a maior taxa média de pagamentos foi das contas negativadas de até R$ 500 reais (49,9%) e a menor de R$ 2 mil a R$ 10 mil (41,7%)

Análise por setor da dívida: Varejo na mira do ressarcimento

setor de “Varejo” teve a maior média de pagamentos de dívidas atrasadas entre janeiro e junho deste ano (53%) e “Telefonia” o menor (12,9%).

Mercado de Telefonia teve a menor média de pagamento de dívidas atrasadas

Piauí: pequeno notável na recuperação de crédito das empresas

Ainda segundo o Indicador de Recuperação de Crédito das Empresas da Serasa Experian, o Piauí registrou a maior taxa média de recuperação de crédito no primeiro semestre de 2023. O estado se juntou a Paraíba, Maranhão, Acre de Mato Grosso como o top 5 do ranking.

Gráfico mostra dados de recuperação de crédito de todas as Unidades Federativas

Outras podem ser adquiridas aqui.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/mpes-recuperaram-folego-e-buscaram-mais-credito-em-agosto-serasa-experian

 

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Magalu busca empresas de sistema de PDV para promover integração de lojistas ao marketplace

Um estudo do Magalu, constatou que existem centenas de softwares de automação comercial no Brasil e que milhões de varejistas usam sistemas de PDV (Pontos de Venda) oferecidos por empresas locais, mas ainda não vendem online. Ou seja, são pequenos e médios empreendedores que estão digitalizados, mas ainda não usam a internet como ferramenta de potencialização de seus negócios.

Diante desta oportunidade, o Magalu busca parcerias com empresas de PDV, que poderão oferecer o serviço de integração para seus clientes e ainda venderem no marketplace da companhia, que conta com mais de 37 milhões de clientes ativos. “Atrair pequenas empresas de software cria vantagens para todos os lados. Ao seller que terá seu PDV e sua loja virtual no mesmo lugar. À empresa de PDV que pode conquistar mais clientes e fidelizar os usuários. E, ao Magalu, que alcançará novos varejistas que ainda não vendem pela plataforma”, afirma Diego Ferreira, gerente de marketplace do Magalu.

A solução, batizada de Plugue Magalu, já está disponível e funciona da seguinte forma: a empresa responsável pelo sistema parceiro cria a conexão entre a própria ferramenta e o Magalu, por meio de API (Interface de Programação de Aplicações), permitindo a troca de informações entre ambos os sistemas. Os comerciantes usuários do PDV conseguirão se credenciar no Magalu Marketplace, enviar o seu estoque para vender na plataforma online (site e app Magalu) para todo o Brasil, contando com toda a infraestrutura Magalu (plataforma, logística, meios de pagamento e análise de dados), e fazer toda a gestão por meio do sistema que já utiliza.

O sistema parceiro, por sua vez, se beneficia oferecendo uma nova funcionalidade em seu modelo de negócio e ainda podereceber parte das vendas realizadas por seus clientes comerciantes realizadas por meio da plataforma. Com isso, o Magalu aumenta o portfólio de produtos e categorias disponíveis no site, atraindo novos clientes e alimentando o ciclo da plataforma.
Modelo de negócio

Para incentivar o crescimento da parceria, o Magalu oferece um modelo de crescimento de participação sobre a venda dos comerciantes incluídos na plataforma da companhia, de acordo com o tamanho da base ativa e a elegibilidade deles (CNAE). Na prática, o sistema parceiro recebe parte das vendas totais realizadas pelos seus clientes comerciantes (estas, realizadas através da plataforma de vendas do Magalu).

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/magalu-sistema-pdv-para-integracao-lojistas

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Com Brás, Mercado Livre visa competir com popularidade de players asiáticos

Ao firmar parcerias com lojistas do comércio popular, marketplace pretende ganhar espaço no mercado de moda e competir com players internacionais.

No fim do primeiro semestre deste ano, o Mercado Livre anunciou um projeto para trazer os lojistas do Brás, polo comercial popular do centro de São Paulo, para o marketplace.

A empresa irá selecionar 400 lojas de pequenos e médios empreendedores para obter acompanhamento in loco, suporte direto e consultoria do Mercado Livre ao longo de três meses.

Marketplace amplia oferta de produtos acessíveis (Crédito: Alf Ribeiro/Shutterstock)

Essa não é a primeira vez que um e-commerce tenta levar os empreendedores do Brás para o ambiente online. Maya Mattiazzo, professora do hub de moda e luxo da ESPM, já participou de duas iniciativas com o mesmo propósito, mas cita duas dificuldades principais nessa empreitada: educar lojistas e estoque.

Adaptação do offline para o digital

Segundo a executiva, os marketplaces, incluindo o Mercado Livre, tem regras rígidas e uma base de anúncios inflacionada, o que, para um entrante, pode representar um desafio de gestão, cobertura de estoque, competitividade de preço, agilidade e manutenção dos produtos nas páginas da empresa.

“Para o lojista isso pode assustar. Se ele achar que é só colocar os produtos lá e não fazer mais nada, ele irá se frustrar”, diz. Ao mesmo tempo, Maya reconhece que vender no ambiente online é uma necessidade, tendo em vista que essa é a forma que o mercado consumidor tem se acostumado a comprar e os lojistas podem apresentar a vantagem do preço.

De acordo com uma pesquisa conduzida pela Consumoteca em 2022, 77% compram itens de moda em canais online. Já segundo a Nuvemshop, a categoria de moda faturou R$ 548 milhões.

Alimentos e moda, os próximos passos do Mercado Livre

“Os lojistas do Brás sempre fabricaram para vender volume. E as vendas aconteciam de forma muito rápida. Ensinar o ciclo do e-commerce é novo para eles. Mas é o modelo que o mercado cobra agora. Os clientes entenderam que comprar direto do fabricante traz o benefício do preço e, na hora que mexe no bolso, o caminho é sem volta”, explica.

A manutenção do estoque é importante, a medida que, no e-commerce, o cliente paga o produto de forma adiantada, o que não ocorre normalmente em lojas físicas.

Mercado Livre quer se consolidar no segmento de moda

Esse projeto também faz parte de uma estratégia do marketplace para se aproximar de polos de moda no Brasil, além de apostar em segmentos que contam com vendas mais recorrentes. Ao mesmo tempo que os lojistas do Brás podem alcançar novos públicos ao estar na plataforma, o Mercado Livre se beneficia ao se fortalecer em um setor pelo qual não é lembrado. Assim, o marketplace se torna canal para itens de qualidade e valor acessível.

“Nesse momento, homologar os lojistas é fundamental para que tenhamos produtos de qualidade duvidosa na plataforma. Por isso ,eles têm trabalhado tão perto dos lojistas, visitando suas operações para garantir qualidade para o cliente final e evitando a entrada de vendedores que comercializem produtos piratas”, esclarece a professora da ESPM.

Além disso, o projeto reforça uma tendência observada por Maya, que é a eliminação de intermediários, como lojas multimarcas, nas negociações de moda.

Competição com o mercado internacional

Com a eliminação do intermediário e o preço acessível, a empresa adiciona uma vantagem diante da ascenção das plataformas internacionais Shein e Shopee.

Mercado Livre: “não fazemos tecnologia por tecnologia”

Para Marina Roale, head de pesquisa na Grupo Consumoteca, a decisão do Mercado Livre atende a mudanças no comportamento de compra do consumidor, que procura um custo-benefício melhor. Diante do encerramento de lojas físicas durante a pandemia, marcas com experiência digital sobressaíram, principalmente em plataformas com boa logística de entrega, política de preço e boa navegabilidade. Por sua vez, isso proporcionou um terreno fértil para as plataformas internacionais.

“Diante de um consumidor com menos poder aquisitivo e muita quilometragem de experiência digital, ter uma marca sólida na moda não será mais privilégio de quem conta um bom storytelling ou possui lojas conceito, mas quem fala a língua do pragmatismo também. Os consumidores estão caindo no gosto dessa ideia de ‘tudo num só lugar’. Nestes canais, a lógica de fidelização de marca muda. Estamos vendo consumiores mais fiéis às próprias recompensas de quem vende do que a marcas que oferecem os produtos”, argumenta.

Da mesma forma, a mobilização beneficia os fornecedores, que também competem com as plataformas citadas.

Entretanto, Maya considera que o Mercado Livre apresenta vantagens, como sua presença e reconhecimento no mercado brasileiro, estratégias de gameficação e entrega, o que resulta em fidelidade por parte dos consumidores.

Impacto em toda cadeia

A iniciativa tem  potencial de retorno para os fabricantes e lojistas que não estavam no digital e,  agora, podem comercializar com mais margem de lucro. Para o próprio Mercado Livre, Maya acredita que o potencial é “gigantesco”, descreve.

“Veja que o Mercado Livre é o e-commerce mais acessado do Brasil. É uma marca amada pelos brasileiros e que ultrapassou as barreiras de ser um e-commerce ou uma marketplace. O Mercado Livre é um ecossistema, resolve problemas das pessoas, mas faltava resolver o problema da moda.
Acredito no fortalecimento da plataforma com a entrada da moda, podendo se tornar um hub importante até para B2B. Isso irá gerar um incremento de receita significativo”, avalia.

Por fim, a tática antecipa adaptações feitas ao consumidor do presente e do futuro, que é parte da Geração Z. Segundo Mariana, esse grupo valoriza players que entregam produtos desejo a preços acessíveis para seu bolso, variedade, preço e diversidade.

“Eles romperam com a má reputação de que players chineses entregavam produtos diferentes dos anunciados. Estes jovens amam a sensação de barganha e já apontam marketplaces como o canal favorito de compra. No Tiktok não faltam vídeos de achados e truques de compras nestas plataformas. Se pro millennial a peça barata era aquele básico escondido em um look high-low, para o Gen-Z, pagar barato é motivo de orgulho e passaporte para o novo #aesthetics do momento. Hackear um boa jornada de compra é tão desejado que eles dão cursos sobre como fazer bons garimpos na Shein e na Shoppe. Agora, nos resta saber se teremos aulas de achadinhos no Brás versão Mercado Livre”, reflete.

‘https://www.meioemensagem.com.br/marketing/bras-mercado-livre-moda

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