A partir de agora, os clientes da Amazon em Portugal poderão receber as suas encomendas em qualquer ponto da rede dos CTT, incluindo lojas, Pontos CTT agentes Payshop e cacifos Locky. Este novo serviço será implementado antes da Black Friday, inicialmente em cerca de 1.000 pontos, incluindo 600 lojas e pontos físicos, além de 400 cacifos Locky.
A parceria entre a Amazon e os CTT visa facilitar a entrega durante a época festiva, oferecendo aos clientes mais flexibilidade na receção das suas encomendas. A partir de 2025, a rede de pontos de entrega será expandida para cerca de 3.800 locais.
João Sousa, administrador-executivo dos CTT, diz que “esta parceria com a Amazon em toda a rede CTT demonstra a nossa capacidade de entregar conveniência ao cliente final e reforça o nosso posicionamento de empresa líder no segmento de expresso e encomendas.”
Para Inês Ruvina, Country Leader da Amazon, “esta parceria é muito importante para a Amazon, uma vez que irá expandir as opções para os nossos clientes em Portugal para receberem as suas encomendas como preferirem: em casa, num cacifo da Amazon, e agora nos milhares de pontos de recolha em toda a rede CTT. É particularmente oportuno que o lançamento comece antes da Black Friday e mesmo antes do Natal, por forma a facilitar a entrega durante uma das épocas mais importantes do ano para os clientes”.
A Black Friday é uma das datas mais significativas no calendário do varejo, marcando o início das compras de fim de ano e impulsionando o volume de vendas em níveis excepcionais. Para que o e-commerce alcance bons resultados, porém, uma preparação estratégica é essencial – e essa estratégia depende de uma análise detalhada dos dados das edições anteriores. Ao utilizar esses dados, as empresas conseguem insights valiosos sobre o comportamento do consumidor, padrões de estoque, desempenho de vendas e eficiência logística, permitindo uma operação mais preparada para o aumento de demanda.
Abaixo, abordaremos a importância desse processo de análise e como ele pode ser um diferencial competitivo para o e-commerce.
Black Friday: um estudo de padrões para estratégias de sucesso
A análise dos dados das edições anteriores da Black Friday é uma ferramenta poderosa para o e-commerce. Ao avaliar métricas como vendas, comportamento do consumidor, operações logísticas e performance dos canais de marketing, as empresas podem identificar o que funcionou bem, o que precisa ser aprimorado e até novas oportunidades que podem não ter sido exploradas.
Alguns dos insights mais relevantes dessa análise incluem:
Planejamento de estoque baseado em tendências: o comportamento do consumidor registrado em edições passadas permite prever quais produtos terão maior procura, ajustando o volume de estoque de maneira mais precisa. Ao evitar excessos e rupturas, as empresas otimizam o capital de giro e atendem melhor à demanda, garantindo maior assertividade nas compras de inventário.
Gestão logística e prevenção de gargalos: os dados logísticos, como tempo de entrega e eventuais gargalos de transporte, são fundamentais para ajustar e planejar melhor a operação. Ao identificar os principais pontos de falha ou atraso, as empresas podem investir em melhorias, como reforço no sistema de armazenamento e separação, que agilizem o processamento de pedidos e tragam maior eficiência à operação.
Eficiência em promoções e ofertas personalizadas: dados de vendas e de comportamento de consumo indicam quais produtos se destacaram em cada edição da Black Friday. Com essa informação, é possível direcionar campanhas promocionais e planejar descontos e ofertas especiais nos itens com maior potencial de venda, atingindo o consumidor de maneira mais estratégica.
Preparação para a Black Friday: passos fundamentais para o e-commerce
Para uma operação bem-sucedida, o e-commerce precisa implementar medidas preventivas e otimizar todos os aspectos envolvidos no atendimento à alta demanda. Entre os pontos críticos que merecem atenção, destacam-se:
Planejamento de estoque e capacidade logística: a alta demanda exige um estoque bem abastecido e uma estrutura logística capaz de lidar com o volume. O investimento em um sistema de WMS (Warehouse Management System) e OMS (Order Management System) é essencial para automatizar o controle de estoque, agilizando o envio e o processo de separação dos produtos.
Capacitação e engajamento da equipe: com o aumento nas transações e demandas logísticas, preparar e treinar a equipe para lidar com o ritmo da Black Friday é indispensável. Isso inclui o pessoal de atendimento, que deve estar pronto para resolver dúvidas e demandas com rapidez, e a equipe operacional, que precisa garantir precisão e agilidade em cada etapa do processo.
Parcerias logísticas estruturadas: o alinhamento com parceiros logísticos experientes ajuda a gerenciar o aumento de demanda com mais segurança. Transportadoras e operadores logísticos com expertise na Black Friday podem auxiliar na entrega rápida e segura, reduzindo o risco de atrasos e mantendo a qualidade do serviço.
Automação e integração tecnológica: investir em tecnologia, como plataformas de e-commerce robustas e sistemas de gestão de pedidos, agiliza as operações e minimiza os riscos de falhas. A automação garante precisão nos processos, reduz o tempo de resposta e oferece uma experiência positiva ao consumidor final, alinhando-se à agilidade que ele espera.
A logística como diferencial competitivo na Black Friday
Uma operação logística estruturada é um fator de diferenciação na Black Friday, oferecendo benefícios que vão além da simples entrega. Entre as vantagens estão:
Velocidade de entrega: uma logística ágil permite que os pedidos cheguem rapidamente ao cliente, o que é crucial em uma data tão competitiva. A velocidade de entrega é uma das características mais valorizadas pelo consumidor, especialmente quando há alta demanda e uma forte concorrência.
Redução de custos operacionais: com processos logísticos otimizados, as empresas reduzem custos de armazenagem e transporte. Assim, conseguem aumentar as margens de lucro, mesmo com os descontos oferecidos durante a Black Friday, melhorando o desempenho financeiro da operação.
Controle de estoque em tempo real: com a ajuda de sistemas de gestão como o WMS, o controle de estoque é preciso, evitando faltas e excessos de mercadorias. Esse controle permite responder rapidamente à demanda dos clientes, ajustando a reposição de produtos de forma eficiente.
Melhoria na satisfação e experiência do cliente: quando os pedidos chegam no prazo prometido e sem problemas, a experiência do cliente é positiva, fortalecendo a lealdade à marca e aumentando as chances de futuras compras. Isso também impacta a reputação da empresa, gerando um ciclo de confiança que impulsiona as vendas.
Considerações finais
Preparar-se para a Black Friday com uma base sólida de dados é um diferencial decisivo. A análise das edições anteriores oferece uma visão valiosa sobre tendências, permite ajustes logísticos precisos e ajuda a empresa a tomar decisões assertivas. Dessa forma, o e-commerce não apenas melhora o desempenho, mas também se posiciona de forma mais competitiva em um mercado em constante transformação.
A Black Friday é uma oportunidade para destacar a marca e fidelizar clientes, e uma operação logística eficiente, baseada em dados e tecnologia, é a chave para essa jornada bem-sucedida.
Novas ferramentas visam aprimorar a eficiência e a agilidade na entrega de produtos, ajudando pequenas empresas a se destacarem no mercado.
Com o crescimento do e-commerce — que atingiu faturamento de R$ 185,7 bilhões em 2023 —, as micro e pequenas empresas locais têm se posicionado no mercado e oferecido serviços de alta qualidade. Um dos principais fatores que permitem essa competição é a possibilidade de entrega expressa, que vem se tornando um diferencial estratégico na experiência do cliente.
Atendendo a essa demanda, as empresas de logística vêm lançando soluções específicas para apoiar o crescimento dos pequenos negócios, facilitando o acesso a ferramentas eficientes e ágeis.
Entre essas iniciativas estão a Solistica, operadora de soluções 3PL na América Latina, e a Omie, plataforma de gestão empresarial (ERP), que se uniu à Loggi.
SOLÍSTICA E O ENVIO FÁCIL
A Solística lançou recentemente o serviço Envio Fácil em Limeira, no interior de São Paulo. O objetivo é ampliar a capacidade de entregas na região e criar um modelo de serviço que também atenda empreendedores locais.
Para a gerente de Desenvolvimento de Transporte da Solistica, Marilia Cordeiro, é preciso apoiar os pequenos negócios para alcançarem um público mais amplo e atendam às expectativas dos consumidores por conveniência e agilidade — à entrega expressa permite que eles entrem, com vantagem, na disputa pela atenção do consumidor.
“Pouco a pouco, os micro e pequenos empreendedores vão ocupando espaços que antes eram dedicados apenas às grandes operações. É possível oferecer serviços de excelência mesmo em companhias de pequeno porte, e os consumidores também estão percebendo isso. No Envio Fácil, ofertamos embalagens para postagens e sistema de rastreamento de itens para o cliente, essencial nos dias atuais e que fortalece a credibilidade”, defendeu.
Marilia reforçou que a capacidade de oferecer entregas rápidas ajuda a conquistar a fidelidade dos clientes, que se traduz em maiores taxas de retenção e aumento das vendas. “Além disso, a entrega expressa permite que essas empresas alcancem novos mercados e ampliem sua clientela para além das fronteiras geográficas tradicionais, vislumbrando o crescimento do empreendimento”, ressaltou.
PARCERIA ENTRE OMIE E LOGGI
Em outro movimento para contribuições como PMEs, a plataforma de gestão empresarial Omie firmou uma parceria com a Loggil. A integração entre os serviços permite que os empreendedores agendem entregas diretamente pelo sistema ERP da Omie, tornando os processos mais simples e ágeis.
De acordo com a companhia, empresas de qualquer segmento podem gerenciar de forma mais eficiente os custos logísticos, proporcionando um serviço de entrega em todo o Brasil mais acessível e competitivo.
É possível também acompanhar todas as vendas em uma só plataforma e verificar a rota das entregas com notificações a cada atualização, além de fazer a cotação do frete, contratação do serviço de logística, emissão de etiqueta para o pacote e acompanhamento do envio durante todo o trajeto.
Para o vice-presidente de Novos Negócios da Loggi, Ariel Herszenhorn, a integração vai possibilitar a oferta de soluções logísticas mais alinhadas e personalizadas, otimizando processos para uma melhor experiência do cliente.
“Tornará cada vez mais fluida a experiência dos vendedores, facilitando o acesso e a utilização das soluções Loggi por um maior número de empresas que vendem seus produtos online. Além disso, é importante ressaltar que a logística é uma solução totalmente conectada ao e-commerce, e parte necessária e estratégica dos negócios”, disse.
Entregas mais rápidas agora são uma realidade para comunidades de Manaus e diversas regiões remotas do país, promovendo inclusão e desenvolvimento.
Em 2019 as operações da Amazon no Brasil contavam com apenas 1 Centro de Distribuição e um portfólio de 1 milhão de produtos disponíveis para venda. 5 anos depois, com mais de 100 polos logísticos e um portfólio entre varejo e serviços de marketplace, a Amazon realiza entregas para clientes em 100% dos municípios brasileiros.
Foi com esse propósito que desenvolvemos um projeto de entregas na Amazônia, incluindo a zona rural de Iranduba, a 27 quilômetros de Manaus. Com poucas rodovias, muitas delas em condições precárias, e com acessos interrompidos em dias de chuva, além da necessidade de barcos para chegar até a porta dos moradores, essa comunidade vivia isolada. Porém, desde o lançamento do projeto, as 86 famílias que vivem ali agora recebem suas encomendas com velocidade de até dois dias para milhares de produtos, graças a um barco voadeira que realiza as entregas diretamente às suas portas.
Entregas a cada vez mais CEPs em cada vez menos tempo
Na Amazon, otimizar as entregas é uma prioridade constante. Com o apoio da nossa inteligência artificial de última geração, conseguimos aprimorar nossas operações de maneira significativa. Tecnologias como empacotamento e roteamento otimizados, baseadas em algoritmos de Machine Learning, nos permitem escolher o tamanho ideal das embalagens e as rotas mais eficientes, o que resulta em uma redução no uso de materiais, maior aproveitamento do espaço nos caminhões, diminuição do tempo de entrega e cortes no consumo de combustível e emissões de carbono.
Além disso, analisamos cada região individualmente, adaptando os meios de transporte às necessidades específicas, seja por via aérea, terrestre ou fluvial. Manaus é um exemplo disso. Por lá, combinamos transporte aéreo e fluvial, com as entregas de última milha realizadas via lancha para a comunidade ribeirinha do Lago do Catalão que, até então, não recebiam encomendas de quaisquer ordens uma vez que nem os Correios chegam nessa região.
Mas não é só no Norte do país que a Amazon se dedica em realizar entregas. Nossa prioridade é que os clientes recebam seus produtos de forma rápida, segura e com nosso padrão de qualidade em todas as regiões. Só nesse ano, a Amazon Brasil e a Azul anunciaram 18 novas rotas aéreas para acelerar o atendimento nas regiões Norte, Nordeste, Sul e Centro-Oeste do país, como parte da missão de otimizar entregas para ainda mais clientes, reduzindo prazos de até sete para dois dias em diversas localidades. Totalizando 42 rotas em todo o país, a Amazon e Azul já entregaram mais de 12 milhões de produtos por diversas regiões do Brasil, e nosso objetivo é continuar a ofertar entregas cada vez mais seguras em um menor tempo possível para todo o território nacional.
Mais que produtos: inclusão e desenvolvimento
Levar o consumo para a comunidade ribeirinha de Manaus e região Norte não diz respeito apenas aos produtos. É um passo fundamental para promover a inclusão social e o desenvolvimento econômico local. A maior acessibilidade a produtos e serviços impacta positivamente a vida das pessoas, gera oportunidades de emprego e renda, e contribui para o desenvolvimento da região.
Afinal, a expansão abraça o jeito Amazon de impactar positivamente a comunidade à qual atende e na qual opera. Para isso, contratamos mão de obra local e de comunidades próximas. Além disso, providenciamos a instalação de um poço artesiano, que serve como ponto estratégico para as entregas realizadas por barco.
A Logística da Amazon opera por meio de uma rede interconectada de pessoas, centros logísticos e tecnologias avançadas, fortalecida por provedores parceiros de entregas. Essa infraestrutura visa oferecer um serviço mais rápido e confiável, aprimorando a experiência geral do cliente.
A ação soma-se a diversas de nossas iniciativas recentes, que incluem envolvimento em projetos sustentáveis, como a parceria com a To Do Green, focada na neutralização de carbono, com a Favela Log, focada na entrega em favelas, e com a Azul Linhas Aéreas, que busca encurtar os tempos de entrega nas distâncias mais longínquas do nosso país.
Na Amazon somos comprometidos em constantemente melhorar a experiência do cliente e, ao mesmo tempo, impactar positivamente o país, gerando novos empregos (diretos e indiretos), capacitação e oportunidades de negócios para todos os tipos de empresas e membros das comunidades onde operamos.
Outros objetivos da transação incluem a expansão de serviços de cross-selling de todas as empresas do grupo e a criação de uma rede logística reversa eficiente da MOVE3 no Brasil.
A MOVE3 anunciou uma joint venture com a Sequoia, um movimento que, segundo as empresas, tem o objetivo de conferir agilidade e ampliação da malha de entregas do grupo para as cidades do interior do Brasil.
De acordo com o CEO do Grupo MOVE3, Guilherme Juliani, a fusão é reflexo do fato de as empresas serem complementares. “A força de tecnologia e controle de custos das empresas do Grupo MOVE3 aliada à força institucional da marca Sequoia tem um potencial gigante. Hoje, a Sequoia tem uma vasta abrangência de transferência de carga e know-how de field service que podem ser agregados ao ecossistema do Grupo MOVE3.”
Além da ampliação de malha de entregas para as cidades do interior, Juliani destacou que a expectativa é que a joint venture expanda, também, os serviços de line haul da Sequoia e cross-selling entre todas as empresas do grupo.
Outro intuito com a joint venture é fortalecer a operação de first mile da MOVE3, bem como a criação de uma rede de logística reversa eficiente no Brasil. “Acho que isso, com a entrada da Drops [rede de entrega e retirada de encomendas da Sequoia] e rotas próprias da Sequoia trarão um grande avanço para nós”, disse Juliani.
Segundo o Neofeed, a transação posiciona as empresas como a segunda maior companhia de entrega de pequenos pacotes no país, com receita líquida de R$ 2,4 bilhões, atrás apenas dos Correios.
Após a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), as empresas firmarão um novo acordo. Em comunicado para a imprensa, a MOVE3 reforçou que, apesar de a família Juliani ser a maior acionista individual da joint venture, nenhum acionista deterá sozinho o controle da companhia.
REESTRUTURAÇÃO FINANCEIRA DA SEQUOIA
A longo do último ano, a Sequoia fez movimentos em prol de reestruturação financeira. Em dezembro, a companhia anunciou um acordo com bancos credores para reduzir a dívida líquida em 85%, derrubando o valor devido de R$ 700 milhões para R$ 100 milhões a serem pagos em sete anos.
Junto a esse movimento, a Sequoia também elegeu um novo Conselho de Administração, presidido por Eric Fonseca — portfolio manager e cofundador da Newfoundland, um dos principais investidores da companhia.
“A conclusão da negociação da dívida coloca a Sequoia em uma nova fase. A companhia renasce mais leve, desalavancada, mas tendo preservado seus principais ativos: know-how, capacidade operacional, pessoas-chave e clientes”, afirmou Fonseca.
Para o CEO da MOVE3, os obstáculos enfrentados pela Sequoia reforçam a resiliência da companhia. “Um time que passou pela provação que eles passaram cria uma casca e aprende lições valiosas que precisam ser ensinadas para os outros”, disse.
ABERTURA DE CAPITAL DA MOVE3
Em entrevista para a MundoLogística em abril do ano passado, Guilherme Juliani destacou a pretensão da MOVE3 de abril capital — prevendo, inclusive, a inclusão da companhia na janela de IPO (“Initial Public Offering”, ou “Oferta Pública Inicial”, em português) do primeiro trimestre de 2024.
Nesse sentido, a joint venture com a Sequoia marca a entrada da MOVE3 no mercado de capitais sem passar pelo processo de IPO. “O IPO não era um objetivo em si, mas sim um meio para possibilitar que o nosso grupo chegasse mais longe”, explicou Juliani.
Aplicações de robótica, automação e IA, além da busca por conveniência, são os instrumentos da Amazon para confrontar e conquistar espaço no controverso e ineficiente mercado de saúde.
Há muitas dúvidas sobre o uso da IA nas tarefas humanas. No Centro de Distribuição BFI1 da Amazon, em Seattle, podemos ver o quanto a robótica pode ser aplicada para realmente elevar ganhos de produtividade, mas, sobretudo, para tornar o trabalho humano mais confortável e satisfatório.
Os robôs e soluções de automação espalhados pela área foram meticulosamente pensados para minimizar deslocamentos inúteis e deixar os produtos à mão dos colaboradores. Por exemplo, não há um lugar específico ou gestão de categoria para acomodar produtos. Há um inventário espalhado por toda a área para que sempre haja um item próximo para coleta e separação. Assim, o desperdício de tempo é minimizado ao extremo. Toda essa tecnologia ganhou uma nova dimensão com a entrada da Amazon no segmento de saúde.
John Love e Vin Gupta, ambos Chief Medical Officer da Amazon Pharmacy, fizeram apresentações muito instigantes durante o evento “Delivering The Future”, iniciativa da Amazon que apresenta inovações em diversas áreas de negócio promovidas pela empresa e que teve paineis e visitas especiais justamente no ambiente do CD BFI1.
Os executivos falaram sobre as inovações implementadas na entrega de cuidados de saúde. Esse é um segmento que vem merecendo muita atenção e investimento da Amazon. Os motivos são os mais variados e interessam particularmente para o mercado brasileiro.
Todas as questões envolvendo saúde são complexas. Envelhecimento acelerado da população tanto em mercados maduros quanto em países de renda média, redução de população ativa com impactos nas contribuições para os sistemas previdenciários, custos explosivos em novos tratamentos e medicamentos, modelagem antiquada dos planos de saúde privados, dificuldades na gestão da saúde pública e, sobretudo, uma imensa falta de inteligência de dados para compreensão de necessidades especiais e expectativas dos usuários de sistemas de saúde. Todos esses fatores compõem um ambiente que gera ruídos e poucas decisões de qualidade.
A entrada de uma empresa como Amazon no segmento da saúde, inicialmente como alternativa de aquisição de medicamentos over the counter (vendidos sem prescrição) e controlados, tem um potencial disruptivo ainda incompreendido.
A saúde entra na conta
Aumentar a velocidade e a conveniência dos consumidores é também princípio da Amazon em sua unidade de farmácia. Essa divisão ainda não funciona no Brasil, mas procura resolver muitas das dores associadas à compra de medicamentos no mercado americano. Na Amazon Pharmacy, a ideia é oferecer medicamentos 24 horas por dia, 7 dias por semana, com total transparência de custos e preços, e entrega onde o cliente quiser, na hora mais apropriada e necessária. Essa conveniência vem sendo modelada no mercado brasileiro. Um bom exemplo é a fluidez do modelo “clique e colete” da Raia-Drogasil.
Mas a Amazon trouxe novos conceitos, conforme explica John Lovecraft, vice-presidente da Amazon Pharmacy: “No final de janeiro, anunciamos o passe RX, um complemento principal de US$ 5 por mês que dá aos clientes acesso a mais de 50 medicamentos comuns, que tratam mais de 80 condições comuns.” Segundo o executivo, mais de 150 milhões de americanos tomam um ou mais dos medicamentos incluídos no passe RX, e agora tem esse benefício por uma Assinatura de apenas US$ 5 por mês.
Segundo Lovecraft, ainda, a Amazon Pharmacy trabalha com parceiros do setor para fornecer uma experiência melhor por trás dos grandes lançamentos de medicamentos. O objetivo central é oferecer uma farmácia digital disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, a partir da otimização do investimento em aprendizado de máquina e IA.
Para complementar a oferta da Amazon Pharmacy, a empresa criou a Amazon Clinic (alguma dúvida, considerando as imensas oportunidades existentes derivadas das lacunas e ineficiências crónicas dos sistemas de saúde no mundo todo?) Assim, a Amazon Clinic oferece aos clientes em 50 estados dos EUA acesso à telemedicina para que possam fazer consultas por vídeo.
Também oferece consultas baseadas em texto para condições comuns. Então, se você está com gripe, ou com dúvidas sobre cosméticos ou sobre cuidados com o cabelo e quer conversar com alguém sobre isso, pode ter uma conversa particular com um profissionalmente saúde ao utilizar as facilidades da Amazon Clinic. É uma ótima maneira de os clientes serem acolhidos no conforto de sua casa.
A conveniência do consumidor é vital
O sistema da Amazon Pharmacy defende a possibilidade dos consumidores fazerem seus autotestes, e novas maneiras de oferecer conveniência e serviço aos consumidores. Eles garantem a segurança dos clientes e a propriedade é protegida, garantindo a entrega de pacotes apenas em áreas onde as obstruções são mínimas e sem a presença de obstáculos inesperados e de animais de estimação 100% do tempo. Isso significa 100% de assertividade nos prazos em milhares de entregas simultâneas.
A notícia de maior impacto no entanto, foi compartilhada pelo Dr. Vin Gupta, Chief Medical Officer da Amazon Pharmacy: já em 2024, a unidade estará operacional na Europa, inicialmente no Reino Unido e na Itália.
Amazon saúde
Dr. Vin Gupta, Chief Medical Officer da Amazon Pharmacy
“Temos trabalhado em estreita colaboração com reguladores e grupos comunitários nacionais e internacionais para levar este serviço aos nossos clientes. Dedicamos o tempo e os recursos necessários para construir um site e um serviço escalonável para trazer uma experiência de entrega incrível”, afirma.
Dessa forma, com a capacidade de investimento da Amazon e sua habilidade em identificar e traduzir expectativas dos clientes em serviços melhores que os existentes, o potencial disruptivo do conjunto Amazon Pharmacy/Amazon Clinic é imenso. Afinal, estamos diante de um sistema de saúde complexo que coleciona ineficiência crônicas há décadas e que não enxerga e muito menos enfrenta de modo conveniente as dores dos clientes.
Burocracia, processos incompreensíveis, fraudes, custos crescentes, serviços disponíveis um dia e descontinuados nos dias seguintes, são sintomas de um negócio doente. Atacar as dores e oferecer soluções que empoderem o consumidor de saúde certamente vão forçar os atuais protagonistas a buscarem inovação real que realmente beneficie os consumidores.
Apostar que as unidades Amazon Pharmacy/Amazon Clinic venham ao Brasil é absolutamente incerto. Há lobby contrário e uma regulação confusa e deficiente, que certamente funcionam como obstáculos para a maneira flexível e centrada em dados que caracteriza a Amazon. Mas sua experiência em novos mercados certamente irá iluminar e influenciar outras empresas insurgentes a buscarem inovação em saúde.
O grande vetor de transformação é a capacidade de usar a informação para promover mudanças e serviços melhores para o cliente. Há poucas empresas no mundo com a capacidade da Amazon de interpretar dados e desenvolver serviços e ideias a partir deles. Essa expertise é essencial para reinventar os serviços de saúde. E essa tendência certamente vai chegar ao Brasil, pelas mãos da Amazon ou influenciado por ela.
*Jacques Meir é diretor de Conhecimento do Grupo Padrão e viajou a Seattle à convite da Amazon
‘https://consumidormoderno.com.br/2023/10/18/amazon-setor-saude/?utm_campaign=cm_news_191023&utm_medium=email&utm_source=RD+Station
O Programa Remessa Conforme da Receita Federal transfere mais agilidade para as importações de encomendas adquiridas em marketplaces e junto a varejistas internacionais, ao mesmo tempo que leva ao cumprimento da legislação aduaneira para todos os produtos que chegam ao Brasil. De maneira geral, a expectativa de mercado é que o programa estimule o e-commerce cross border e as transações pela internet como um todo, já que as compras realizadas pelos brasileiros devem ser analisadas e liberadas rapidamente com isenção de imposto de importação para remessas de até US$ 50, desde que o site varejista esteja habilitado no programa.
As compras em sites internacionais de até US$ 50 representam cerca de 70% do volume total de importação do e-commerce, de modo que a isenção tributária de importação, mesmo com a incidência de 17% de ICMS na mercadoria, deve encorajar ainda mais as compras por parte dos consumidores brasileiros.
Esse movimento provocará um consequente aumento de volume de encomendas importadas e exigirá uma logística apurada para os desembaraços internacionais e para as entregas dos produtos aos consumidores.
No ato da adesão ao programa da Receita Federal, a empresa de comércio eletrônico deverá apresentar um contrato firmado com os Correios ou com as transportadoras privadas capazes de realizar os trâmites alfandegários e as entregas por suas mais diversas soluções, algo que demonstra a importância dos serviços logísticos dentro da cadeia do e-commerce.
Soluções logísticas
Nesse cenário, é relevante as transportadoras oferecerem soluções logísticas padrão e alternativas aos modais atuais de operação de última milha, atendendo não só aos anseios de opções de entregas dos consumidores, mas também aos desafios de melhorar a mobilidade urbana nos grandes centros.
As soluções OOH (Out Of Home) ou fora de casa ganham relevância por meio dos lockers e dos PUDOs (pontos de Pick Up Drop Off). Elas permitem a retirada dos produtos do e-commerce em pontos comerciais de bairro parceiros das transportadoras, especialmente para os consumidores que não podem ou não querem receber suas compras em casa.
Esse modelo reduz os insucessos das entregas, oferece um valor de frete cerca de 20% mais em conta, e traz ganhos em termos de sustentabilidade ambiental, porque as entregas são consolidadas em pontos, reduzindo a quantidade de viagens e de veículos em circulação. Menos veículos representa diminuição de emissões de CO2 e da poluição sonora.
Adicionalmente, a rede de PUDOs estimula a economia local, já que atraiu um número maior de pessoas às lojas de bairro parceiras. Os consumidores retiram suas encomendas e acabam comprando itens originais dos estabelecimentos. Além de tudo, os PUDOs e lockers podem operar a logística reversa para trocas e devoluções dos produtos importados e servir de ponto de postagem para vendedores de marketplaces.
O delivery ganha relevância, da mesma maneira, nesse contexto de crescimento de volumetria de entregas de encomendas importadas relacionadas ao Programa Remessa Conforme, sendo esse modelo ainda o mais pedido pelos consumidores brasileiros. Agregar previsibilidade e conveniência nas operações porta a porta é fundamental, especialmente por meio de inovações que informam o destinatário, por SMS ou por e-mail, sobre o horário de chegada do entregador, já no dia da entrega da encomenda. Dessa maneira, o consumidor consegue programar sua rotina e, em caso de imprevistos, pode responder às mensagens reagendando as entregas, inclusive para outro endereço, que pode ser um PUDO, por exemplo.
Para essas integrações de soluções de entregas, e até para atender ao Remessa Conforme, um sistema tecnológico robusto, seguro e atual é necessário por parte dos operadores logísticos, a partir de plataformas que realizam a troca de informações entre a transportadora e o embarcador, seja ele um varejista nacional ou internacional.
Informações ágeis e claras e soluções de entregas alinhadas ao crescimento das importações do e-commerce contribuem para a melhor jornada de compra dos consumidores. Ao mesmo tempo, favorece o envio de informações para a Receita Federal e a adesão de mais empresas ao Remessa Conforme.
As grandes plataformas on-line estrangeiras, que têm crescido de forma acelerada no país, promoveram aumentos em tarifas e criaram novas cobranças a lojistas em seus marketplaces, e isso já tem gerado reação dos vendedores nas últimas semanas.
Segundo avisos enviados às lojas, a Amazon passou a aplicar mudanças nas regras em agosto, e Shopee e Mercado Livre, em junho e julho, respectivamente. Lojistas começam a repassar a pressão nos custos aos clientes, o que tende a encarecer os produtos.
Outro marketplace com forte crescimento no Brasil, a Shein alterou regras para os promotores de sua marca (chamados de afiliados), limitando a aplicação de descontos nos preços a clientes.
No modelo de marketplace, as plataformas oferecem serviços às lojas, como publicidade nos sites e aplicativos e logística, e recebem uma comissão por isso, que varia de 10% a 20% do valor da venda.
Juros altos e aumentos em custos operacionais explicam em parte essa mudanças, mas consultores veem uma busca por ganho de margem e de redução de perdas.
O movimento se dá em um ambiente de retração das vendas do comércio on-line no país, embora as grandes plataformas afirmem que não sentem esse efeito. O recuo começou em 2022 e permanece neste ano. As vendas on-line encolheram 14% de janeiro a junho, segundo a Neotrust.
No caso da Amazon as tarifas de envio subiram entre 13% e 56% em relação à tabela anterior, calculou o Valor, com base nas novas tabelas enviadas às lojas. Se o cliente usar o sistema completo da Amazon – que inclui coleta, etiquetagem e entrega do produto – o reajuste é de 13%. Se o cliente usar só uma parte, o serviço ficou mais caro. Lojistas dizem que é uma tentativa de migrá-los para o serviço completo da companhia.
No Brasil, essa onda de reajustes ganhou força após compradores já terem sinalizado, em redes sociais nos últimos meses, maior preocupação sobre o risco de elevação de preços em sites estrangeiros, com as novas regras de importação de produtos de até US$ 50, a partir de 1º de agosto.
Reajustes foram feitos para compensar parcialmente o custo operacional mais elevado” — AmazonNo Mercado Livre, um novo cálculo sobre custos de envios aos domicílios, incluindo variáveis que não existiam, vale desde julho.
A empresa decidiu considerar não só o volume da encomenda, mas a distância da empresa do vendedor até o centro de distribuição do Mercado Livre que atende o lojista. A alteração afeta lojistas que usam o serviço de logística do grupo, batizado de “full”, com entregas no mesmo dia.
Além disso, o custo fixo por unidade vendida na empresa voltou a subir – passou a R$ 6, frente aos R$ 5,50 cobrados até então (eram R$ 5 em dezembro passado). Isso é válido para os anúncios abaixo de R$ 79. O valor é adicionado à taxa de comissão para dois planos (clássico e premium). Cada categoria de produto tem comissões diferentes.
Outra alteração envolve critérios para calcular o custo de envio no modelo de remessa própria (Mercado Envios), em que o lojista oferece frete grátis.
No Mercado Livre, a partir de julho, a base para essa conta passou a ser o peso de 2 kg, e não mais os de 5 kg. E se a remessa pesar mais de 2 kg, será usado o indicador que for maior – o peso físico ou o volumétrico (calculado a partir do comprimento, largura e altura). Antes se considerava só o peso.
“Isso afeta as mercadorias que ocupam muito espaço no transporte, mas que são leves, como colchões. Com esses produtos, se o preço cobrado for apenas pelo peso, o preço do frete pode não compensar o transporte”, diz um diretor de empresa aérea. O Mercado Livre, fundado na Argentina, usa aviões na sua logística no país.
Um ajuste positivo, na opinião de vendedores ouvidos pelo Valor, refere-se a itens de supermercados. Até a metade do ano, a empresa cobrava um valor adicional único de R$ 4 por produto vendido até o limite de R$ 199. Agora foram definidos valores para diferentes faixas de preço. Também não será cobrado do lojista o descarte de produtos que ficam parados nos centros de distribuição, por avarias.
Outro marketplace estrangeiro, a Shopee, sediada em Cingapura, decidiu implementar em junho uma nova tarifa, de R$ 2, que se soma à taxa de comissão no cálculo de custo por item enviado. Amazon, Mercado Livre e Magazine Luiza já cobram esse valor extra.
A comissão da Shopee, para lojistas que usam o programa da empresa de frete grátis, está em de 20% mais os R$ 2. Para aqueles fora do programa, são 14% somados aos R$ 2. O limite máximo de comissão permanece em R$ 100.
A Amazon, que vinha absorvendo as pressões em custos no Brasil, sem repasses frequentes às lojas, promoveu reajustes na taxa de comissão de 13 categorias de produtos. Em 24 categorias não houve mudanças e uma teve queda.
No programa de logística da Amazon (FBA), em que ela armazena, empacota e distribui os itens do vendedor, as tarifas de envio subiram, em média, R$ 3,20. Nas tarifas de coleta do FBA a alta média foi de R$ 0,06 por unidade.
Já aos lojistas que fazem a sua própria distribuição e não usam a estrutura da Amazon, a alta foi maior, de R$ 4,68, em média. Nesses casos, a Amazon sugere “como alternativa para obter uma tarifa mais baixa”, que o vendedor “aprenda mais sobre o programa FBA”. É nele que a empresa rentabiliza mais os seus serviços.
Em outro serviço, chamado “Delivery by Amazon”, em que a plataforma faz a entrega, mas não faz a armazenagem, a alta foi de R$ 0,50 por item para produtos de até R$ 79.
A Amazon também decidiu dividir as tarifas de envios em várias faixas de peso de produtos, como o Mercado Livre também fez. Nessas divisões, os reajustes promovidos variaram de 13% a 55,95% a depender do peso e do serviço.
Apesar desse movimento, o diretor de uma plataforma reforça que os vendedores têm autonomia para definir a sua política de vendas e distribuição, e a qualidade do serviço oferecida avançou no país.
“Damos prazo de 30 dias para os ‘sellers’ se adaptarem às mudanças, e ainda há melhorias que são feitas com base nas reclamações deles. Não há dúvida que o serviço deles melhorou muito no Brasil com os marketplaces, e isso atrai a venda”, defende ele.
A chinesa Shein não fez aumentos, mas decidiu limitar, após julho, o acesso de clientes a códigos que dão descontos nos preços. Isso ocorreu por meio da conta de afiliados (usuários que ganham comissão divulgando produtos). Afiliados foram às redes sociais criticar a empresa, apurou o Valor.
O consumidor que compra pela Shein pode fazê-lo de forma vinculada a uma cota de um afiliado, para conseguir melhores descontos. Essa permissão era válida por 90 dias. Mas o código passou a valer apenas por 30 dias, podendo renovar por, no máximo, mais 30 dias.
Ocorre que, a redução no prazo que o comprador pode usar o código nas compras afeta a comissão dos afiliados, de até 8%. “O afiliado precisará agora conquistar mais clientes para não perder valor de comissão. Por isso teve tanta crítica nas redes. E o que a Shein busca é um maior fluxo maior de consumidores ativos ”, afirma uma ex-afiliada da Shopee e da Shein.
Após publicação de resultados globais dos grupos em 2023, cresceu a discussão no mercado em torno de um equilíbrio maior entre receita e despesas, de forma a abrir espaço para ganhos de rentabilidade. Para Roberto Wajnsztok, sócio diretor da Gouvêa Consulting para varejo digital, “há um amadurecimento das operações de marketplace no país, que não caçam mais crescimento puro e simples, porque há um ambiente de capital mais caro globalmente e de pressão por resultados”, afirma.
“Como são operações que lideram esse setor no país, elas conseguem fazer ajustes de forma quase conjunta, sem perder ‘share’. O problema é que o lojista menor, nessa confusão de tarifas e novos critérios, acaba ficando perdido”.
Vendedores de pequeno porte são mais de 90% da base de lojistas das grandes plataformas.
Na Shopee, o executivo Tony Hou, diretor financeiro da Sea Limited, dona da empresa, disse a analistas em agosto, que houve uma queda de 83% na perda de margem de contribuição por pedido no Brasil, “refletindo melhor monetização e maior eficiência em nossas operações”.
O Valor ouviu lojistas de pequeno e médio portes de produtos para casa, na área de saúde e de moda, e há movimento de repasses dos reajustes aos preços.
“Eu já repassei uma parte no preço e aumentei prazo em uma parcela para não pesar para o cliente ”, diz uma vendedora de moda feminina na Shopee e Mercado Livre. Um lojista que vende vitaminas e artigos esportivos afirma que teve uma alta de 30,8% no serviço de entrega da Amazon.
“No sistema em que eles armazenam e despacham, a tarifa subiu menos, 26%. Mas ainda não sei se vale a pena mudar. Primeiro eu estou repassando a alta, aí vou decidir se mudo”, diz ele.
Procurado, o Mercado Livre informa que os ajustes levaram em consideração fatores como a inflação preço médio dos combustíveis e o impacto da taxa básica de juros. E diz que as alterações têm como objetivo a manutenção e melhora dos seus serviços.
A Amazon informa que houve pressões contínuas sobre as taxas de juros, e isso está afetando os custos operacionais neste ano. Diz que segue “investindo fortemente em pessoas, tecnologia e infraestrutura” e “ao mesmo tempo que trabalha para ter mais eficiência operacional”.
A respeito dos aumentos mais baixos para o serviço de armazenagem e entrega da empresa, e sugestão aos lojistas que migrem para ele, a empresa diz que o programa foi pensado “para otimizar a logística dos vendedores”, e com ele, parceiros podem crescer suas vendas, em média, em até cinco vezes.
A Shopee confirma que fez aumentos referente à comissão, diz que atua com transparência e tem “um forte compromisso com o empreendedorismo local” e quer desenvolver novas formas de ajudar os parceiros a terem mais oportunidades. A nota anda cita “benefícios” que traz aos lojistas, como treinamentos gratuitos, cupons e ações de marketing. E diz que a política de comissão está em seu site.
A Shein, sobre as alterações no programa de afiliados, informa que faz atualizações constantes nessa operação e “visando atender às necessidades do negócio”. E confirma que as últimas mudanças buscam atrair novos clientes.
Plataforma inaugura novas unidades em Governador Valadares e Montes Claros, visando aumentar a capilaridade.
A Shopee, marketplace que conecta vendedores e consumidores, inaugurou dois novos centros logísticos em Minas Gerais, visando levar mais agilidade nas entregas para os usuários do estado. Os novos espaços funcionam no modelo de última milha e estão localizados nas cidades de Governador Valadares e Montes Claros, com objetivo de melhorar cada vez mais a experiência dos consumidores e dos vendedores brasileiros, por meio da otimização dos processos desde a coleta dos produtos até a entrega.
Atualmente, Minas Gerais é o segundo estado da região Sudeste com mais lojistas registrados na Shopee, e possui hubs logísticos também na capital Belo Horizonte e nas cidades de Contagem, Juiz de Fora, Vespasiano, Divinópolis, Uberlândia, Varginha, Pato de Minas, Sete Lagoas, Teófilo Otoni, Lagoa da Prata, Manhuaçu e Ipatinga.
A Shopee tem mais de cerca de 100 hubs logísticos em operação em diversas cidades e estados do país. Apenas no Sudeste, são mais de 50 hubs,sendo 14 em Minas Gerais. Além disso, o estado também possui um centro de distribuição que atua no modelo cross docking na região metropolitana de Belo Horizonte. As outras 7 operações desse mesmo tipo estão no Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Bahia e Pernambuco, que juntas, possuem capacidade para atender mais de 1,5 milhão de pacotes diariamente.
Preferências dos consumidores mineiros
Ao olhar para os hábitos de consumo dos mineiros, há diversidade na escolha dos produtos. Entre os mais vendidos do estado, nos meses de maio e junho, estão: máquina de cortar cabelo, kit de roupas femininas infantis, conjunto de gorro e cachecol, mini massageador de cervical e luvas térmicas. É possível perceber uma preferência no uso do cartão de crédito (47%) como meio de pagamento para as compras, seguido pelo PIX (43%).
Em parceria com a Frete Rápido, o hub vai permitir a gestão unificada das entregas transacionadas nos canais.
Para ampliar as opções de entrega, reduzir o tempo de espera dos consumidores e ter um controle mais efetivo sobre a operação de fretes, o Grupo DPSP implementou um Hub de Transporte Digital, em parceria com a plataforma de logística Frete Rápido.
“O upgrade tecnológico em nossa estrutura logística permite a conexão integrada dos canais de venda entre as marcas Drogaria São Paulo e Drogaria Pacheco, as mais de mil origens dos despachos, como lojas e CDs, e os parceiros de logística, permitindo uma gestão unificada dos transportes e, consequentemente, uma melhoria significativa na experiência dos clientes”, afirma Leandro Rocha, diretor de Digital da DPSP.
O hub vai permitir a gestão unificada das entregas transacionadas nos canais, a integração dos parceiros de despacho e dos aplicativos, e a personalização da tela de rastreamento com o logotipo e a cor da marca.
De acordo com Rocha, a implementação do Hub de Transporte Digital é um exemplo de como a tecnologia pode ser usada para revolucionar e otimizar processos de negócios, estimular a jornada de compra do cliente e aumentar a competitividade das empresas no mercado.
“Com a parceria, a DPSP se consolida como uma empresa comprometida com a omnicanalidade e a inovação, buscando sempre oferecer o melhor para seus clientes em todas as etapas da jornada de compra”, afirma.
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