Iniciativa conecta moradores e profissionais das favelas com grandes empresas

O potencial de consumo das favelas passa de R$ 200 bilhões anualmente. Paraisópolis, sozinha, movimenta uma economia de R$ 705 milhões.

Ignoradas por grande parte da população de classe média, as favelas fazem parte das metrópoles há décadas. Marginalizadas e sem investimento em infraestrutura, as periferias abrigam grande parte da classe trabalhadora dos setores básicos, seja do comércio ou da indústria, mas continuam segregadas do resto das cidades.

Paraisópolis, uma das maiores favelas de São Paulo, fica localizada ao lado de um dos bairros mais chiques da cidade – quem nunca viu a famosa foto do prédio com piscinas em todas as varandas ao lado das casinhas humildes amontoadas umas sobre as outras? Apesar de (ou extamente por) ser a mais famosa da capital paulista, ela sofre dos mesmos problemas – principalmente o preconceito de diversas empresas em relação aos moradores.

Com o intuito de realizar essa aproximação entre comunicadores e empregadores com profissionais e moradores, Joildo Santos idealizou o Grupo Cria, conglomerado focado em comunicação, inovação, publicidade e tecnologia, especialmente para as periferias e favelas do Brasil. A empresa tem crescido vertiginosamente e atua em mais de 350 favelas e comunidades.

“Percebemos a necessidade de levar expertise e vivência de Paraisópolis para outras favelas, e além do jornal, começamos a trabalhar com outras frentes de comunicação. Com o crescimento de demandas nos diferentes segmentos, percebemos a oportunidade de separar por negócios e criamos o Grupo Cria”, explica Joildo.

Segundo o CEO, a necessidade de fundar o Grupo Cria começou a sentir sentida para visibilizar a rica produção cultural, esportiva e empreendedora que ocorre nas favelas. “O Grupo surgiu a partir do Jornal Espaço do Povo, e ampliamos sua atuação para além do jornalismo, buscando democratizar a comunicação, inovação e tecnologia nas comunidades”, acrescenta. “Investir em Paraisópolis, em particular, provavelmente se deve ao desejo de causar um impacto positivo numa das favelas mais populosas de São Paulo, com grande potencial criativo e empreendedor”, destaca Joildo Santos.

Impactos do Grupo Cria na economia das favelas
Essa iniciativa não serve apenas para trazer inovação para dentro das comunidades, mas acaba afetando outros pontos de forma indireta. “O foco primário do Grupo Cria não é a redução de criminalidade, mas empoderar as comunidades por meio de informação, capacitação e oportunidades econômicas. Isso, de forma indireta, pode ter sim um efeito, um impacto positivo na diminuição da violência”, comenta.

Expor as experiências dos moradores e trazer essa integração entre cidade e favela é uma das mudanças que mais fazem diferença no dia a dia da comunidade. “A visibilidade oferecida pelo grupo ajuda a romper estigmas e abre novas oportunidades para os moradores, sejam elas em forma de emprego, educação ou desenvolvimento de habilidades”, fala.

As informações compartilhadas pelo Grupo Cria focam em mostrar uma perspectiva que normalmente não é vista nos veículos tradicionais de mídia, conta Joildo Santos. Até agora, 13 empresas já se tornaram parceiras do Grupo Cria, além de 20 profissionais fixos, que atendem marcas como Avon, Google, Amazon, Casas Bahia, Bradesco, TecBan, Club Social, Lojas Estrelas. As empresas realizam ativações e campanhas dentro das favelas – um enorme mercado consumidor e muitas vezes negligenciado.

“A favela é potencial, é terreno fértil para alcançarmos voos maiores e não rasantes. Somos a personificação da inovação e do empoderamento nas favelas e periferias”, conta o CEO. Ele explica que o impacto social é mensurado por meio da participação em ações educacionais e divulgações de qualificação, empoderamento e diversidade. “Toda nossa atuação é pensada para minimizar o impacto ambiental, amplificar a economia local e ser transparente em nossa forma de fazer comunicação”, completa.

Para quem acha que a economia das favelas não fazem diferença no panorama geral do país, está totalmente errado. Comunidades no Brasil movimentam algo em torno de R$ 200 bilhões anualmente, movidas pelos mais de 19 milhões de moradores. As 13 maiores favelas do Brasil têm um potencial de consumo que chega a R$ 7,9 bilhões, de acordo com estudo da Outdoor Social. Só a Comunidade de Paraisópolis movimenta R$ 705 milhões anualmente, pelos cerca de 100 mil habitantes que vivem ali.
https://consumidormoderno.com.br/2023/10/19/favelas-grupo-cria/?utm_campaign=cm_news_201023&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

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Inteligência Artificial a serviço das pessoas: promessa, realidade ou possibilidade?

Em visita ao Centro de Distribuição da Amazon, em Seattle, no evento “Delivering the Future”, a tônica é repercutir uma visão de negócio e de mercado orientada ao uso humanizado da tecnologia.

Há uma preocupação geral no âmbito das chamadas “Big Techs”, empresas que ganharam evidência, influência e dominância de mercado a partir de suas habilidades no manejo das ferramentas digitais. A internet, particularmente com a revolução dos smartphones, acelerou processos de mudança competitiva e criou ondas de disrupção em praticamente todo o mercado, incluindo alguns monopólios. Nada disso é novidade, a não ser a propensão das lideranças atuais perderem as referências para a tomada de decisões, bem como o aumento do ceticismo generalizado com que cidadãos e consumidores comuns recebem iniciativas com “potencial transformador”.

Ainda assim, sempre é esclarecedor é determinante ouvir o que uma gigante como a Amazon tem a dizer sobre estratégia, inovação, centralidade do cliente e Inteligência Artificial. Poucas empresas na história criaram tamanho legado de mudanças na mentalidade corporativa quanto a líder global de e-commerce. Se hoje é comum pensarmos em ferramentas de gestão que se baseiam em produtividade máxima nas reuniões, “custo do concorrente como oportunidade”, centralidade do cliente e cultura data-driven, a empresa de Seattle foi e continua sendo, indutora de mudanças.

No evento “Delivering the Future”, que ocorre no impressionante e rigorosamente controlado Centro de Distribuição original da Amazon, em Seattle, nos Estados Unidos (que acessamos usando até mesmo calçados especiais fornecidos pela empresa), foram apresentadas múltiplas ideias que procuram associar a adoção de tecnologias a benefícios tangíveis para colaboradores, consumidores e comunidades.

Por exemplo, Sarah Mathew, vice-presidente de Experiência no Delivery da Amazon, e Diya Wynn, responsável pelas práticas em IA da AWS, procuraram ilustrar como o uso de Inteligência Artificial pela Amazon tem uma face mais humana e orientada à resolução de problemas mais amplos, com ênfase em sustentabilidade.

“A IA responsável não um trabalho que deve ser feito isoladamente, e sim algo que precisa ser incorporado em cada caso. A Amazon está comprometida com a colaboração contínua com a academia, formuladores de políticas, legisladores, educadores, organizações e pesquisadores”, conta Diya Wynn. O foco é justamente garantir que o uso da IA não seja utilizado contra as pessoas, mas a favor das comunidades e do desenvolvimento pessoal.

O CD BFI1, em Seattle, traz uma réplica do “escritório improvisado” que Jeff bezos montou na garagem de sua casa, no início das operações da Amazon. Hoje, a empresa mobiliza e movimenta mais de 300 milhões de itens no mercado americano. E o CD é uma prova do engenho da companhia em utilizar tecnologia e aplicações de IA para assegurar entregas no mesmo dia ou no dia seguinte.

Velocidade é o centro do varejo

Na visão de Sarah Matthews, velocidade e rapidez são absolutamente essenciais para atender às demandas de consumidores em épocas tomadas por ansiedade e indecisão. A habilidade de levar os produtos escolhidos pelos clientes no menor tempo possível são o centro da experiência do cliente. Não há dúvida que o tempo é fator crítico de performance e sucesso em CX e a Amazon ajudou a extrapolar esses limites e a definir novos padrões de qualidade e expectativa. Efetivamente, a Amazon elevou a barra das expectativas dos clientes e obrigou o mercado em geral a pensar e atuar da mesma forma (pelo menos nas intenções).

O futuro que a Amazon procura entregar une tecnologias diversas para multiplicar as alternativas de entrega e logística em todas as etapas do processo que se inicia com o pedido do cliente. A entrega por drones já foi construída pela companhia de Seattle, com o objetivo de atingir e atender comunidades distantes ou inacessíveis pelos modais regulares.

A imagem de desenho animado de um drone parado na frente da sua janela não está nos planos da Amazon, mas entregar pedidos para um cliente que vive no meio do Rio São Francisco, no sertão da Bahia, está.

Isso quer dizer que atender a expectativa do cliente e ir ao encontro dele com todos os meios disponíveis, com segurança e confiabilidade, são princípios dos quais a Amazon não abre mão. “Entregar 500 milhões de pacotes por ano por drone até o final desta década é uma meta, atingindo um nível de segurança direcionado que é muito maior do que dirigir até uma loja”, afirma David Carbon, vice-presidente da Prime Air, divisão de drones da Amazon.

Logo, o que está na mesa para todos os competidores do varejo e de outros segmentos que competem com as múltiplas frentes da Amazon é ter uma preocupação quase obsessiva com o tempo. O tempo do negócio, do giro, da reposição, da coleta, do pagamento, da entrega e da recorrência. O varejo veloz é a realidade indissociável de quem opera uma loja, seja ela física, digital, multicanal, omnicanal ou datacanal.

Mais uma vez, estamos diante de um fenômeno muito contraintuitivo, que não ocupa as decisões dos executivos da maior parte das empresas, obviamente também no Brasil. Não estamos acostumados a pensar em metodologias que tornem nossas operações radicalmente eficientes e velozes. A velocidade é atribuída e terceirizada para o cliente, sem contrapartida das empresas. A rigor, quanto do tempo de decisão dos executivos é utilizado para melhorar a eficiência e ganhar velocidade nas operações de varejo?

Mais do que reclamar sobre benefícios fiscais e assimetrias das quais se aproveitam marketplaces do Sudeste Asiático, é fundamental repensar de que forma o varejo brasileiro pode ser mais veloz e orientado a dados.

*Jacques Meir é diretor de Conhecimento do Grupo Padrão e viajou a Seattle à convite da Amazon
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A visão estratégica da Amazon, uma empresa que gosta de propor o futuro

A multifacetada gigante organiza evento em sua cidade-sede, Seattle, em que apresenta seu horizonte de inovação.

Estamos em Seattle, cidade no noroeste dos Estados Unidos, famosa por seu clima inglório, úmido e sempre nublado e também por ser o berço do grunge e de Jimi Hendrix, guitarrista que, como um meteoro, reinventou a história do instrumento na segunda metade dos anos 1960.

Seattle também é conhecida por ser a sede de um punhado de empresas que escreveram histórias ambiciosas do empreendedorismo americano: UPS, de logística; Boeing, de aviação; Microsoft, que ditou as diretrizes da primeira onda de computação pessoal e hoje é uma das protagonistas nas soluções de produtividade; Starbucks, que redefiniu os princípios da interação das pessoas com o café (e aqui, sem juízo de valor); e, claro, a Amazon, a gigante de e-commerce, tecnologia e serviços, que revolucionou nossa relação com o comprar, escrevendo algumas das linhas mais inovadoras e polêmicas do e-commerce desde 1995.

E é justamente em sua sede, nos ambientes chamados “The Spheres”, que a Amazon recebe jornalistas do mundo todo em uma iniciativa denominada #DeliveringtheFuture. Um evento exclusivo, com foco na demonstração e apresentação de inovações que aterrissam a visão de futuro da própria empresa.

Sphere visão de futuro amazon seattle

The Spheres, ambiente de trabalho e reunião da Amazon em sua sede em Seattle

Amazon abraça a sustentabilidade com inovação
É sempre importante buscarmos entender as motivações e objetivos de uma empresa dominante como a Amazon, que modificou a paisagem competitiva nos mercados em que atua. Nos EUA, a Amazon é vista como temor e com admiração. Sua rede de negócios se estende do e-marketplace para exportação, saúde, tecnologia, Inteligência Artificial, Smart Home, logística, retail media e muito mais. A empresa emprega e movimenta um ecossistema trilionário e, ao mesmo tempo, desconstrói negócios tradicionais. Conhecer sua visão de futuro é necessário, urgente e uma fonte de conhecimento relevante para compor estratégias dos mais diversos tipos de negócios.

No ambiente das “Spheres”, com sua ecologia particular, que combina uma notável presença de vegetação nativa de 50 países, a abertura oficial do evento trouxe um painel com Kara Hurst, vice-presidente global de Sustentabilidade, Udit Madan, vice-presidente de Transporte, apresentado por Hope King, senior business reporter na Axios, sobre como as inovações da Amazon ajudam consumidores e comunidades, além do meio-ambiente.

Tudo indica que a Amazon quer reforçar uma imagem de preocupação com sustentabilidade. Kara Hurst é a responsável por criar as experiências mais sustentáveis para os consumidores, e o processo de descarbonização das atividades da empresa. Considerando a complexidade logística dos negócios da companhia e seu nível de interdependência, estamos diante de um conjunto de aprendizados que trará consequências para muitos negócios e empresas no mundo todo. Mas será que isso será percebido pelos consumidores? Em países de renda média como o Brasil, sustentabilidade é um valor percebido. Mas será que é tangível?

Entregas com carbono zero
Kara Hurst e Udit Madan elencaram diversas ações que evocam sustentabilidade de uma forma que realmente afeta positivamente a vida das pessoas. Basicamente, a logística orientada a carbono zero, como o uso de bicicletas elétricas com carrinhos acoplados, que permitem uma distribuição inteligente e sem emissões de poluentes, em uma escala bem apropriada para grandes cidades.

Udit Madan destacou o desenvolvimento dos veículos elétricos, incluindo uma van de entregas totalmente elétrica e repleta de sensores, para tornar o trabalho de delivery mais confortável para os colaboradores, e que inclui toda uma infraestrutura de apoio implantada, com 12 mil veículos e carregadores distribuídos em 100 postos de serviço nos Estados Unidos.

Durante a pandemia, a Amazon “plugou” mais de 450 empresas em seu ecossistema para buscar inovações. Uma das atividades das quais a empresa mais se orgulha é a Climate Pledge Arena, a primeira arena completamente sustentável do mundo. Ela coleta água da chuva para gerar o gelo da quadra de hockey onde o time do Seattle Krakens tem o mando de seus jogos na liga americana, a NHL. Todas as refeições distribuídas são entregues com materiais de apoio sem emissões e frutos de um conceito de economia. circular completo (Consumidor Moderno irá à arena para constata cada detalhe).

E quanto às inovações que vão ao encontro das expectativas dos consumidores? Kara Hurst entende que os clientes estão buscando essas opções de forma proativa. Essa postura motiva muito um trabalho coletivo com os cientistas de dados da empresa e depois em um programa analisando quais podem ser as certificações mais qualificadas e quais são os padrões mais altos em termos de produtos associados a bem-estar, saúde e sustentabilidade. A empresa inicialmente mapeou 20 produtos e agora já tem mais de 800 itens de alta qualidade e padrões que encontram afinidade com consumidores variados.

A cultura Amazon como fator de potencial competitivo
Um dos aprendizados mais valiosos da cultura da Amazon, e que realmente merece atenção de empresas que buscam criar uma cultura de inovação – e de proteção contra o poder imenso da empresa – é realmente entender o que caracteriza os pedidos dos clientes e o que funciona bem na maneira de trabalhar: estamos diante de uma companhia e de uma organização que abomina trabalhar em silos, mas prioriza o trabalho entre equipes, sejam as pessoas que gerenciam a loja aos esquemas de dados de experiência da loja.

Segundo Kara Hurst, “a equipe de operações pode fazer isso como uma espécie de programa e lançar uma inovação numa segunda-feira, após uma demanda ser detectada, e então compreender quais os prazos mais convenientes para cada tipo de consumidor: escolher um ou dois dias por semana ou o fim de semana para fazer as entregas mais rapidamente. e tudo isso levando em consideração quais comunidades desejam uma entrega em um dia específico”.

A Amazon tem condições de saber melhor e mais rapidamente do que governos quais são os gargalos logísticos, as carências e as deficiências de planejamento urbano


As Spheres reúnem mais de 40 mil plantas no QG da Amazon

Em resumo, a visão de futuro da Amazon é claramente direcionada pela massa de dados exponencial coletada dia após dia de consumidores do mundo todo. A empresa tem condições de saber melhor e mais rapidamente do que governos quais são os gargalos logísticos, as carências e as deficiências de planejamento urbano que impedem a adoção mais rápida do modal elétrico, por exemplo.

A Amazon consegue identificar e prever o que é relevante para o consumidor em termos de eficiência energética, alimentação saudável e boa qualidade de serviço de saúde. Consegue mapear movimentos de mudança de comportamento prever tendências de demanda, além de apontar qual atitude sustentável ganhará mais tração proximamente.

A vice-presidente global de Sustentabilidade destaca que a cultura da empresa é uma virtude excepcional. “Considero que o mais legal desse trabalho é também assumir um desafio de aprendizado constante, um exercício de curiosidade intelectual permanente que move as pessoas rumo à busca de soluções, e isso inclui melhorar o planeta e a novos padrões de desenvolvimento”.

A questão a ser enfrentada é: até que ponto não queremos um planeta mais limpo, que faça produtos melhores e que trabalhe de um modo mais inteligente e menos agressivo? Evidente que essas questões são importantíssimas, mas esbarram nas crenças e necessidades de mercados menos maduros. Novamente, considerando um Brasil onde há mais urgência por produtos básicos, por conforto material essencial, a ideia geral de inovação só se sustenta se atender a esses requisitos.

A Amazon mostra estar se movendo no sentido de ser uma empresa mais “limpa” e consciente, mais sintonizada com valores mais universais de qualidade e respeito ao planeta, mas enfrenta os desafios de seu próprio gigantismo e de sua penetração em mercados francamente heterogêneos e complexos.

Cabe refletir até que ponto esse investimento em sustentabilidade não se opõe, ou se complementa, com forças reguladoras que consideram a influência da empresa excessiva? Veremos muitos desdobramentos dessa visão no futuro próximo, porque a Amazon tem capacidades e habilidades únicas de movimentar um ecossistema e potencializar a atitude competitiva de concorrentes nos diferentes mercados em que atua. Novas fronteiras de negócio serão ultrapassadas na busca pelo interesse pelo engajamento do consumidor. A ele cabe o veredicto sobre o acerto das estratégias e das ações. Em última análise, ele está dando aval para que a Amazon invista nessas iniciativas.

* Jacques Meir é diretor de Conhecimento do Grupo Padrão e viajou a Seattle à convite da Amazon
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Conexão CX

O CONEXÃO CX é um evento anual de conexão e imersão em temas afetos a Customer Experience, promovido pelo Departamento de Inteligência de Mercado – DEINM e pela Diretoria de Negócios dos Correios – DINEG, que tem como objetivo fomentar uma cultura de centralidade no cliente e desenvolver competências essenciais para a inovação.

Acontecerá presencialmente na cidade de Brasília/DF na próxima terça-feira dia 03 de outubro de 2023, onde abordaremos temas importantes para a implantação de estratégias de experiência do cliente.

Caso não seja possível participar do evento no formato presencial, você não desfrutará da experiência completa que será o Conexão, mas poderá seguir a jornada on-line que estará recheada de palestras e debates com convidados incríveis.

Participe!
Inscrição do CONEXÃO CX 2023:

Público geral: https://www.sympla.com.br/conexao-cx__2151695

Brasil lidera ranking de inovação na América Latina


Com mais cinco posições no índice, país é o 49º entre 132 avaliados.

O Brasil subiu cinco posições no Índice Global de Inovação (IGI) na comparação com o ranking de 2022 e agora ocupa o 49º lugar entre 132 países. Após 12 anos fora do recorte das 50 economias mais bem classificadas no IGI, o Brasil passou a liderar o ranking dos países da América Latina e Caribe, ultrapassando pela primeira vez o Chile (52ª).
Os dados foram divulgados na última quarta-feira (27) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e serão apresentados durante o 10º Congresso Internacional de Inovação da Indústria, que está sendo realizado no São Paulo Expo.

Entre os cinco países que atualmente compõem o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil está na terceira colocação, à frente da Rússia (51º lugar) e da África do Sul (59º). A China é a 12º colocada, e a Índia ocupa o 40º lugar.

O Brasil apresentou pontuações elevadas em indicadores como serviços governamentais online (14ª posição) e participação eletrônica (11ª). Também se destaca pelo valor de seus 16 unicórnios (nome que se dá às startups que conseguem grande valor de mercado em dólares), aparecendo na 22ª posição, e por seus ativos intangíveis (31ª), obtendo bons resultados mundiais por suas marcas registradas (13ª) e pelo valor global de suas marcas (39ª).

Os dez países mais bem colocados no índice global são: Suíça, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido, Singapura, Finlândia, Holanda, Alemanha, Dinamarca e Coreia do Sul.

A classificação é divulgada anualmente desde 2007 pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI – WIPO, na sigla em inglês), em parceria com o Instituto Portulans e o apoio de parceiros internacionais – no caso do Brasil, a CNI e a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), parceiras na produção e divulgação do IGI desde 2017.

Criado em 2007, o IGI tornou-se referência na avaliação da inovação e um pilar na formulação de políticas de ciência, tecnologia e inovação.

Potencial
Apesar dos ganhos de posição, sustentados pelo terceiro ano consecutivo, a colocação brasileira ainda é considerada aquém do potencial do país, que hoje tem a 10ª maior economia do mundo, segundo avaliação da CNI. Para o presidente da entidade, Robson Braga de Andrade, o Brasil tem condições de crescer a cada ano no ranking, por meio de investimentos e políticas direcionadas à ciência, tecnologia e inovação (CT&I).

“Temos um potencial muito inexplorado para melhorar o nosso ecossistema de inovação, atingir o objetivo de integrar os setores científico e empresarial e, consequentemente, promover maior inovação”, afirma.

Cálculo do IGI
A posição global dos países no índice é resultado de um cálculo complexo que divide os indicadores em “insumos de inovação” (inputs) e “resultados de inovação” (outputs), em que há pesos diferentes para cada indicador.

A primeira das categorias de indicadores (insumos) se refere às condições e elementos disponíveis para apoiar atividades de inovação, como educação, ambiente de negócios e recursos humanos especializados. A segunda categoria (resultados) indica o desempenho dos países quanto à inovação produzida, como produção científica, patentes, novos produtos, serviços e processos.

‘https://mercadoeconsumo.com.br/27/09/2023/inovacao/brasil-lidera-ranking-de-inovacao-na-america-latina/

Conexão CX

O CONEXÃO CX é um evento anual de conexão e imersão em temas afetos a Customer Experience, promovido pelo Departamento de Inteligência de Mercado – DEINM e pela Diretoria de Negócios dos Correios – DINEG, que tem como objetivo fomentar uma cultura de centralidade no cliente e desenvolver competências essenciais para a inovação.

Acontecerá presencialmente na cidade de Brasília/DF no dia 03 de outubro de 2023, onde abordaremos temas importantes para a implantação de estratégias de experiência do cliente.

Caso não seja possível participar do evento no formato presencial, você não desfrutará da experiência completa que será o Conexão, mas poderá seguir a jornada on-line que estará recheada de palestras e debates com convidados incríveis.

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Inscrição do CONEXÃO CX 2023:

Público geral: https://www.sympla.com.br/conexao-cx__2151695

Marcas utilizam cada vez mais tecnologia para oferecer serviços e campanhas personalizadas

A 4ª edição do Gad’ Insights investigou as estratégias de comunicação das empresas com seu público.

À esteira do consumidor cada vez mais digitalizado, preservar e fortalecer a dimensão humana das marcas é um desafio. A 4ª edição do Gad’ Insights investigou as estratégias de comunicação das empresas com seu público através das novas tecnologias.

O estudo mostra como o uso de ferramentas disruptivas, como a inteligência artificial, tem alterado as bases para uma jornada da marca à experiência. Também traz recomendações para as empresas repensarem suas estratégias sob este novo contexto social e mercadológico. Confira os principais insights a seguir:

Conexões

O estudo cita o Airbnb como uma marca “community-driven”. Com uma jornada de customer experience focada em processos simples e intuitivos, proporciona alta conveniência (focada na pessoa, seja hóspede ou anfitrião).

A empresa também oferece um suporte seguro com a ferramenta “Airbnb Cover”: um compromisso em ajudar o hóspede a encontrar uma nova estadia caso tenha problemas sérios com sua hospedagem. A marca também realiza iniciativas junto às comunidades, como parcerias com anfitriões para hospedagens emergenciais em lugares de crise em todo o mundo (em caso de guerras, como a da Ucrânia, ou de desastres naturais, como no Havaí recentemente).

Com uma proposta de valor resumida em “inovação direcionada a humanos”, a Samsung inova continuamente em produtos e serviços pensados para entregar cada vez mais experiências que melhorem a vida das pessoas.

Ultra experiências

O Programa Bem Você da rede de farmácias Panvel traz para o cliente uma série de benefícios e descontos especiais em produtos e serviços de diversas categorias. De acordo com dados levantados pela jornada omnichannel do cliente, como preferências, histórico e hábitos de compra, a Pavel entrega ofertas daquilo que realmente tem valor, como um medicamento para determinado problema crônico.

A Panvel expande essa experiência para além da área de farmácia e bem-estar: a rede oferece benefícios em laboratórios, escolas de idiomas, empresas de mobilidade urbana, rede de hotelaria e lojas para artigos de casa.

A Netflix é citada no estudo como uma das marcas que oferecem entretenimento personalizado. A empresa está investindo em ultrassegmentação: a nova aba “Minha Netflix” traz recomendações de conteúdo personalizado para cada pessoa, com atalhos que facilitam ao usuário escolher o que quer assistir.

Para uma experiência cada vez mais particular e conveniente, a plataforma cruza os dados sobre os interesses, horários de uso aparelhos que acessam a Netflix, com informações sobre assinantes com gostos e preferências similares, além de indicações de títulos disponíveis.
Brand inspirience

A fim de estimular uma cultura de consumo mais consciente e sustentável, a marca de roupas Patagônia apresenta o programa “Worn Wear”: um ambiente on-line e off-line para compra e troca de peças usadas entre os clientes da marca, que também oferece reparos.

A iniciativa tem como objetivo aumentar o tempo de vida dos produtos, reduzindo o descarte de roupas e diminuindo um consumo “sem necessidade”.

Outro movimento notório da marca ocorreu em 2011, com a campanha “Don’t buy this jacket”, veiculada no New York Times em plena Black Friday, clamando pela redução do consumo desnecessário e pela diminuição da pegada ambiental de pessoas e empresas.

Essas iniciativas e campanhas, entre muitas outras, são exemplos da cultura consciente e sustentável da marca, que inspira as pessoas a pensarem dessa forma também.

Utilizando cada vez mais ingredientes vegetais e materiais reciclados, a Natura é uma das marcas ícones no movimento de mudança na produção sustentável de produtos de bem-estar no Brasil. Com uma essência focada em consciência, a Natura trabalha em parceria com startups e instituições de ensino e pesquisa para sempre inovar na área de produto, negócios, e-commerce, logística e distribuição. A marca também traz para sua cadeia produtiva o conhecimento das comunidades onde atua, embarcando as pessoas ao seu próprio desenvolvimento e trazendo mais cuidado aos locais por onde passa.

A tecno-lógica das marcas

A Housi propõe um “jeito inteligente” e menos burocrático de viver – a moradia por assinatura. Com ela, o consumidor pode escolher onde morar e quanto tempo ficar, tendo a liberdade de mudar para um novo apartamento quando quiser.

Com core imobiliário, a marca também usa a tecnologia para trazer mais facilidade para o cotidiano dos usuários: prédios conectados oferecem uma série de benefícios e descontos em inúmeros aplicativos de serviços aos inquilinos, como de alimentação, de mobilidade, de bem-estar, saúde e de bens de consumo

A Liti é uma startup de saúde que entrega uma jornada personalizada para emagrecimento, controle alimentar e de saúde geral. Por meio de uma balança de bioimpedância sincronizada ao seu app, o paciente tem acompanhamento de seu quadro de saúde e realiza suas consultas on-line com uma equipe médica multidisciplinar. Uma marca de saúde que só consegue entregar sua proposta de valor de bem-estar e conveniência através da tecnologia.

‘https://mercadoeconsumo.com.br/27/09/2023/destaque-do-dia/marcas-utilizam-cada-vez-mais-tecnologia-para-oferecer-servicos-e-campanhas-personalizadas/

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Logística do Futuro: Confira os principais temas abordados no segundo dia do evento

Em mais um dia de evento, especialistas e empresários do setor se reuniram mais uma vez para explorar as últimas inovações e tendências que estão moldando o futuro da logística e da cadeia de suprimentos.

No segundo dia do “Logística do Futuro”, evento realizado pela Mundo Logística, especialistas e empresários do setor se reuniram mais uma vez para explorar as últimas inovações e tendências que estão moldando o futuro da logística e da cadeia de suprimentos. O dia começou com o “CEO Talks” com a participação do Jonas Laurindvicius, CEO do Grupo DPSP, que abordou a cadeia logística e tecnologia.

Na sequência, Renata Torres (VP Dark stores do iFood), foi mediadora do painel “A Revolução do setor imobiliário logístico: malhas a serviço do cliente”, que teve a participação do  Andre Gavazza (SVP Development da GLP), Giancarlo Nicastro (CEO da Siila) e Alexandre Felix (COO da Loggi).

O evento também reservou espaço para discutir a temática “Tecnologia aplicada a operações logísticas: analisando “make or buy”, desafios de implementação e ganhos potenciais”. O painel, mediado pela Renata Figueiredo (Director End-to-End Supply Chain LATAM, The Coca-Cola Company), trouxe o bate-papo com o Thiago Eichenberg (Chief Product Officer da Newsis), Andréia Tresoldi (CEO da Corelog) e Gustavo Castilho (COO da Amaro).

Em seguida, Paulo Oliveira, Head Eventos da MundoLogística, mediou o painel “Como inovações tecnológicas disruptivas vêm redefinindo o combate ao roubo de cargas”, com a participação do Enrico Rebuzzi (CEO da T4S), Erivelton Oliveira, (diretor-executivo Supply Chain da RD RaiaDrogasil) e Fabio Gonçalves (LAC Managing Director da FedEx Express).
O Editor-chefe da MundoLogística, Marco Guapo, também apresentou a campanha “Estradas do Futuro”, que tem como tema a “Conectividade e performance: a importância do foco no motorista para eficiência e segurança”.

A agenda da manhã encerrou com um bate-papo sobre “Conectividade e performance: a importância do foco no motorista para eficiência e segurança”. O painel, medido pelo Ricardo Ramos (gerente Nacional de Transporte do Carrefour), também teve a participação do Paulo Machado (Head of Revenue Operations da Gobrax), Marcio Chaer (diretor de Transportes da Magalu) e Leonardo Cestari, (gerente-executivo da Transilva).

No período da tarde, o evento trouxe o bate-papo sobre “Digitalização da Logística x Colaboração da Cadeia. Onde as jornadas se encontram e como isso tornará a logística mais competitiva?”, mediado pelo Flavio Amaral (Head Supply Chain da Getnet). O painel contou com a presença do Altamir Borba  (Product Market Manager da Totvs), Eduardo Carrara (Innovation Manager) e Denis Martins (Head Transportes e CoLogistics da Danone).

Simultaneamente, o evento também apresentou o painel “Inovação em transportes: mais que tecnologia, resultados!”. O bate-papo foi mediado pelo Anderson Pinheiro, (diretor de Transportes da PepsiCo) e a participação do João Guilherme Franco (diretor de Marketing da MICHELIN Connected Fleet), Paulo Costa  (CEO do CUBO Itaú) e Julio Manzano (Head de Logística, SHEIN).

Na sequência, o Daniel Prato (gerente de investigación, Logyca) mediou a palestra com o tema “Desafios logísticos na América Latina comentados – direto da Colômbia”. O evento também trouxe uma discussão sobre “Como o Business Intelligence pode acelerar a transformação digital da sua empresa?”. O bate-papo contou com a participação do Marcio Toscano (diretor Comercial e de Marketing da Autotrac), Flavio Amaral (Head Supply Chain da Getnet), Helena dell’Orto (Head Marketplace Transportation da Amazon) e o mediador Marcello Miquilim (Head de Transportes e Segurança do Grupo SC).

Em seguida, “O futuro das operações logísticas no novo Mercado Asiático: riscos e oportunidades” foi tema de painel mediado por Leonardo Viana (Global Supplier ESG Program Manager, DOW) e teve a participação de Mauricio Welsh (diretor Comercial da Windlog) e Gisela Mangabeira (Head de Projetos de Supply Chain Américas da Médecins Sans Frontières (MSF).

Por fim, dois painéis fecharam a programação do evento. “Segurança como serviço: otimização de custos, aumento de eficiência, garantia de compliance”, bata-papo com Cristiano Tanganelli ( Co-fundador, BRK), Rômulo Maranhão, diretor Comercial e Co-Fundador, Guard Center), Rail Neto (Supply Chain Security Lead, Corteva Agriscience), mediado pelo Wesley Medeiros (Security & Loss Prevention Country Manager da Amazon).

Além do painel “Mobilidade urbana: descomplicando o planejamento e a roteirização da entrega de última milha”, com Lucas Alves (Sales Manager da Maplink), Carlos Silva (Latam Sales Manager da Google), Cesar Borges (Diretor de Operações, Cainiao Brazil  do Alibaba Group) e como mediador Marcus Quintella (Diretor FGV Transportes).

‘https://mundologistica.com.br/noticias/logistica-futuro-principais-temas-segundo=dia-evento

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A pergunta de 1 bilhão de reais: como inovar sem perder clientes antigos?

Ao permear todos os processos da empresa, inovação pode ser chave tanto para atrair quanto para reter clientes.

Investir em inovação é fundamental para o sucesso e a sustentabilidade das empresas por diversas razões, entre elas manter a competitividade no mercado, se adaptar às mudanças cada vez mais velozes, criar valor e melhorar a eficiência e a produtividade. Mas aí surge a pergunta de R$ 1 bilhão: como inovar sem perder clientes antigos, também muito valiosos para os negócios?

Para Melba Porter, professora e especialista em Customer Centricity Strategies da ESPM Rio de Janeiro, é possível – e necessário – conciliar os dois objetivos.

A inovação deve ser um valor organizacional e precisa estar presente em todos os processos da empresa e em todos os momentos do relacionamento com o cliente, ressalta Melba. Seja nas estratégias de atração quanto nas de retenção, embora para cada caso a inovação deva trabalhada de maneira diferente.

“Uma pessoa que acabou de ser ativada, conquistada, encontra-se em momento diferente do que chamamos de ciclo de vida do cliente, com sentimentos e expectativas também distintos daqueles que já são compradores de longo tempo”, explica.

Ao constatar a permeabilidade à inovação nos processos da empresa e sua adaptabilidade a cada etapa destes processos, ela pode ser chave tanto para atrair como para reter clientes.A diferença está nas estratégias adotadas para fazer isso.

Estratégias de inovação que consideram os clientes atuais

Quando se pensa em como inovar sem perder clientes antigos, comunicação nunca é demais. Para a professora da ESPM, um dos principais erros é não adotar programas de escuta, além de tender a achar que o cliente já está plenamente familiarizado com os processos e, por isso, a inovação será facilmente absorvida. “Isso é uma miopia”, adverte. Melba Poerter recomenda algumas estratégias para que a inovação seja bem-sucedida de uma maneira geral, mas principalmente com a base de clientes já fidelizados:

Engajar nos processos de mudança

Toda inovação é revestida de algo novo que precisa ser experimentado e aceito. Portanto, um primeiro passo é identificar possíveis lacunas de entendimento a respeito da novidade e quais serão as necessidades de orientação e comunicação para a implementação efetiva.

“O caminho é fornecer orientações, treinamentos, alertando sobre como lidar com a inovação e as possíveis dificuldades que poderão surgir. Claro, com muito suporte e monitoramento, para a adoção das melhorias e ajustes necessários até que o novo esteja conhecido”, fala, reforçando que o foco deve ser a perspectiva do benefício ao cliente.

Escutar sempre

Manter canais abertos de escuta do cliente é essencial para ele se sentir incluído no processo de inovação. Estes canais, inclusive, funcionam não só para atender os consumidores, mas também para registrar manifestações que podem ser analisadas e transformadas em melhorias.

Conhecer expectativas

É essencial que a empresa conheça as expectativas dos seus clientes, tanto para guiar os processos de inovação quanto para gerenciá-las caso não seja possível atendê-las.

“As formas mais tradicionais de identificá-las são pesquisas com os clientes e com os funcionários da linha de frente, criação de fluxo ascendente de comunicação entre a linha de frente e os gestores que definem padrões de execução, qualificação técnica de equipe para interpretar e transformar as expectativas em experiências reais”, exemplifica Melba Porter.

Valorizar a fidelização

Clientes antigos querem ser reconhecidos por sua fidelidade diante de tantas opções e isso passa não somente por programas de recompensa, descontos ou acesso a mimos e serviços exclusivos (que, sim, são bons incentivos), mas também por conhecer quem são: o que compram, por quais meios, o que gostam e o que não gostam, desde quando são clientes e qual a frequência com que interagem com a empresa.

No fim, antes de pensar em ideias e tecnologias mirabolantes, é interessante que as companhias ofereçam o básico do CX, que é cumprir o que prometem, garantir eficiência na venda e no pós-venda, trabalhar para que a experiência do cliente seja, de fato, agradável e recompensadora, seja diante de algo novo ou com o que ele já está acostumado.

Como inovar: cases de empresas

Diversas empresas buscam inovar na construção e no aprimoramento da relação com seus clientes. Cases bem-sucedidos reconhecem a importância da tecnologia para apoiar a estratégia de inovação, mas não se esquecem que ela deve estar centrada no ser humano. A Beneficência Portuguesa de São Paulo e a Shell, marca de combustíveis da Raízen, conseguiram equilibrar inovação e relacionamento com sucesso.

Escuta e atenção à jornada do cliente para inovar

Um dos maiores polos privados de saúde da América Latina equilibra o presente e o futuro para garantir sua continuidade com relevância. Enquanto no presente a Beneficência Portuguesa de São Paulo (BP), cuida da capacidade de oferecer um atendimento de excelência ao cliente atual; no polo do futuro investe na antecipação de tendências e preparação para desafios vindouros por meio de análises de mercado, identificação de oportunidades e adoção de novas abordagens e tecnologias.

“A inovação se torna não apenas uma vantagem competitiva, mas uma necessidade vital. À medida que uma nova geração de consumidores surge, com novos hábitos e necessidades, é fundamental que eles se sintam assistidos e acolhidos pela empresa, impulsionando assim a fidelidade e conexão com a marca”, comenta Maria Alice Rocha, diretora executiva de Pessoas, Experiência do Cliente, Marketing, Sustentabilidade e Impacto Social (ESG) da BP.

Para isso, a Beneficência Portuguesa aposta na digitalização, no monitoramento das preferências e na escuta atenta dos feedbacks dos clientes, por meio de canais como pesquisas, diálogo via redes sociais, manifestações em SAC e Ouvidoria.

A BP ainda conta com um Comitê Consultivo de Clientes, em que as manifestações são tratadas em fóruns internos e levadas para cocriar soluções alinhadas às necessidades dos clientes, com o objetivo de melhorar as operações da companhia e trazer velocidade na resposta às demandas; e um Command Center que, em tempo real, monitora as etapas da jornada do cliente, permitindo gerenciar melhor os recursos e personalizar o acolhimento.

Segundo Maria Alice Rocha, ambas são formas de alimentar o apetite por inovação e gerar melhores experiências para novos e atuais clientes. “Com base em dados e análises, conseguimos identificar padrões e oferecer serviços mais adequados. Nosso intuito é cada vez mais ser assertivo na melhor próxima interação. Acreditamos que essa é a forma ideal de encantamento e fidelização”, completa.

Inovação para manter clientes fiéis à marca

Mais do que buscar equilíbrio entre inovar pensando em novos consumidores e manter a base de clientes já estabelecida, o diretor de marketing e pricing da área de combustíveis da Raízen, Otavio Azeredo, acredita que a inovação tem um papel que dá conta das duas questões. Afinal, ela também funciona para manter os clientes fiéis à marca.

“O que atendia os consumidores nos anos 2000 já não funciona hoje. Por isso, nossos clientes fidelizados também precisam ser impactados por novidades e melhorias constantes de produtos e serviços. Assim, atuamos com uma estratégia que busca constantemente essa inovação para ampliarmos cada vez mais nossa experiência de marca”, avalia.

Segundo Azeredo, a estratégia de inovação da Shell é centrada no consumidor e busca ouvir e atender necessidades mapeadas em suas jornadas de mobilidade.

São utilizados diversos métodos e o monitoramento de padrões de comportamento é constante: por meio da adoção desde metodologias de pesquisa conduzidas junto à base fidelizada do Shell Box (com aproximadamente 15 milhões de pessoas na região) a social listening nas redes sociais e trabalho integrado com o time do atendimento.

“Monitoramos sugestões, feedbacks e temas quentes que permeiam a relação do consumidor com a marca para nos mantermos atentos ao que o público quer, a como enxerga a Shell e nossos produtos e onde estão as maiores oportunidades e necessidades de inovação”, ressalta o diretor de marketing.

Ele ainda dá exemplos de como a estratégia funciona por meio de frutos concretos. Entre eles, o Shell Box, aplicativo exclusivo que oferece um ecossistema completo de experiências da marca, inclusive programas de fidelização como Junte & Troque e Pague & Ganhe; a Shell V-Power, combustível premium derivado de processos constantes de inovação de produtos e pesquisas regionais de mapeamento de tendências; e o Programa de Eletromobilidade Shell Recharge no Brasil, que procura garantir uma infraestrutura de recarga rápida para carros elétricos, cada vez mais presentes na frota do país.

‘https://www.consumidormoderno.com.br/2023/08/31/como-inovar-sem-perder-clientes-antigos/?utm_campaign=cm_news_310823&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

 

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IA conversacional acelera inovação em Contact Centers

Gartner aponta que os recursos de IA conversacional ajudarão a impulsionar o mercado de Contact Centers em 16% ainda este ano.

Inteligência Artificial conversacional está redefinindo o mercado de Contact Centers ao redor do mundo e, de acordo com o Gartner, os gastos mundiais da centrais de atendimento com IA conversacional para assistentes virtuais de atendimento devem totalizar US$ 18,6 bilhões em 2023, um aumento de 16,2% em relação a 2022. Segundo Megan Marek Fernandez, analista diretora da consultoria, a crescente maturidade da inteligências artificiais de conversação acelerará uma “substituição das plataformas de Contact Center”.

Para ela, os líderes de experiência do cliente (CX) estão em busca da melhorar eficiência para suas operações de atendimento, baseadas em uma “experiência geral” do cliente com as centrais. Nessa caso, as tecnologias de IA conversacional podem estabelecer essa conformidade com maior rapidez e precisão. Dados do Gartner apontam que o mercado global de IA conversacional e de assistentes virtuais representam o segmento que cresce mais rápido dentro dos Contact Centers. Um crescimento de 24% projetado para 2024. Ao que tudo indica, os recursos de inteligências artificiais de conversação estão recebendo maior investimentos do setor. Embora seja ainda presente o uso de IAs como apoio aos agentes de Contact Centers – em vez das chamadas serem totalmente transferida para um agente virtual, líderes e tomadores de decisão procuram incorporar essa tecnologia como parte de uma estratégia de longo prazo, visando reduzir a dependência de agentes de contato.

Cerca de 3% das interações serão tratadas via Contact Centers baseados em IA em 2023, crescendo para 14% das interações em 2027, segundo o Gartner

Um redesenho das centrais de atendimento

No geral, o Gartner estima que cerca de 3% das interações serão tratadas via Contact Centers baseados em IA em 2023, crescendo para 14% das interações em 2027. Nesse cenário, o Gartner avalia que incertezas econômicas e geopolíticas – em geral – podem criar algumas restrições orçamentárias no curto prazo.

Como resultando, o instituto prevê em uma desaceleração nas substituições e projetos de atualização de Contact Centers. No entanto, os projetos voltados para a experiência do cliente podem ser vistos como uma parte importante das estratégias deste setor para retenção e geração de receita, o que na análise do Gartner pode ser um impulsionador mesmo diante de incertezas econômicas.

Gartner espera que o crescimento de investimentos em CCaaS acelere à medida que as lideranças implementem recursos baseados em nuvem nas centrais de atendimento

 

Para Megan Marek Fernandez, isso significa que, embora muitas áreas de investimento em TI sejam enfraquecidas com o “aperto dos orçamentos”, as iniciativas em projetos de atendimento e suporte ao cliente, que têm o potencial de diferenciar a experiência do cliente com a marca ou simplificar as operações de atendimento, estas podem receber algum investimento com maior facilidade. “Esses fatores ajudam projetos de Contact Center as a Service (CCaaS) a receber financiamentos associados a orçamentos corporativos de transformação digital mais amplos”, explica o analista do Gartner.

Gartner espera que o crescimento de investimentos em CCaaS acelere à medida que as lideranças implementem recursos baseados em nuvem, para modernizar suas operações nas centrais de atendimento. Como parte desses projetos de modernização dos Contact Centers, soluções CCaaS serão implementadas para oferecer suporte a uma combinação mais ampla de canais de comunicação.

Segundo o Gartner, esse modelo apresenta uma “absorção mais significativa” de novos recursos, como painéis avançados de análises, roteamento, além de otimização da força de trabalho e, sobretudo, gerando conhecimento e percepção do potencial de recursos da IA conversacional para o atendimento ao cliente dentro das centrais.

‘ https://www.consumidormoderno.com.br/2023/08/11/ia-conversacional-contact-centers/?utm_campaign=cm_news_110823&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

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