Temu: gigante chinês de comércio eletrônico pede registro no Remessa Conforme para vender no Brasil

Vista como mistura de Shopee com Shein, empresa vende de móveis, utensílios domésticos de pequeno valor até eletrônicos e roupas.

Temu, operação de venda online internacional da Pinduoduo, terceira maior plataforma de serviços digitais da China, enviou para a Receita Federal um pedido de certificação no Remessa Conforme. O programa permite que a empresa traga mercadorias abaixo de US$ 50 sem pagar imposto de importação de 60% e facilita o desembaraço das cargas.

Criada em 2022 pelo grupo Pinduoduo, a Temu é uma mistura da Shopee e Shein, por vender de tudo, desde móveis até eletrônicos, roupas e utensílios domésticos de pequeno valor. Com o mote “compre como um bilionário”, o app da Temu estreou fora da China nos Estados Unidos e rapidamente ganhou popularidade, superando as vendas da Shein.

O Pinduoduo é uma das maiores plataformas de e-commerce da China — no mercado chinês, só fica atrás em vendas do Alibaba, que já opera no Brasil. A receita de sucesso combina preços extremamente baixos com uma presença vibrante em redes sociais.

E, em valor de mercado, é o terceiro maior grupo chinês, atrás apenas do Taobao (site de vendas na China do Alibaba) e do Douyin, dono do TikTok.

O novo e-commerce foi lançado fora da China primeiro nos Estados Unidos e em seguida no Reino Unido e agora já está tomando espaço em diversos países.

O movimento para a empresa entrar no mercado online brasileiro se concretiza com o pedido para entrar no Remessa Conforme. Em vigor desde agosto de 2023, o programa do Ministério da Fazenda funciona por adesão. As empresas que participam tem o Imposto de Importação para compras de até US$ 50 zerado — antes, era de 60%.

Caso tenha o pedido de adesão aceito, o programa também vai permitir que a empresa pague ICMS (imposto estadual) de 17%, sobre compras de qualquer valor. Antes do programa, havia diferentes alíquotas do imposto estadual para essas compras.

Fonte: “Temu: gigante chinês de comércio eletrônico pede registro no Remessa Conforme para vender no Brasil | Exame

 

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Tsunami Temu: como a empresa está varrendo e preocupando o mercado de marketplaces

A ascensão meteórica da Temu no cenário do e-commerce é um fenômeno digno de análise. Fundada em 2022 em Boston, Massachusetts, sob o guarda-chuva da PDD Holdings, proprietária da plataforma de e-commerce Pinduoduo na China, a Temu rapidamente se estabeleceu como uma potência no mercado online. Seu slogan, “Buy like a billionaire”, reflete sua missão de democratizar o acesso a produtos de baixo custo, conectando consumidores globais com milhões de vendedores, fabricantes e marcas em todo o mundo.

A empresa não possui produtos próprios, mas opera como uma ponte entre compradores e vendedores. A plataforma se concentra principalmente em oferecer produtos acessíveis, importados diretamente de fabricantes na China. Esse modelo permite que a Temu ofereça preços significativamente mais baixos do que seus concorrentes, como Amazon e AliExpress, o que foi fundamental para seu crescimento explosivo nos Estados Unidos, onde se tornou o aplicativo mais baixado em seu ano de lançamento.

Marketing e tecnologia

De maneira geral, o marketing é o coração da estratégia de crescimento da Temu. A empresa utiliza práticas eficazes que incluem ofertas e descontos contínuos, que são amplamente promovidos por influenciadores em redes sociais. Essa abordagem não só aumenta a visibilidade da marca, mas também incentiva compras impulsivas, aproveitando o poder dos criadores de conteúdo para alcançar audiências extensas e engajadas.

A Temu se beneficia significativamente de tecnologias avançadas de análise de dados e inteligência artificial, herdadas de sua empresa-mãe, para entender e prever o comportamento do consumidor. Isso permite que ela otimize continuamente suas ofertas e estratégias de marketing. A implementação de reconhecimento de imagem e machine learning melhora a precisão do inventário e personaliza as experiências de compra, estabelecendo a Temu como um líder em inovação no varejo online.

Enfrentando gigantes e expansão

Ao desafiar gigantes estabelecidos como Amazon e Shein, a Temu não apenas se posiciona como uma alternativa econômica, mas também redefine as expectativas dos consumidores para o e-commerce. Sua entrada no mercado também pressionou as lojas físicas tradicionais, como Dollar General e Dollar Tree, ao oferecer uma alternativa online mais acessível e conveniente.

A expansão dela não se limita apenas aos Estados Unidos. A entrada precoce em mercados europeus, como o Reino Unido, demonstra sua ambição global. O posicionamento da Temu também facilita uma diversa seleção de produtos e sustenta seu crescimento internacional. Apesar do sucesso, a empresa enfrenta desafios significativos, incluindo questões de controle de qualidade e satisfação do cliente devido à sua natureza de marketplace. Além disso, logística e envio internacional representam obstáculos operacionais que requerem estratégias eficientes para manter a satisfação do cliente.

Seja como for, ela é um exemplo impressionante de como estratégias de marketing inovadoras, combinadas com um modelo de negócios disruptivo e tecnologia avançada, podem transformar rapidamente um novo entrante em um líder de mercado no competitivo mundo do e-commerce. Enquanto a empresa continua a navegar por desafios e a expandir globalmente, sua trajetória oferece insights valiosos sobre as dinâmicas de mercado e estratégias de sucesso para novas empresas e incumbentes no setor de varejo digital.

Ah, não se esqueça de que ela está desembarcando no Brasil já neste ano, preocupando donos de negócios que podem ser impactados pelas estratégias agressivas da marca. Preparado para ela?

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/tsunami-temu-como-a-empresa-esta-varrendo-e-preocupando-o-mercado-de-marketplaces”

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Shopee ultrapassa Shein em downloads, à espera da Temu

No momento em que cada clique importa, o mercado espera para breve a entrada no país da Temu, gigante chinês do comércio eletrônico.

Os estrangeiros estão dominando as vendas online no Brasil. Com a derrocada da Americanas, em recuperação judicial depois da fraude contábil de R$ 25 bilhões, os últimos meses têm sido de rearranjo no mapa do varejo eletrônico nacional.

Houve mudanças significativas em três grandes métricas que indicam o sucesso dos sites de compras: vendas brutas (GMV, na sigla em inglês), número de downloads do aplicativo e total de visitas à página (tráfego).

A disputa ocorre no momento em que as vendas online das varejistas brasileiras estagnaram: alta de 0,7% em 2023 em comparação ao ano anterior, para R$ 286,5 bilhões, segundo dados da consultoria Varese Retail, com base em dados da NielsenIQ Ebit. Ninguém está mais disposto a “rasgar dinheiro” com fortes promoções e oferta indiscriminada de fretes grátis.

No momento em que cada clique importa, o mercado espera para breve a entrada no país da Temu, gigante chinês do comércio eletrônico. Chamada de “Amazon com esteroides”, a empresa ultrapassou a Shein e a Amazon e desde maio do ano passado tem sido o aplicativo de compras mais baixado do mundo.

Nos últimos 12 meses, a singapurense Shopee ultrapassou a chinesa Shein em número de downloads, tornando-se o segundo aplicativo mais baixado do país, só atrás do argentino Mercado Livre, de acordo com a ferramenta de pesquisas de mercado AppMagic.

Em abril do ano passado, a Shein estava liderando o número de downloads no país, mas perdeu o posto em novembro. Entre abril de 2022 e março de 2023, o tráfego da Shein no Brasil triplicou. Mas nos 12 meses seguintes, houve uma queda de 20% nas visitas ao site, conforme levantamento da plataforma de marketing digital Semrush para a Folha de S.Paulo.

Segundo Erich Casagrande, principal executivo de marketing da Semrush no Brasil, a adesão em setembro ao programa do governo federal Remessa Conforme -que determinou Imposto de Importação de 60% para compras internacionais acima de US$ 50 (R$ 262) e 17% de ICMS– causou impacto nas vendas.

“Mesmo com a empresa absorvendo parte da alta dos custos, o consumidor sentiu a alta de preços”, diz.

Procurada, a Shein não quis comentar, mas divulgou nota em que critica o possível aumento da alíquota de ICMS de 17% para 25%, que incide sobre as compras feitas nos sites que aderiram ao Remessa Conforme. A medida estava sendo discutida pelos Estados, mas a decisão foi adiada.

A Shein está em um processo de nacionalização das suas operações, com a meta de atingir 85% das suas vendas a partir de sellers (lojistas que vendem seus produtos no marketplace) locais até o final de 2026, com a contratação de 2.000 fábricas no país.

O Mercado Livre, que acaba de anunciar o vultoso aporte de R$ 23 bilhões no Brasil neste ano, para aumentar sua infraestrutura, base operacional e logística, além da equipe (serão 6.500 contratações em 2024), continua como líder em vendas e retomou o primeiro lugar em downloads, mas em tráfego seu crescimento foi de apenas 1% entre março de 2023 e março deste ano, conforme levantamento da Semrush. No período, o indicador da Amazon avançou 3,2%, e o da Shopee 26,3%.

Em 2023, o site brasileiro da americana Amazon, que estava em quinto lugar entre os maiores marketplaces do país, passou ao terceiro lugar, com vendas estimadas em R$ 25 bilhões, segundo a consultoria Varese Retail.

No último dia 17, a Amazon divulgou pela primeira vez os seus investimentos no país desde que chegou, em 2011: R$ 33 bilhões, em infraestrutura e salários.

Já a Shopee ultrapassou as brasileiras Casas Bahia e Americanas, para ocupar o quarto lugar em vendas online, segundo a Varese Retail. “O nosso Dia do Consumidor, em 15 de março, ultrapassou em vendas a Black Friday”, disse à Folha Felipe Piringer, diretor de marketing e estratégia da empresa no país.

O processo de “nacionalização” do gigante de Singapura já está mais adiantado: segundo a Shopee, 90% das suas vendas hoje no país são de sellers locais.

A empresa não abre investimentos ou receita, mas garante ter um terço dos consumidores brasileiros logados em seu site ou aplicativo todo mês.

A companhia acaba de inaugurar o seu 11º centro de distribuição (CD) no país, na região metropolitana de Porto Alegre, e de abrir mais um hub logístico, agora em Palmas. Em fevereiro, outro CD foi aberto em Goiânia.

Em hubs logísticos (que só fazem a separação da mercadoria) são 110 no Brasil até agora, com uma cobertura em 22 Estados.

“Depois que a gente entra com uma operação logística com o nosso hub, conseguimos melhorar muito a experiência do consumidor, com uma entrega mais rápida, e a partir daí aumentar a demanda na região”, diz Rafael Flores, diretor de expansão e malha logística da Shopee Brasil.

As categorias de eletroeletrônicos e moda têm sido as mais buscadas da empresa nos últimos meses. No caso do vestuário, é um indicativo do aumento da concorrência com a Shein, que ainda mantém o posto de aplicativo de moda mais baixado do país.

“Todo mundo olha mais para moda, um segmento do comércio online onde há mais chances de crescer, porque ainda é pouco explorado”, diz Luiz Guanais, analista de consumo e varejo do BTG Pactual.

O especialista lembra que a Shein, cujas vendas no país são estimadas em mais de R$ 10 bilhões, é um marketplace vertical, ou seja, especializado.

“Já concorrentes como Shopee e a Temu são mais generalistas”, afirma Guanais, que destaca o poder de fogo da Temu, criada há menos de dois anos e pertencente ao grupo chinês Pinduoduo.

Eles têm recursos como compras em grupo e um forte time de influencers, os criadores de conteúdo. “São conhecidos por atingirem principalmente consumidores mais jovens, com uma estratégia de preços baixos e ferramentas de gamificação, que podem ter efeito viciante”, diz Guanais.

“O número de usuários ativos mensais no seu aplicativo nos Estados Unidos disparou 950% no quarto trimestre do ano passado, assim como as suas despesas com publicidade digital”, afirma.
Para se ter uma ideia, a Temu foi uma das principais anunciantes do Super Bowl, final da principal liga de futebol americano dos Estados Unidos.

TEMU AINDA NÃO ESTREOU, MAS JÁ TEM MAIS DOWNLOADS QUE MARISA E ZARA

A Folha questionou a Temu sobre a sua chegada ao país, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Antes mesmo de estrear, a chinesa já passou à frente de outros varejistas consolidados no país: a Temu ocupa hoje o 65º lugar no ranking dos aplicativos de compras mais baixados do Brasil, à frente da Marisa (66º), Mobly (67º) e Zara (75º), de acordo com o App Magic.

A Temu já está fazendo um trabalho de captação de base, em busca de potenciais consumidores, com envio de email marketing, por exemplo, diz Alberto Serrentino, sócio da consultoria Varese Retail.

“A Temu é um negócio emergente em todo o mundo. Eles devem chegar ao Brasil neste ano de forma agressiva, uma vez que seguem a Shein pelo mundo com um modelo parecido, com destaque para a moda barata”, afirma.

O avanço das plataformas estrangeiras de comércio eletrônico deve manter a competição acirrada neste ano, segundo o Goldman Sachs.

Para o banco, as varejistas brasileiras podem ser beneficiadas com o aumento da formalização dos sellers (lojistas que vendem seus produtos nos marketplaces, a quem pagam uma comissão) e os efeitos do programa Remessa Conforme, medidas que aumentaram os custos para os asiáticos.

“No entanto, a chegada da Temu e da plataforma de compras do TikTok, o TikTok Shop, devem manter a concorrência e o custo de aquisição de clientes alto para 2024”, afirma o relatório “Perspectivas: 10 temas para varejo e comércio eletrônico no Brasil em 2024”, assinado por Irma Sgarz, Felipe Rached e Gustavo Fratini.

De acordo com a Varese Retail, o Magalu também foi beneficiado pela perda de clientes da Americanas, ao passar da terceira para a segunda posição em faturamento bruto (GMV, na sigla em inglês). É a única brasileira no ranking dos cinco maiores marketplaces do país.

“Varejistas como Magalu e Casas Bahia continuam muito relevantes”, diz Serrentino. “Mas no Brasil, o consumo depende fundamentalmente de crédito, o que impacta a compra de itens de maior valor agregado, como eletrônicos.”

Os marketplaces nacionais veem parte do seu capital “empatado” nos CDs, com a formação de estoques.

Já nos estrangeiros a maior parte ou todas as suas vendas vêm de produtos oferecidos pelos sellers, o que lhes proporciona maior capital de giro e menos risco.

Para o banco Goldman Sachs, o comércio eletrônico (incluindo varejistas brasileiras e estrangeiras) deve crescer 15% no país neste ano, um avanço frente à alta de 7% no ano passado. Com isso, as vendas online vão representar 14% do varejo brasileiro.

Fonte: “https://jornaldebrasilia.com.br/noticias/economia/shopee-ultrapassa-shein-em-downloads-a-espera-da-temu/”

 

 

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Shein e as aceleração das plataformas digitais

Recentemente, viralizou nas redes sociais uma análise constatando a relevância da Shein no consumo de moda no Brasil. O estudo com dados da Similarweb e elaboração pela snaq apontou que a plataforma de varejo digital de moda chinesa é a líder em tráfego online no Brasil na categoria, centralizando 16,17% dos acessos que foram realizados pelos 21,8 milhões de usuários ativos/mês da plataforma.

Tal estudo reforça que as plataformas globais asiáticas se consolidaram como um dos maiores motores de transformação do nosso mercado. E esse movimento não é exclusivo do Brasil. Pelo contrário, a transformação imposta por esses players e seu modelo de negócio também se aplicam para a maior parte do globo, incluindo a América do Norte, Europa e sudeste asiático.

Em um dos melhores painéis da NRF 2024, maior evento de consumo e varejo do mundo, liderado pela Publicis Commerce, tratou exatamente sobre esse tema e trouxe luz para a profunda transformação do mercado dos EUA por conta da entrada desses novos players.

Nos Estados Unidos, um dos mercados mais competitivos do mundo, a novata Shein já conquistou a liderança do segmento, com vendas estimadas em US$ 30 bilhões anuais, superando as veteranas e consolidadas H&M, Zara, Forever 21, Fashion nova, entre outras, que contam um amplo parque de lojas como seu canal principal de vendas.

Da mesma forma que é polêmico, o modelo de negócio da empresa é igualmente interessante. O grande diferencial competitivo é a união de um elaborado modelo de mapeamento do comportamento do consumidor atrelado à uma poderosa e vasta cadeia de suprimentos digitalizada.

O poderoso algoritmo em constante desenvolvimento e a evolução da empresa mapeiam as principais tendências por demografia, região e perfil de consumo em todo o mundo. Uma vez identificada uma potencial tendência, a empresa aciona suas fábricas parceiras na Ásia, que passam a produzir imediatamente uma pequena amostra de cerca de 200 itens por SKU. Rapidamente, essa nova peça tem sua adesão testada dentro do aplicativo.

Com a performance de venda dessa pequena amostra, a Shein consegue estimar a real demanda desse SKU estratificado por geografia, demografia, perfil do consumidor e hábito de consumo, tudo isso de forma automática, em âmbito e escala globais. Conforme o resultado dessa estimativa de demanda, a empresa faz a ordem de compra de milhares de itens desses SKUs, que rapidamente são produzidos e enviados para todo o mundo.

Esse modelo foi chamado pela Pulicis na NRF de modelo de negócio sob demanda, que permite escala, agilidade, redução de risco e preços extremamente competitivos, elevando o patamar de competitividade da empresa quando comparado aos seus concorrentes tradicionais.

A poderosa GAP, um dos grupos líderes nos EUA em moda, produz cerca de 2 mil a 4 mil novas peças por ano. A espanhola Zara, que é reconhecida globalmente pela sua agilidade em desenvolver novas peças e distribuí-las, desenvolve entre 20 mil e 25 mil novas peças. Já a Shein mira produzir de 5 mil a 10 mil novas peças por dia.

Importante pontuar que as controvérsias e polêmicas envolvendo o modelo de negócio dessas empresas também são discutidas nos demais mercados em que essas empresas atuam. Nos EUA, por exemplo, o “de minimis” (valor de produtos que podem entrar no mercado sem taxação) é de US$ 800, contra US$ 50 no Brasil, fazendo com que os produtos asiáticos possam entrar praticamente sem restrições no mercado.

Globalmente, a empresa também tem apostado na abertura de lojas pop-up para aumentar a percepção de marca em novos mercados, sendo que algumas dessas lojas já estão se convertendo em lojas permanentes como tem acontecido em Chicago, nos EUA.

Plataformas digitais e seus impactos no Brasil

No início de 2024, o BTG divulgou um relatório estimando que a Shein estaria próxima de ser a maior varejista de moda no Brasil, com crescimento de 40% em 2023, em relação a 2022, chegando a um faturamento na casa dos R$ 10 bilhões e se posicionamento próximo da Renner, primeira colocada no ranking, com R$ 11,7 bilhões de faturamento líquido em 2023.

Outra estratégia anunciada pela empresa é expandir sua produção local no Brasil, que hoje já conta com mais de 300 fábricas parceiras em 12 estados, além dos mais e 15 mil sellers brasileiros no marketplace da empresa, muitos deles indústrias e varejistas independentes de mercados populares como na região do Brás, em São Paulo, fazendo com 55% do faturamento da empresa no Brasil já seja nacional, segundo dados divulgados pela empresa, que almeja alcançar 85% nos próximos 2 anos.

Acreditamos que esse movimento de globalização e aumento da competição das plataformas digitais globais pelo atrativo mercado brasileiro será exponencializada nos próximos 3 a 5 anos. A gigante Temu já anunciou sua chegada no Brasil para o segundo semestre de 2024.

Sua chegada marcará o Brasil como um dos pouquíssimos países com a presença de todos os grandes players globais: Alibaba, Shopee, Temu, Shein, TikTok Shop, Kwai, Amazon, Meli e contando, dessa forma, antevemos que o mercado Brasileiro será um dos mais competitivos do mundo, impondo uma aceleração da transformação ainda maior do mercado e um necessidade inexorável de adaptação por parte dos players locais.

Fonte: “Shein e as aceleração das plataformas digitais – Mercado&Consumo (mercadoeconsumo.com.br)

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TikTok Shop, Temu e SHEIN: os três disruptores do crossborder global

Uma diferença fundamental: a maioria das empresas da velha geração simplesmente jogava o jogo de oferecer uma abundância de produtos e de usar publicidade online para adquirir clientes. Com o passar dos anos, a aquisição de clientes tornou-se mais cara e os clientes tornaram-se mais exigentes quanto à qualidade dos produtos e serviços.

TikTok Shop, Temu e SHEIN, no entanto, são diferentes, cada um à sua maneira, capturando uma peça-chave da cadeia de valor.

A TikTok Shop aproveita a grande e fixa base de usuários do TikTok. O TikTok tem agora perto de 2 bilhões de usuários ativos mensais em todo o mundo, 150 milhões dos quais estão nos EUA – perto de metade da população dos EUA. A TikTok Shop não precisa gastar um centavo para adquirir clientes quando pode converter usuários do TikTok em usuários de comércio eletrônico.

Temu, por outro lado, opera um modelo de “consignação completa”. Vende produtos direto de fabricantes/distribuidores aos consumidores. Isto permitiu à Temu oferecer uma grande variedade de produtos a baixos custos para os consumidores.

Tanto a TikTok Shop quanto a Temu aprimoraram extensivamente seus modelos de negócios por meio de suas operações irmãs no mercado interno da China – Douyin e Pinduoduo, respectivamente.

Ambos também perturbaram a ordem do mercado do comércio eletrônico na China. A Atual estimativa é que o share de mercado da Alibaba na China tenha diminuído de 80% para 48% nos últimos sete anos, enquanto Pinduoduo e Douyin conquistaram coletivamente 30% do mercado.

A SHEIN, por outro lado, sempre foi um player puramente transfronteiriço focado na moda. Mas que ao longo dos anos vem mudando o seu modelo de negócio incorporando na oferta de produtos na plataforma: produtos feitos por fabricantes locais, além de sellers locais que passam a vender no seu marketplace, como acontece aqui no Brasil. Isso permite que a SHEIN tenha um ciclo do design ao consumidor de menos de duas semanas e adicione milhares de novos produtos à sua loja todos os dias.

Cada um do trio adquiriu e alavancou uma especialidade para crescer. Quando o Pinduoduo surgiu pela primeira vez na China, empresas tradicionais como Alibaba e JD desprezaram-no por vender produtos baratos e sem marca. Em novembro de 2023, a capitalização de mercado do PDD ultrapassou brevemente a do Alibaba.

A Alibaba passou a levar a concorrência muito a sério, um fator-chave que levou à maior reestruturação do grupo na história no ano passado. O Alibaba também está replicando o modelo de remessa completa da Temu para suas plataformas AliExpress e Lazada.

Embora seja incerto se conseguirão o mesmo truque nos mercados ocidentais devido a diferenças de timing e de circunstâncias, os operadores históricos como a Amazon deveriam ter a mesma cautela que a Alibaba e a JD deveriam ter em meados da década de 2010.

Temu faz parte de uma nova geração de players chineses que estão revolucionando o cenário do comércio eletrônico nos mercados ocidentais. Depois de estrear nos EUA em setembro de 2022, estará disponível em 56 países desde março. A plataforma gera US$ 2 bilhões em vendas por mês, número que vem crescendo. O que vem mais por aí com a perspectiva de chegada por aqui do Temu este ano? Vamos acompanhar!

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/tiktok-shop-temu-e-shein-os-tres-disruptores-do-crossborder-global”

Temu desafia o domínio do Alibaba no comércio eletrônico mundial

Apesar de Jack Ma, fundador do Alibaba, ter deixado a empresa há anos, suas ações ainda têm impacto. Esta semana, um memorando de incentivo de Ma ao Alibaba impulsionou as ações em 6%, que vinham em queda desde 2020. Ainda assim, o cenário do comércio eletrônico na China tem se tornado mais complexo desde sua partida — e com a ascensão da Temu.

O Alibaba foi o líder indiscutível por quase uma década, mas a PDD Holdings, dona da Temu, abalou o setor. Em dezembro, a PDD Holdings ultrapassou o Alibaba como o grupo de comércio eletrônico doméstico mais valioso. Recuperar essa posição, enquanto a Temu continua expandindo sua presença global, especialmente nos EUA, trata-se de uma tarefa árdua.

No Brasil, estima-se que o marketplace da Temu chegue ainda no primeiro semestre de 2024. Em agosto do ano passado, mesmo sem funcionamento no Brasil, o site da Temu foi acessado cerca de 221 mil vezes, demonstrando o interesse do brasileiro nas compras por meio das plataformas chinesas.

Aumento de custos de frete

Segundo uma “=””>terim-findings.pdf” data-type=”link” data-id=”https://selectcommitteeontheccp.house.gov/sites/evo-subsites/selectcommitteeontheccp.house.gov/files/evo-media-document/fast-fashion-and-the-uyghur-genocide-interim-findings.pdf” target=”_blank” rel=”noreferrer noopener”>investigação do Congresso de 2023, a Temu e a Shein, empresa chinesa de moda rápida, enviam cerca de 600 mil pacotes para os EUA diariamente. Essa demanda global está causando escassez de capacidade em companhias aéreas e despachantes, aumentando os custos de frete aéreo.

O sucesso da Temu se deve ao seu modelo de negócios de baixo custo, que inclui menores gastos com armazenamento e estoque. A empresa também se beneficia da experiência da PDD em conectar vendedores chineses a clientes globais.

Temu cresce, mas ainda sob riscos

Enquanto as ações da PDD ganharam 70% no último ano, as do Alibaba caíram 25%. Vale ressaltar que o segundo maior rival da Temu, JD.com, também enfrenta dificuldades para se adaptar às novas tendências de compras.

O crescimento da Temu não é isento de riscos. A empresa está sob pressão de legisladores dos EUA para endurecer as regras sobre seus fornecedores. Além disso, a brecha que permite a importação livre de tarifas para remessas com valor inferior a US$ 800 é crucial para o sucesso da Temu, e sua possível mudança pode afetar a empresa.

Apesar desses riscos, as ações da PDD refletem uma avaliação conservadora, sendo negociadas a apenas 14 vezes os lucros futuros. Ainda assim, Alibaba e JD.com ainda estão atrás, com um múltiplo de cerca de 9 vezes.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/temu-desafia-o-dominio-do-alibaba-no-comercio-eletronico”

 

 

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Temu: o que é e quando o e-commerce chega ao Brasil?

Descubra porque gigantes do varejo como Shopee, Shein e Amazon veem a novidade como uma ameaça

Com valor de mercado na casa dos US$ 150 bilhões, a Temu compete com a rival Alibaba pelo primeiro lugar entre as empresas chinesas mais valiosas listadas na bolsa de valores dos EUA. Além disso, a nova plataforma de vendas on-line vem ganhando destaque pelos altos investimentos em propagandas e por emplacar estratégias diferentes dos demais concorrentes.

No entanto, o que exatamente é o Temu, e quando o e-commerce chega ao Brasil? Entenda mais detalhes sobre esta novidade das compras online e suas polêmicas.

Temu é mais uma empresa chinesa de comércio eletrônico, mas que promete se destacar e, na verdade, já vem se destacando mundo afora. A plataforma é uma espécie de Shein com Shopee e aposta em tudo, desde a venda de roupas a eletrônicos e móveis.

O novo e-commerce foi lançado em 2022 nos Estados Unidos e em seguida no Reino Unido e agora já está tomando espaço em diversos países.

Seu sucesso é tão evidente, que um especialista em varejo chegou a dizer que a Temu é a “Amazon com esteroides”. E se você pensa que ele exagerou no comentário, é porque ainda não viu os números de alcance do aplicativo dessa plataforma.

Desde que surgiu, a Temu tem liderado as paradas globais de downloads de aplicativos, com quase 152 milhões de americanos usando a plataforma todos os meses, segundo dados coletados pela ferramenta de análise SimilarWeb.

O marketing da empresa investiu simplesmente em seis comerciais de 30 segundos durante um dos maiores eventos americanos, o Super Bowl. Para se ter ideia, cada comercial do Super Bowl custa em torno de US$ 7 milhões, o equivalente a R$ 35 milhões. Além disso, as propagandas do Temu carregam um slogan um tanto polêmico “compre como um bilionário”, que alimentou ainda mais a popularidade da plataforma.

Outro investimento da empresa é direcionado ao micromarketing, que acontece através de influenciadores que promovem os produtos da Temu, ao sugerir compras na plataforma por meio de redes sociais.

A plataforma também investe em uma estratégia de coleta de dados, onde coletam informações sobre as tendências de consumo, os produtos mais pesquisados e clicados, e, em seguida, fornecem tais dados aos fabricantes individuais, o que impulsiona ainda mais suas vendas.

Quando a Temu chega ao Brasil?

Com produtos a preços baixos, a empresa chinesa, que já fatura mais que rivais nos Estados Unidos, gera expectativas para sua chegada no Brasil. Ainda mais por que promete bater valores de produtos de compras das nossas queridas Shein e Shopee.

A promessa é que a Temu chegue oficialmente ao mercado brasileiro ainda no primeiro semestre de 2024. Então, prepare-se para baixar o app e comprar como um bilionário, enchendo o seu carrinho na plataforma!

Fonte: “https://olhardigital.com.br/2024/03/28/pro/temu-o-que-e-e-quando-o-e-commerce-chega-ao-brasil/”

 

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Varejistas, tremei! Após desbancar a Shein nos EUA, a Temu está chegando ao Brasil

Desempenho da chinesa no mercado americano – onde em menos de dois anos está atrás em downloads apenas da Amazon – mostra que o varejo brasileiro tem razões para se preocupar.

Numa campanha ferrenha há quase dois anos por isonomia tributária com plataformas asiáticas como Shein e Shopee, as varejistas brasileiras devem em breve devem enfrentar uma nova concorrente – dessa vez, com apetite e poder de fogo ainda mais vorazes que as plataformas cross-border que as antecederam.  

Criada há menos de dois anos e com uma política de descontos agressiva, a Temu se prepara para desembarcar no Brasil ainda neste semestre, numa entrada já aguardada há algum tempo por players do setor.  

A trajetória da empresa nos Estados Unidos mostra que há razões para a concorrência se assustar. Por lá, a Temu já é o segundo aplicativo mais popular em termos de usuários mensais, atrás apenas da Amazon.  

Com investimentos bilionários em marketing, especialmente em redes sociais, o número de downloads de seu aplicativo saiu de 440 mil em setembro de 2022 para cerca de 40,5 milhões um ano depois em todo o globo. O número de usuários ativos mensais aumentou 950% no quarto trimestre na comparação anual.  

Nos Estados Unidos, a popularidade já se traduziu num rouba monte de outras varejistas. Um estudo da Dollar General, rede de lojas americanas que vende variedades com foco em preço baixo, com 500 mil clientes constatou que seus gastos na Temu representaram, em média, 10% do total em dezembro, um aumento expressivo em relação ao patamar de 1% do ano anterior.

Braço internacional da chinesa Pinduoduo, a Temu segue a mesma estratégia da empresa-mãe, que desbancou a Alibaba na China com uma política de preços extremamente baixos e uma estratégia de gamificação – resumido no seu lema: “Juntos, mais economia e mais diversão”.  

Mistura de Shopee e Shein, a Temu vende de tudo um pouco, de itens de decoração e cozinha a roupas e eletrônicos, a preços bem mais baixos que a média do mercado dos países em que opera. Para atingir preços tão baixos, a Temu usa ferramentas de inteligência artificial e conecta empresas de atacado diretamente com os consumidores finais, eliminando os intermediários. 

Além da estratégia de preços, a Temu lança mão de ferramentas de gamificação. Ao completar tarefas como determinado número de compras, quantidade de logins no app ou convite para novos usuários, o cliente vai acumulando descontos que podem se traduzir, inclusive, em produtos que chegam a sair de graça. (Normalmente itens de baixo valor, que compensam o custo de aquisição do cliente.)   

Tudo isso se traduz em taxas de engajamento impressionantes: os usuários dedicam, em média, 22 minutos por dia na Temu, contra 11 na Amazon e 12 na Shein. É um apelo que vai além da geração Z e atrai também millenials e boomers.  

 “Apesar de o marketing pesado de influenciadores em mídia sociais da Temu ser conhecido por atingir principalmente consumidores mais jovens, a estratégia de preços baixos e os recursos viciantes de gamificação parecem ressoar também com usuários mais velhos”, escreveu a equipe de varejo do BTG (do mesmo grupo de controle da EXAME), liderada por Luiz Guanais.  

A empresa tem investido pesado em campanhas – na Internet e fora dela, com anúncios inclusive no SuperBowl, que tem a maior audiência e o maior custo da indústria de publicidade do mundo. A despesa de marketing da Temu superou US$1,5 bilhão em 2023 e deve chegar a US$3 bilhões em 2024.   

 A empresa não divulga balanços em separado, mas o desempenho da Pinduduo dá pistas de como o modelo de ampara financeiramente. Nas contas do JP Morgan, a Temu ainda tem contribuição negativa para o resultado da controladora.  

Mas, após anos de gastos elevados na China para conquistar sua participação de mercado, a PDD se tornou lucrativa ao reduzir o custo de aquisição de clientes, gerar mais taxas de anúncios de sellers e entrar em categorias de margens mais altas.   

Resta saber se seu braço internacional vai seguir o mesmo caminho. Mas, ao que tudo indica, a segunda leva da invasão chinesa vem aí. 

Fonte: “Varejistas, tremei! Após desbancar a Shein nos EUA, a Temu está chegando ao Brasil | Exame INsight | Exame

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Na China, avatares de atendimento baseados em IA estão conectando clientes ao e-commerce

Você ainda vai ouvir falar bastante da Temu, marketplace pertencente à Pinduoduo.

Mais uma gigante chinesa se prepara para desembarcar no comércio eletrônico brasileiro ainda neste semestre, acirrando mais a competição entre as varejistas tradicionais – nacionais e estrangeiras. Trata-se da Temu, um marketplace pertencente à Pinduoduo (PDD Holdings), de quem você ainda vai ouvir falar bastante.

A plataforma da maior empresa de social commerce do mundo vinha testando suas operações nos Estados Unidos, onde provocou um congestionamento do tráfego de carga aérea diante das promessas de entregas rápidas. Com um amplo sortimento de produtos e preços agressivos, a Temu fatura só nos EUA o dobro das rivais Shein e Shopee.

Ao todo, o volume global bruto de mercadorias (GMV) da Pinduoduo chega a US$ 450 bilhões por ano. Para se ter uma ideia, o valor é dez vezes maior que o do Mercado Livre (MELI34). A Temu tem presença em 18 países, com operações na Europa e Oceania, além da América do Norte e promete agitar o varejo, agora também na América do Sul.

Além da 25 de Março

Para quem tem a impressão de que o e-commerce chinês no Brasil é apenas uma versão online do comércio popular das principais ruas e bairros de São Paulo, como a 25 de Março, Santa Ifigênia, Brás e Bom Retiro, a Temu chega ao país para surpreender. Em relatório de junho de 2023, analistas de varejo da XP afirmam que nada se compara à plataforma.

“Diferentemente da Shein, que é reconhecida como uma plataforma de moda, a Temu possui um sortimento muito mais amplo, com mais de 30 grandes categorias de produtos”

Entre as categorias, estão pets, vestuário, brinquedos, casa e eletrônicos. À primeira vista, então, pode até ser mais comparável à proposta da Shopee. “No entanto, a Shopee tem um modelo de negócios semelhante ao da Shein, ajudando os fabricantes a entender melhor as necessidades dos consumidores, levando à maior precisão e eficiência”, emendam.

Portanto, o posicionamento da Temu não é apenas conectar potenciais clientes diretamente aos fabricantes chineses. O foco também vai além da relação entre custo e benefício ao consumidor, alavancada por preços baixos e fretes grátis, combinada ainda por uma forte estratégia de descontos.

Segundo o fundador e CEO da Ablelive, Yan Di, a proposta da Temu é bem diferente. “A compreensão do PDD sobre os hábitos dos consumidores, o controle da cadeia de abastecimento e o uso do marketing está entre os melhores do mundo”, afirmou, em postagem no Linkedin em 2023.

Dividida em três partes na qual discorre sobre “Quem sobreviverá no e-commerce brasileiro”, o ex-country manager da Aliexpress lembra que o “maior e mais maduro mercado de e-commerce do mundo é o da China”, com GMV global de US$ 2,3 trilhões.

Trata-se de um valor três vezes superior ao dos EUA. Além disso, Di destaca que o maior mercado logístico do mundo também é o da China, que envia 100 bilhões de pacotes por ano, cinco vezes mais do que os EUA. Para ele, “a disseminação da tecnologia e modelos de negócios da China para o Brasil e o resto do mundo é simplesmente inevitável”.

Nova ameaça?

Sendo assim, a Temu chega ao Brasil para criar tendências no varejo online, como a live/short video commerce, e um mercado horizontal, reduzindo custos por controlar grande parte da cadeia de abastecimento e de fornecedores. Aliás, trata-se de uma operação semelhante ao que faz a BYD, no mercado de carros elétricos.

Temu chega ao Brasil para criar tendência com mercado horizontal, tal qual a BYD

Nesse sentido, o fundador da Ablelive lembra que a China já é a fonte da grande maioria dos produtos consumidos no Brasil. “Em um mercado extremamente sensível ao preço como o Brasil, o mais importante para o e-commerce é ter um controle sobre a fonte dos produtos”, afirmou Yan Di, na primeira parte do post que viralizou no LinkedIn.

Ele lembra que a maioria dos marketplaces brasileiros vendem produtos direta ou indiretamente importados da China. Para o chinês, que mora há cerca de 20 anos no Brasil e tem passagens também pela Huawei e Baidu, os três pilares principais do e-commerce são: produto, preço e experiência (logística, marketing e etc.).

Por isso, para a XP, a Temu representa um risco muito menor para os varejistas brasileiros de vestuário do que a Shein. “A Temu pode ser um risco para o cenário competitivo das plataformas de e-commerce, principalmente por causa da estratégia de preços agressiva”, afirmam a chefe de varejo Danniela Eiger e os analistas Suedt e Senday.

Fonte: ” Mais uma gigante chinesa chega ao Brasil para acirrar competição no e-commerce | InvestNews

 

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O gigante acordou. Como a Temu está redefinindo o mercado de varejo online nos EUA

O gigante adormecido acordou. E está redefinindo o mercado de varejo online nos EUA. Uma empresa relativamente desconhecida está silenciosamente derrubando um gigante do varejo online nos EUA. Prazer, Temu, a inimiga da Shein!

A Temu, ainda uma incógnita para muitos no Brasil, vem silenciosamente desafiando o domínio da Shein. Em setembro, movimentou o dobro em vendas comparado à sua rival no mercado americano.

O que pode ser o maior pesadelo da Shein pode estar próximo de abrir negócios no Brasil. A Temu, e-commerce do grupo chinês Pinduoduo que vale mais de US$ 100 bilhões na Nasdaq, já vende mais que a Shein nos EUA.

O aplicativo de vendas de roupas a utensílios domésticos a preços ultrabaixos e que foi lançado em setembro de 2022. De acordo com fontes ouvidas pelo Neo Feed, conta com aproximadamente 900 milhões de usuários na China.

Além disso, a Temu se tornou o aplicativo de e-commerce mais baixado dos EUA, à frente da Shein.

Mas o que realmente está por trás desse crescimento explosivo?

Diferente da Shein, focada em moda sob sua marca, a Temu oferece de tudo, de eletrônicos a utensílios de cozinha, com preços que desafiam a lógica. E tudo isso, com frete grátis nos EUA, sem pedido mínimo.

Parece bom demais para ser verdade, certo?

Contudo, essa estratégia vem com seu preço. Projetada para operar no vermelho, a Temu enfrenta um prejuízo operacional de US$ 3,65 bilhões, apesar de vendas globais estimadas em US$ 13 bilhões.

A ambição da Temu de ser o intermediário entre consumidores e fornecedores, oferecendo produtos a preços inacreditáveis, destaca uma nova era de consumo online. Mas a sustentabilidade desse modelo levanta questões.

A Temu já foi tema de análise da XP, que destacou que a mais nova “ameaça” estrangeira para o setor de varejo brasileiro é o marketplace de propriedade da Pinduoduo (PDD Holdings) que conecta clientes diretamente a fabricantes chineses, com presença em 18 países, principalmente na Europa, América do Norte e Oceania.

A companhia conta com um volume de vendas brutas (GMV, na sigla em inglês) anualizado já acima de US$ 2,3 bilhões, apesar de ser bastante recente a indicação é de que deva ser lançada no Brasil em 2024.

Com a crescente preocupação sobre a qualidade dos produtos e o impacto ambiental da moda descartável, será que a Temu conseguirá manter seu encanto? Além disso, com a expansão para novos mercados, a Temu enfrenta desafios legais e políticos, aumentando as preocupações sobre segurança de dados e a integridade de sua cadeia de suprimentos.

A questão não é se a Temu pode sustentar seu crescimento explosivo, mas como ela e a Shein navegarão no futuro incerto do varejo online. A disputa pelo domínio do mercado está apenas começando.

Fonte: “O gigante acordou. Como a Temu está redefinindo o mercado de varejo online nos EUA – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

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